Sonho e Desdobramento – palestra 31.10.18
Sonho e Desdobramento
Estudo – CELC – Geisa 10/ 2018
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 401.
Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
– Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, os laços que o unem o corpo se relaxam, e o corpo não necessita do Espírito. Então, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com outros Espíritos.
O sono liberta, em parte, a alma do corpo. Quando se dorme, se está momentaneamente, no estado em que o homem se encontra, de maneira fixa, depois da morte. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 402).
O que é o sonho?
– O sonho é a lembrança do que vosso Espírito viu durante o sono (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 402).
Livro O problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis, capítulo 55:
Às vezes, a alma afasta-se durante o descanso do corpo e são as impressões das suas viagens, os resultados das suas indagações, das suas observações, que se traduzem pelo sonho. Neste estado, um laço fluídico ainda a liga ao organismo material e, por esse vínculo sutil, espécie de fio condutor, as impressões e as vontades da alma podem transmitir-se ao cérebro.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, na questão 402
Como podemos apreciar a liberdade do Espírito durante o sono?
– Pelo sonhos, crede, enquanto o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdades do que na vigília. Tem conhecimento do passado e, algumas vezes, previsão do futuro. Adquire maior energia e pode entrar em comunicação com outros Espíritos, seja neste mundo, seja em outro. Muitas vezes, dizes: Tive um sonho bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nada de verossímil; enganaste, é frequentemente uma lembrança dos lugares e das coisas que viste e verás em uma outra existência ou em um outro momento. Estando o corpo entorpecido, o Espírito esforça-se por quebrar os seus grilhões, procurando no passado e no futuro.
Livro O Consolador, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, questão 49. – – – Como devemos conceituar o sonho?
R: Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada dia. Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo, em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do Espírito prisioneiro da Terra, quando, então, se poderá verificar a comunicação inter vivos e, quanto possível, as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelos mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influência diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.
Livro Estudando a Mediunidade, José Martins Peralva, no capítulo 17, traz uma definição bem simples e objetiva do que são os sonhos.
….Os sonhos, em sua generalidade, não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas, enquanto há o repouso do corpo físico.
Todos eles revelam, em sua estrutura, como fundamento principal, a emancipação da alma, assinalando a sua atividade extracorpórea, quando então se lhe associam, à consciência livre, variadas impressões e sensações de ordem fisiológica e psicológica.
Os sonhos podem ser classificados em: Comuns, Reflexivos e Espíritas.
Sonhos Comuns: repercussão de nossas disposições físicas ou psicológicas, ou seja, o Espírito é envolvido na onda de pensamentos que lhe são próprios, bem assim dos outros.
Geralmente temos sonhos imprecisos, desconexos, frequentemente interrompidos por cenas e paisagens inteiramente estranhas, sem o mais elementar sentido de ordem e sequencia. Esses são os sonhos comuns. Aqueles em que o nosso Espírito, desligando-se parcialmente do corpo, se vê envolvido e dominado pela onda de imagens e pensamentos, seus e do mundo exterior.
Deixando o corpo físico em repouso, o Espírito ingressa no plano espiritual com apurada sensibilidade, facultando ao campo sensório o recolhimento, desordenadamente de desencontradas imagens antes não percebidas, em face das limitações impostas pelo cérebro físico. Ao despertarmos, guardaremos imprecisa recordação de tudo, especialmente da ausência de conexão nos acontecimentos que, em forma de incompreensível sonho, povoaram a nossa vida mental.
Sonhos Reflexivos: categorizamos os sonhos em que alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente e plasmadas na organização perispiritual. Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação vibratória, que põe o Espírito em relação com os fatos e paisagens remotos, desta e de outras existências. Ocorrências de séculos e milênios gravam-se permanentemente em nossa memória, dispondo-se em camadas superpostas. A modificação vibratória, determinada pela liberdade de que passa a usufruir o Espírito no sono, fá-lo entrar em relação com acontecimentos e cenas de eras distantes, vindos à tona em forma de sonho.
Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, no capítulo 5, intitulado: Esquecimento do passado, Kardec traz a seguinte mensagem que complementa essa questão que estamos falando de sonhos que podem ser lembranças de outras encarnações, diz assim: “Não é apenas depois da morte que o Espírito recobra as lembranças do passado; pode-se dizer que não as perde jamais, porque a experiência prova que na encarnação, durante o sono do corpo, quando usufrui de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores;
Sonhos Espíritas (também podem ser denominados sonhos de advertência)
Atividade real e efetiva do Espírito durante o sono. Nos sonhos Espíritas, a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e afetiva, facultando meios de encontrarmo-nos com parentes, amigos, instrutores e, também, com os nossos inimigos, desta e de outras vidas. Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético para locais de sua preferência.
O viciado procura por outros, o religioso buscará o templo, o sacerdote do bem irá ao encontro do sofrimento e das lágrimas para assisti-los fraternalmente.
Enquanto despertos, os imperativos da vida contingente nos conservam no trabalho, na execução dos deveres que nos são peculiares. Adormecidos, a coisa muda de figura. Desaparecem, como por encanto, as conveniências. A atividade extracorpórea passará a refletir, sem dissimulações ou constrangimentos, as nossas reais e efetivas inclinações superiores ou inferiores.
Para quem cultive a irresponsabilidade e a invigilância, quase sempre os sonhos revelarão convívio pouco lisonjeiros. Quem exercite abnegadamente o gosto pelos problemas superiores, buscará durante o sono a companhia dos que lhe podem ajudar, proporcionando-lhe esclarecimento e instrução.
O tipo de vida que levamos durante o dia, determinará o tipo de sonhos que a noite nos ofertará em respostas as nossas tendências. As companhias diurnas serão, quase sempre, as companhias noturnas fora do vaso físico.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, na questão 414
Duas pessoas que se conhecem podem se visitar durante o sono?
– Sim, e muitas outras que creem não se conhecerem, se reúnem e conversam.
O fato de ir ver, durante o sono, os amigos, os parentes, os conhecidos, as pessoas que vos podem ser uteis, é tão frequente que o fazeis quase todas as noites.
Outro exemplo de sonhos de advertência e instrução e também que podemos encontrar com os familiares, está no livro Os Mensageiros, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 38, onde a neta encontra-se com a avó:
– Numerosos irmãos – explicou o orientador – encontram-se neste pouso de trabalho espiritual, na esfera a que os encarnados chamariam sonho.
Acentuei minhas observações, verificando que muitas das pessoas recém-chegadas pareciam convalescentes, titubeantes… Algumas se mantinham de pé, sob o amparo de braços carinhosos. Eram os amigos encarnados a se valerem do desprendimento parcial, pelo sono físico. Reconhecia, entretanto, que a maior parte não entendia, com precisão, o que se lhes desejava dizer. Muitos pareciam doentes, incompreensivos.
André Luiz observando pergunta ao instrutor: Está irmã se lembrará de tudo ao despertar no corpo físico?
– Sendo a avó superior e ela inferior, e, examinando ainda a condição dos planos de vida em que ambas se encontram, a jovem encarnada está sob o domínio espiritual da benfeitora. Entre ambas, portanto, há uma corrente magnética recíproca, salientando-se, porém, que a avó amiga detém uma ascendência positiva. A neta não vê o ambiente com precisão, nem ouve as palavras integralmente. Não esqueçamos que o desprendimento no sono físico vulgar é fragmentário e que a visão e a audição, peculiares ao encarnado, se encontram nele também restritas. O fenômeno, pois, é mais de união espiritual que de percepções sensoriais, propriamente ditas. A jovem está recebendo consolações positivas, de Espírito a Espírito. Não se recordará, despertando nos véus materiais mais grosseiros, de todas as minúcias deste venturoso encontro que acabamos de presenciar. Acordará, porém, encorajada e bem-disposta, sem poder identificar a causa da restauração do bom ânimo. Dirá que sonhou com a avó num lugar onde havia muita gente.
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, capítulo XXV, Das Evocações, item 284, questão 54.
