A Porta Estreita – 30.01.21 palestra
A PORTA ESTREITA
CELC. 30/12/20 – Sueli
LE 115 = Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”
CORREIO ESPÍRITA = “As duas Portas” – Atair Ferreira = Julho 2018….
No imortal e incomparável Sermão do Monte, em dado momento, o Cristo nos oferece a escolha do caminho a seguir, com a parábola intitulada, “As duas estradas”:
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela, porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus, cap.7, 13) Essa porta estreita e esse caminho apertado significam o controle que o espírito humano deve ter sobre as más paixões que o desvirtuam levando-o para a porta larga do caminho, devido às suas más inclinações. A Terra, catalogada como mundo de expiação e provas, onde predomina o mal, arrasta os que não estiverem firmes na decisão de buscar o bem, os que não renunciam aos seus vícios morais, deixando-se levar pelas facilidades da vida, pela atração dos prazeres efêmeros.
Muitas vezes adiamos a escolha da porta estreita por não nos importarmos com o conhecimento da verdade. “Deixa a vida me levar”, diz o poeta no refrão da música. Dessa forma, vamos driblando as dificuldades, os contratempos próprios da existência, com a negligência dos aspectos superiores da vida. Jesus sempre aproveitava os horários em que o templo estivesse cheio para ministrar os ensinamentos da lei de Deus, gerando confusão, em vista da rebeldia dos fariseus e dos saduceus, dos sacerdotes e do povo, em aceitarem a sua sublime doutrina. Certa feita, Ele afirmou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8, 32). Mediante essa frase, a fúria tomou conta dos chefes religiosos, pois eles se julgavam os representantes de Deus e da verdade. Isso era uma heresia que deveria ser castigada com a morte. “Pegaram em pedras para atirarem nele”. Mas, como ainda não era chegada a Sua hora, “Jesus se ocultou e saiu do templo”. Posteriormente, advertindo Pedro, Jesus lhe disse: — “Pedro, o homem do mundo é mais frágil do que perverso!” (Boa Nova/Humberto de Campos – lição 26). Essa fragilidade humana é causada pela falta de conhecimento das coisas espirituais. Rebeldia natural gerada pela ignorância. Muitas vezes nos deixamos levar pelas circunstâncias da vida, esperando o tempo tudo resolver, até que somos surpreendidos, como nos afirma o instrutor André Luiz, no capítulo 1º do seu primeiro livro, Nosso Lar, que narra a sua chegada ao mundo espiritual: “Oh! Amigos da Terra! Quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois”.
Muitas pessoas questionam: “Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo” (ESE cap. XVIII – item 5).
É necessário o esforço para domarmos nossa tendência de entrar na porta larga que nos conduz ao caminho fácil da ilusão. Não desanimemos, perseverando no bem, com paciência. A porta estreita nos conduzirá à estrada da felicidade verdadeira, e quem quer ser feliz tem que se fazer feliz.
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm; mas nem todas as coisas edificam” (Paulo, I Coríntios, X, 23).
A Doutrina Espírita e o apóstolo Paulo respondem a esta dúvida. Falam-nos do livre-arbítrio, onde temos a liberdade de fazermos o que bem entendermos, porém seremos responsáveis pelos nossos atos, bons ou maus.
Diz Paulo que podemos fazer de tudo. Mas será que tudo nos convém? Não há proibições para o espírita, ou cristão, que é a mesma coisa. Há sim, a conscientização do que é bom ou ruim para nossa evolução espiritual. Seguir o caminho é problema de nós mesmos. Não é necessário viver uma vida santificada, sem erros. Pois por mais que tentássemos, não conseguiríamos no atual estágio evolutivo em que nos encontramos. O que precisamos é buscar dominar constantemente nossas más tendências, com sinceridade no coração.
JORNAL MUNDO ESPÍRITA = A porta estreita = outubro/2013 – Por Dineu de Paula
…O Espírito Emmanuel, no livro Ceifa de luz, assevera que nosso dever é nossa escola e que a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto às obrigações assumidas diante do Bem Eterno. Ainda afirma que, para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.
Dessas reflexões, surge claro que a passagem pela porta estreita implica o cumprimento dos próprios deveres, o que o homem apenas consegue mediante o sacrifício de seus vícios e paixões negativas.
Os deveres que a vida impõe representam um programa de aprendizado e sublimação, traçado antes da reencarnação, o qual o Espírito se propôs a cumprir. O atendimento de tais deveres costumam ser árduo, pois a eles se contrapõem os hábitos do homem velho, necessitado de retificar suas concepções e se adequar à harmonia das leis cósmicas….
Extrai-se de O Livro dos Espíritos que as paixões humanas não são negativas em seu princípio, na medida em que este se encontra na natureza e tudo o que Deus faz é bom e tem utilidade providencial (questão 907).
