A Verdadeira Propriedade – palestra 27.05.20
A VERDADEIRA PROPRIEDADE
Estudo CLEC – 27.05.20 – Flavio
O EVANGELHO SEG O ESPIRITISMO – [CAP. 16 ITENS 09-10] A VERDADEIRA PROPRIEDADE
9. O homem não possui de seu senão o que pode levar deste mundo. O que encontra ao chegar e o que deixa ao partir, goza durante a sua permanência na Terra; mas, uma vez que é forçado a abandoná-lo, dele não tem senão o gozo e não a posse real. Que possui ele, pois? Nada daquilo que é para uso do corpo, tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais; eis o que traz e o que leva, o que não está no poder de ninguém lhe tirar, o que lhe servirá mais ainda no outro mundo do que neste; dele depende ser mais rico em sua partida do que em sua chegada, porque daquilo que tiver adquirido em bem depende a sua posição futura. Quando um homem vai a um país longínquo, compõem a sua bagagem de objetos usáveis no país, mas não se carrega daqueles que lhe seriam inúteis. Fazei, pois, o mesmo para a vida futura e fazei provisão de tudo o que poderá nela vos servir.
Ao viajor que chega a uma estalagem, se dá um belo alojamento se pode pagá-lo; àquele que pode pouca coisa, se dá um menos agradável; quanto àquele que nada tem, vai deitar sobre a palha. Assim ocorre com o homem na sua chegada ao mundo dos Espíritos: seu lugar nele está subordinado ao que tem; mas não é com o ouro que o paga. Não se lhe perguntará: o que dela trazeis? Não se computará o valor de seus bens, nem dos seus títulos, mas a soma de suas virtudes; ora, a esse respeito, o operário pode ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que, antes da sua partida, pagou a sua entrada com ouro e se lhe responderá: Os lugares aqui não se compram, eles se conquistam pelo bem que se fez; com o dinheiro terrestre, pudestes comprar campos, casas, palácios; aqui tudo se paga com as qualidades do coração. Sois rico dessas qualidades? Sede bem-vindo, e ide ao primeiro lugar onde todas as felicidades vos esperam; sois pobre? Ide ao último onde sereis tratado em razão do que tendes.
(PASCAL, Genebra, 1860).
O EVANGELHO SEG O ESPIRITISMO – [CAP. 16 ITEM 12]
12. Quando considero a brevidade da vida, fico dolorosamente impressionado pela incessante preocupação da qual o bem-estar material é para vós o objeto, ao passo que ligais tão pouca importância e não consagrais senão pouco ou nenhum tempo ao vosso aperfeiçoamento moral, que deve vos ser contado para a eternidade. (UM ESPÍRITO PROTETOR. Cracóvia, 1861).
O EVANGELHO SEG O ESPIRITISMO – [CAP. 02 ITEM 08]. Uma realeza terrestre
8. Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: O meu reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha fui entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! Como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra!
Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.
Oh! Jesus, tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer para chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam. A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores.
Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.
Compadecei-vos dos que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais. (UMA RAINHA DE FRANÇA, Havre, 1863).
O CÉU E O INFERNO – [2º PARTE CAP. 08 EXPIAÇÕES TERRESTRES]. Adélaide – Marguerite Gosse
Era uma humilde e pobre criada, de Harfleur, Normandia. Aos 11 anos entrou para o serviço de ricos criadores de gado de sua região. Um ano depois, uma inundação do Sena arrebatava-lhes, afogando-os, todos os animais! Outras desgraças ocorrem, seus patrões caem no infortúnio! Adélaide vincula seu destino ao deles, abafa a voz do egoísmo e, só ouvindo seu generoso coração, obrigou-os a aceitarem quinhentos francos de suas economias, continuando a servi-los independentemente de salário. Depois da morte dos patrões, passou a dedicar-se a uma filha que deixaram, viúva e sem recursos. Mourejava pelos campos, recolhia o produto, e, casando-se, reuniu os seus esforços aos do marido, para manterem juntos a pobre mulher, a quem continuou a chamar sua patroa! Cerca de meio século durou esta abnegação sublime. A Sociedade de emulação, de Rouen, não deixou no esquecimento essa mulher digna de tanto respeito e admiração, porquanto lhe decretou uma medalha de honra e uma recompensa em dinheiro; a este testemunho associaram-se as lojas maçônicas do Havre, oferecendo-lhe uma pequena soma destinada ao seu bem-estar.
