Pecados e Virtudes
PECADOS E VIRTUDES
(Pecados Capitais e Virtudes Fundamentais)
Pecado sempre foi um termo principalmente usado dentro de um contexto religioso, e hoje descreve qualquer desobediência à vontade de Deus; em especial, qualquer desconsideração deliberada das Leis reveladas.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado)
O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta de amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Pecado foi definido como “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”.
(http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/p/pecado.html)
Significa empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
(Páginas de Espiritismo Cristão – Rodolfo Calligaris, cap.45, pág.145)
A humanidade encontra-se num estado de inclinação para fazer o mal e de incapacidade para escolher o bem em vez do mal. O homem é responsável pelo pecado porque é dotado de uma vontade livre.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado)
Essa vontade livre, o livre arbítrio, é definido como a “faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua própria conduta”.
(As Leis Morais – Rodolfo Calligaris, cap. O Livre Arbítrio, 1º parágrafo, pág.51, palavras sublinhadas acrescentadas por mim Rosane)
É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original; uns cederam à tentação, outros resistiram.
(Livro dos Espíritos – livro II, capítulo I, Progressão dos Espíritos, resposta da questão 122, final do último parágrafo, pág.75)
Para oEspírita não existe o chamado pecado, existe sim, as nossas escolhas equivocadas, que devido ainda estarmos caminhando em nosso longo processo evolutivo moral e consequentemente espiritual, com o nosso livre arbítrio, vamos elegendo e com elas nos comprometendo com a lei divina e natural de “causa e efeito”, que consiste em nos repercutir o sofrimento como fator essencial para corrigenda das nossas imperfeições. Somos cada um de nós responsáveis por tudo o que fazemos, sendo felizes ou desditosos, conforme o que escolhemos.
(pesquisa google, http://pt.manancialdeluz.blogspot.com/…meme-os-sete-pecados)
O Pecado em referência, trata-se dos sete pecados capitais.Eles só foram enumerados no século VI, pelo Papa São Gregório Magno (540 – 604), tomando como referência as cartas de São Paulo. (Palestra Disciplina – Plínio/2010)
Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais se trata de uma classificação de condições humanas conhecidas atualmente como vícios que é muito antiga e que precede ao surgimento do cristianismo, mas que foi usada mais tarde pelo catolicismo com o intuito de controlar, educar, e proteger os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano.
Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os sete pecados capitais: Vaidade; Inveja; Ira; Preguiça; Avareza; Gula; Luxúria.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado_capital_(cristianismo)
São chamados capitais porque geram outros pecados, outros vícios.
(http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/p/pecado.html)
São Tomás de Aquino explicou detalhadamente cada um deles, mostrando a razão de serem capitais. O termo deriva do latim “caput”, que significa cabeça, líder ou chefe.
Os “pecados capitais” não são bíblicos, mas em Provérbios 6:16-19 tem uma citação curiosa:
Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
Olhos altivos: Soberba, Vaidade;
Língua mentirosa: Maledicência;
Mãos que derramam sangue inocente: Ira, Cólera;
Coração que trama projetos iníquos: Ambição, Avareza;
Pés que se apressam a correr para o mal: Maldade;
Testemunha falsa que profere mentiras: Falso testemunho;
E o que semeia contendas entre irmãos: Inveja ou intriga
Em contraposto aos vícios capitais, a igreja formulou o conceito das sete virtudes fundamentais. A palavra virtude vem do latim “virtu”, que significa força. Em conjunto, elas fortificam a pessoa ao longo da vida. Cada uma delas servindo de antídoto específico a alguns dos pecados. Elas regulam a conduta do fiel e conduzem o cristão a Deus.
(http://www.comunidadeespirita.com.br)
O Consolador
253 – A Virtude é concessão de Deus, ou é aquisição da criatura?
-… a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio.
A virtude não é um dom de Deus, o Espiritismo nos ensina que aquele que a possui, a adquiriu pelos seus esforços, nas vidas sucessivas, ao se livrar pouco a pouco das suas imperfeições. A graça é a força que Deus concede a todo homem de boa vontade, para se livrar do mal e fazer o bem. (http://www.comunidadeespirita.com.br/)
Livro dos Espíritos
893 – Qual é a mais meritória de todas as virtudes?
– Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são sinais de progresso no caminho do bem. A virtude mais meritória é aquela fundada na caridade mais desinteressada.
(A resposta não se encontra na íntegra)
A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso.
(Evangelho – cap. XVII, A Virtude, item 8, 1º parágrafo, pág.228)
As sete virtudes sagradas são: Humildade; Caridade; Paciência; Diligência; Generosidade; Temperança; Castidade.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_Virtudes)
1. VAIDADE OU SOBERBA
Pecado, Vício
Fala-se muito das misérias humanas. Fala-se, sobremaneira, da miséria econômica. Mas, ao lado das misérias materiais há outras de maior gravidade, que são as misérias morais. A vaidade é uma delas. Mistura-se a todas as ações humanas e mancha os pensamentos mais delicados. Penetra o coração e o cérebro. Faz com que os homens se esqueçam de Deus.
(Redação do Momento Espírita – Poder e Vaidade, em 18/01/2010)
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito.
(Manual Prático do Espírita – Ney Prieto: www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/orgulho-e-vaidade.html)
Como todo vício moral, a vaidade impede uma apreciação precisa da realidade. Quem porta esse defeito não percebe que apenas se complica, ao cultivá-lo. Que seria muito mais feliz ao viver com simplicidade. Que ao tentar brilhar cada vez mais, frequentemente cai no ridículo e se torna alvo de chacota. Satisfazer a vaidade é um grande perigo.
(Redação do Momento Espírita – Tome cuidado com a vaidade)
O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
(Manual Prático do Espírita – Ney Prieto:
www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/orgulho-e-vaidade.html)
A vaidade também dificulta o processo de perdoar. O vaidoso considera muito importante a própria personalidade. Por conta disso, todas as ofensas que lhe são dirigidas são gravíssimas. Já os prejuízos que causa aos outros são sempre pequenos. Afinal, considera o próximo invariavelmente mais insignificante do que ele próprio.
(Redação do Momento Espírita – Tome cuidado com a vaidade)
A vaidade manifesta-se sob muitas formas, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, etc.
(Manual Prático do Espírita – Ney Prieto:www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/orgulho-e-vaidade.html)
O homem moderno vive cercado de ilusões por todos os lados. Vivemos hoje num mundo em que os valores morais são colocados em segundo plano pela necessidade exacerbada de conquista e sucesso do próprio eu. Atualmente, muito se deturpa o sentido de corpo saudável que nem sempre é sinônimo de corpo bonito. Hoje vemos academias superlotadas, homens e mulheres cada vez mais preocupados com as aparências e com o que os outros irão falar ou pensar a seus respeitos, se estão ou não na moda, procurando, ainda, corrigir ou desfazer dos pequenos “defeitos” estéticos do corpo físico, esticando uma pele aqui, eliminando uma gordurinha ali, tudo em nome da vaidade, visando o reconhecimento, a excelência e a admiração dos outros.
A vaidade cega o mundo dos homens e tênue vai se tornando o caminho do aperfeiçoamento espiritual, pois, a vida, assim vivida, se limita ao labirinto das próprias ilusões e escurece as possibilidades da sublimação fundamental. Neutralizando as possibilidades do conhecimento de si rumo a conquista da paz e da felicidade a que aspiramos na amplidão do universo.
(O Mensageiro – Revista Espírita Cristã do Terceiro Milênio, título: A vaidade cega o mundo dos homens, autor: Eurípedes Costa do Nascimento)
“O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios. Mas em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto, na verdade, sua má estrela é a sua própria incúria”.
(Evangelho, cap.V, Bem Aventurados os Aflitos – Causas Atuais das Aflições, item 4, parágrafo 6, pág.75)
É preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que “a traça não come nem a ferrugem corrói”.
(Portal do Espírito – Orgulho e Vaidade http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/orgulho-e-vaidade.html)
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.
(Provérbios 16,18)
1. HUMILDADE
Virtude que opõe, a vaidade, o orgulho, a soberba
Humildade = Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo. (Wikipedia)
A humildade é estar imune a insultos e ofensas, pois estes sempre permanecem presos à sua origem. Ser verdadeiramente humilde é estar forrado da coragem evangélica, é não ter ambigüidades e ser capaz de atitudes definidas, sempre que necessário. Jesus foi ao calvário, mas não renunciou a nenhum dos seus sublimes postulados. Esse foi também o exemplo de Allan Kardec, que se apagou no anonimato de um pseudônimo, renunciou à gratidão popular, deixou à margem os preconceitos da época para sorver, em silêncio, a taça de fel e amargura da incompreensão dos corações mais caros, sem perturbar, por um momento sequer, a própria integridade ante as ondas avassaladoras da bajulação.
(Rumos Doutrinários – Indalício Mendes, cap. Humildade sempre, págs.86 e 87)
Certa vez, Chico Xavier diante de uma mulher quase de joelhos as seus pés, ele apelou: _Não me elogie assim. É desconcertante. Não passo de um verme no mundo. No mesmo instante, ouviu a voz de Emmanuel: _Não insulte o verme. Ele funciona ativo, na transmutação dos detritos da terra, com extrema fidelidade ao papel de humilde e valioso servidor da natureza. Ainda nos falta muito para sermos fiéis a Deus em nossa missão.