As paixões podem levar à realização de grandes coisas, pois decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência (questão 908). Elas apenas se tornam negativas quando o homem não mais as governa, mas é por elas governado, e causam prejuízo para ele ou para outrem.
A Espiritualidade Superior é enfática ao afirmar que o homem, pelos seus esforços, pode vencer as suas más inclinações. Ela aduz que o que falta ao homem é vontade de se reformar e ainda lamenta: Ah, quão poucos dentre vós fazem esforços! (questão 909).
A disciplina em controlar as próprias tendências negativas exige algum esforço, mas é plenamente viável. Ela constitui o necessário para viabilizar a passagem pela porta estreita de que fala o Evangelho. Trata-se de domar em si a ira, o orgulho, a inveja, o egoísmo, o ciúme, a gula, o desequilíbrio da sexualidade, dentre outros hábitos e sentimentos infelizes.
Deus, em Sua sabedoria e em Sua bondade, situa o Espírito encarnado em ambientes nos quais ele é naturalmente convidado à sublimação. Coloca-o em um contexto profissional, familiar e social em que precisa atender uma série de deveres. Se os atende, sacrificando para isso suas fantasias, caprichos e desejos, atravessa a sua porta estreita, a que lhe cabe naquela encarnação.
É necessário e urgente que a criatura encarnada se empenhe em ser um profissional honesto e competente, um pai ou mãe presente e dedicado, um filho respeitoso e obediente, um aluno estudioso, um irmão compreensivo, um esposo fiel e afetuoso, um cidadão honesto etc. Ela precisa atentar para os deveres de cada dia e cumpri-los, sem buscar desculpas para a conduta indigna.
Como ensina o Espírito Lázaro, no item 7 do capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de se cumprir, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Ele também afirma que o dever é o mais belo laurel da razão.
Então, o senso do dever é o mais belo, o maior prêmio que a razão esclarecida confere ao homem. Ele lhe possibilita identificar o que deve fazer, embora a conduta identificada, por vezes, contrarie os desejos mais profundos de seu coração. Uma vez feita essa identificação, resta aplicar a vontade firme para viver e fazer o que é certo, o que implica domar os maus instintos, essa velha herança do primitivismo que impede a conquista da paz e da plenitude. Trata-se da evolução intelectual auxiliando a consolidação da evolução moral.
Convém ressaltar que a evolução moral constitui a conquista por excelência, que faz o Espírito ascender na escala espiritual. A Espiritualidade Superior admite três grandes ordens ou categorias principais de classificação na referida escala, a saber: Espíritos imperfeitos, bons Espíritos e Espíritos puros (LE, questões 100 e seguintes).
Para passar de Espírito imperfeito para bom Espírito, o ser imortal precisa vencer por completo as más paixões e ter apenas o desejo do bem. Não são a intelectualidade, os conhecimentos e a ciência que fazem a diferença, mas a questão moral. Conforme consta da questão 107 de O Livro dos Espíritos, os bons Espíritos retiram do amor que os une uma fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos.
Essa peculiaridade de desejar apenas o bem, de não possuir mais paixões malévolas, é que torna os bons Espíritos tão notáveis, às vezes até incompreensíveis, em sua psicologia.
Um bom exemplo a ser citado é o do Espírito Joanna de Ângelis, mentora do médium Divaldo Pereira Franco, na encarnação em que ostentou o nome de Joana de Cusa e conviveu com Jesus. Segundo a narrativa do livro Boa Nova, cap.15 do Espírito Humberto de Campos, ditado ao médium Francisco Cândido Xavier, ao final da vida ela se encontrava, juntamente com um filho, amarrada ao poste do martírio. Por ser cristã e não renegar sua fé, foi condenada a ser queimada viva.
Nos derradeiros instantes de sua vida, quando as labaredas já lhe lambiam o corpo envelhecido, a soldadesca ainda a importunava. Um dos soldados lhe indagou se o Cristo apenas lhe havia ensinado a morrer. Ela buscou tomar fôlego, por entre as dores do martírio, e encontrou forças para responder: Não apenas a morrer, mas também a vos amar!
Impressiona que uma pessoa, em instante tão crítico, sendo queimada viva e ainda provocada, tenha encontrado forças para proclamar seu amor pelo verdugo. A chave para entender essa conduta é considerar que Joana de Cusa, nesse momento, já era um bom Espírito. Ela já havia vencido o mal em si mesma, domado todas as paixões negativas. Ela não poderia blasfemar ou ofender, pois nada disso mais existia nela. Em seu íntimo pacificado, havia apenas o bem. Ela já havia cruzado a porta estreita.
Ocorre que ninguém consegue o pleno domínio das más paixões em um repente e nem surge sublime de um instante para o outro. A evolução é um processo gradativo, embora possa ser acelerado enormemente pela vontade.
