Sentimento de Culpa – Palestra 24.2.16
SENTIMENTO DE CULPA
Palestra – Sueli – CELC 24/2/16
JUSTIÇA DIVINA
LE 171 Em que se funda o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles cujo progresso não dependeu deles mesmos? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”
A.K.: Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova……..
LE 875. Como se pode definir a justiça?
“A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.”
a) O que determina esses direitos?
“Duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens formulado leis apropriadas a seus costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos mutáveis com o progresso das luzes. Vede se hoje as vossas leis, aliás imperfeitas, consagram os mesmos direitos que as da Idade Média. Entretanto, esses direitos antiquados, que agora se vos afiguram monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. Nem sempre, pois, é acorde com a justiça o direito que os homens prescrevem. Demais, este direito regula apenas algumas relações sociais, quando é certo que, na vida particular, há uma imensidade de atos unicamente da alçada do tribunal da consciência.” Podemos observar até onde chegam nossos direitos e começam os nossos deveres. Olhando por este prisma, encontraremos sempre a paz.
LE 876. Fora do direito consagrado pela lei humana, qual a base da justiça, segundo a lei natural?
“O Cristo vo-la deu: Desejai para os outros o que quereríeis para vós mesmos. Deus colocou no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um ver respeitar seus direitos. Na incerteza do que deve fazer em relação ao seu semelhante em uma dada circunstância, o homem se pergunta como ele desejaria que se fizesse para com ele em circunstância semelhante. Deus não poderia dar-lhe um guia mais seguro que a sua própria consciência..” ( JEREMIAS 31:33 ) As leis eternas de Deus existem, como sendo um tribunal para regular nossas emoções e nos fazer seguros de comportamento, dentro da consciência. (Quando nos desviamos dessas leis naturais, somos forçados, pela Lei de Justiça, a mudarmos o rumo, a nos ajustarmos, momento em que somos atingidos pelas diversas formas de dores e sofrimentos.)
EVOLUÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO ( Lei de Causa e Efeito ) = Carlos Toledo Rizzini
Ao pensar e agir, portanto, o homem liberta forças e fica sujeito ao retorno delas, nesta ou noutra vida;
Provará o fel ou o mel que fez outro beber…todavia, a aplicação da lei no nível espiritual é relativa, porque a mesma vontade pode, noutra ocasião, agir em sentido contrário e atenuar o choque mediante a libertação de novas forças, agora positivas. Não temos o poder de extinguir os efeitos da volta sobre nós, mas podemos modificá-los se mudarmos de rumo, se atuarmos noutra direção com esse intuito.
SENTIMENTO DE CULPA
AÇÃO E REAÇÃO – ANDRÉ LUIZ, CAP. 2
……… Os Espíritos que na vida física atendem aos seus deveres com exatidão, retomam pacificamente os domínios da memória, tão logo se desenfaixam do corpo denso, reentrando em comunhão com os laços nobres e dignos que os aguardam na Vida Superior, para a continuidade do serviço de aperfeiçoamento e sublimação que lhes diz respeito; contudo, para nós, consciências intranqüilas, a morte no veículo carnal não exprime libertação. Perdemos o carro fisiológico, mas prosseguimos atados ao pelourinho invisível de nossas culpas; e a culpa, meu amigo, é sempre uma nesga de sombra eclipsando-nos a visão. Nossas faculdades mnemônicas,(tecnica p/auxiliar processo de memorização) relativamente as nossas quedas morais, assemelham-se, de certo modo, às conhecidas chapas fotográficas, as quais, se não forem convenientemente protegidas, sempre se inutilizam.
LIBERTAÇÃO = CAP 11 = ANDRÉ LUIZ
A memória é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos. Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos dentro de nós mesmos.
FRANCISCO M. DIAS DA CRUZ – PSICOGRAFIA DE MARTA ANTUNES MOURA, EM 10/08/ 2006
A influência obsessiva apresenta várias facetas, em geral ignoradas pelo espírita. Surge de forma abrupta ou lentamente, insidiosa. Não considera o sexo, a idade, o nível socioeconômico. Atinge o indivíduo e arrasta comunidades. Insinua-se, escorregadia como réptil venenoso, nos delicados e nobres tecidos da estrutura cerebral, neutralizando agentes de defesa orgânica, produzindo alucinações, sofrimentos e mal-estar generalizados. Espíritos perturbados e perturbadores aproximam-se da mente invigilante para absorver, num processo de vampirização fluídico-magnética, a energia vital das pessoas que lhes servem de alvo. Apropriando- se da mente, passam a conviver com o indivíduo em regime contínuo, íntimo, de forma que o pensamento e a emoção de um ecoam e refletem no outro.