Daí em diante, Chico preferiu se definir, de vez em quando, como sub-verme. Ele não deveria encarar a própria mediunidade como uma dádiva, porque, imperfeito como era, não merecia favores de Deus.
(As Vidas de Chico – Marcel Souto Maior, cap. O aprendiz de Curandeiro, pág.71)
O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente. Assim, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente. A humildade é a mais nobre de todas as virtudes, pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
(Redação do Momento Espírita – Humildade, 07/02/2011)
Humildade não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem.
(Pensamento e Vida – Emmanuel, cap.24, pág.113)
Entretanto, muitos interpretam o vocábulo como sinônimo de baixeza, servilismo, falta de brio, ausência de dignidade pessoal, etc. Jesus jamais desejaria que um cristão se tornasse sem dignidade e fosse capaz de rebaixar a condição humana, tornando-se servil. É preciso, portanto, que se entenda humildade e humilde como a condição da pessoa modesta, sóbria, recatada, discreta, moderada nas atitudes e nas palavras. Nunca, porém, como baixo caráter, sem dignidade, moralmente rasteiro. A humildade, tal como a devemos compreender e praticar, é atributo apenas das criaturas realmente fortes, porque somente os fortes são capazes de suportar com coragem e grandeza dalma, sem perderem a cabeça, sem se deixarem arrastar pelo desvario, pelas seduções e provocações deste mundo materializado e corrompido pelo egoísmo.
(Rumos Doutrinários – Indalício Mendes, cap.Somente os fortes são humildes, págs.91 e 92)
O Consolador
314 – Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos?
– Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humanidade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.
Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, – quer dizer: os humildes, – porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os misericordiosos. Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e o de que ele mesmo dá o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater.
(Evangelho, cap. XV, Fora da Caridade não há salvação, O necessário para salvar-se – O Bom samaritano, item 3, págs.198 e 199)
Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor.
(Efésios 4:2)
2. INVEJA
Pecado, Vício
Chama-se inveja, quando o homem só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita.
(Fonte viva – Chico Xavier, cap.91, pág.211)
Entre os vícios mais comuns desponta-se a inveja. São Tomás de Aquino definiu esse vício como a tristeza que se tem em relação às coisas boas dos outros. O invejoso simplesmente se sente mal porque o próximo tem sucesso. Não há necessidade de que algo lhe falte, ele apenas se considera diminuído com a grandeza alheia. É mais fácil auxiliar quem cai do que suportar a vitória do outro, vejam que ante a fome e a enfermidade, não tardam mãos que auxiliam, entretanto, bem mais difícil é observar a satisfação diante da felicidade alheia. Basta observarmos a animosidade que surge perante alguém que vence na vida. Não poupam injúrias, calunias e difamações, poucos consideram a possibilidade da dedicação no trabalho; se alguém tem sucesso vira logo alvo de predicados nada nobres. A vontade de apontar os erros alheios é indício desse flagelo, pois demonstra mesquinharia seja em palavras ou em pensamentos.
(http://www.filosofiaespirita.org/Suely_Buriasco/A%20Inveja.doc)
Disse André Luiz: Acautela-te contra a inveja e o despeito, a inconformação e o ciúme, aprendendo a conquistar alegria e tranqüilidade, ao preço do esforço próprio porque os teus pensamentos te precedem os passos, plasmando-te, hoje, o caminho de amanhã. (Xavier, 1977, p. 160)
(http://www.ceismael.com.br/artigo/dez-mandamentos.htm)
O Espiritismo (e todas as religiões) aponta a inveja como sentimento antagônico ao amor, esclarecendo-nos ser preciso bani-la de nossos corações, sem o que não conseguiremos ser felizes.
(Uma Carta de Bezerra de Menezes – cap.28, pág.95)
O décimo mandamento da Lei de Deus diz: X – Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.
A inveja é o maior dos males. Jesus ensinou-nos de que devemos ser nós mesmos. Ele dizia: “Sê tu mesmo, desenvolva a tua personalidade”.
(http://www.ceismael.com.br/artigo/dez-mandamentos.htm)
Livro Espíritos
933 – Se o homem é frequentemente o artesão de seus sofrimentos materiais, o mesmo vale para os sofrimentos morais?
– Mais ainda, pois os sofrimentos matérias são, às vezes, independentes da vontade. No entanto, o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, em resumo, todas as paixões são torturas da alma. A inveja e o ciúme! Felizes dos que desconhecem esses dois vermes vorazes!
Com a inveja e o ciúme, não existe calma, não há repouso possível para aquele que é atingido por esse mal; os objetos de sua cobiça, de seu ódio e despeito se erguem diante dele como fantasmas que nunca lhe dão trégua, e o perseguem até durante o sono. O invejoso e o ciumento vivem num estado de febre contínua.
O coração tranqüilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos ossos.
(Provérbios 14:30)
Infelizmente, a inveja está muito presente em nossos dias, por isso é preciso prestar muita atenção aos nossos comportamentos a fim de procurar afastá-la e, então, afastá-la de nossos hábitos. Ninguém é feliz invejando e desejando o mal dos outros. Vivemos num mundo onde as vibrações se somam e quanto mais vibramos no bem, mais colaboramos para o crescimento moral de nosso planeta. Alegremo-nos assim, com a vitória dos que nos rodeiam ao vencerem eles nada nos tiram, ao contrário, contribuem ao menos com o seu exemplo.
(http://www.filosofiaespirita.org/Suely_Buriasco/A%20Inveja.doc)
Por que vês tu, o argueiro no olho de teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixai-me tirar do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verá como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão.
(Mateus, 7: 3-5)
“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito”.
(Evangelho – cap.XIII, A Caridade Matéria e a Caridade Moral, item 9, pág.174)
2. CARIDADE
Virtude que opõe a inveja
Livro dos Espíritos
886 – Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia?
– Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão às ofensas.
– A caridade, segundo Jesus, não restringe à esmola; abrange todas as relações que temos com nossos semelhantes, sejam eles inferiores, iguais ou superiores a nós. A caridade nos manda ser indulgentes, porque nós mesmos precisamos de indulgência. Ela nos proíbe humilhar o infortunado, contrariamente ao que se pratica com muita freqüência. Quando uma pessoa rica se apresenta, tem-se por ela, imensa consideração e é tratada com infinitos obséquios; se é uma pessoa pobre, é como se não fosse preciso preocupar-se com ela. Entretanto, quanto mais lastimável for a sua situação, maior deve ser o cuidado de não lhe aumentar a infelicidade pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar a visão que o inferior tem de si mesmo, diminuindo a distância entre eles.
Portanto, a caridade sublime, ensinada por Jesus, consiste também na benevolência constante, e em todas as coisas, para com o vosso próximo. Podeis também praticar esta sublime virtude para muitas criaturas que não necessitam de esmolas, e que palavras de amor, de consolação e de encorajamento conduzirão ao Senhor.
(Evangelho, cap.XI – Caridade com os criminosos, item 14, parágrafo 3, pág.154, palavra em grifo acrescentado por mim Rosane)
Se possuímos a verdadeira caridade espiritual, se trabalhamos pela nossa iluminação íntima, irradiando luz, espontaneamente, para o caminho dos nossos irmãos em luta e aprendizado, mais receberemos das fontes puras dos planos espirituais mais elevados, porque, depois de valorizarmos a oportunidade recebida, horizontes infinitos se abrirão no campo ilimitado do Universo, para as nossas almas, o que não poderá acontecer aos que lançaram mão do sagrado ensejo de iluminação própria nas estradas da vida, com a mais evidente despreocupação de seus legítimos deveres, esquecendo o caminho melhor, trocado, então, pelas sensações efêmeras da existência terrestre, contraindo novas dívidas e afastando de si mesmo as oportunidades para o futuro, então mais difíceis e dolorosas.
(O Consolador, resposta da questão 259, último parágrafo, pág.212)
É preciso lembrar, na altura de nossos atuais conhecimentos espiritistas, que não mais nos basta a doação do supérfluo para a revelação da divina virtude, na ordem material da vida. Recordemos o dever de dar de nós mesmos, com esforço, sacrifício pessoal, disciplina e suor, em nosso relacionamento com os semelhantes, se desejamos assimilar a lição que Jesus nos legou. Façamos de nossa experiência um livro aberto de amor puro, em que nossos irmãos de caminho possam ler a fraternidade e a cooperação, em todas as nossas obrigações bem cumpridas e a caridade será fulgurante estrela em nosso coração e clareando-nos o caminho para a glória da vida eterna.
(Mãos Marcadas (Emmanuel) – Chico Xavier, cap.34, Leitura da Caridade, págs.128 e 129)
3. IRA OU CÓLERA
Pecado, Vício
A verdade, porém, é que a cólera como de resto todos os vícios, é uma imperfeição de nosso espírito, respondendo cada um por todos os desatinos que venha a praticar nesse estado.