Finalmente, a administração local também se interessou por ela, delicadamente, de modo a não lhe ferir a suscetibilidade. Este anjo de bondade foi arrebatado da Terra, instantânea e suavemente, em conseqüência de um ataque de paralisia. Singelas, porém decentes, foram as últimas homenagens prestadas à sua memória. O secretário da municipalidade foi à frente do cortejo fúnebre.
(Sociedade de Paris – 27 de dezembro de 1861)
Evocação. – Ao Deus Onipotente rogamos nos permita a comunicação do Espírito de Marguerite Gosse. – P. Felizes nos consideramos em poder testemunhar-vos a nossa admiração pela vossa conduta na Terra, e esperamos que tanta abnegação tenha recebido a sua recompensa. – R. Sim, Deus foi bom e misericordioso para com a sua serva. Tudo quanto fiz, e louvável vos parece, era natural.
– P. Podereis dizer-nos, para edificação nossa, qual a causa da humildade de vossa condição terrena? – R. Em duas encarnações sucessivas ocupei posição assaz elevada, sendo-me fácil a prática do bem, que fazia sem sacrifício, sendo, como era, rica. Pareceu-me, porém, que me adiantava lentamente, e por isso pedi para voltar numa condição mais ínfima, em que teria eu mesma de lutar com as privações. Para isso me preparei durante longo tempo, e Deus manteve-me a coragem, de modo a poder atingir o fim a que me propusera.
– P. Já tornastes a ver os antigos patrões? Dizei-nos qual a vossa posição perante eles, e se ainda vos considerais deles subalterna? – R. Vi-os, pois, quando cheguei a este mundo, já aqui estavam. Humildemente vos confesso que me consideram como lhes sendo superior.
– P. Tínheis qualquer motivo de afeição para com eles, de preferência a outros quaisquer? – R. Obrigatório, nenhum, visto que em qualquer parte conseguiria o meu objetivo. Escolhi-os, no entanto, para retribuir uma dívida de reconhecimento. É que outrora haviam sido benévolos para comigo, prestando-me serviços.
– P. Que futuro julgais que vos aguarde? – R. Espero a reencarnação em um mundo onde se não conheçam dores. Talvez me julgueis muito presunçosa, porém eu vos falo com a vivacidade própria do meu caráter. Além disso, submeto-me à vontade de Deus.
– P. Gratos à vossa presença, não duvidamos que Deus vos cumule de benefícios. – R. Obrigada. Assim Deus vos abençoe a todos, para que possais, quando desencarnados, gozar das puras alegrias que a mim me foram concedidas.
O CONSOLADOR – EMMANUEL / CHICO XAVIER – [QUESTÃO 79].
79 – Como interpretar nosso parentesco com os animais?
Considerando que eles igualmente possuem diante do tempo, um porvir de fecundas realizações, através de numerosas experiências chegarão, um dia, ao chamado reino hominal, como, por nossa vez, alcançaremos, no escoar dos milênios, a situação de angelitude. A escala do progresso é sublime e infinita.
No quadro exíguo dos vossos conhecimentos, busquemos uma figura que nos convoque ao sentimento de solidariedade e de amor que deve imperar em todos os departamentos da natureza visível e invisível. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade.
Busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos em nosso íntimo o santuário eterno da fraternidade universal.
AÇÃO E REAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 07 Conversação preciosa].
(Ministro Sânzio): Desde o elétron aos gigantes astronômicos da Tela Cósmica, tudo constitui reservas das energias de Deus, que usamos, em nosso proveito, por permissão dEle, de sorte a promovermos, com firmeza, nossa própria elevação a Sua Majestade Sublime. Dessa maneira, é fácil perceber que, após conquistarmos a coroa da razão, de tudo se nos pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não há progresso sem justiça na aferição de valores.