LE 783 Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanidade?
“Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.”
Pode-se afirmar que há a porta estreita situada ao término de uma longa jornada, que marca a transição da fase de Espírito imperfeito para a de bom Espírito. Mas também existe a porta estreita de cada existência, a fim de que ela seja bem aproveitada.
Deus é que dosa as experiências, conforme as possibilidades de cada um de Seus filhos.
Ao homem resta, em sua condição de aprendiz na grande escola da vida, identificar e cumprir os seus deveres de cada dia. Entender que a sua felicidade não vem de realizar fantasias e caprichos, que frequentemente apenas refletem o desejo de reviver hábitos de um passado que convém deixar para trás em caráter definitivo.
Finalmente, compreender que lhe compete basicamente ser digno e bondoso e aplicar a vontade firme na realização desse projeto, que constitui o seu roteiro de libertação, a sua porta estreita.
LE 800. Não será de temer que o Espiritismo não consiga triunfar da negligência dos homens e do seu apego às coisas materiais?
“Conhece bem pouco os homens quem imagine que uma causa qualquer os possa transformar como que por encanto. As idéias só pouco a pouco se modificam, conforme os indivíduos, e preciso é que algumas gerações passem, para que se apaguem totalmente os vestígios dos velhos hábitos. A transformação, pois, somente com o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar. Para cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espiritismo vem rasgá-lo de alto a baixo. Entretanto, conseguisse ele unicamente corrigir num homem um único defeito que fosse e já o haveria forçado a dar um passo. Ter-lhe-ia feito, só com isso, grande bem, pois esse primeiro passo lhe facilitará os outros.”
VINHA DE LUZ = CAP.20 = Porta estreita
“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.” — JESUS (Lucas 13:24)
Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na “porta estreita” a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre volta a procurar as “portas largas” por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço. Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal.
Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte. “Ah! se fosse possível voltar!…” — Pensam todos.
Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!… com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros!…
Mas… é tarde. Rogaram a “porta estreita” e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas “portas largas”, voltam a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.
EVOLUÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO (Carlos Toledo Rizzini) Capitulo 9 Renovação mental – pg.360
Entrar pela porta estreita é o mesmo que tomar cada um a sua cruz e seguir a Jesus. Por outras palavras, consiste em cumprir os seus deveres, em “ser bom e cumprir suas obrigações”. De fato, ninguém vem ao mundo senão para atender às próprias necessidades espirituais e, por isso, traz um planejamento do que deve realizar em geral. A vida encarrega-se, automaticamente, de colocar cada pessoa na posição indicada para dar cumprimento ao seu quadro de serviços. (CONSOLADOR 215 = Mapa de Serviços do Espírito reencarnado)
É aí que urge ponderar bem para não se afastar do dever a cumprir e entregar-se ao império da vontade própria, que é fraca, hesitante e desorientada por falta de sólidos conhecimentos e por excesso de impulsos inferiores, acontecendo isso, fracassa o espírito e transfere o problema para o futuro em condições mais árduas.(OSÉAS 4:4 Meu povo sofre por falta de conhecimento) Por isso, bom será seguir o exemplo do Mestre (na medida do possível), o qual não buscava sua própria vontade mas a de Deus – que é a perfeição, a onisciência, o amor, etc.
Posto isso, havendo o espírito encarnado amadurecido no uso das coisas terrenas e no seu modo de encarar o próximo, deverá passar a considerar como meta da vida não mais a conquista de prazer, poder, prestígio e riqueza (objetivos exteriores), mas, sim a perfeição (desenvolvimento das capacidades potenciais).
Esta palavra significará, para ele, a necessidade de lutar pelo auto-aperfeiçoamento, pela reforma interior, pela auto educação, pelo próprio progresso moral. Uma luta porfiada e muito longa, cheia de deslizes, escorregões e pequenas vitórias sobre si mesmo. Em que sentido? Na contínua busca do domínio emocional, do controle sentimental, do desapego construtivo, do trabalho produtivo, do uso benéfico da inteligência, do incremento do altruísmo sobre o egoísmo e da humildade contra o orgulho e a vaidade, será sempre sincero e rápido no reconhecimento de seus erros e condescendente com os do próximo. Cordialidade, solidariedade e cooperação tornam-se palavras chaves, resumíveis numa única; amor.
PARÁBOLAS E ENSINOS DE JESUS – CAIRBAR SCHUTEL = (As duas estradas e as duas portas)
… A estrada da evolução é apertada, poucos são os que acertam com ela, mas grande é o número dos que não querem acertar, pois ouviram dizer que ela é apertada. A estrada da degradação é larga, muitos são os que por ela passam e dela não querem sair, por ser espaçosa e facultar-lhes uma série considerável de diversões…
A estrada do progresso, por ser apertada, exige conhecimentos, reclama atenção, critério, raciocínio, para que não se decline para a direita ou para a esquerda.