Á semelhança de um ladrão inconsequente, arrombam as portas que mantêm os arquivos de ações infelizes, ocorridas em vidas pretéritas, sob parcial controle. Apropriando-se dessas lembranças amargas, caracterizadas por experiências de atentado à lei de Deus, conduzem-nas aos campos da memória recente, provocando, no subjugado, angústias, sentimento de culpa e desespero. Conhecendo as predisposições íntimas do dominado, seus sentimentos, desejos e aptidões, atuam no centro cerebral do humor e da inteligência, acelerando o metabolismo de íons que resultam na irritabilidade, na elevação da pressão dos líquidos corporais, causando tonturas e cefaléias.
Não creias, amigo e irmão, que este quadro, assim apresentado com o colorido do jargão técnico, se encontra distante de ti. Está ao teu lado, podendo envolver-te, vibrando no ritmo da tua cadência respiratória e do teu batimento cardíaco. Mantenhas-te atento, pois as somatizações são inevitáveis quando há influência obsessiva. Transforma-te no bem para que possas neutralizar-lhe tais ações, absorvendo energias superiores que do Alto se derramam sobre ti. As ligações mentais inferiores ocorrem em razão da invigilância, da falta de fé, da ausência de oração, da escassez da prática do bem.
PROCESSOS DE CULPA, POR AÇÃO OU OMISSÃO: quando agimos erradamente, usando benefícios que recebemos da vida em prejuízo de outras pessoas (ação), estas vítimas retornam em busca de vingança, e se utilizam do nosso sentimento de culpa como uma arma para desencadear processos de loucura. Também quando deixamos de usar estes benefícios em favor dos semelhantes ao longo de nossa vida (omissão), desenvolvemos um remorso, uma sentimento de oportunidade perdida que também pode desencadear processos de alienação no plano espiritual. Ambas as situações são referidas no evangelho, nas passagens abaixo:”Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.” (Mateus, 5:25-26)
ENTRE A TERRA E O CÉU – ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER – CAP. 3 “Obsessão”
Mulher, 25 anos, no leito. Ao lado dela, mulher desencarnada. Fios cinzentos que lhe fluíam da cabeça, à maneira de tentáculos dum polvo, envolviam-lhe o centro coronário, obliterando-lhe os núcleos de força. Clarêncio explicou: A jovem senhora é Zulmira, a esposa de Amaro, e a irmã desencarnada que presentemente lhe vampiriza o corpo é Odila, a primeira esposa. Mas, porque não há reação por parte da perseguida? – inquiri, perplexo.
– Porque Zulmira, a nossa amiga encarnada, caiu no mesmo padrão vibratório .Ela também tinha ciúmes do casal de filhos de Amaro. Mas o pequeno Júlio, formosa criança de oito anos, perdeu a existência no mar. A segunda mulher nunca suportou, sem mágoa, o carinho do pai para com os órfãos de mãe.. Em suas preocupações doentias, Zulmira chegou a desejar a morte de do pequenos. Muitas vezes emitiu silenciosamente o anseio de vê-lo afogar-se na praia em que se banhavam. Certa manhã, separou Evelina do irmão, permitindo ao petiz mais ampla incursão nas águas. O objetivo foi atingido. Uma onda rápida surpreendeu o miúdo banhista, arrojando-o ao fundo. Incapaz de reequilibrar-se, Júlio voltou cadaverizado à superfície. O sofrimento familiar foi enorme. Amaro sentiu-se psiquicamente distanciado da segunda esposa, classificando-a como relaxada e cruel com os filhinhos. Zulmira, a seu turno, acabrunhada com o acontecimento e guardando consigo a responsabilidade indireta pelo desastre havido, caiu obsidiada ante a influência perniciosa da rival que a subjugava do plano invisível. Clarêncio fez ligeiro intervalo e continuou:
– O SENTIMENTO DE CULPA É SEMPRE UM COLAPSO DA CONSCIÊNCIA e, através dele, sombrias forças se insinuam… Zulmira, pelo remorso destrutivo, tombou no mesmo nível emocional de Odila e ambas se digladiam num conflito de morte, inacessível aos olhos humanos comuns. A criança gritou, pedindo-lhe amparo… Realmente, poderia ter retrocedido alguns passos, salvando-a, mas vencida pelos sinistros pensamentos que lhe dominavam a cabeça, esperou que o mar concluísse o horrível trabalho que não tivera coragem de executar. Quando notou que o enteado havia desaparecido, começou a clamar por socorro, de alma repentinamente dobrada pelo remorso, mas era tarde. Foi então que Zulmira, dominada pelo arrependimento e atormentada pela noção de culpa, desceu, em espírito, ao padrão vibratório de Odila que a seguia, em silêncio, revoltada. André pergunta ; Mas, à frente da Lei, Zulmira não é culpada?
Clarêncio : – Não, no sentido real da Lei, Zulmira não é culpada. Todavia, quem de nós não é responsável pelas ideias que arroja de si mesmo? Nossas intenções são atenuantes ou agravantes das faltas que cometemos. A forma de nosso pensamento dá feição ao nosso destino.