– Poderíamos modificar as ideias de uma pessoa em estado de vigília, agindo sobre o seu Espírito durante o sono?
R: Sim, às vezes. Não estando o Espírito, no sono, ligado tão estreitamente à matéria, torna-se mais acessível às sugestões morais e estas podem influir sobre a sua maneira de ver no estado ordinário. Infelizmente acontece, quase sempre, que ao acordar a natureza corpórea o domina e o faz esquecer as boas resoluções que tinha podido tomar.
Livro Missionários da Luz, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, capítulo 8, intitulado: No Plano dos Sonhos, onde André Luiz conversando com o Mentor Alexandre, que naquela noite dirigiria pequena assembleia de estudiosos encarnados.
-“Contamos em nosso centro de estudos com um número superior a 300 associados; no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas para assimilarem nossas lições. E noites se verificam em que mesmo alguns desses quebram os compromissos assumidos, atendendo as seduções comuns, reduzindo-se ainda mais a frequência geral”.
“…Quando encarnados, na Crosta, não temos bastante consciência dos serviços realizados durante o sono físico; contudo, esses trabalhos são inexprimíveis e imensos. Se todos os homens prezassem seriamente o valor, da preparação espiritual, diante de semelhante gênero de tarefa, certo efetuariam as conquistas mais brilhantes, nos domínios psíquicos, ainda mesmo quando ligados aos envoltórios inferiores. Infelizmente, porém, a maioria se vale, inconscientemente, do repouso noturno para sair à caça de emoções frívolas ou menos dignas. Relaxam-se as defesas próprias, e certos impulsos, longamente sopitados durante a vigília, extravasam em todas as direções, por falta de educação espiritual, verdadeiramente sentida e vivida.”
Narra a história de dois encarnados Vieira e Marcondes que durante o sono estão juntos de entidades obsessoras.
Vieira sofre por um pesadelo por ter atraído um amigo do passado por ter lembrado de faltas que ele não cometeu e ao acordar diz que estava sonhando que estava lutando com o fantasma do amigo e o outro chamado Marcondes que diferente do Vieira, não se encontrava ele sob impressões de pavor, revelava-se em posição de relaxamento, característica dos viciados do ópio. Ao seu lado, três entidades femininas de galhofeira expressão permaneciam em atitude menos edificante.
Yvonne Amaral Pereira, no Livro A Luz do Consolador, no capítulo denominado Sonhos, explica quando se ocorre cada tipo de sonho.
– Existem sonhos que não passam de frutos do nosso estado mental, ou nervoso, esgotado ou preocupado com afazeres e peripécias cotidianos. Outros são reflexos que nossa mente conserva dos fatos comuns da vida diária, e agora repetidos como num espelho: fazemos então, durante o sono, os mesmos trabalhos a que nos habituamos durante a vigília; tornamos às mesmas conversações, discussões, etc., os desejos conservados em nosso íntimo, os quais não tivemos possibilidade de realizar objetivamente: viagens, visitas, posse de alguma coisa e, às vezes, algo nem sempre confessável. Esses sonhos são medíocres e, geralmente, se confundem com outras cenas, num embaralhamento incômodo, que bem atestam perturbações físicas: má digestão, excitação nervosa, depressão etc. São, pois, mais reflexos da nossa vida cotidiana reagindo sobre o cérebro. Comumente, tais sonhos acontecem durante o primeiro sono, quando as impressões adquiridas durante a agitação do dia ainda vibram em nossa organização cerebral não tranquilizada pelo repouso.
Os verdadeiros sonhos, porém, diferem bastante dessas perturbações. É pela madrugada, quando nossas vibrações, mais tranquilizadas, adquirem força de ação, que poderemos penetrar o campo propício às atividades reais do nosso Espírito.
Uma vez o nosso Espírito emancipado, temporariamente, durante o sono, partimos em busca de antigas afeições, momentaneamente esquecidas pela reencarnação, e nos deleitamos com sua convivência. Visitaremos amigos da atualidade, dos quais estávamos saudosos. Poderemos mesmo fazer novas amizades até em países estrangeiros, alargando, assim, o círculo de nossas afeições espirituais. Poderemos trabalhar para o bem do próximo, encarnado ou desencarnado, sob a direção de mestres da Espiritualidade.