Com efeito, basta que se faça uma alusão a certo defeito nosso; uma comparação que nos rebaixe ou simplesmente nos seja desfavorável; uma crítica, ainda que sincera e construtiva, a qualquer realização de que tenhamos sido responsáveis; ou que alguém desatenda a uma ordem, esqueça uma recomendação ou contrarie uma opinião nossa, para que a irritação se instale em nosso espírito, nos faça perder a razão e nos impila à violência verbal ou física.
(Páginas de Espiritismo Cristão – Rodolfo Calligaris , cap.5, págs.20 e 21)
Se pudesse pensar que a cólera nada resolve, que lhe altera a saúde, compromete a sua própria vida, veria que é ele mesmo a sua primeira vítima. Mas ainda há outra consideração que o deveria deter: o pensamento de que torna infelizes todos os que o cercam.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap.IX, Bem Aventurados os Mansos e Pacíficos – A Cólera, item 9, 4º parágrafos, pág. 131)
O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos.
(Luz no Lar – Chico Xavier , cap.27, pág.70)
O Consolador
345 – O preceito evangélico – “se alguém te bater numa face, apresenta-lhe a outra” – deve ser observado pelo cristão, mesmo quando seja vítima de agressão corporal não provocada?
– O homem terrestre, com as suas taras seculares, tem inventado numerosos recursos humanos para justificar a chamada “legitima defesa”, mas a realidade é que toda a defesa da criatura está em Deus. Somos de parecer que, agindo o homem com a chave da fraternidade cristã, pode-se extinguir o fermento da agressão, com a luz do bem e da serenidade moral. Acreditando, contudo, no fracasso de todas as tentativas pacíficas, o cristão sincero, na sua feição individual, nunca deverá cair ao nível do agressor, sabendo estabelecer, em todas as circunstâncias, a diferença entre os seus valores morais e os instintos animalizados da violência física.
O parecer de Jesus, no entanto, não obedece apenas aos ditames do amor, essência fundamental de seu Evangelho. É igualmente uma peça de bom senso e lógica rigorosa. Quando um homem investe contra outro, utilizando a força física, os recursos espirituais de qualquer espécie já foram momentaneamente obliterados no atacante. A recomendação de Jesus abre-nos abençoado avanço… Oferecer a face esquerda, depois que a direita já se encontra dilacerada pelo agressor, é chamá-lo à razão enobrecida, reintegrando-o de imediato, no reconhecimento da perversidade que lhe é própria. Segundo reconhecemos, portanto, no conselho do Cristo não há convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem.
(Vinha de Luz – Emmanuel, cap.63, Atritos Físicos, pág.139 e 140)
André Luiz cita um exemplo de valiosa lição sobre a cólera:
Um homem jazia por terra, numa poça de sangue, o carroceiro havia recebido uma patada de um burro e era necessário socorrer o ferido. Dois companheiros encarnados prestavam socorro ao ferido, apressadamente. O número de desencarnados que auxiliava o pequeno grupo, todavia era muito grande. Serenada a situação, viu o referido superior hierárquico chamar um guarda do caminho, interpelando:
– Glicério, como permitiu semelhante acontecimento? Este trecho da estrada está sob sua responsabilidade direta. O subordinado, respeitoso, considerou sensatamente: – Fiz o possível por salvar este homem, que, aliás, é um pobre pai de família. Meus esforços foram improfícuos, pela imprudência dele. Há muito procuro cercá-lo de cuidados, sempre que passa por aqui; entretanto, o infeliz não tem o mínimo respeito pelos dons naturais de Deus. É de uma grosseria inominável para com os animais que o auxiliam a ganhar o pão. Não sabe senão gritar, encolerizar-se, surrar e ferir. Tem a mente fechada às sugestões do agradecimento. Não estima senão a praga e o chicote. Hoje, tanto perturbou o pobre muar que o ajuda, tanto o castigou que pareceu mais animalizado… Quando se tornou quase irracional, pelo excesso de fúria e ingratidão, meu auxiliar espiritual se tornou ineficiente. Atormentado pelas descargas de cólera do condutor, o burro humilde o atacou com a pata. Que fazer? Minha obrigação foi cumprida…
Esse trabalhador foi punido por si mesmo. A cólera é punida por suas conseqüências. Ao mal segue-se o mal.
(Os Mensageiros – André Luiz, cap.41, Entre Árvores, pág.253 a 258, resumido por mim Rosane)
Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque se tu o livrares, virás ainda a fazê-lo de novo. (Provérbios 19:19)
O homem do campo sabe que o animal enfurecido não regressa à naturalidade se tratado com a ira que o possui. A abelha não ferroa o apicultor, amigo da brandura e da serenidade. O único recurso para conter um homem desvairado, compelindo-o a reajustar-se dignamente, é conservar-se o contendor ou os circunstantes em posição normal, sem cair no mesmo nível de inferioridade.
(Vinha de Luz – Emmanuel, cap.63, Atritos Físicos, pág.140, 1º ao 3º parágrafo)
Em suma: a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede que se faça muito bem, e pode levar a fazer-se muito mal. Isso deve ser suficiente para incitar os esforços para dominá-la. O espírita, aliás, é incitado por outro motivo: o de que ela é contrária à caridade e à humildade cristãs.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap.IX, Bem Aventurados os Mansos e Pacíficos – A Cólera, item 9, último parágrafo, pág. 131)
Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia. (Efésios: 4,31)
3. PACIÊNCIA
Virtude que opõe a cólera, a ira
O Consolador
254 – Que é a paciência e como adquiri-la?
– A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação. (1º parágrafo)
– Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, considerando a liberdade do mundo interior, de onde o homem deve dominar as correntes da sua vida. (penúltimo parágrafo)
Virtude que escasseia, a paciência é de relevante importância para os cometimentos expressivos a que te propões. Sem ela, a irritação comanda os feixes nervosos, e de desequilíbrios imprevisíveis irrompem na máquina física, comprometendo toda e qualquer realização. Não se considerando os casos de desarmonia procedente de matrizes patológicas, todo homem pode e deve cultivar a paciência.
Conseqüência do cansaço, do marasmo, da rotina, a irritabilidade significa sinal vermelho na tarefa que executas. Indispensável vigiar-lhe o surgimento. A paciência, ao contrário, resiste às más circunstâncias e às tediosas ocorrências. É confiante, gentil, otimista, sem que deixe de ser responsável, séria, recatada. Suporta vicissitudes com galhardia e não esmorece quando os resultados demoram a expressar-se. Espera com coragem e não desfalece. Dessa forma, policia as reações íntimas e observa como te encontras. Caso te sintas portador de constante mau-humor, estás necessitando do auxílio da paciência, a fim de refundires o ânimo, renovares conceitos e atividades, orando, com a sede de quem, urgentemente, precisa da água da paz.
(Joanna de Angelis – Celeiro de Bênçãos, cap.49 – Paciência, pág.43)
Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.
(Chico Xavier – Encontro Marcado, cap.46, pág.141)
Se a dor ensina, Rita de Cássia (madrinha) foi mesmo uma professora exemplar. Chico Xavier recebeu aulas diárias durante os dois anos em que morou com ela. Chico apanhava e só queria rezar. Aos cinco anos, já sabia o pai-nosso de cor. Na casa da madrinha, as surras eram fartas. Numa delas, Rita se empolgou e enfiou com força demais o garfo na barriga do afilhado. O menino chorava muito. Numa das escapadelas de Rita, Chico correu para o quintal e se ajoelhou embaixo de uma bananeira. Repetia o pai-nosso quando, de repente, viu na frente Maria João de Deus (sua mãe). Até que enfim. Ela cumpriu o prometido. Adeus surras e garfos. Chico se agarrou à recém-chegada e pediu socorro: _ Não me deixe aqui. Carregue-me com a senhora, eu estou apanhando muito. _ “Tenha paciência Chico. Quem não sofre não aprende a lutar. Se você parar de reclamar e tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos”.
Daquele dia em diante, apanhou calado, sem chorar, para desespero da madrinha, que adotou um novo grito de guerra: _ Além de louco, é cínico. A vara de marmelo zunia, Chico engolia o choro. Toda vez que suportava as surras em silêncio, com paciência, via sua mãe. Ouvia os conselhos maternos: era preciso sofrer resignado, era fundamental obedecer sempre, porque logo um anjo bom apareceria para ajudá-lo.
(As Vidas de Chico – Marcel Souto Maior, cap, O menino mal assombrado, pág. 23, 24 e 25)
O homem, geralmente, só vê o presente; mas, se o sofrimento é útil para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa o doente sofrer a operação que deve curá-lo. O que Deus lhe concederá, se pedir com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação. E o que ainda lhe concederá, são os meios de se livrar das dificuldades, com a ajuda da idéia que lhe serão sugeridas pelos Bons Espíritos, de maneira que lhe restará o mérito da ação. Deus assiste aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: ”Ajuda-te e o céu te ajudará”, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Mas, na maioria das vezes, preferimos ser socorridos por um milagre sem nada fazermos.
(Evangelho – cap.XXVII, Pedis e Obtereis – Eficácia da Prece, final item 7, pág 301)
De modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida.