(André Luiz): Lembrei-me instintivamente da nossa errada conceituação de vida na Terra, quando nos achamos sempre dispostos a senhorear sempre indebitamente os recursos do estágio humano, em terras e casas, títulos e favores, prerrogativas e afetos, arrastando, por toda a parte, as algemas do mais gritante egoísmo…
Sânzio registrou-me os pensamentos, porque acentuou com paternal sorriso, após ligeira pausa:
– Realmente, no mundo o homem inteligente deve estar farto de saber que todo conceito de propriedade exclusiva não passa de simples suposição. Por empréstimo, sim, todos os valores da existência lhe são adjudicados pela Providência Divina, por determinado tempo, de vez que a morte funciona como juiz inexorável, transferindo os bens de certas mãos para outras e marcando com inequívoca exatidão o proveito que cada Espírito extrai das vantagens e concessões que lhe foram entregues pelos Agentes da Infinita Bondade. Aí, vemos os princípios de causa e efeito, em toda a força de sua manifestação, porque, no uso ou no abuso das reservas da vida que representam a eterna Propriedade de Deus, cada alma cria na própria consciência os créditos e os débitos que lhe atrairão inelutavelmente as alegrias e as dores, as facilidades e os obstáculos do caminho. Quanto mais amplitude em nossos conhecimentos, mais responsabilidade em nossas ações. Através de nossos pensamentos, palavras e atos, que nos fluem, invariáveis, do coração, gastamos e transformamos constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem evolutiva, nos setores da experiência, e, do quilate de nossas intenções e aplicações, nos sentimentos e práticas da marcha, a vida organiza, em nós mesmos, a nossa conta agradável ou desagradável ante as Leis do Destino.
BÍBLIA – LUCAS [CAP. 10, VS. 38-42]
Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher chamada Marta, o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar.
Marta, toda preocupada com a lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude.
Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e preocupada com muitas coisas; no entanto, uma só é necessária; Maria escolheu a melhor parte, parte esta que não lhe será tirada.
IMITAÇÃO DE CRISTO – CAP. 23 [Da meditação da morte]
Mui depressa chegará teu fim neste mundo; vê, pois, como te preparas: hoje está vivo o homem e amanhã já não existe. Entretanto, logo que se perdeu de vista, também se perderá da memória. Ó cegueira e dureza do coração humano, que só cuida do presente, sem olhar para o futuro! De tal modo te deves haver em todas as tuas obras e pensamentos, como se fosse já a hora da morte. Se tivesses boa consciência não temerias muito a morte. Melhor fora evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como estarás amanhã? O dia de amanhã é incerto, e quem sabe se te será concedido?
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – [LIVRO II CAP. 03 QUESTÃO 155].
155 – Como se opera a separação da alma e do corpo?
– Rompidos os laços que a retinham, ela se liberta.
– A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação bem nítida entre a vida e a morte?
– Não, a alma se liberta gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que ganha subitamente a liberdade. Esses dois estados se tocam e se confundem; assim o Espírito se libera pouco a pouco de seus laços: os laços se desatam, não se quebram.
Durante a vida, o Espírito se liga ao corpo por seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é apenas a destruição do corpo e não desse segundo envoltório que se separa do corpo quando cessa neste a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desligamento do perispírito não se completa subitamente; ele não opera senão gradualmente e com uma lentidão que varia muito segundo os indivíduos. Para alguns ele é muito rápido, e pode-se dizer que o momento da morte é aquele do desligamento, algumas horas após. Para outros, aqueles sobretudo, cuja vida foi toda material e sensual, o desligamento é muito menos rápido e dura, algumas vezes, dias, semanas e mesmo meses, o que não implica existir no corpo a menor vitalidade nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre em razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. Com efeito, é racional conceber que quanto mais o Espírito se identifica com a matéria, mais ele sofre ao se separar dela. Ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo de libertação mesmo durante a vida do corpo e, quando chega a morte, ela é quase instantânea. Tal é o resultado dos estudos feitos sobre todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade persistente entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é algumas vezes muito penosa porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e particular a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte; ele se apresenta entre alguns suicidas.
AÇÃO E REAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 18 Resgates coletivos].
RESUMO: Um apelo urgente vindo da Terra pedia auxílio para vítimas de um acidente aéreo, onde o avião chocou-se contra uma montanha. Um ancião desencarnado, que fazia parte da equipe de socorro espiritual rogou ajuda à Mansão Paz (colônia espiritual situada nas regiões inferiores do plano espiritual da Terra) para remoção de 06 das 14 pessoas que desencarnaram no acidente, onde 08, das vítimas fatais, permaneciam em estado de choque, algemadas aos corpos, 04 gemiam, jungidos aos próprios restos, e 02 delas, não obstante ainda presas ao corpo físico, gritavam desesperadas, em crises de inconsciência.