Ainda nesse livro, Yvonne Pereira fala sobre os Sonhos Magnéticos.
Os médiuns, principalmente, logram sonhos inteligentes, de uma veracidade e precisão incomuns. São, frequentemente, revelações que recebem dos amigos espirituais, instruções ou aulas, avisos de futuros acontecimentos, planos para desempenhos melindrosos, às vezes mais tarde confirmados pelos acontecimentos. A estes poderemos denominar sonhos magnéticos, visto que são como que transes provocados pela ação sugestiva dos instrutores invisíveis, que trabalham usando como elemento o magnetismo, tal como acontece com os operadores encarnados. Não obstante a Medicina qualificá-los de fantasias e alucinações, denominando-os produtos do onirismo, quando a verdade é que se trata de uma faculdade a que chamaremos mediunidade pelo sonho, sobre a qual a Bíblia tanto informa. Se, ao despertarmos, formos capazes de recordar tudo ou mesmo apenas fragmentos desses estados de emancipação da nossa alma, aí teremos os sonhos… É bom lembrar que também poderemos resvalar, durante a mesma emancipação, para ambientes sórdidos, da Terra mesma ou do Invisível, conforme o nosso estado mental, moral e vibratório, e ali convivermos numa sociedade perniciosa, absolutamente inconveniente ao nosso bem-estar moral e espiritual. Se tais arrastamentos não forem vencidos pela nossa vontade, poderemos, ao fim de algum tempo, adquirir obsessões que variam do completo domínio da nossa mente, pelos obsessores, até a aquisição de vícios e arrastamentos torpes, que nos poderão desgraçar. Todos esses acontecimentos deixarão atestados em nossas vibrações: ao despertarmos, estaremos tranquilos, esperançados, reanimados para o bem e para o trabalho em prol do progresso, se alçamos as regiões educativas do Invisível; ou nos sentiremos deprimidos ou irritados, angustiados e ineptos, se nos rebaixamos a convivências perniciosas dos ambientes maus. Não confundir, no entanto, estados patológicos do esgotamento físico, que também nos farão despertar, pela manhã, completamente indispostos para a boa marcha da vida, com as observações acima expostas. Outrossim, a convivência espiritual má, durante o sono, poderá arrastar-nos a depressões generalizadas, redundando em enfermidades e até em obsessão e, possivelmente, em suicídio. Vale a pena, então, estudarmos a nós mesmos a fim de melhor nos conhecermos, tratando de nos reeducarmos consoante as leis do bem e do equilíbrio moral e emocional. Oremos e vigiemos, fazendo por onde nos recomendarmos à assistência protetora dos guias espirituais, a fim de que os momentos do nosso sono se tornem em ensejos felizes para instrução, progresso, saúde e alegria para nós próprios…
Sonhos Premonitórios ou Proféticos.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, na questão 402.
– Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer deste mundo, quer do outro…
Livro Recordações da Mediunidade, de Yvonne Amaral Pereira, no capítulo denominado Premonições
Frequentemente, cada um de nós é avisado, pelos protetores espirituais, durante o sono natural ou provocado, de fatos que mais tarde se realizam integralmente, tais como foram vistos durante aqueles transes. Dar-se-á então o caso de que os sucessos da existência sejam estabelecidos fatalmente, por um programa preestabelecido no além, programa que nós mesmos, os humanos, podemos ver e analisar contemplando a sua, por assim dizer, maqueta espiritual, durante um sonho, e, assim, avisados do que acontecerá?