– Júlio trazia consigo a morte prematura no quadro de provações. Fora um suicida por duas vezes .Depois de
muito trabalho, os espíritos convenceram Odila de que Julio precisava reencarnar e tinha de ser através de Zulmira. Iria lutar muito com a vida, sempre doente, para valorizar a oportunidade.
PARA USO DIÁRIO = JOANES (espírito); psicografia Raul Teixeira
A culpa é uma cobrança íntima, com pesada carga de auto acusação, visto apontar os erros de maneira extremamente negativa e fazer nos sentirmos envergonhados, derrotados e quantas vezes, sem forças para seguir adiante.
Por sua vez, o remorso que, segundo definição, caracteriza-se pelo tormento e aflição, pelo remordimento e revolta da consciência –, também exaure com nossas forças, porque ele nos faz reviver infinitas vezes a impressão ruim que o erro praticado causou a nós ou ao(s) outro(s).
Quanto à adoção desse tipo de emoções perante os próprios enganos, o Espírito Joanes aconselha:
Aprenda a pedir desculpa, a confessar seus erros, a admitir seus equívocos, para que não aninhe remorsos na alma, ou para que o remorso tenha o poder de lhe fazer reerguer e não sucumbir.
Considere que você não é infalível. Dê-se conta de que não é invulnerável. E, assim, terá tranquilidade em admitir o lado que ainda vibra feio em sua intimidade.
Somente quando se decida a não mais alimentar remorsos, por orgulho ou algo que corresponda a isso, é que você deixará de padecer desnecessariamente.
Confesse, dessa forma, o seu erro, quando ele ocorra, e parta para o acerto, pois todos os que seguem pelos caminhos humanos podem tropeçar, podem tombar, mas que, em nome do auto respeito, aprendam a recuperar-se, a soerguer-se, a elevar-se para os planos de luz da alma em paz.
Quando nos mantemos presos a complicados sentimentos de culpa e remorso, deixamos de perceber que as atuações que tivemos no passado eram compatíveis com o grau de entendimento e de experiência que possuíamos na época. Daí a necessidade reavaliarmos, constantemente, atitudes, pensamentos e sentimentos, para não ficarmos cometendo sempre os mesmos erros. Infrutíferos são, portanto, os dramas de consciência, porque não dá para voltar atrás e refazer o curso da história….
Viver no passado é perda de tempo! o passado já foi, não volta mais. Quando nós estamos vivendo no passado, o presente não consegue fluir. Quem vive no passado não consegue enxergar o presente. É hoje que se encontram todas as possibilidades de felicidade.
O passado você não consegue mudar, mas o presente é o momento que Deus lhe concede para renovar suas atitudes e descobrir todo o seu potencial.
… Se você cometeu algum erro, perdoe-se e repare sua falta. Não deixe de entender a lição que o erro lhe trouxe, renovando o seu comportamento.
SEM MEDO DE SER FELIZ = JOSÉ CARLOS DE LUCCA
Deus não condena ninguém. Todos nós erramos com frequência e não há na face da Terra quem esteja livre de tropeços. (…) O que mais importa é a nossa capacidade de recuperação diante do erro praticado. Deus não quer choros, lamentações, dramas de consciência. (…) a vida coopera para a nossa reabilitação, não para que fiquemos em vão na prisão de nossas culpas. Por isso, diante do erro, busquemos sanar o equívoco pelo amor. Esse é o remédio sagrado para nossas feridas. (…) Culpar-se, nunca, mas reabilitar-se, sempre, eis aí um programa de amor que podemos estabelecer em razão das nossas inevitáveis quedas.
OS MENSAGEIROS – CAP. 13 ANDRÉ LUIZ – Ponderações de Vicente
Tenho um amigo, nosso colega de profissão, que se encontra nas zonas inferiores, há alguns anos, atormentado por dois inimigos cruéis. Acontece que ele muito faliu como homem e médico. Era cirurgião exímio, mas, tão logo alcançou renome e respeito geral, impressionou-se com as aquisições monetárias e caiu desastradamente. Nos dias de grandes negócios financeiros, deslocava a mente das obrigações veneráveis, colocando-a distante, na esfera dos banqueiros comuns. Não fosse a proteção espiritual, essa atitude teria comprometido oportunidades vitais de muita gente. A colaboração do pobre amigo tornara-se quase nula,
e alguns desencarnados nas intervenções cirúrgicas que ele praticava, notando-lhe a irresponsabilidade, atribuíram-lhe a causa da morte física, quando não a esperavam, votando-lhe ódio terrível.
Amigos do operador prestaram esclarecimentos justos a muitos; entretanto, dois deles, mais ignorantes e maldosos, perseveraram na estranha atitude e o esperaram no limiar do sepulcro.