Hilário, questiona o instrutor Druso, por que motivo somente 06 das 14 vítimas seriam resgatadas de imediato e obteve por resposta: “O socorro no avião sinistrado é distribuído indistintamente, contudo, não podemos esquecer que se o desastre é o mesmo para todos os que tombaram, a morte é diferente para cada um. No momento serão retirados da carne tão-somente aqueles cuja vida interior lhes outorga a imediata liberação. Quanto aos outros, cuja situação presente não lhes favorece o afastamento rápido da armadura física, permanecerão ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes dizem respeito. – Quantos dias? Clamou meu colega (Hilário), incapaz de conter a emoção de que se via possuído.
– Depende do grau de animalização dos fluídos que lhes retêm o Espírito à atividade corpórea – respondeu-nos o mentor. – Alguns serão detidos por algumas horas, outros, talvez, por longos dias… Quem sabe? Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma. O gênero de vida que alimentamos no estágio físico dita as verdadeiras condições de nossa morte. Quanto mais chafurdarmos o ser nas correntes das baixas ilusões, mais tempo gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam a matéria pesada e primitiva de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais inferiores a que nos ajustamos, nelas encontrando combustível para dilatados enganos nas sombras do campo carnal, propriamente considerado. E quanto mais nos submetamos às disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades conquistaremos para a exoneração da carne em quaisquer emergências de que não possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei. Assim é que “morte física” não é o mesmo que “emancipação espiritual.
AÇÃO E REAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 18 Resgates coletivos].
Inegavelmente, a Terra jaz repleta de criaturas, tanto quanto nós, algemadas a escabrosos compromissos, carentes de ação contínua para o necessário reequilíbrio. Não seria justo atormentá-las com pensamentos de temor e flagelação, quando através do bem, sentido e praticado, podemos cada hora arredar de nossos horizontes as nuvens de sofrimentos prováveis.
Assinalando-nos a atitude inequívoca de compreensão e de obediência, como não podia deixar de ser, o chefe da instituição continuou em tom afável, depois de ligeira pausa:
– Imaginemos que fossem analisar as origens da provação a que se acolheram os acidentados de hoje… Surpreenderiam, decerto, delinquentes que, em outras épocas, atiraram irmãos indefesos do cimo de torres altíssimas, para que seus corpos se espatifassem no chão; companheiros que, em outro tempo, cometeram hediondos crimes sobre o dorso do mar, pondo a pique existências preciosas, ou suicidas que se despenharam de arrojados edifícios ou de picos agrestes, em supremo atestado de rebeldia, perante a Lei, os quais, por enquanto, somente encontraram recurso em tão angustioso episódio para transformarem a própria situação. Quantos milhares de irmãos encarnados possuímos nós, em cujas contas com os Tribunais Divinos figuram débitos desse jaez? Entretanto, não desconhecemos que nós, consciências endividadas, podemos melhorar nossos créditos, todos os dias. Quantos romeiros terrenos, em cujos mapas de viagem constam surpresas terríveis, são amparados devidamente para que a morte forçada não lhes assalte o corpo, em razão dos atos louváveis a que se afeiçoam!… Quantas intercessões da prece ardente conquistam moratórias oportunas para pessoas cujo passo já resvala no cairel do sepulcro?!… quantos deveres sacrificiais granjeiam, para a alma que os aceita de boamente, preciosas vantagens na Vida Superior, onde providências se improvisam para que se lhes amenizem os rigores da provação necessária?! Bem sabemos que, se uma onda sonora encontra outra, de tal modo que as “cristas” de uma ocorram nos mesmos pontos dos “vales” da outra, esse meio, em consequência aí não vibra, tendo-se como resultado o silêncio. Assim é que, gerando novas causas com o bem, praticado hoje, podemos interferir nas causas do mal, praticado ontem, neutralizando-as e reconquistando, com isso, o nosso equilíbrio. Desse modo, creio mais justo incentivarmos o serviço do bem, através de todos os recursos ao nosso alcance. A caridade e o estudo nobre, a fé e o bom ânimo, o otimismo e o trabalho, a arte e a meditação construtiva constituem temas renovadores, cujo mérito não será lícito esquecer, na reabilitação de nossas idéias e, consequentemente, de nossos destinos.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – [LIVRO III CAP. 12 QUESTÃO 919].