(Hebreus 6:12)
4.PREGUIÇA OU OCIOSIDADE
Pecado, Vício
Preguiça vem a ser aversão ao trabalho, morosidade; negligência; moleza; indolência; vadiagem.
(Minidicionário da Língua Portuguesa – Silveira Bueno)
A preguiça é um grave defeito da vontade, caracterizando-se pela falta de impulso para o trabalho.
(Páginas de Espiritismo Cristão – Rodolfo Calligaris, cap.49, pág.157)
A tentação do repouso é das mais perigosas, porque, depois da ignorância, a preguiça é a fonte escura de todos os males.
(Lampadário Espírita – Divaldo P. Franco, Cap. A Tentação do repouso, O Espiritismo de A a Z – preguiça)
Livro dos Espíritos
676 – Por que o trabalho é imposto ao homem?
_ É uma conseqüência de sua natureza corporal. É uma expiação e, ao mesmo tempo, um meio de aperfeiçoar sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância intelectual. Por isso ele deve ao trabalho e à sua atividade toda sua alimentação, sua segurança e seu bem estar. Àquele que é frágil demais fisicamente, Deus concedeu, para compensar, a inteligência; mas é sempre um trabalho.
574. Qual pode ser a missão de pessoas voluntariamente inúteis na Terra?
— Há efetivamente pessoas que só vivem para si mesmas e não sabem tornar-se úteis para nada. São pobres seres que devemos lamentar, porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária. Seu castigo começa freqüentemente desde este mundo, pelo tédio e o desgosto da vida.
O Céu e o Inferno
Um Espírito se apresenta espontaneamente ao médium sob o nome de Angéle.
1. Arrependei-vos de vossas faltas? – R: Não.
– Então porque viestes até nós? – R: Para tentar.
– Não sois, pois feliz? – R: Não.
– O que vos falta? – R: A paz.
2. Como pode a paz vos faltar na vida espiritual? – R. Um lamento do passado.
– O lamento do passado é um remorso; portanto, vos arrependestes? – R. Não; é por medo do futuro.
– Que temeis? – R: O desconhecido.
3. Quereis dizer-me o que fizestes na vossa última existência? Isso me ajudará, talvez a vos esclarecer.
– R: Nada.
4. Em qual posição social estáveis? – R: Mediana.
– Fostes casada? – R: Casada e mãe.
– Cumpristes com zelo os deveres dessa dupla posição?
– R: Não; meu marido me entediava, meus filhos também.
5. Como se passou a vossa vida? – R: A me divertir na juventude, e a me aborrecer na madureza.
– Quais eram vossas ocupações? – R: Nenhuma.
– Quem, pois, cuidava da vossa casa? – R: A doméstica.
6. Não será nessa inutilidade que será preciso procurar a causa de vossos lamentos e de vossos temores?
– R: Talvez tenhas razão.
– Não basta com isso convir. Quereis, para reparar essa existência inútil, ajudar os espíritos culpados que sofrem ao vosso redor? – R: Como?
– Ajudando-os a melhorarem-se pelos vossos conselhos e vossas preces. – R: Eu não sei orar.
– Fá-la-emos em conjunto, o aprendereis; quereis isto? – R: Não.
– Por quê? – R: A fadiga.
Instrução do guia do médium: Angéle era uma criatura sem iniciativa, cuja vida era tão inútil aos outros quanto a ela mesma. Não gostando senão do prazer, incapaz de procurar no estudo, no cumprimento dos deveres da família e da sociedade, essas satisfações do coração, únicas que podem dar o encanto da vida. Não pôde empregar os seus jovens anos senão nas distrações frívolas; depois, quando os deveres sérios chegaram, o mundo fizera o vazio ao redor dela, porque fizera o vazio em seu coração. Sem defeitos sérios, mas sem qualidades, ela fez a infelicidade de seu marido, perdeu o futuro de seus filhos, arruinou o seu bem-estar por sua incúria e seu desleixo. Sua vida foi inútil ao bem e, por isso mesmo, culpável, porque o mal nasce do bem negligenciado. Angéle na sua existência anterior viveu na preguiça beata e a inutilidade da vida monástica. Preguiçosa e egoísta por gosto, quis tentar a vida de família, mas o Espírito tem muito pouco progredido. Ela sempre repeliu a voz íntima que lhe mostrava o perigo. Hoje, ainda compreende o perigo que há em manter-se nessa neutralidade, mas não sente força para tentar o menor esforço para dele sair.
(2ª parte, Capítulo VII, Espíritos Endurecidos, Angéle – nulidade sobre a Terra, Bordeaux, 1862, págs. 319 à 321)
Livro dos Espíritos
943 – De onde vem o desgosto pela vida que se apodera de certos indivíduos, sem motivos plausíveis?
– Efeito da ociosidade, da falta de fé e, muitas vezes, da saciedade. Para aquele que exerce suas faculdades com um objetivo útil e conforme suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido, e a vida se escoa mais rapidamente. Ele suporta as vicissitudes da vida com tanto mais paciência e resignação quanto mais age tendo em vista a felicidade mais sólida e durável que o espera.
574.a Pois se tinham o direito de escolha, por que preferiram uma vida que em nada lhes poderia aproveitar?
— Entre os Espíritos há também os preguiçosos que recuam diante de uma vida de trabalho. Deus os deixa fazer; compreenderão mais tarde e à sua própria custa os inconvenientes de sua inutilidade e serão os primeiros a pedir para reparar o tempo perdido. Talvez, também, tenham escolhido uma vida mais útil, mas uma vez em ação a recusaram, deixando-se arrastar pelas sugestões dos Espíritos que os incitavam à ociosidade.
Se cristaliza a mente na ociosidade, elimina o bom ânimo no coração dos trabalhadores que o cercam e estrangula as suas próprias oportunidades de servir.
(Fonte Viva – Chico Xavier, cap.27, Destruição e Miséria, pág. 69, 2º parágrafo)
Deus é justo. Ele só condena aquele cuja existência é voluntariamente inútil e vive à custa do trabalho dos outros. Ele quer que cada um se torne útil, de acordo com suas capacidades.
(Livro dos Espíritos, resposta da questão 680, Livro III, cap.II – Lei do Trabalho)
Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor-próprio e dos prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.
(Evangelho, cap.V, Motivos de Resignação, item 12 último parágrafo, pág.81)
Pela muita preguiça desaba o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa. (Eclesiastes 10:18)
A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer de fome. (Provérbios 19:15)
4. DILIGÊNCIA
Virtude que opõe a preguiça, a ociosidade
Significado de Diligência
Presteza em fazer alguma coisa; zelo: trabalhar com diligência. (Wikipédia)
O animal encontra a sua pastagem, mas o homem deve o seu alimento à sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque foi criado livre.
Jesus nos disse: “Amassarás o teu pão com o suor do teu rosto”, e com isso fizestes do trabalho uma obrigação, que o leva a exercitar a sua inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e atender ao seu bem-estar; uns pelo trabalho material, outros pelo trabalho intelectual. Sem o trabalho, ele permaneceria estacionário.
(Evangelho, cap. XXVIII, Preces Gerais, Oração Dominical, item IV, 2º e 3º parágrafo, pág.314)
Se Deus tivesse liberado o homem do trabalho físico, seus membros seriam atrofiados; se o livrasse do trabalho intelectual, seu espírito permaneceria na infância, nas condições instintivas do animal. Eis porque ele fez do trabalho uma necessidade, e lhe disse: Busca e acharás; trabalha e produzirás; e dessa maneira serás filho das tuas obras, terás o mérito da sua realização, e serás recompensado segundo o que tiveres feito.
(Evangelho, cap.XXV , Buscai e Achareis – Ajuda-te e o Céu te Ajudará, item 3, pág.290)
Segundo o modo de ver terreno, a máxima: Busca e acharás é semelhante a esta outra: Ajuda-te, e o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho, e, por conseguinte, da lei do progresso. Porque o progresso é produto do trabalho, desde que é este que põe em ação as forças da inteligência.
(Evangelho, cap. XXV, Buscai e Achareis, Ajuda te e o céu te ajudará, item 2, pág. 289)
É em virtude da aplicação desse principio que os Espíritos não vêm poupar ao homem o seu trabalho de pesquisar, trazendo-lhe descobertas e invenções já feitas e prontas para a utilização, de maneira a só ter que tomá-las nas mãos, sem sequer o incômodo de um pequeno esforço, nem mesmo de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se, e o mais ignorante tornar-se sábio, ambos sem nenhum esforço. Não os espíritos não vêm livrar o homem da lei do trabalho, mas mostrar-lhe o alvo que deve atingir e a rota que o leve a ele, dizendo: Marcha e atingirás! Encontrarás pedras nos teus passos; mantém-te vigilante, e afasta-as por ti mesmo! Nós te daremos a força necessária, se quiseres empregá-la.
(Evangelho, cap. XXV, Buscai e Achareis, Ajuda te e o céu te ajudará, item 4, pág. 290)
Livro dos Espíritos
675 – Só se deve entender por trabalho as ocupações materiais?
– Não; o Espírito trabalha, como o corpo. Qualquer ocupação útil é um trabalho.