A estrada da degradação é guarnecida de todos os atrativos, festejada com todas as músicas: nela, os cinco sentidos humanos se fascinam, embriagam-se pelas sensações exteriores, aniquilando o Espírito que fala à consciência, adormecendo a alma que deixa de agitar a razão.
Para subir-se pela estrada da evolução e entrar-se pela porta do progresso, é preciso prudência, fortaleza, temperança, retidão, fé, esperança e caridade. Por isso: Estreita é a Porta e Apertado é o Caminho que conduz a Vida, e poucos são os que acertam com ela.
A estrada da degradação é a porta da soberba, da avareza, da luxúria, da ira, do ódio, da gula, da preguiça, da inveja, de que o mundo está cheio: eis porque: Larga é a Porta e Espaçosa é a Estrada que conduz à Perdição e muitos são os que por ela entram. Entrai pela Porta Estreita porque é a que dá entrada à Vida Eterna.
ESE 8:11 …Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e purificado tem sentimentos. (nós nos enroscamos na sensação)
ALENDA DO PEIXINHO VERMELHO – LIVRO LIBERTAÇÃO DE ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
No centro de formoso jardim, havia um grande lago, adornado de ladrilhos azul-turquesa. Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, menosprezado de todos. Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. Os outros, vorazes e gorduchos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso. O peixinho vermelho que nadasse e sofresse. Por isso mesmo era visto, em correria constante, perseguido ou atormentado de fome. Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse. Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos nele existentes e sabia, com precisão, onde se reuniria maior massa de lama por ocasião de aguaceiros. Depois de muito tempo, à custa de longas pesquisas, encontrou a grade do escoadouro. À frente da imprevista oportunidade de aventura benéfica, refletiu consigo: – “Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?” Optou então pela mudança. Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos. Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro. Habituado com o pouco, vivia com extrema simplicidade, jamais perdendo a leveza e a agilidade naturais. Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio de novidade e sedento de estudo. De início, porém, fascinado pela paixão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que diminuta ração; impressionado com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária. Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida. ……descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz. Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio a saber que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude, continuariam a correr para o oceano. O peixinho pensou, pensou… e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infância, deliberou consagrar-se à obra do progresso e salvação deles. Não seria justo regressar e anunciar-lhes a verdade? não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo valiosas informações? Não hesitou. Fortalecido pela generosidade de irmãos benfeitores que com ele viviam no Palácio de Coral, empreendeu comprida viagem de volta. Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar. Esbelto e satisfeito pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros. Supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. mas depressa verificou que ninguém se mexia. Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas. Gritou que voltara a casa, mas não houve quem lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, havia dado pela ausência dele. Procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura. O soberano, algo entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse. Gargalhadas estridentes coroaram-lhe a preleção. Ninguém acreditou nele. Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram, solenes, que o peixinho vermelho delirava, que outra vida além do poço era francamente impossível, que aquelas história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente … O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até a grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante: – “Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! vai-te daqui! não nos perturbes o bem-estar… Nosso lago é o centro do Universo… Ninguém possui vida igual à nossa!…” |
A lenda do peixinho vermelho é UMA ANTIGA LENDA EGPÍCIA, narrada por Emmanuel no comecinho do livro “Libertação”, de André Luiz. Emmanuel vê nesta história uma imagem da busca de conhecimentos sobre a vida espiritual que algumas pessoas conhecem, em contraste com outras que preferem continuar na vidinha de sempre, sem esforçar-se para o aprendizado.
“ Ninguém quis ouvir, muito menos “emagrecer”. Não estão dispostos a nenhuma dieta moralizante. Os encarnados preferem não acreditar na existência das esferas espirituais. Agrada-lhes viver de sua arrogância, ignorando a realidade que os espera. Estão iludidos no ócio milenar, engordando nos vícios acalentados pelo egoísmo ou inflados pela vaidade de transitórias realizações terrenas. Um dia, serão compelidos a deixar as obscuras paisagens terrenas e sofrer a amargura por ter desperdiçado o tempo em coisas inúteis.
(NÃO ESTÃO DISPOSTO A FAZEREM A REFORMA ÍNTIMA)
O esforço de André Luiz, buscando acender luz nas trevas, é semelhante à missão do peixinho vermelho.
Fala, informa, prepara, esclarece…
Há contudo, muitos peixes humanos que sorriem e passam, entre a mordacidade e a indiferença, pleiteando larvas temporárias. Esperam um paraíso gratuito com milagrosos deslumbramentos depois da morte do corpo. Mas para todos os caminheiros da vida humana pronunciou o Pastor Divino as indeléveis palavras: – A cada um será dado de acordo com as suas obras.”