919 – Qual é o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal?
– Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.
O CONSOLADOR – EMMANUEL / CHICO XAVIER – [QUESTÃO 68].
68 –Como conceituar o estado de espírito do homem moderno, que tanto se preocupa com o “estar bem na vida”, “ganhar bem” e “trabalhar para enriquecer”?
– Esse propósito do homem viciado, dos tempos atuais. Constitui forte expressão de ignorância dos valores espirituais na Terra, onde se verifica a inversão de quase todas as conquistas morais.
Foi esse excesso de inquietação, no mais desenfreado egoísmo, que provocou a crise moral do mundo, em cujos espetáculos sinistros podemos reconhecer que o homem físico, da radiotelefonia e do transatlântico, necessita de mais verdade que dinheiro, de mais luz que de pão.
O CONSOLADOR – EMMANUEL / CHICO XAVIER – [QUESTÃO 205].
205 – Podemos ter uma ideia da extensão de nossa capacidade intelectual?
-A capacidade intelectual do homem terrestre é excessivamente reduzida, em face dos elevados poderes da personalidade espiritual independente dos laços da matéria.
Os elos da reencarnação fazem o papel de quebra-luz sobre todas as conquistas anteriores do Espírito reencarnado. Nessa sombra, reside o acervo de lembranças vagas, de vocações inatas, de numerosas experiências, de valores naturais e espontâneos, a que chamais subconsciência. O homem comum é uma representação parcial do homem transcendente, que será reintegrado nas suas aquisições do passado, depois de haver cumprido a prova ou a missão exigida pelas suas condições morais, no mecanismo da justiça divina.
Aliás, a incapacidade intelectual do homem físico tem sua origem na sua própria situação, caracterizada pela necessidade de provas amargas.
O cérebro humano é um aparelho frágil e deficiente, onde o Espírito em queda tem de valorizar as suas realizações de trabalho.
Imaginai a caixa craniana, onde se acomodam células microscópicas, inteiramente preocupadas com sua sede de oxigênio, sem dispensarem por um milésimo de segundo; a corrente do sangue que as irriga, a fragilidade dos filamentos que as reúnem, cujas conexões são de cem milésimos de milímetro, e tereis assim uma ideia exata da pobreza da máquina pensante de que dispõe o sábio da Terra para as suas orgulhosas deduções, verificando que, por sua condição de Espírito caído na luta expiatória, tudo tende a demonstrar ao homem do mundo a sua posição de humildade, de modo que, em todas as condições, possa ele cultivar os valores legítimos do sentimento.
ESPÍRITO E VIDA – JOANNA DE ANGELIS / DIVALDO P. FRANCO – [CAP. 12 MEDICAMENTO EFICAZ].
O Livro Espírita, que te liberta da ignorância e da superstição, é o amigo incondicional da tua lucidez, oferecendo-te pão e lume, agasalho e remédio para as horas difíceis de provança da tua jornada atual.
Os Espíritos Sublimes que vieram corporificar a mensagem cristã na Terra, para a redenção da Humanidade, foram explícitos: o estudo é o libertador do homem, no cadinho difícil das reencarnações dolorosas, porquanto o conhecimento dá-lhe armas para se librar acima de todo o mal e viver todo o amor nas trilhas santificantes da caridade com Jesus.
LIBERTA-TE DO MAL – JOANNA DE ANGELIS / DIVALDO P. FRANCO – [CAP. Tempo mental].
Na azáfama da vida moderna o aturdimento domina as criaturas humanas que procuram atender aos muitos compromissos, reais e imaginários, não lhes permitindo espaço mental para as reflexões saudáveis nem para as meditações de urgência indispensáveis a uma existência equilibrada.
A parafernália eletrônica facilitando a comunicação, especialmente na área da futilidade, com as exceções compreensíveis, inquieta os seus serventuários que se lhes transformam em escravos, telefonando para diálogos irrelevantes, enviando mensagens, curiosamente olhando o ORKUT ou outros mecanismos de mexericos e novidades, entregando-se aos jogos de violência ou consultando os sites que lhes atendam aos específicos tormentos, em nome do falso progresso tecnológico…
O ser humano autodesconhece-se enquanto permanece atento aos acontecimentos exteriores que envolvem outras pessoas.