– Horrível! – exclamei. Se ele, porém, não é culpado da desencarnação desses adversários gratuitos, como pode ser atormentado desse modo? Explicou Vicente, em tom mais grave:
– Realmente, não tem a culpa da morte deles. Nada fez para interromper-lhes a existência física. Mas é responsável pela inimizade e incompreensão criadas na mente dessas pobres criaturas, porque, não estando seguro do seu dever, nem tranquilo com a consciência, o nosso amigo julga-se culpado, em razão das outras falhas a que se entregou imprevidentemente.
Todo erro traz fraqueza e, assim sendo, o nosso colega, por enquanto, não adquiriu forças para se desvencilhar dos algozes. Perante a Justiça Divina, portanto, ele não resgata crimes inexistentes, mas repara certas faltas graves e aprende a conhecer-se a si mesmo, a entender as obrigações nobres e praticá-las, compreendendo, por fim, a felicidade dos que sabem ser úteis com segurança de fé em Deus e em
si mesmos. A noção do dever bem cumprido, André, ainda que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado travesseiro para a noite. O nosso colega, tendo abusado da profissão, entrou em dolorosa prova. – Ah! sim – exclamei –, agora compreendo. Onde exista uma falta, pode haver muitas perturbações; onde apagamos a luz, podemos cair em qualquer precipício……
REMORSO
RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE = Bezerra de Menezes / Ivone Pereira = cap.10 “O Complexo Obsessão ”
O remorso, por exemplo, que é um dos mais avassaladores sentimentos, e que, no estado de desencarnação de um Espírito, chegará a enlouquecê-lo, poderá levar o Espírito a reencarnar em estado vibratório precário, por excitado, deprimido, alucinado, desesperado, etc. E, assim sendo, ele carreará para o corpo que habitar predisposições para acentuado desequilíbrio nervoso, intoxicações magnéticas que mais tarde redundarão em doença mental, onde até visões (do passado em que delinquiu) existirão, ao choque de uma possível fadiga mental, de uma emoção forte ou até de excessos de qualquer natureza, inclusive o excesso sexual e
até o alimentar. Seu aspecto será o de um obsidiado. No entanto, ele é obsidiado apenas por sua (memória profunda), que vinculou sua personalidade humana. Se houve remorso, houve crime, delinquência. E, se houve crime, a consciência, desarmonizada consigo mesma, desarmonizará todo o ser, e de muitas formas. A mente enferma refletirá sua anormalidade sobre o perispírito, que é dirigido por ela, e este sobre o corpo carnal, que é escravo de ambos, através do sistema nervoso.
GRILHÕES PARTIDOS – MANOEL PHILOMENO MIRANDA/DIVALDO =Cap.12 Histeria
Confirmávamos que o homem é o juiz de si mesmo, recolhendo da atividade em que se envolveu os frutos merecidos da plantação realizada…… Cada homem é a soma das suas realizações.
Na problemática das enfermidades mentais melhor se desvelam as paisagens íntimas de cada ser, uma vez que o impositivo do resgate exige da organização físio-psicológica a exteriorização dos abusos e crimes perpetrados anteriormente.
Ninguém se exime às consequências da culpa. Esta insculpe na tecelagem sutil e poderosa do perispírito o de que tem necessidade para anular o gravame.
Enquanto reflexionávamos, o sábio Orientador indicou-nos uma enferma de aproximadamente vinte e cinco anos que dormia, anestesiada pelo sedativo utilizado fazia poucas horas.
“Esta é nossa irmã Angélica, cuja distonia nervosa começou a partir dos quatorze anos de idade, agravando-se pouco a pouco. A princípio suas crises eram amenas, tornando-se mais amiúde nos últimos meses.
“É portadora de uma psiconeurose de natureza histérica em longo curso, a caracterizar-se por ataques violentos …“De início as síndromes eram perturbadoras, ….em que experimentava rudes embates dos quais saía triturada emocional e fisicamente. Tornando-se condicionada por impressões profundas da personalidade desequilibrada, vem caminhando de estágio a estágio na direção da loucura….
O sábio mentor acercou-se de Angélica e tocou-lhe o centro cerebral, que ao contato da mão poderosa se impregnou de coloração específica, passando a vibrar singularmente.
Aplicou o mesmo recurso ao centro coronário, e logo após ao genésico.
Angélica vem de um passado moral pouco recomendável. Jovem atraente, aos primeiros dias do século atual, consorciou-se por imposição paterna com um homem a quem não amava, mais idoso do que ela, o que lhe constituiu, a princípio, grande martírio. “Seu consorte, impossibilitado para o matrimônio, confidenciou-lhe o problema que o afligia, prometendo-lhe regular liberdade, desde que se mantivessem as conveniências sociais para ele relevantes. … Acobertada pelo esposo insensato e leviano, tombou em quedas sucessivas, ocultando os frutos das dissipações por meio de infanticídios impiedosos que se repetiram por quatro vezes consecutivas, no último dos quais logrou ser expulsa do corpo, através de hemorragia violenta…
“Ao despertar no Além reencontrou aqueles que impedira de renascer, passando a sofrer-lhes injúrias e rudes perseguições. “Infelizmente, conduta que tal ainda hoje é corrente: apagar o erro por meio de maior crime, isto é: ocultar o ultraje moral, incidindo no aborto delituoso,destruindo quem não tem culpa da leviandade.