MENSAGEM (mentor espiritual = 22/11/19 – Flávio)
Ah meus filhos, nos tempos atuais, onde as fraquezas humanas alcançam níveis jamais mensurados, onde o Planeta passa por essa grande transição, onde o mal se agita e tenta impedir uma transformação que foi determinada por Deus, desde quando o primeiro átomo veio compor este Planeta.
Ah meus filhos, ainda são raros aqueles que querem atravessar pela porta estreita, a grande maioria ainda se entrega na porta larga, o mundo, ainda está cheio de “Martas” inquietas e preocupadas com as coisas materiais, são poucas as “Marias” que querem buscar o necessário, que querem a real iluminação interior.
Nesses tempos difíceis para toda humanidade, aqueles que conseguirem cumprir as suas provas, passar pelas suas expiações com coragem, com resignação; aqueles que trabalharem na obra de Deus, que renunciarem, estes, serão os eleitos da era nova.
Aqueles que se vencerem, vencerão também as portas de acesso às glórias eternas; aqueles que conseguirem dentro do contexto atual calarem as suas mazelas, expurgarem os seus vícios, serão os escolhidos de Jesus, e esta condição meus filhos, está aberta a todos: espíritas, católicos, protestantes e todas as outras religiões, inclusive aqueles que nem acreditam em Deus, mas se fizerem o bem também terão o direito. Mas são poucos aqueles que se esforçam, são poucos aqueles que querem quebrar os grilhões da ilusão, da sensação e do prazer fugidio, são poucos aqueles que querem olhar no espelho e enxergarem o que realmente são.
A vitória é construída dia após dia, luta após luta, sofrimento após sofrimento.
O evangelho do Cristo, a verdade de Deus, são para aqueles que querem enxergar, e nos outros, se cumpre a profecia de Isaías, continuarão cegos e surdos, até a queda no abismo.
Quando um membro da equipe avança, todos avançam um pouquinho com ele.
Quando um médium se eleva, todos os que estão ao seu redor se elevam com ele.
Que a luz e o amor do Pai permaneçam sempre convosco!
A ESCOLHA DE HÉRCULES = (Baseado em “O Livro das Virtudes de William Bennett = pág. 269)
Contam as lendas que, quando Hércules ainda era muito jovem, saiu um dia para levar um recado de seu padrasto. Caminhava triste, mergulhado em pensamentos amargos. Questionava-se porque outros jovens, não melhores que ele, levavam uma vida fácil e cheia de prazer, enquanto para ele a vida era só trabalho e dor. Ruminando essas questões, chegou a uma bifurcação de estradas. Diante da incerteza sobre qual caminho deveria seguir, parou e olhou atentamente.
A estrada à sua direita era montanhosa e acidentada. Não havia beleza nela nem nos seus arredores, mas conduzia diretamente às montanhas azuis que se perdiam na distância.
A estrada à esquerda era larga e lisa, com árvores frondosas oferecendo sombras tentadoras em ambos os lados. Os pássaros cantavam alegres e as flores enfeitavam as margens do caminho. Mas essa estrada terminava em bruma e neblina muito antes de chegar às maravilhosas montanhas azuis que se podia ver ao longe. Enquanto o rapaz estava parado, em dúvida quanto à direção a seguir, vieram duas belas mulheres em sua direção, cada uma delas por uma das estradas. A que veio pelo caminho florido alcançou-o antes e era linda como um dia de verão. Tinha as faces coradas, os olhos faiscantes e dizia-lhe palavras tentadoras: – Oh, nobre jovem não se curve mais ao trabalho e às tarefas árduas; siga-me. Eu o conduzirei por caminhos agradáveis, onde não há tempestades para perturbar nem problemas para aborrecer. – Você terá uma vida fácil, sem responsabilidades. Bebida, comida requintada, ricas vestes, muita música e alegria. Venha comigo e sua estrada será um sonho de contentamento.
A essa altura aproximou-se a outra bela mulher e falou ao rapaz: Eu não lhe prometo nada, exceto o que irá conquistar por suas próprias forças. A estrada pela qual o conduzirei é acidentada e difícil. Terá que subir muitos morros e descer por vales e pântanos. As vistas que por vezes você descortinará do topo dos morros são grandiosas, gloriosas, mas os vales profundos são escuros e a subida é penosa. No entanto, a estrada leva às montanhas azuis da felicidade eterna, que você pode ver no horizonte. Não se consegue alcançá-las sem trabalho. De fato, não há nada que valha a pena possuir se não tiver sido ganho com esforço. – Se você quiser frutos e flores, deve plantá-los e cultivá-los.