O tempo-sem-tempo da atualidade faz com que as pessoas atulhem a mente com preocupações secundárias e vazias de sentido em detrimento dos legítimos significados existenciais.
A falsa necessidade de se acompanhar todos os acontecimentos globais, participando da sementeira da futilidade e das estratégias do cotidiano, vem empurrando o ser humano para os abismos do estresse, do medo, decorrentes da ansiedade por tudo desejar, assim como do amortecimento dos interesses elevados em relação ao próximo e a si mesmo.
Na desenfreada correria em busca do exterior, o vazio interior instala-se, enquanto vergasta a emoção com os tormentos da angústia, da insatisfação, da perda dos objetivos pelos quais se deve lutar.
Há escassez de tempo e de tranquilidade para a autoanálise, para a avaliação das legítimas necessidades emocionais na viagem do autoencontro.
A inquietação, a insegurança que se avolumam sob vários aspectos, as ambições do ter e do poder aturdem o indivíduo e levam-no ao desfalecimento e ao derrotismo, proporcionando-lhe o tombo infeliz na depressão.
LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 02 A palestra do Instrutor].
Nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser comparado aos pólos de um aparelho magneto-elétrico.
O espírito encarnado sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja. Se não escasseiam milhões de influxos primitivistas, constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres a entreter emoções e desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em abismos do sentimento destrutivo, pelos quais já peregrinamos há muitos séculos, não nos faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à ascensão para a gloriosa imortalidade.
LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 02 A palestra do Instrutor].
Organizam, assim, verdadeiras cidades, em que se refugiam falanges compactas de almas que fogem, envergonhadas de si mesmas, ante quaisquer manifestações da divina luz. Filhos da revolta e da treva aí se aglomeram, buscando preservar-se e escorando-se, aos milhares, uns nos outros…
Auscultando-nos a surpresa manifesta, o Instrutor prosseguiu, respondendo-nos às arguições íntimas:
— Tais colônias perturbadoras devem ter começado com as primeiras inteligências terrestres entregues à insubmissão e à indisciplina, ante os ditames da Paternidade Celestial. A alma caída em vibrações desarmônicas, pelo abuso da liberdade que lhe foi confiada, precisa tecer os fios do reajustamento próprio e milhões de irmãos nossos se recusam a semelhante esforço, ociosos e impenitentes, alongando o labirinto em que muitas vezes se perdem por séculos. Inabilitados para a jornada imediata, rumo ao Céu, em virtude das paixões devastadoras que os magnetizam, arrebanham-se de conformidade com as tendências inferiores em que se afinam, ao redor da Crosta Terrestre, de cujas emanações e vidas inferiores ainda se nutrem, qual ocorre aos próprios homens encarnados. O objetivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo mental da criatura humana, a fim de que o Planeta permaneça, tanto quanto possível, sob seu jugo tirânico.
LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 04 Numa cidade estranha].
Quase todas as almas humanas, situadas nestas furnas, sugam as energias dos encarnados e lhes vampirizam a vida, qual se fôssem lampreias insaciáveis no oceano do oxigênio terrestre. Suspiram pelo retorno ao corpo físico, de vez que não aperfeiçoaram a mente para a ascensão, e perseguem as emoções do campo carnal com o desvario dos sedentos no deserto. Quais fetos adiantados absorvendo as energias do seio materno, consomem altas reservas de força dos seres encarnados que as acalentam, desprevenidos de conhecimento superior. Daí, esse desespero com que defendem no mundo os poderes da inércia e essa aversão com que interpretam qualquer progresso espiritual ou qualquer avanço do homem na montanha de santificação. No fundo, as bases econômicas de toda essa gente residem, ainda, na esfera dos homens comuns e, por isto, preservam, apaixonadamente, o sistema de furto psíquico, dentro do qual se sustentam, junto às comunidades da Terra.
LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 16 Encantamento pernicioso].
Enquanto a criatura é vulgar e não se destaca por aspirações de ordem superior, as inteligências pervertidas não se preocupam com ela; no entanto, logo que demonstre propósitos de sublimação, apura-se-lhe o tom vibratório, passa a ser notada pelos característicos de elevação e é naturalmente perseguida por quem se refugia na inveja ou na rebelião silenciosa, visto não conformar-se com o progresso alheio.