“A Lei, porém, sempre chama a necessárias contas todos os seus arbitrários desrespeitadores, como estamos verificando.
“Ao reencarnar-se o Espírito culpado através de processo muito complexo, fixou no centro coronário, onde se situa a epífise, a veladora da sexualidade, os abusos anteriormente cometidos, que foram sendo revelados, à medida que a puberdade ativava o centro genésico,
(14 anos) produzindo-lhe o estado atual, e,,simultaneamente, fazendo que a memória dos sucessos infelizes começasse a trasladar-se do inconsciente profundo para o consciente atual, em forma de tormentosas crises evocativas das sensações experimentadas nas pavorosas regiões de dor donde proveio…
E será ela uma obsidiada no sentido real da palavra? Sim, concordou. Aqui, porém, a obsessão é efeito, contingência natural da sintonia da mente endividada com as mentes das suas vítimas. ….
PROLUSÃO – Com os centros do discernimento superior anestesiados pelos vapores das dissipações e loucuras a que se entregou, imanta – se por processo de sintonia psíquica ao aparente verdugo, conservando no íntimo as matrizes da culpa, que constituem verdadeiros “plugs” para a sincronização perfeita entre a mente de quem se crê dilapidado e a consciência dilapidadora, gerando então, os sintomas do que mais tarde se transformará em psicopatia obsessiva, a crescer na direção infamante de conjugação irreversível.
3ª PARTE PERDÃO E ARREPENDIMENTO
LIVRO JUSTIÇA DIVINA – EMMANUEL
“Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos, ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões.”
“A Lei do progresso confere a cada espírito a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, afim de que a justiça estabeleça o merecimento de cada um, na pauta das próprias obras”
LE 992 “Que consequência produz o arrependimento no estado corporal?
“Fazer que, já na vida atual, o Espírito progrida, se tiver tempo de reparar suas faltas. Quando a consciência o acusa e lhe mostra uma imperfeição, o homem pode sempre melhorar-se”.
LENDA CHINESA – LIN E A SOGRA
Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à sogra.
Os temperamentos eram muito diferentes e Lin se irritava com os hábitos e costumes da sogra, que criticava cada vez mais com insistência.
Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável.
No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.
Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.
Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe:
– Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas.
Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente.
Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas.
Lin respondeu: “Obrigado, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda.
Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra.
Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra.
E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.
Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durantes estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de tratar com ela.
As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha. Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe: Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou.
Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde.
O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar.
LUCAS 15: 7, “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.
O CÉU E O INFERNO, CAP.VI, “Criminosos Arrependidos”, “Um jovem padre de nome Verger que havia assassinado em 3 de janeiro de 1857, Monsenhor Sibour, arcebispo de Paris, quando saia da Igreja de Saint-Étienne. Verger foi condenado à morte e em 30 de janeiro executado. Em nenhum momento mostrou-se arrependido do seu crime. Ele foi evocado no mesmo dia de sua execução e três dias depois. Nestes contatos, quando Verger foi indagado “Qual a vossa punição?”, ele respondeu: “sou punido por que tenho consciência da minha falta, e para ela peço perdão a Deus; sou punido porque reconheço a minha descrença nesse Deus, sabendo agora que não devemos abreviar os dias de vida de nossos irmãos; sou punido pelo remorso de haver adiado o meu progresso, enveredando por caminho errado, sem ouvir o grito da própria consciência que me dizia não ser pelo assassínio que alcançaria o meu desiderato. Deixei-me dominar pela inveja e pelo orgulho; enganei-me e arrependo-me, pois o homem deve esforçar-se sempre por dominar as más paixões, o que, aliás, não fiz”.
PERDÃO E AUTOPERDÃO JOANNA DE ÂNGELIS= Divaldo P. Franco,psicografia em de 4 de janeiro de 2005.
Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise de profundidade em torno dos males produzidos, seja de referência à própria pessoa ou a outrem….(André Luiz- porão,subconsciente arquivo coisas passadas)
A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, e deve ser enfrentada com serenidade
e altivez. Ninguém se pode considerar irretocável enquanto no processo da evolução.
Mesmo aquele que segue retamente o caminho do bem está sujeito a alternância de conduta, tendo em vista os desafios que se apresentam e o estado emocional do momento….
Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se, não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal que fizeram.