562 – Os Espíritos da ordem mais elevada, por não terem mais nada a adquirir, ficam em repouso absoluto, ou eles também têm ocupação?
– O que querias que fizessem durante a Eternidade? A ociosidade eterna seria um suplicio eterno.
Algumas religiões pregam que não tem nada depois da morte. Mas, não há descanso. Pra nós que somos ruins nos atrapalhamos quando ficamos parados sem fazer nada útil. Os Espíritos superiores continuam trabalhando, eles recebem as ordens de Deus e vão executar. Todos trabalham mesmo os espíritos inferiores.
(Emerson – estudo da quinta-feira, 19/05/2011)
O homem foi criado para a atividade: a atividade de Espírito é a sua essência; a atividade do corpo é uma necessidade. Cumpri, pois, as condições de vossas existências, como Espírito destinado à paz eterna. Como corpo destinado ao serviço do Espírito, o vosso corpo não é senão uma máquina submetida a vossa inteligência; trabalhai, cultivai, pois, a inteligência, a fim de que ela dê um impulso salutar ao instrumento que deve ajudá-la a cumprir a sua tarefa; não a deixeis em repouso nem em trégua, e lembrai-vos de que a paz à qual aspirais não vos será dada senão depois do trabalho; portanto, assim como por longo tempo negligenciastes o trabalho, assim por longo tempo durará para vós a ansiedade de esperá-lo. Trabalhai, trabalhai sem cessar; cumpri todos os vossos deveres, sem exceção; cumpri-os com zelo, com coragem, com perseverança, e a vossa fé o sustentará.
(O Céu e o Inferno, cap.VII, Espíritos endurecidos – Angéle, nulidade sobre a Terra, instrução do guia do médium, pág.321)
Irmãos, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo nós lhes ordenamos que se afastem de todo irmão que vive ociosamente e não conforme a tradição que receberam de nós. Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês, nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Pelo contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês, não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês.
(2 Tessalonicenses 3: 6-9)
O preguiçoso não aproveita a sua caça, mas o diligente dá valor a seus bens.
(Provérbios 12:27)
5. AVAREZA
Pecado, Vício
A avareza é uma das mais repugnantes formas do egoísmo, pois demonstra a baixeza da alma que, monopolizando as riquezas necessárias ao bem comum, nem mesmo, sabe delas aproveitar-se.
(Léon Denis – Depois da Morte: Exposição da Doutrina dos Espíritos, cap.46, pág. 269)
Avareza não consiste apenas em amealhar o dinheiro nos cofres da mesquinhez. Toda avareza é centralização doentia, preparando metas de sofrimento. Inúmeros homens, atacados pelo vírus da avareza, muito ganharam em fortuna, autoridade e inteligência, mas apenas conseguiram, ao torno da experiência, a perversão dos que mais amavam e o ódio dos que lhes eram vizinhos. Amontoaram vantagens para a própria perda. Arruinaram-se, envenenando, igualmente, os que lhes partiram as tarefas no mundo.
( Vinha de Luz – Chico Xavier, cap.52, Avareza, 2º,4º,6º parágrafo págs.115 e 116)
É justo, porém, salientar que a fortuna ou a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem. O Dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou as necessidades de cada um.
(Chico Xavier – Fonte Viva, cap.60, Esmola, pág.140, 1º e 2º parágrafo)
Jesus disse: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.
(Lucas 12:15)
O apego às coisas materiais é um notório sinal de inferioridade, pois quanto mais o homem se prende aos bens deste mundo, menos compreende o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, demonstra que vê o futuro de um ponto mais elevado.
(Livro dos Espíritos, resposta da questão 895, último parágrafo)
Deus conhece as nossas necessidades, e a elas provê, conforme for necessário. Mas o homem, insaciável nos seus desejos, nem sempre se contenta com o que tem. O necessário não lhe basta, ele quer também o supérfluo. É então que a Providência o entrega a si mesmo. Frequentemente ele se torna infeliz por sua própria culpa, e por não haver atendido as advertências da voz da consciência, e Deus o deixa sofrer as conseqüências, para que isso lhe sirva de lição no futuro. (Evangelho – cap.XXV, Buscai e Achareis – Olhai as Aves do Céu, item 7, último parág, pág.292)
Secundino renasceria entre os homens para socorrer crianças desamparadas. Deteria consigo determinada fortuna, a fortuna produziria trabalho, o trabalho renderia dinheiro e o dinheiro lhe forneceria recursos para alimentar, vestir e educar duas mil criaturinhas sem refúgio doméstico. Lizel, o instrutor desencarnado o seguiria entre os homens, dar-lhe ia, em tempo devido, o necessário suprimento de inspirações. Estariam juntos, e Secundino, internado no corpo terrestre, assimilaria as idéias que o mentor lhe assoprasse. E, muito cedo, viu-se em contato com o amigo espiritual, que não só lhe aparecia em sonhos, como também através dos médiuns. O benfeitor falava-lhe de crianças perdidas, pedia-lhe, indiretamente, a atenção para o noticiário sobre crianças ao desabrigo. Seria, sim, o protetor dos meninos desamparados… Entretanto, considerando as necessidades do serviço, em suas orações pedia dinheiro. E o dinheiro chegou, abundante… Explorou a venda de manganês e ganhou dinheiro, negociou imóveis e atraiu dinheiro, comprou fazenda e fêz dinheiro, plantou café e ajuntou dinheiro… Começou, porém, a batalha moral. Lizel falava em crianças e Secundino falava em ouro. _ “Protegeria a infância desditosa – meditava, convicto; contudo, antes, precisava escorar-se, garantir a família, assegurar a tranquilidade e arranjar cobertura.” Casado, organizou fortuna para a mulher e para o pai, acumulou fortuna para os filhos e para o sogro, amontoou riquezas para noras e genros e, avô, adquiriu bens para os netos… Porque tardasse demais na execução dos compromissos, a Esfera Superior entregou-o à própria sorte. Secundino queria dinheiro, respirava dinheiro, mentalizava novas rendas e trazia a cabeça repleta de cifras. Nada de assistência a menores abandonados, isso era obra para governos, assim pensava… Aconteceu, no entanto, o inesperado. Ao descer de luzido autómovel para estudar o monopólio do leite, Secundino não percebe pequena casca de banana estendida ao chão. Lizel assinala o perigo, mas suplica em vão, Secundino pisa em cheio no improvisado patim, perdendo o equilíbrio em queda redonda. Fratura-se a cabeça do fêmur e surge a internação hospitalar; contudo, o coração cansado não responde aos imperativos do tratamento. Aparece a cardiopatia, a flebite, a trombose e por fim, a uremia… No leito luxuoso, pensa agora nas criancinhas enjeitadas. Chora. Quer viver mais tempo na Terra para realizar o grande plano. Apela para Deus e para Lizel, nas raias da morte… Seu instrutor, ao notar-lhe o sentimento sincero, chora também, tomado de alegria… No entanto, emocionado, consegue dizer-lhe apenas: _Meu amigo!… meu amigo!… Agradeçamos ao Senhor e à casca de banana a felicidade do reequilibrio!… Seu ideal voltou intacto, mas agora é tarde… Esperemos que o berço lhe seja de novo propício…
(Contos Desta e Doutra Vida – Irmão X (Chico Xavier) , cap.19, A casca de banana, págs.91 à 94}
Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na “porta estreita” a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais. Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as “portas largas” por onde transitam as multidões, menosprezando os compromissos assumidos. Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte. “Ah! Se fosse possível voltar!…” _ Pensam todos. Mas… é tarde. Rogaram a “porta estreita” e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas “portas largas”, volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.
(Vinha de Luz – Emmanuel, cap. 20 – Porta Estreita, págs. 51 e 52)
A punição mais imediata, sobretudo entre aqueles que são apegados à vida material, negligenciando o progresso espiritual, consiste na lentidão da separação da alma e do corpo, nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na duração da perturbação, que pode persistir por meses e anos. Entre aqueles, ao contrário, cuja consciência é pura, que, em sua vida, se identificaram com a vida espiritual e se desligaram das coisas materiais, a separação é rápida, sem abalos, o despertar pacífico e a perturbação quase nenhuma.
(O Céu e o Inferno – Allan Kardec, 1ª parte, cap.VII – As penas futuras segundo o espiritismo, código penal da vida futura, item 22º,pág.84)
Pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. (1 Timóteo: 6,10)
5. GENEROSIDADE
Virtude que opõe a avareza
No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar. Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida.
(Ceifas de Luz – Emmanuel, cap.30, pág.111)
Generosidade é a virtude em que a pessoa ou o animal tem quando acrescenta algo ao próximo. Generosidade se aplica também quando a pessoa que dá algo a alguém tem o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais. Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais pessoas porque isso as fará bem, tanto quanto aquela pessoa que dividirá um tempo agradável para outros sem a necessidade de receber algo em troca.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Generosidade)
O Consolador
185 – Quais as características de uma boa ação?
– A boa ação é sempre aquela que visa ao bem de outrem e de quantos lhe cercam o esforço na vida. Nesse problema, o critério do bem geral deve ser a essência de qualquer atitude. A melhor ação pode, às vezes, padecer a incompreensão alheia, no instante em que é exteriorizada, mas será sempre vitoriosa, a qualquer tempo, pelo benefício prestado ao indivíduo ou à coletividade.