LIBERTA-TE DO MAL – JOANNA DE ANGELIS / DIVALDO P. FRANCO – [CAP. Esforço para a iluminação].
Enquanto chafurdas nos processos de autodestruição, o que equivale dizer, a permanência nas deploráveis situações do prazer, decorrendo dos instintos primitivos que foram úteis no início da evolução e agora devem ser substituídos pelas emoções edificantes, não te apercebes da gravidade da situação.
Logo, porém, quando te ergues do charco asfixiante e passas a respirar o oxigênio puro da harmonia e das elevadas expressões do ser feliz, dá-te conta do tempo malbaratado na ilusão, aspirando por diferente maneira de viver.
Observas, então, que forças desconhecidas que se encontravam ocultas passam a te perturbar a ambição de crescimento ético-moral, criando-te embaraços onde quer que te encontres.
De um lado são os condicionamentos sociais, o meio ambiente em que te movimentas agredindo-te, porque já não participas do banquete tóxico dos gozos e das frivolidades que se transformam, não poucas vezes, em condutas perversas.
Os anteriores amigos, mais afinados com teus vícios, aos deles semelhantes, com os quais realmente simpatizavas, e teus companheiros existenciais reprocham-te a conduta, mortificam-te com apodos deprimentes, voltam-se contra ti e, sempre que possível, dificultam o teu acesso a convivência anterior…
A estrada dos triunfadores do bem está pavimentada por acúleos e pedrouços ferintes, que os obrigam a deixar pegadas sanguinolentas, assinalando-lhes a passagem vitoriosa.
É compreensível que assim aconteça, porque toda ascensão impõe imenso esforço, e a que diz respeito à iluminação ainda é mais enérgica porque necessita contínuos contributos da coragem e da fé que são essenciais ao seu logro.
Por outro lado, Espíritos infelizes, que se encontram desencarnados e que se locupletam com vampirizações deprimentes, passam a te ver como seus adversários, face aos teus objetivos de libertação pessoal assim como de outras vítimas, transformando-se em ferozes verdugos da tua paz.
Possuindo recursos que escapam à compreensão humana imediata, estimulam reações familiares negativas, lançam afetos doentios contra os teus propósitos, e quando conseguem a tua sintonia, nos momentos de desar e de sofrimento, passam a te inspirar cansaço exagerado, desânimo e ressentimentos em relação àqueles que não te acompanham, mas te magoam, produzindo o campo próprio aos prejuízos emocionais que te inibem o prosseguimento.
Permanece desse modo, vigilante, compreendendo que ninguém tem o dever de seguir contigo nesse magno esforço, e toda luz que acendas no íntimo brilhará sem sombra nas tuas paisagens internas, nem sempre observadas ou detectadas pelas demais pessoas.
Prossegue a sós que seja, porquanto o teu êxito irá influenciar no futuro toda a sociedade que hoje permanece em escuridão.
Sê, portanto, aquele que acende a chama luminosa na mente e no sentimento, avançando em direção dAquele que é máxima representação da Vida na Terra.
DEPOIS DA MORTE – LEON DENIS – [CAP. 53 O estudo].
O estudo é a fonte de ternos e puros deleites; liberta-nos das preocupações vulgares e faz-nos esquecer as tribulações da vida. O livro é um amigo sincero que nos dá bons augúrios nas horas felizes, bem como nas ocasiões críticas. Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima, e não ao livro frívolo, que diverte e, muitas vezes, desmoraliza. Ainda não nos compenetramos bem do verdadeiro caráter do bom livro. É como uma voz que nos fala através dos tempos, relatando-nos os trabalhos, as lutas, as descobertas daqueles que nos precederam no caminho da vida e que, em nosso proveito, aplanaram as dificuldades.
Não será grande felicidade o podermos neste mundo comunicar pelo pensamento com os Espíritos eminentes de todos os séculos e de todos os países? Eles puseram no livro a melhor parte da sua inteligência e do seu coração. Conduzem-nos pela mão, através dos dédalos da História; guiam-nos para as altas regiões da Ciência, das Artes e da Literatura. Ao contacto dessas obras que constituem o mais precioso dos bens da Humanidade, compulsando esses arquivos sagrados, sentimo-nos engrandecer, sentimo-nos satisfeitos por pertencermos a raças que produziram tais gênios. A irradiação do seu pensamento estende-se sobre nossas almas, reaquecendo-nos e exaltando-nos.