– Se quiser o amor de seus companheiros, deve amá-los e sofrer por eles; se quiser gozar dos favores dos céus, deve se tornar digno desses favores; se quiser gozar da felicidade plena, não deve desprezar a árdua estrada que a ela conduz. Hércules viu que essa mulher, embora fosse tão bela quanto a outra, tinha o semblante puro e suave, como uma manhã ensolarada de primavera. – Qual é o seu nome? Perguntou. – Alguns me chamam de trabalho – respondeu -, mas outros me conhecem como virtude.
Ele virou-se para a primeira mulher e perguntou: E qual é o seu nome? Ela respondeu com um sorriso nos lábios: – Alguns me chamam prazer, mas eu prefiro ser conhecida como a alegre e feliz….
– Virtude – disse Hércules -, tomarei a ti por minha guia! A estrada do trabalho e do esforço honesto deverá ser a minha, e meu coração não mais abrigará a amargura nem o descontentamento. E ele tomou a mão da virtude e seguiu com ela pela estrada reta e agreste que conduzirá às claras montanhas azuis no horizonte distante.
O caminho do progresso é cimentado com o suor dos trabalhadores leais do supremo bem, que descobrem no próprio sacrifício e no heroísmo silencioso e anônimo, a glória da libertação espiritual.
EMMANUEL – CAMINHO, VERDADE E VIDA, CAP.92 – MADALENA
“Disse-lhe Jesus: Maria! — Ela, voltando-se, disse-lhe: Mestre!” – (JOÃO:20:16.)
Dos fatos mais significativos do Evangelho, a primeira visita de Jesus, na ressurreição, é daqueles que convidam à meditação substanciosa e acurada.
Por que razões profundas deixaria o Divino Mestre tantas figuras mais próximas de sua vida para surgir aos olhos de Madalena, em primeiro lugar?
Somos naturalmente compelidos a indagar por que não teria aparecido, antes, ao coração abnegado e amoroso que lhe servira de Mãe ou aos discípulos amados… Entretanto, o gesto de Jesus é profundamente simbólico em sua essência divina.
Dentre os vultos da Boa Nova, ninguém fez tanta violência a si mesmo, para seguir o Salvador, como a inesquecível obsediada de Magdala.
Nem mesmo “morta” nas sensações que operam a paralisia da alma; entretanto, bastou o encontro com o Cristo para abandonar tudo e seguir-lhe os passos, fiel até ao fim, nos atos de negação de si própria e na firme resolução de tomar a cruz que lhe competia no calvário redentor de sua existência angustiosa.
É compreensível que muitos estudantes investiguem a razão pela qual não apareceu o Mestre, primeiramente, a Pedro ou a João, à sua Mãe ou aos amigos.
Todavia, é igualmente razoável reconhecermos que, com o seu gesto inesquecivel, Jesus ratificou a lição de que a sua doutrina será, para todos os aprendizes e seguidores, o código de ouro das vidas transformadas para a glória do bem. E ninguém, como Maria de Magdala, houvera transformado a sua, à luz do Evangelho redentor.
LIVRO: SEARA DOS MÉDIUNS = Emmanuel/Chico Xavier = questão 231 pg. 137= Médium Inesquecível
Estudando mediunidade e ambiente, recordemos um dos médiuns inesquecíveis dos dias apostólicos: Paulo de Tarso. Em torno dele, tudo era contra a luz do Evangelho.
A sombra do fanatismo e da crueldade não se instalara apenas no Sinédrio, onde se lhe situava a corte dos mentores e amigos, mas também nele próprio, transformando-o em perigoso instrumento da perseguição e da morte.
Feria, humilhava e injuriava a todos os que não pensassem pelos princípios que lhe norteavam a ação.
Mas desabrocha-lhe a mediunidade inesperadamente. Vê Jesus redivivo e escuta-lhe a voz.
Aterrado, reconhece os enganos em que vivera.
Entretanto, não perde tempo em lamentações inúteis. Não sucumbe desesperado.
Não se confia à volúpia da auto – condenação.
Não foge à luta pela renovação íntima.
Percebe que não pode recolher, de pronto, a simpatia da família espiritual de Jesus, mas não se sente fracassado por isso.
Observa a extensão dos próprios erros, mas não se entrega ao remorso vazio.
Empreende, com sacrifício, a viagem da própria renovação.
Para tanto, não reclama a cooperação alheia, mas dispõe-se, ele mesmo, a colaborar com os outros.
Encontra imensas dificuldades para a iluminação da alma; no entanto, não esmorece na luta.
Segundo a palavra fiel do Novo Testamento, é açoitado e preso, várias vezes, pelo amor com que ensinava a verdade, mas, em contraposição, na Licaônia e na Macedônia, foi tido como sendo “Mercúrio” encarnado e “Servo do Pai altíssimo”.
Não se sente, todavia, esmagado pela flagelação ou confundido pelo êxito.