O céu e o Inferno
Adelaide era uma simples e pobre serva da Normandia. Com onze anos, ela ingressou no serviço de ricos pecuaristas de sua cidade. Poucos anos depois, um transbordamento do Seine carregou e afogou todos os animais. Outras infelicidades sobrevieram e seus senhores caíram na miséria. Adelaide abafou a voz do egoísmo, e, não ouvindo senão o seu coração generoso, fê-los aceitarem quinhentos francos poupados por ela, e continuou a servi-los sem salário; depois, quando morreram, ligou-se a uma filha deles, que se tornaria viúva e sem recursos. Ela trabalha no campo e leva seu ganho a casa. Adelaide casa-se, e a jornada de seu marido se acrescenta a sua, e eis agora ambos a sustentarem a pobre mulher, que ela sempre chama-a “sua senhora”. Este sublime sacrifício durou quase meio século. Um ataque de paralisia levou, num instante e sem sofrimento, este ser benfazejo.
Evocação ao Espírito Adelaide: P: – Para a nossa instrução, poderíeis dizer-nos qual foi a causa da humilde condição que ocupastes sobre a Terra? – R: Eu ocupava, em duas existências sucessivas, uma posição bastante elevada; o bem me era fácil; cumpria-o sem sacrifício, porque era rica. Achei que avançava lentamente, e foi por isso que pedi para retornar numa condição mais íntima, onde deveria lutar, eu mesma, contra as privações.
P: – Revistes os vossos antigos senhores? Dizei-nos, qual é a vossa posição diante deles, e se considerais sempre como a sua subordinada. R: – Sim, eu os revi; estavam, à minha chegada neste mundo e eu vos direi, com toda humildade, que eles me consideraram como lhes sendo superior.
P: – Tínheis um motivo particular para vos ligar a eles, antes que os outros? R: – Nenhum motivo obrigatório; atingiria o meu objetivo em qualquer parte.
P: – Que futuro se apresenta para vós? R: – Espero estar reencarnada num mundo onde a dor é desconhecida.
(2ª parte – exemplos, cap.VIII – Expiações Terrestres, Adelaide Marguerite Gosse, págs.357 e 358)
As obras de benemerência e os esforços que se façam para formar um caráter reto e puro constituem a grande colheita da vida. Todo ato nosso em beneficio de outrem, assim como todo cuidado em vencer nossas imperfeições, suscita um impulso para cima, equivalente a um depósito de tesouro no céu.
(Parábolas Evangélicas – Rodolfo Calligaris, cap. Parábola do Avarento, 2º e 3º parágrafo, pág. 65)
Jesus nos aconselha a cultivar a generosidade no coração quando afirma que se alguém nos convidar a dar mil passos, caminhemos dois mil se necessário. E, se outro nos pedir a capa, que também ofereçamos a túnica.
Muitas vezes, pensamos que generoso é aquele capaz de abrir os cofres e distribuir o muito que tem, quando, não raro, esse muito nem falta lhe fará. A verdadeira generosidade nasce no coração que é capaz de olhar o próximo e o mundo com complacência e compreensão, sabendo que todos estamos sujeitos a erros, tropeços e enganos. Poderemos ensaiar os primeiros passos da generosidade tocando o bolso, para oferecer aquilo que nos sobra aos que têm tão pouco. Poderemos sempre investir mais e permitir que a generosidade ganhe espaço em nosso mundo íntimo, quando formos capazes de esquecer um tanto de nossas vontades, nossas razões, nossos anseios, para simplesmente semearmos, nos caminhos alheios, as flores perfumadas com a brisa da fraternidade.
(Redação do Momento Espírita – Generosidade, 29/04/2011)
Quem se compadece do pobre ao Senhor empresta, e Este lhe paga o seu benefício.
(Provérbios 19:17)
6. GULA
Pecado, Vício
O que é a gula?
A gula é o desequilíbrio fisiopsíquico que leva a criatura a alimentar-se além do necessário.
Entendemos que a gula é, também, uma manifestação de egoísmo. A porção alimentar que poderia sustentar mais de uma ou duas pessoas é indevidamente consumida por apenas uma, com visível prejuízo para a coletividade.
O homem primitivo era um ser totalmente glutão, abrutalhado e egoísta. Talvez pela dificuldade de encontrar alimento à sua volta, consumia tudo o que encontrava e, egoisticamente, comendo tudo o que podia, sem repartir com ninguém. Não desconhecemos, hoje, as afirmações médicas de que os glutões, de modo geral, estão mais propensos a enfermidades ligadas ao excesso alimentar.
(Revista – O Consolador – Crônicas e Artigos, ano 4, nº. 173, A Gula, 29/08/2010 )
Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha para a morte, renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia. Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às Leis Divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto.
(Fonte Viva – Chico Xavier, cap.38, Se Soubéssemos, pág.92, 3º e 4º parágrafo)
Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço.
(Lucas 21:34)
Quando comeis em excesso, isso vos faz mal. Pois bem! É Deus vos dando a medida que necessitais. Quando a excedeis, sois punidos. Isso vale para tudo. A lei natural traça o limite das necessidades do homem. Quando ele a ultrapassa, é punido com sofrimento. Se o homem sempre escutasse essa voz que lhe diz basta, evitaria a maior parte dos males de que acusa a Natureza.
(Livro dos Espíritos – Resposta da questão 633, Livro III, cap.I, Lei divina ou natural – O bem e o mal, pág.214)
Livro dos Espíritos
964 – Deus tem necessidade de ocupar-se de cada um de nossos atos para nos recompensar ou punir? A maior parte desses atos não é insignificante para Ele?
_ Deus tem Leis que regulam todas as vossas ações; se as violais, a culpa é vossa. Sem dúvida, quando um homem comete um excesso, Deus não faz um julgamento contra ele para dizer, por exemplo: foste guloso, vou punir-te. Mas traçou um limite; as doenças, e muitas vezes a morte, são a conseqüência dos excessos. Eis a punição; ela é o resultado da infração à lei. Isso vale para tudo.
André Luiz é taxado de suicida quando retorna ao plano espiritual, devido às condições de seu decesso. Ao passar pelo serviço de assistência médica, o irmão Henrique de Luna diz: “… É de se lamentar que tenha vindo pelo suicídio… Todo aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe as energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável”…
André Luiz, não poderia supor noutro tempo, que lhe seriam pedidas as contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior importância.
(Revista – O Consolador – Crônicas e Artigos, ano 4, nº. 173, A Gula, 29/08/2010)
Livro dos Espíritos
716 – A Natureza não traçou o limite das necessidades em nosso próprio organismo?
_ Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou o limite das necessidades em seu organismo, mas os vícios lhe alteraram a constituição e criaram para ele necessidades que não são reais.
A Doutrina espírita ensina, então, que todas as paixões e vícios têm como principio originário uma necessidade natural, e que os prazeres que o físico proporciona são regulados por leis divinas. Estas estabelecem, por sua vez, limites em função das reais necessidades do homem. O desrespeito a essas leis ocasiona conseqüências funestas.
Emmanuel alerta para o fato de que Deus criou corpos perfeitos para abrigar Espíritos perfeitos. Entretanto, o homem, pelas suas imperfeições, desarmoniza essa máquina danificando-a. Esclarece, ainda, que apenas 5% das nossas doenças atuais são resultados de desatinos em existências passadas; o restante são escolhas equivocadas, ilusórias, que fazemos nesta reencarnação. O excesso de alimentação, que sobrecarrega nossos órgãos, não passa de um descontrole ocasionado por fatores físicos e/ou emocionais.
(Revista – O Consolador – Crônicas e Artigos, ano 4, nº. 173, A Gula, 29/08/2010 )
6. TEMPERANÇA
Virtude que opõe a gula
O que se entende por temperança?
A temperança refere-se à contenção dos prazeres sensitivos dentro dos limites estabelecidos pela razão. A moderação é a temperança no comer; a sobriedade é a temperança no beber; a castidade é a temperança no prazer sexual.
(http://sites.google.com/site/aprofundamentodoutrinario/virtudes-cardeais)
A temperança é uma das virtudes propostas pelo cristianismo. Significa equilibrar, colocar sob limites, “moderar a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados”.
(http://www.luzdoespiritismo.com/Arquivos/SIGNIFICADOS_DE_ALGUMAS_VIRTUDES_ELIO.doc)
O Espírito liberto dos instintos da bestialidade modela um corpo que não é mais um tirano para as suas aspirações em direção da espiritualidade do seu ser; é, então, que o homem come para viver, porque viver é uma necessidade, mas não vive mais para comer.
(O Céu e o Inferno – Allan Kardec, 1ª parte,cap. VII, As Penas Futuras Segundo o Espiritismo, pág. 77)
Portanto, não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.(Mateus: 6,34)
Recomendou Jesus não guarde a alma qualquer ânsia nociva, relativamente à comida, ao vestuário ou às questões acessórias do campo material; asseverou que o dia, constituído a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si próprio.