Muitos males são feitos ao próprio indivíduo, produzindo remorso, vergonha, ressentimento, sem que haja coragem para revivê-los e liberar-se dos seus efeitos danosos….
A terapia moral pelo auto perdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo.
Torna-se essencial, portanto, uma reavaliação da ocorrência, num exame sincero e honesto em torno do acontecimento, diluindo-o racionalmente e predispondo-se a dar-se uma nova oportunidade, de forma que supere a culpa e mantenha-se em estado de paz interior.
O auto perdão é essencial para uma existência emocional tranqüila.
Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso.
Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver.
Em face do auto perdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo da paz.
Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza-lhe o estado de inferioridade….Perdoa-te, portanto, perdoando, também, ao teu próximo, seja qual for o crime que haja cometido contra ti.
O problema será sempre de quem erra, jamais da vítima, que se depura e se enobrece.
JOANNA DE ÂNGELIS – ILUMINAÇÃO INTERIOR, P. 109
É o Espírito o desencadeador do transtorno martirizante, cabendo-lhe a responsabilidade de reverter o quadro, mediante grande esforço da vontade, acompanhado pelos recursos preciosos da oração e da ação no bem, com os quais adquire valores que podem contrabalançar o erro e recuperar-se das dívidas morais” .
Muitos corações idealistas, portadores de valores forjados no sacrifício da renovação interior, habituaram a julgar-se hipócritas e desleais perante seus deslizes, penetrando as faixas emocionais da autopunição em descaridosos episódios de desamor a si próprios. Esquecem-se do quanto já edificaram de bom na intimidade e optam por fixar-se em crenças negativas, supervalorizando suas imperfeições, negando o auto perdão, caminhando para conflituosos estados íntimos que ativam os sentimentos de desprezo, raiva, desânimo, ansiedade, tristeza, desespero, pessimismo.
Grande diferença existe entre ser imperfeito e estar imperfeito. Não fomos criados para o sofrimento e o mal. O fato de cometer faltas não intencionais faz parte do demorado processo de transformação da personalidade. Quando verdadeiramente nos comprometemos com a melhoria interior precisamos nos dar conta de que as vacilantes intenções de ser um homem novo necessitam do otimismo para se concretizar. Não somos infelizes, estamos, temporariamente, infelizes. Não somos deprimidos, estamos, passageiramente, deprimidos. Somos luz, somos deuses.
( Dizer pra mim mesmo : Eu me perdoo pelos erros cometidos, eu me perdoo por não ser perfeito, eu me perdoo pela minha natureza humana, eu me perdoo pelas minhas limitações )
“O CÉU E O INFERNO” Kardec afirma que somente ocorrerá a regeneração do Espírito quando este atingir as Três condições necessárias para apagar os traços de seu erro. Ou seja, arrependimento, expiação e reparação.
Lembrando que nem sempre precisamos sofrer a dor e nos auto punirmos com o não perdão… Façamos o que os Espíritos nos instruíram, alcemos vôo à prática da Caridade e Amor ao próximo.
O ARREPENDIMENTO = Joanna de Ângelis = Livro Luz da Esperança / Divaldo Pereira Franco
O arrependimento é o primeiro sinal de consciência da falta cometida a surgir na tela mental do homem.
Reconhecimento do erro, impõe, todavia, uma atitude dinâmica e corajosa para a sua retificação.
Nem sempre, no entanto, as circunstâncias permitem ao faltoso o campo de recuperação, especialmente quando o ofendido tomba nas faixas semelhantes do desequilíbrio e não faculta a aproximação daquele a quem agora detesta…
Nenhum arrependimento pode transformar-se em “sentimento de culpa”, a fim de que não venha a tornar-se motivo de males mais graves.
O arrependimento não deve ser cultivado para que não se converta em sombra e tóxico na consciência.
O arrependimento é passo racional para a mudança de comportamento.
O erro é uma experiência no processo da evolução em que todos nos encontramos situados.
Não é justo, porém, a permanência nele. Acidente é ocorrência geral nas atividades humanas.
LIVRO “NOSSO LAR” – Cap. 40 André Luiz narra o episódio comovente do encontro dele com Elisa, uma antiga empregada de sua casa quando ainda era jovem… A moça fora trabalhar em sua residência quando ele era muito jovem e ele a envolveu e a moça entregou-se aos seus encantos. Na época seu pai havia percebido o mal feito e despediu a moça. André Luiz nunca mais soube dela.
André Luiz encontrou esta moça nas câmaras de retificação cega e muito judiada pelas dores que deve ter passado. André pede a Narcisa auxilio e é instruído a ajudar a moça. Com grande sentimento de culpa, compaixão e vontade de ressarcir o seu erro do pretérito, André Luiz aproxima-se de moça e descobre que depois que saiu de sua residência passou a vender o corpo e adquiriu sífilis chegando à pobreza, cegueira e óbito… A dor que André sentira ao ouvir a narrativa fora profunda e com ajuda de Narcisa pode ajudar a moça na sua recuperação oferecendo-lhe seu amor e amparo.