Tolera assaltos e elogios como o pagador correto, interessado no resgate das próprias contas.
Diz ainda a Boa Nova que “Deus operava maravilhas pelas mãos dele”; entretanto, ele próprio declara trazer consigo “um espinho na carne” que o obrigava a viver em provação permanente.
E, enquanto o corpo lhe permite, dá testemunho da realidade espiritual, combatendo ignorância e superstição, maldade e orgulho, tentação e vaidade.
Nem ouro fácil. Nem privilégios. Nem cidadela social. Nem apoio político.
Ele e o tear que o ajudava a sustentar-se ficaram, através dos séculos, como símbolo perfeito de influência pessoal e meio adverso, ensinando-nos a todos, principalmente a nós outros, encarnados e desencarnados de todos os tempos, que podemos pedir orientação, falar em orientação, examinar os sistemas de orientação, mas que, acima de tudo, precisamos ser a própria orientação em nós mesmos.
VIVENDO O EVANGELHO II – ANDRÉ LUIZ
Você conhece as próprias imperfeições.
É agressivo, mas não age /É invejoso, mas finge / É ciumento, mas não atua / É egoísta, mas oculta.
É orgulhoso, mas disfarça / É vingativo, mas se segura / É implicante, mas esconde.
É mesquinho, mas não revela / É petulante, mas dissimula / É rancoroso, mas encobre.
Não adianta você fazer de conta que não tem defeito e imaginar que está a caminho do encontro com Jesus, quando se esquece da renovação íntima.
A porta estreita, que conduz ao reino de Deus, é a transformação moral.
ESE 17:4... Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que aprende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e sempre o consegue, se tem a vontade firme.
LIVRO MEREÇA SER FELIZ – Ermande Dufaux = Capítulo 24 – Silenciosa Expiação
“Fazer maior soma de bem do que de mal constitui a melhor expiação”. O Livro dos Espíritos – questão 770
Todo esforço de transformação interior gera reações penosas no controle dos impulsos do automatismo. Renovar é uma operação mental de contrariar a rotina, o habitual, gerando incômodos e dores variadas. São as dores psíquicas, dores íntimas. Efeitos naturais da ação transformadora, constituindo verdadeira expiação, silenciosa expiação.(ESE 17:7 o Dever (….Suas vitórias não tem testemunhos e suas derrotas não tem repressão.)
No Livro ESTANTE DA VIDA, o irmão X, no capítulo 15, narra as provações pedidas por Alberto Nogueira, no sentido de reparar a sua posição de Espírito delinquente. Em resumo, ele diz: rogo a vossa permissão para tornar ao campo terrestre a fim de resgatar as minhas faltas. Conceda-me a lepra, o abandono dos entes queridos, a extrema penúria, a loucura ou cegueira, os calvários morais e os tormentos físicos de qualquer natureza… Eis o despacho da autoridade superior:
“O Senhor pede misericórdia, não sacrifício. O interessado resgatará os próprios débitos, em vida normal, com as tarefas naturais de um lar humano e de uma família, em cujo seio encontrará os contratempos justos e educativos para qualquer criatura com necessidades de reequilíbrio e aprimoramento, mas, por mercê do Senhor, será médium espírita, com a obrigação de dar, pelo menos, oito horas de serviço gratuito por semana, em favor de necessitados na Terra, consolando-os e instruindo-os, na condição de instrumento dos Bons Espíritos que operam a transformação do mundo, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo…”
Certo dia houve necessidade dos mentores espirituais procurarem Alberto para resolver um problema espiritual de uma mãe e sua filha. Estas foram ao Centro no qual ele deveria estar trabalhando, e não o encontraram; depois, foram à sua casa. Alberto Nogueira simplesmente esquiva-se do assunto, como se nada tivesse a ver com a dificuldade.
“Aquele espírito valoroso que pedira lepra, cegueira, loucura, idiotia, fogo, lágrimas, penúria e abandono, a fim de desagravar a própria consciência, no plano físico, depois de acomodar-se nas concessões do Senhor, esquecera todas as necessidades que lhe caracterizavam a obra de reajuste e preferia a ociosidade, enquadrado em pijama, com medo de trabalhar”.
Esforcemo-nos por vencer as más tendências. Não há outra saída. Somente assim poderemos passar pela porta estreita e criar condições para a salvação de nossa alma imortal.
LIVRO O ESPÍRITO DA VERDADE = MURALHA DO TEMPO / EMMANUEL/Chico
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta que conduz à perdição.” – Jesus. (Mateus, 7: 13)
Em nós referindo a semelhante afirmativa do Mestre, não nos esqueçamos de que toda porta constitui passagem incrustada em qualquer construção, a separar dois lugares, facultando livre curso entre eles.