(Vinha de Luz – Emmanuel, cap.152, Cuidados, pág. 320, 2º parágrafo)
7. LUXÚRIA
Pecado, Vício
Sabemos que a luxúria, é o desejo do ser em gozar e usufruir de um prazer Indistintamente, seja no campo do dinheiro, de bens materiais, do sexo, etc.
(http://www.espiritismogi.com.br/colunistas/visao_espirita_luxuria.htm)
Entre os chamados “pecados capitais” do gênero humano, nenhum outro há sido tão condenado quanto a luxúria, considerando-se tal todos os abusos e extravagâncias sexuais.
Trata-se, com efeito, de um vício de conseqüências terrivelmente danosas: gera enfermidades, avilta caracteres, produz loucuras, inspira crimes, arruína lares, destrói civilizações.
(Páginas de Espiritismo cristão – Rodolfo Calligaris, cap.30, pág.99)
O corpo humano tem seus limites e funções bem definidas para os nossos desejos e ações. Todos os nossos excessos sejam para mais ou para menos, o corpo humano acusa. Desse modo, toda criatura humana que usar comportamento ilícito, estará incondicionalmente transgredindo a lei natural. Logo, todos os desvarios sexuais, tais como o excesso e o desvio, são transgressões da Lei Divina, criando transtornos e sofrimentos inevitáveis para aqueles que os praticam.
(Sexo e Evolução – Walter Barcelos, cap.6, item 6.5 – Homossexualismo e a lei moral, 1º parágrafo, pág.85)
Esses abusos são comuns nas criaturas humanas, muito de nós, escravizados ainda às emoções inferiores, à sensualidade, aos desejos imediatistas, sem disciplina e responsabilidade.
(Sexo e Evolução – Walter Barcelos, cap.10, item 10.1 – A sede dos prazeres sexuais, pág.125 e 126)
Assistimos no mundo a todo um acervo de conflitos sentimentais que, por vezes, culminam em pavorosa delinqüência… Homens que renegam os sagrados compromissos do lar, mulheres que desertam dos deveres nobilitantes para com a família… Pais que abandonam os filhos… Mães que rejeitam rebentos malnascidos, quando os não assassinam covardemente… Tudo isso em razão da sede dos prazeres sexuais… Isso, para não falar dos crimes passionais, perpetrados na sociedade humana, todos os dias, pelos abusos das faculdades sexuais, destinadas a criar à família, a educação, a beneficência, a arte e a beleza entre os homens. Esses abusos são responsáveis não apenas por largos tormentos nas regiões infernais, mas também por muitas moléstias e monstruosidades que ensombram a vida terrestre, porquanto os delinqüentes do sexo, que operaram o homicídio, o infanticídio, a loucura, o suicídio, a falência e o esmagamento dos outros, voltam à carne, sob o impacto das vibrações desequilibrantes que puseram em ação contra si próprios, e são, muitas vezes, as vitimas da mutilação congênita, da alienação mental, da paralisia, da senilidade precoce, da obsessão enquistada, do câncer infantil, das enfermidades nervosas de variada espécie, dos processos patogênicos inabordáveis e de todo um cortejo de males, decorrentes do trauma perispiritico que, provocando desajustes nos tecidos sutis da alma, exige longos e complicados serviços de reparação a se exteriorizarem com o nome de inquietação, angústia, doença, provação, desventura, idiotia, sofrimento e miséria.
(Ação e Reação – André Luiz, cap.15, Anotações Oportunas, págs.261, 262,264 e 265)
A criatura lesada em seu equilíbrio sexual costuma entregar-se a rebelião e à loucura em síndromes espirituais de ciúme ou despeito. A face das torturas genésicas a que se vê relegada gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo. Desse modo, por semelhantes ruturas dos sistemas psicossomáticos, harmonizados em permutas de cargas magnéticas afins, no terreno da sexualidade física ou exclusivamente psíquica, é que múltiplos sofrimentos são contraídos por nós todos, no decurso dos séculos, porquanto, se forjamos inquietações e problemas nos outros, com o instinto sexual, é justo venhamos a solucioná-los em ocasião adequada, recebendo por filhos e associados de destinos, entre as fronteiras domésticas, todos aqueles que constituímos credores do nosso amor e da nossa renúncia, atravessando, muitas vezes, padecimentos inomináveis para assegurar-lhes o refazimento preciso.
(Evolução em Dois Mundos – André Luiz, cap.XVIII, Sexo e corpo espiritual, Enfermidades do instinto sexual, págs.145 e 146)
Nos recessos da mente, o ser que degrade ou haja degradado o sexo armazena pesadelos e terríveis penas para si mesmo, quase sempre, de envolvimento em obsessão.
(Sexo Sublime Tesouro – Eurípedes Kuhl, cap.22 – Sexo: Agravantes Espirituais, item 22.1 – Panorama sexual “Do outro lado”, pág.159)
A Gênese
A obsessão é a ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um individuo. Apresente caracteres muito diferentes, desde a simples influência moral sem sinais exteriores sensíveis, até à perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.
(Cap. XIV, nº. 45, 2º parágrafo, Obsessões e Possessões, pág.258)
Livro dos Espíritos
459 – Os Espíritos influem em nossos pensamentos e ações?
– Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, muitas vezes, são eles que vos dirigem.
567 – Os Espíritos se intrometem em nossas ocupações e prazeres?
– Os Espíritos vulgares, como dizeis, sim. Estes estão incessantemente ao vosso redor, e às vezes tomam parte no que fazeis de forma bem ativa, conforme sua natureza. E é bom que o façam, para impulsionar os homens nos diferentes caminhos da vida, e estimular ou moderar suas paixões.
No processo obsessivo estão sempre presentes: atração, sintonia, culpa. Nessas ligações, certos espíritos levam criaturas muito animalizadas a cometer abusos de toda ordem, mormente quanto ao sexo. Tomam formas diversas, prendem-se de formas-pensamentos larvais, emitidas pelo encarnado e que se desprendem durante as ligações sexuais, geralmente espúrias. Nessas ocasiões, o desencarnado faz com que sua vítima sinta-se sempre insatisfeita, de forma a repetir. O encarnado, assim comandado, fica continuamente obcecado pelo sexo.
(Sexo Sublime Tesouro – Eurípedes Kuhl, cap.22 – Sexo: Agravantes Espirituais, item 22.3 – Obsessão, págs.160 e 161)
Compreendamos, pois, que o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e consequentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.
(André Luiz – Evolução em Dois Mundos, cap.XVIII, Sexo e corpo espiritual, Enfermidades do instinto sexual, pág.146)
7. CASTIDADE
Virtude que opõe a luxúria
Castidade = Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento através de educação e melhorias.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_Virtudes)
A castidade sexual expressa a renúncia consciente e vigilante da sexualidade (entendida como exercício do sexo ou que pode conduzir a ele) por parte da pessoa, obedecendo a fins mais elevados. A castidade é o resultado normal de uma eleição humana; representa a exigente coerência com valores superiores, requer o compromisso pleno de si mesmo e o coração que quer permanecer na sua integridade.
Do ponto de vista da moral do cristianismo nas suas distintas denominações, a castidade é a virtude que governa e modera o desejo do prazer sexual, segundo os princípios da fé e da razão. Pela castidade a pessoa adquire o domínio de sua sexualidade, para ser capaz de integrá-la em uma personalidade compatível com os pontos de vista religiosos. Para o cristianismo não é uma negação da sexualidade mas sim fruto do Espírito Santo e consiste no domínio de si mesmo, e na capacidade de orientar o instinto sexual para as causas morais ligadas ao crescimento espiritual e corporal das pessoas.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Castidade)
A verdadeira castidade e nobre conduta sexual não se restringem ao não uso do aparelho genésico, mas, sim à atitude mental e ao comportamento emocional. A simples abstenção física, acompanhada de tormento inferior, é somente uma fuga da realidade, uma transferência no tempo.
(Trilhas da Libertação – Divaldo P Franco, cap. Sexo e Responsabilidade, pág.229)
O cativeiro nos tormentos do sexo não é problema que possa ser solucionado por literatura ou médicos a agir no campo exterior: é questão da alma, que demanda processo individual de cura, e sobre esta só o espírito resolverá no tribunal da própria consciência.
(No Mundo Maior – André Luiz, cap.11, pág.163, 1º parágrafo)
O Consolador
184 – Como devemos efetuar nossa auto-educação, esclarecida pela Luz do Evangelho, nos problemas das atrações sexuais, cujas tendências egoístas tantas vezes nos levam a atitudes anti-fraternais?
-… em vez da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo. (Último parágrafo)
Aos desequilibrados do sexo, para sua definitiva libertação das algemas poderosas e destruidoras das energias desordenadas das paixões no campo da alma, será indispensável a iluminação no Evangelho, pois: somente nos esclarecimentos do evangelho de Jesus, quando buscado com sinceridade, encontraremos os remédios-luzes para a reeducação das energias criadoras do sexo em todos nós, através da disciplina de nossos sentimentos, do aperfeiçoamento de nossas afeições, do enriquecimento de valores no coração, resolvendo em definitivo o vaivém dos sofrimentos expiatórios.
