O Ensinamento vivo
Em observando qualquer edificação ou serviço, Maria Cármen não faltava à crítica. Ante um vestido das amigas, exclamava sem-cerimônia:
— O conjunto é tolerável, mas as particularidades deixam muito a desejar. A gola foi extremamente malfeita e as mangas estão defeituosas.
Perante um móvel qualquer, rematava as observações irônicas com a frase:
<p class="12palatino" style="text-align
O Descuido Impensado
No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter. Era meiga, devotada, diligente. Daquela boca educada não saíam más palavras. Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:
— Tenhamos compaixão…
Inclinava
A Camisa do Boneco
Um dia vovó comentou que os doces – feitos por ela e minha mãe naquela manhã haviam – desaparecido do armário. E não sabia o que tinha sido feito deles.
Embora nenhuma das duas parecesse de qualquer forma preocupada com a ocorrência, eu imediatamente disse:
– Foram roubados.
Elas me olharam surpreendidas, mas foi vovó quem estabeleceu conversação comigo.
<p style="text-align
O Anjo da Limpeza
Adélia ouvira falar em Jesus e tomara-se de tamanha paixão pelo Céu que nutria um desejo único – ser anjo para servir ao Divino Mestre. Para isso, a boa menina fez-se humilde e crente, e, quando se não achava na escola em contato com os livros, mantinha-se na câmara de dormir em preces
Era uma vez…. Hippolyte Léon Denizard Rivail
Há muito tempo atrás… nasceu um menino, no dia 3 de outubro de 1804, num país chamado França, muito longe daqui, na cidade de Lyon. Recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, nome difícil porque ele era francês. O menino cresceu educado, inteligente e bom. Aos dez
É mais gratificante dar
É MAIS GRATIFICANTE DAR
“Um conto de Natal”
Paul ganhou como presente de Natal um automóvel novo.
No dia de Natal quando Paul saiu de casa, percebeu que um moleque de rua estava andando em volta de seu brilhante carro zero, admirando-o.
_ “Este carro é seu?” Perguntou o menino.
Paul confirmou com a cabeça.
_”Meu irmão me deu de presente no Natal”.
<p style="text-align
As Penas
Quando pequenas, minha irmã e eu éramos muito sonhadoras. O sonho e a imaginação se conjugam muito bem. E, de quando em vez, inventávamos histórias sobre nossas companheiras. Essas histórias se transformavam em boatos que, em uma cidade pequena, terminavam por provocar dissabores e desagradáveis
A Vaidade
Quando minha irmã e eu tínhamos cerca de sete e nove anos, respectivamente, alcançamos as notas mais altas de nossa classe, na escola. Assim, decidimos que, em matéria de “cérebros”, nossa família estava muito acima da média. E não perdemos tempo para fazer os nossos companheiros de brinquedos cientes disso.
<span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif
A Traça
Meu pai era um homem frugal e bom. Ensinou-me, desde muito cedo, a entreter-me com as coisas aparentemente mais simples.
Um dos meus passatempos em criança era colecionar os casulos das traças e assistir, na primavera, à emersão das borboletas, espetáculo _ para mim _ de arrebatadora beleza. A luta delas para escapar do cárcere despertava, sempre, minha compaixão.
<span
A Tina
Meu pai morreu quando eu era muito pequena.
Viúva e pobre, sem desejar contrair novo matrimônio, minha mãe teve de trabalhar muito para nos sustentar.
Quando fiquei um pouco maior, disse-lhe que gostaria imensamente de estudar música.
Ela me ouviu com muita atenção e, dali para frente, redobrou esforços para alugar um piano e custear o pagamento das aulas.
<span style="font-family