“LOUCURA E OBSESSÃO”, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Pereira Franco Cap. 23
“O bem que se faz sempre diminui o mal que se fez, conforme a contabilidade do Amor. Serão, porém, indispensáveis os valores que devem ser adquiridos com empenho, de modo a facultar-lhe a sintonia correta com os bons Espíritos, que o deverão conduzir.
É da Lei que, onde esteja o devedor, aí se apresentem a dívida e o cobrador . . . preencha as suas horas com trabalhos proveitosos, queimando os excessos gerados pelo organismo. Receitam-se muito a ginástica, os desportos, na Terra, e com razão. Sem desprestígio para essa terapêutica desalienante, compensadora, que desenvolve os músculos, que os relaxa, que acalma a mente, entre nós, em face da dor que grassa, alucinada, quanta ginástica se poderá fazer visitando os enfermos, socorrendo os necessitados, aplicando passes, ou bioenergia, enfim, a caridade é um esporte da alma, pouco utilizado pelos candidatos à musculação moral e inteireza espiritual. As horas ociosas são anestésico para a dignidade e brechas morais contra o equilíbrio. Preenchê-las bem é procedimento de sabedoria, gerador da saúde mental.
Outrossim, sugiro-lhe cultivar pensamentos edificantes e não usar palavras vãs, pois que estas corrompem o coração, na mente se inicia o processo perturbador, que se manifesta pelas palavras e domina a realidade do ser. A queixa, a lamentação, a auto piedade são lixo mental que deve ser atirado fora, antes que intoxique aquele que o conserva como resíduo danoso…… O tratamento, portanto, das obsessões torna-se muito difícil, porque muito depende do alienado. Não lhe basta o afastamento do perseguidor, que o liberta, mas sim, a reeducação pessoal, que lhe faculta a auto libertação, esta, sem dúvida, muito mais difícil.
De certo modo, acostumado à preguiça mental e à aparente infelicidade, o homem não reage o suficiente para superar a situação, teimando em cultivar as ideias deprimentes a que se afeiçoara. Toda renovação exige esforço, sacrifício e disciplina da vontade, porquanto é mais agradável ceder, acomodar-se, para logo depois queixar-se.”
LIBERTAÇÃO = CAP 11 = ANDRÉ LUIZ
Certos casos de obsessão é indispensável a pessoal resistência. “Não adianta retirar a sucata que perturba um imã, quando o próprio imã continua atraindo a sucata.” A transformação do indivíduo torna-se, pois, fator essencial no tratamento. RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE (Cap.10 ) Há pessoas a quem agrada uma dependência que lhes lisonjeia os gostos e os desejos)
LEI DA VIDA –ANDRÉ LUIZ – PSICOGRAFIA CHICO XAVIER
Ninguém escapa das consequências dos próprios atos. Estas são inevitáveis no processo evolutivo de todas criaturas. Conforme seja a ação, desencadeia-se a reação. Por isto mesmo, o homem vive segundo age.
Nem sempre, porém, os resultados se fazem imediatos. Há tempo para semear, quanto o existe para colher.
A trilha de cada criatura é percorrida com os pés do esforço pessoal. Indispensável, portanto, pensar antes de agir, de modo a não se arrepender, ao raciocinar depois. O homem jamais fugirá de si mesmo, das suas recordações. O tempo não para, mas, os efeitos de cada um permanecem. Se te enganas ou a alguém prejudicas, apressa-te para retificá-lo e reabilitar-te. Com muita propriedade, afirma a lição evangélica, ensinando que “nada há de oculto, que não venha a ser revelado”.
PERDÃO = JOANNA DE ANGELIS, livro “Conflitos Existenciais”
….. O antídoto para a culpa é o perdão. Esse perdão poderá ser direcionado a si mesmo, a quem foi a vítima, à comunidade, à Natureza.
Desde que a paz e a culpa não podem conviver juntas, porque uma elimina a presença da outra, torna-se necessário o exercício da compreensão da própria fraqueza, para que possa a criatura libertar-se da dolorosa injunção. A coragem de pedir perdão e a capacidade de perdoar são dois mecanismos terapêuticos liberadores da culpa.
LIVRO JUSTIÇA DIVINA – CAP.14 QUITAÇÃO – EMMANUEL
Todas as contas a resgatar pedem relação direta entre credores e devedores.
É por isso que te vês, frequentemente, na Terra, diante daqueles a quem deves algo.
No lar ou nas linhas que o marginam, é fácil reconhecê-los, quando entregas desinteresse e dedicação, recolhendo aspereza e indiferença.
Em muitos lances da estrada, são amigos a quem te dás, sem reserva, e que te arrastam a dificuldades de longo curso.