(Sexo e Evolução – Walter Barcelos, cap.10, item 10.5 – Recuperação dos desequilibrados do sexo, pág.129, último parágrafo)
A proposta espírita é a da compreensão amorosa e educativa do ser humano. Nem apedrejamento, nem conivência culposa; nem julgamento arbitrário, nem a omissão da indiferença. Só o amor desvelado por Jesus é suficientemente forte para controlar e direcionar o impulso sexual, na edificação da felicidade permanente.
(Revista Cristã de Espiritismo edição 07:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=284&Itemid=25)
Emmanuel sintetiza com sabedoria o pensamento espírita: “Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno com devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra de sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um”.
(Vida e Sexo – Emmanuel, Introdução, Uberaba 5 de Junho de 1970, pág.8)
A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual.
(1 Tessalonicenses 4:3)
Esforcemo-nos para amar, servindo, ajudando a levantar, em silêncio, corações angustiados para uma vida nova. Todas as criaturas humanas são suscetíveis de se reformarem para o bem.
(Sexo e Evolução – Walter Barcelos, cap.7, item 8.6 – Um exemplo de amor, último parágrafo, pág.109)
E somente com o amor do Cristo no coração, haverá o amparo educativo adequado, em qualquer lugar, aos irmãos que apresentem desajustes da sexualidade.
(Sexo e Evolução – Walter Barcelos, cap.9, item 9.7 – Amar sem preconceito, penúltimo parágrafo, pág.123)
Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.
(1Coríntios 6:18-20)
Francisco de Assis foi um dos maiores exemplos, no mundo, de luta contra a luxúria. Dono de uma grande fortuna, e de facilidades incontáveis, logrou desfazer de toda a sua riqueza e lutou, incansavelmente, contra todas as paixões que poderiam aprisioná-lo.
(http://www.espiritismogi.com.br/colunistas/visao_espirita_luxuria.htm)
CONCLUSÃO GERAL SOBRE PECADOS E VIRTUDES
Ninguém existe, no mundo, invulnerável ao erro. Todos nós, encarnados e desencarnados, em aprimoramento na Terra, somos sujeitos à ilusão, através dos pontos frágeis que apresentemos na construção dos próprios valores para a Vida Maior. Em várias circunstâncias, enganamo-nos, todos, em matéria de posse, em problemas de família, em questões de influência, em convites do sexo, em apelos a honrarias ou em assuntos que se referem à preservação de nosso conforto…
(Seara dos Médiuns – Emmanuel, cap:O Lado Fraco, pág.230)
Todas as imperfeições, viciações, paixões, inibições e complexos são defeitos localizados no coração. Nosso Mestre e Senhor Jesus nos ensinou isto, há dois mil anos.
(Walter Barcelos – Sexo e Evolução, cap.14, Sexo e Educação, item 14.7, Coração: fonte de imperfeições e de virtudes, pág.166)
Entrem pela porta estreita porque a porta larga e o caminho fácil levam para o inferno, e há muitas pessoas que andam por esse caminho.
(Mateus 7: 13-14)
A porta larga e o caminho espaçoso, que conduzem à perdição e pela qual entram em tão grande número os homens, são o orgulho, o egoísmo, a ambição, com todos os seus derivados, a avareza, a cupidez, a inveja, a luxúria, a intemperança, a cólera, a preguiça, o materialismo, a intolerância, a predominância da matéria sobre o Espírito, ou mesmo sujeição do Espírito à matéria e, de modo geral, a maldade, pela palavra ou pelos atos, sob todas as formas e em todas as gradações.
A porta estreita e o caminho difícil indicam os esforços que o Espírito encarnado tem de empregar e as penas que tem de suportar para chegar à vida eterna, isto é, para se despojar de seus vícios, para marchar pela estrada do bem, fazendo nascer no seu íntimo os sentimentos opostos aos vícios de que se for libertando.
(Os Quatros Evangelhos – B Roustaing, v.2, pág.61)
Nenhum Espírito vive fora do amor de Deus e tampouco dos processos imparciais da justiça Divina. É da Lei Suprema que cada um receba de acordo com as suas próprias obras. Somos vítimas de nossos próprios atos. Não há sofrimentos sem causas justas. A Justiça Divina existe, não simplesmente para punir e fazer sofrer as criaturas ainda imperfeitas, mas, principalmente para reajustar, reconciliar, reeducar, redimir e iluminar o Espírito culpado. Esclarece-nos o Codificador, Allan Kardec: “O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a conseqüência das suas imperfeições. As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências”.
(Walter Barcelos – Sexo e Evolução, cap. 10 – Abuso do sexo e expiação, págs.124 e 125)
Se não ultrapassássemos os limites do necessário, na satisfação das nossas exigências vitais, não sofreríamos as doenças que são provocadas pelos excessos, e as vicissitudes decorrentes dessas doenças. Se limitássemos as ambições, não teríamos a ruína. Se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não recearíamos a queda. Se fossemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido. Se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maledicentes, nem invejosos, nem ciumentos, e evitaríamos as querelas e as dissenções. Se não fizéssemos nenhum mal a ninguém, não teríamos de temer as vinganças, e assim por diante.
(Evangelho – cap.XXVII, Pedi e Obtereis – Ação da Prece, Transmissão do pensamento, 2º parágrafo do item 12, pág.303)
É necessário que os homens, em expiação na Terra, se punam a si mesmos, pelo contato de seus próprios vícios, dos quais são as primeiras vítimas. Depois que tiverem sofrido o mal, procurarão o remédio no bem. A reação desses vícios serve, portanto, ao mesmo tempo de castigo para uns e de prova para outros. É assim que Deus faz sair o bem do mal.
(Evangelho – cap.VIII, Escândalos: Cortar a Mão, item 14, pág.122)
Ou seja, a causa das doenças está na própria leviandade no trato com a vida. É preciso lutar contra todas as aflições. Procuremos sempre pensar e agir dentro dos ensinamentos cristãos, a fim de alcançarmos a cura integral.
(Revista Cristã de Espiritismo, ano 1, nº. 2, pág. 6)
entram em tal caminho espaçoso, que conduzem a perdição Jesus Cristo esclarecia que o “amor cobre a multidão de pecados”. Daí a verdade de que as criaturas humanas se redimirão pelo amor e se elevarão a Deus por ele, anulando com o bem todas as forças que lhes possam encarcerar o coração nos sofrimentos do mundo.
(O Consolador, resposta da questão 272, último parágrafo, págs. 221 e 222)
Moisés, com a tábua dos Dez Mandamentos, abriu o caminho da moral cristã. Jesus, pela sua pregação evangélica, continuou a sua obra; ao Espiritismo cabe a tarefa de terminá-la.
(http://www.ceismael.com.br/artigo/dez-mandamentos.htm)
Que aquele, pois, que tem o sério desejo de melhorar-se, perscrute sua consciência, a fim extirpar de si as más tendências, assim como arranca as ervas daninhas de seu jardim.
(Livro dos Espíritos – Livro Terceiro, cap.XII, Conhecimento de si mesmo, resposta da 919.a, meio do penúltimo parágrafo pág.292)
Sócrates disse a 500 anos antes de Cristo: “Conhece-te a ti mesmo”
Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.
(1 Corintios 6: 9 -11)
Fontes de pesquisas:
Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida
Bíblia Sagrada on-line versão internacional
Bíblia Sagrada na linguagem de hoje
Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
A Gênese – Allan Kardec
O Céu e o Inferno – Allan Kardec
Os Mensageiros – André Luiz
Evolução em Dois Mundos – André Luiz
Ação e Reação – André Luiz
No Mundo Maior – André Luiz
O Consolador – Emmanuel
Seara dos Médiuns – Emmanuel
Pensamento e Vida – Emmanuel
Fonte Viva – Emmanuel
Mãos Marcadas – Emmanuel
Vinha de Luz – Emmanuel
Ceifas de Luz – Emmanuel
Vida e Sexo – Emmanuel
Contos Desta e Doutra Vida – Irmão X
Luz no Lar – Espíritos diversos
Encontro Marcado – Espíritos Diversos
Celeiros de Bênçãos – Joanna de Angelis
Depois da Morte – Leon Denis
Trilhas da Libertação – Divaldo Franco
Páginas de Espiritismo Cristão – Rodolfo Calligaris
Parábolas Evangélicas – Rodolfo Calligaris
As Leis Morais – Rodolfo Calligaris
Sexo Sublime Tesouro – Eurípedes Kurl
Sexo e Evolução – Walter Barcelos
Manual Prático do Espírita – Ney Pietro
Rumos Doutrinários – Indalício Mendes
As Vidas de Chico – Marcel Souto Maior
Os Quatro Evangelhos – J.B. Roustaing
Mini-dicionário da Língua Portuguesa – Silveira Bueno
Pesquisas feitas na internet:
Google
Wikipédia
Dicionário on-line
Catecismo da Igreja Católica de A a Z
Manancial de Luz
Comunidade Espírita
Redação do Momento Espírita
Filosofia Espírita – Suely O. Pereira
Centro Espírita Ismael
Luz do Espiritismo
Aprofundamento Doutrinário
Espiritismogi
Portal do Espírito
Centro Espírita Dr. Leocádio Correa – Rosane -29/06/2011