Saibamos escolher bons livros e habituemo-nos a viver no meio deles, em relação constante com os Espíritos elevados. Rejeitemos com objetivismo as obras pérfidas, escritas para lisonjear as paixões vis. Acautelemo-nos dessa literatura relaxada, fruto do sensualismo, que deixa em sua passagem a corrupção e a Imoralidade.
A maior parte dos homens pretende amar o estudo, e objeta que lhe falta tempo para se entregar a ele. Mas, quantos nessa maioria consagram noites Inteiras ao jogo, às conversações ociosas? Alguns replicam que os livros custam caro; entretanto, em prazeres fúteis e de mau gosto, despendem mais dinheiro do que o necessário para a aquisição de uma rica coleção de obras.
LIBERTAÇÃO – ANDRÉ LUIZ / CHICO XAVIER – [CAP. 06 Observações e novidades].
Enriquecer a mente de conhecimentos novos, aperfeiçoar-lhe as faculdades de expressão, purificá-la nas correntes iluminativas do bem e engrandecê-la com a incorporação definitiva de princípios nobres é desenvolver nosso corpo glorioso, na expressão do apóstolo Paulo, estruturando-o em matéria sublimada e divina. Essa matéria, André, é o tipo de veículo a que aspiramos, ao nos referirmos à vida que nos é superior. Estamos ainda presos às aglutinações celulares dos elementos físio-perispiríticos, tanto quanto a tartaruga permanece algemada à carapaça. Imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas, até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras.
Somos quais arbustos do solo planetário. Nossas raízes emocionais se mergulham mais ou menos profundamente nos círculos da animalidade primitiva. Vem a foice da morte e sega-nos os ramos dos desejos terrenos; todavia, nossos vínculos guardam extrema vitalidade nas camadas inferiores e renascemos entre aqueles mesmos que se converteram em nossos associados de longas eras, através de lutas vividas em comum, e aos quais nos agrilhoamos pela comunhão de interesses da linha evolutiva em que nos encontramos.
As elucidações eram belas e novas aos meus ouvidos, e, em razão disso, calei as interrogações que me vagueavam no íntimo, para atenciosamente registrar as considerações do Instrutor, que prosseguiu:
— A vida física é puro estágio educativo, dentro da eternidade, e a ela ninguém é chamado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, àmoldagem viva do céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades recebidas no aprimoramento de nossos valores mentais, com o desabrochar e evolver das sementes divinas que trazemos conosco. O trabalho incessante para o bem, a elevação de motivos na experiência transitória, a disciplina dos impulsos pessoais, com amplo curso às manifestações mais nobres do sentimento, o esforço perseverante no infinito bem, constituem as vias de crescimento mental, com aquisição de luz para a vida imperecível. Cada criatura nasce na Crosta da Terra para enriquecer-se através do serviço à coletividade. Sacrificar-se é superar-se, conquistando a vida maior. Por isto mesmo, o Cristo asseverou que o maior no Reino Celeste é aquele que se converter em servo de todos. Um homem poderá ser temido e respeitado no Planeta pelos títulos que adquiriu à convenção humana, mas se não progrediu no domínio das idéias, melhorando-se e aperfeiçoando-se, guarda consigo mente estreita e enfermiça. Em suma, ir à matéria física e dela regressar ao campo de trabalho em que nos achamos presentemente, é submetermo-nos a profundos choques biológicos, destinados à expansão dos elementos divinos que nos integrarão, um dia, a forma gloriosa.
Referências:
- O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
- O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
- O Céu e o Inferno – Allan Kardec
- BÍBLIA
- O Consolador – Emmanuel / Francisco Cândido Xavier
- Libertação – André Luiz / Francisco Cândido Xavier
- Ação e Reação – André Luiz / Francisco Cândido Xavier
- Imitação de Cristo – Tomás de Kempis
- Espírito e Vida – Joanna de Ângelis
- Liberta-te do Mal – Joanna de Ângelis
- Depois da Morte – Léon Denis