Em várias ocasiões, são pessoas das quais enxugaste as lágrimas, situando-as na intimidade da própria vida, e que, de inesperado, te agridem a confiança com as pedras do desapreço.
Noutras circunstâncias, são companheiros de experiência que, súbito, se transformam em adversários gratuitos de teu caminho, hostilizando-te, em toda a parte.
Entretanto, se defrontado por semelhantes problemas, é indispensável te municies de amor e paciência, tolerância e serenidade, para desfazeres a trama da incompreensão.
Guarda a consciência no dever lealmente cumprido e, haja o que houver, releva os golpes com que te firam, ofertando-lhes o melhor sentimento, a melhor idéia, a melhor palavra e a melhor atitude.
Água cristalina, pingando, gota a gota, converte o vaso de vinagre em vaso de água pura.
E, se depois de todos os teus gestos de fraternidade e benevolência ainda te perseguem ou te injuriam, abençoa-os em prece e continua, adiante, fiel a ti mesmo, na certeza de que humildade, na hora da crise, é nota de quitação.
LIVRO JUSTIÇA DIVINA = CAP. 47 “ PERDOADOS, MAS NÃO LIMPOS”
Em nossas faltas, na maioria das vezes, somos imediatamente perdoados, mas não limpos.
Fomos perdoados pelo fel da maledicência, mas a sombra que tencionávamos esparzir, na estrada alheia, permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.
Fomos perdoados pela brasa da calúnia, mas o fogo que arremessamos à cabeça do próximo passa a incendiar-nos o coração.
Fomos perdoados pela falha de vigilância, mas o prejuízo em nossos vizinhos cobre-nos de vergonha.
Fomos perdoados pela manifestação de fraqueza, mas o desastre que provocamos é dor moral que nos segue os dias.
Fomos perdoados por todos aqueles a quem ferimos, no delírio da violência, mas, onde estivermos, é preciso extinguir os monstros do remorso que os nossos pensamentos articulam, desarvorados.
A serpente carrega consigo o veneno que veicula.
O escorpião carrega em si próprio a carga venenosa que ele mesmo segrega.
Ridicularizados, atacados, perseguidos ou dilacerados, evitemos o mal, mesmo quando o mal assuma a feição de defesa, porque todo mal que fizermos aos outros é mal a nós mesmos.
Quase sempre aqueles que passaram pelos golpes de nossa irreflexão já nos perdoaram incondicionalmente, fulgindo nos planos superiores; no entanto, pela lei de correspondência, ruminamos, por tempo indeterminado, os quadros sinistros que nós mesmos criamos. Cada consciência vive e evolve entre os seus próprios reflexos.
É por isso que Allan Kardec afirmou, convincente, que, depois da morte, até que se redima no campo individual, “para o criminoso a presença incessante das vítimas e das circunstâncias do crime é suplício cruel”. ( Céu e Inferno – 1ª parte )
FINAL
Psicografia médium Leila Freitas/ CELC 27/11/15
O sentimento de culpa… irmãos, está ligado a erros de um passado. Toda bárbarie praticada, ao longo da história e das civilizações… Em que neste cenário participeis. Aprisiona as consciências…
Trazendo a culpa e o remorso, grande sofrimento ao espírito que através da reencarnação…todos vós esqueceis temporariamente as faltas cometidas. Digo bem, temporariamente… Por que em parte não esqueceis estas impressões, que estão marcadas nas características psíquicas de cada um de vós.
Através da maneira de olhar para os outros, De ver o mundo e a vida… Fala muito do vosso passado, Demonstrando características, de uma outra existência. O remédio maior para curar o sentimento de culpa, é servir ao próximo…Mudeis vossos pensamentos e sentimentos… Oreis irmãos, Desateis todas as amarras que impedem vosso caminhar. Trabalheis o presente… Para que construais um futuro melhor. Jesus é a vossa fortaleza…O condutor do bom caminho. Ameis uns aos outros… Praticando a caridade. Liberteis do sentimento de culpa, Que corroí a vossa alma. O passado tereis que reparar… Ninguém está livre disto. Mas podereis daqui por diante, Trabalhar e construir um novo caminho No amor, na humildade e na luz do Mestre Jesus!
BOA NOVA CAP.20 (Maria de Magdala) Humberto de Campos, conta-nos, de forma emocionante, a história do encontro entre Maria e Jesus. Ela, curvada pelo peso de sua culpa, carregando no íntimo muitas dores nascidas do remorso constante, abre seu coração atormentado. Jesus, o Grande Sábio, aponta novos caminhos: “Ame, Maria. Ame muito. Ame os filhos de outras mães… escolha a porta estreita…”.
INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS = Espírito Dias da Cruz / Francisco Candido Xavier, Cap.19
“ Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é nobre, tudo o que é puro, tudo o que é santo, seja, em cada hora da vida, a luz dos vossos pensamentos. “