Porta, desse modo, é peça arquitetônica encontrada em paredes, muralhas e veículos, permitindo, em todos os casos, franco passadouro.
E as portas referidas por Jesus, a que estrutura se entrosam?
Sem dúvida, a porta estreita e a porta larga pertencem à muralha do tempo, situada à frente de todos nós.
A porta estreita revela o acerto espiritual que nos permite marchar na senda evolutiva, com o justo aproveitamento das horas.
A porta larga expressa-nos o desequilíbrio interior, com que somos forçados à dor da reparação, com lastimáveis perdas de tempo.
Aquém da muralha, o passado e o presente.
Além da muralha, o futuro e a eternidade.
De cá, a sementeira do “hoje”.
De lá, a colheita do “amanhã”.
A travessia de uma das portas é ação compulsória para todas as criaturas.
Porta larga – entrada na ilusão – saída pelo reajuste…
Porta estreita – saída do erro – entrada na renovação…
O momento atual é de escolha da porta, estreita ou larga.
Os minutos apresentam valores particulares, conforme atravessemos a muralha, pela porta do serviço e da dificuldade ou através da porta dos caprichos enganadores.
Examina, por tua vez, qual a passagem que eleges por teus atos comuns, na existência que se desenrola, momento a momento.
Por milênios, temos sido viajores do tempo a ir e vir pela porta larga, nos círculos de viciação que forjamos para nós mesmos, engodados na autoridade transitória e na posse amoedada, na beleza física e na egolatria aviltante.
Renovemo-nos, pois, em Cristo, seguindo-o, nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos da marcha, conservando alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas da Felicidade Maior.
RESUMO DO LIVRO “ EUSTÁQUIO = 15 SÉCULOS DE UMA TRAJETÓRIA = CAIRBAR SCHUTEL
O livro conta a historia de 17 existências de Eustáquio. Começa no ano 415, foi general de Clóvis, Rei dos Francos, cruel com os inimigos, maléfico, é morto por um soldado que tinha um punhal escondido nas botas, desencarna aos 34 anos. Fica 500 anos no plano espiritual cometendo atrocidades. Quando era obrigado a reencarnar na pobreza, revoltava-se. Só gostava mesmo era da riqueza e poder. Na 5ª existência no Brasil, vem como índio, começa a provocar uma revolta contra o cacique, que em pouco tempo toma seu lugar na aldeia. (De longe é observado por dois amigos espirituais que comentam: (“ É impressionante como desvios arraigados no âmago do ser, demoram a ser corrigidos”. )
Na 10ª reencarnação, na pobreza, é que começa a resignação.
11ª – França – exército de Joana Dárc – amigo e protetor até sua morte.
12ª – Itália – monge Beneditino – quando conhece João Calvino, teólogo francês, encanta-se com suas Idéias, abandona a igreja e torna-se protestante. Perde a vida na Noite de São Bartolomeu.
13ª África – inteligente e caridoso. Tribo é invadida dos mercenários ingleses, é aprisionado e levado por navio de escravos para o Brasil = Chega no Rio de Janeiro, revolta-se e é açoitado até a morte.
15ª – Eduardo – filho de duque, inteligente, jornalista, conhece Napoleão Bonaparte.
16ª – Em 1890 – Brasil, nasce José Antonio, família rica – Vai para a França estudar medicina. Médico, entra para Cruz Vermelha – Vai para a Rússia, conhece Lenin (revolucionário russo). Vai para a suíça. Explode a Segunda guerra mundial, conhece Maria a enfermeira espírita, que como ele tudo faz para atender os doentes (aqueles que prejudicou no passado), sem tempo de comer e dormir. (Sempre que era possível, eles faziam reunião mediúnica no Acampamento). Acaba contraindo pneumonia. Desencarna aos 55 anos.
Dr.Josef como era chamado, nunca quis se casar e constituir família, para poder realizar seu trabalho e resgatar seu passado.
Fontes pesquisadas:
LIVRO DOS ESPÍRITOS;
JORNAL CORREIO ESPÍRITA;
BIBLIA SAGRADA;
LIVRO BOA NOVA;
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO;
JORNAL MUNDO ESPÍRITA;
LIVRO CEIFA DE LUZ;
LIVRO VINHA DE LUZ;
LIVRO EVOLUÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO;
LIVRO O CONSOLADOR;
LIVRO PARÁBOLAS E ENSINOS DE JESUS;
LIVRO LIBERTAÇÃO;
O LIVRO DAS VIRTUDES;
LIVRO CAMINHO, VERDADE E VIDA;
LIVRO SEARA DOS MÉDIUNS;
LIVRO VIVENDO O EVANGELHO;
LIVRO MEREÇA SER FELIZ;
LIVRO ESTANTE DA VIDA
EUSTÁQUIO -15 SÉCULOS DE UMA TRAJETÓRIA