Nós próprios, se pretendentes lúcidos à reencarnação, co-participamos da elaboração do programa que deveremos viver na Terra, e, portanto, a ciência de certos acontecimentos a se desenrolarem em torno de nós, ou conosco, ficará arquivada em nossa consciência profunda, ou subconsciência. Durante a vigília ou vida normal de relação, tudo jazerá esquecido, calcado nas profundidades da nossa alma. Mas, advindo a relativa liberdade motivada pelo sono, poderemos lembrar-nos de muita coisa e os fatos a se realizarem em futuro próximo serão vistos com maior ou menor clareza, e, ao despertarmos, teremos sonhado o que então virá a ser considerado o aviso, ou a premonição. É evidente que tais possibilidades derivam de uma faculdade psíquica que possuímos, espécie de mediunidade, pois a premonição não existe no mesmo grau em todas as criaturas, embora seja disposição comum a qualquer ser humano.
Léon Denis, no livro “No Invisível”, oferece-nos excelentes casos desse fenômeno, casos rigorosamente comprovados pelos acontecimentos posteriores e ocorridos com personagens importantes da História. Transcreve ele valiosas citações de outros autores, no capitulo 13º: Sonhos premonitórios, Clarividência. Pressentimentos:
— “Nos sonhos são com frequência registrados fenômenos de premonição, isto é, comprova-se a faculdade, que possuem certos sensitivos, de perceber, durante o sono, as coisas futuras. São abundantes os exemplos históricos:
“Abraham Lincoln sonhou que se achava em uma calma silenciosa, como de morte, unicamente perturbada por soluços; levantou-se, percorreu várias salas e viu, finalmente, ao centro de uma delas, um catafalco em que jazia um corpo vestido de preto, guardado por soldados e rodeado de uma multidão em prantos.
– Quem morreu na Casa Branca? Perguntou Lincoln.
– O presidente! Respondeu um soldado; Foi assassinado! Nesse momento uma prolongada aclamação do povo o despertou. Pouco tempo depois morria ele assassinado.
Todavia, as obras mediúnicas espíritas e as obras clássicas do Espiritismo, particularmente, advertem que muitos detalhes, acidentes mesmo, enfermidades, contratempos, situações incômodas, etc., não foram programados no Além, por ocasião da reencarnação do indivíduo que as sofre, decorrendo, então, na Terra, em vista da imperfeição do próprio planeta ou por efeito do livre arbítrio do indivíduo.
Servindo-nos do direito que a Ciência Espírita concede ao seu adepto, de procurar instruir-se com os seus guias e amigos espirituais, Yvonne, através da psicografia, interroga Charles sobre a questão.
—”Podeis esclarecer-nos sobre o processo pelo qual somos avisados de certos acontecimentos, geralmente importantes e graves, a se realizarem conosco, e que muitas vezes se cumprem como os vimos em sonhos ou em visões?
E ele respondeu, psicograficamente:
— “Existem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro importante da sua vida. Comumente, se ele fez jus a essa advertência, ou lembrete, pois isso implica certo mérito, ou ainda certo desenvolvimento psíquico, de quem o recebe, é um amigo do Além, um parente, o seu Espírito familiar ou o próprio Guardião Maior que lhe comunicam o fato a realizar-se, preparando-o para o evento, que geralmente é grave, doloroso, fazendo-se sempre em linguagem encenada, ou figurada, como de uso no Invisível, e daí o que chamais “avisos pelo sonho”, ou seja, sonhos premonitórios.
— “Eu era, como ainda sou, médium de premonições. Qualquer acontecimento grave, feliz ou desditoso, que me diga respeito ou à família e, menos frequentemente, em que se refira a amigos e à coletividade, é-me descrito em sonhos através de quadros encenados ou parábolas, muito antes que aconteça, exatamente como o processo pelo qual obtenho os livros românticos, mediúnicos.
Livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis, capítulo 55.
“As almas, que de nós cuidam, servem-se do nosso sono para exercitarem-nos na vida fluídica e no desenvolvimento dos nossos sentidos de intuição. Efetua-se, então, um completo trabalho de iniciação para os homens ávidos de se elevarem. Os vestígios desses trabalhos encontram-se nos sonhos”.
Vários outros exemplos temos na bíblia de sonhos proféticos. No Livro de Genesis, Capítulo 37- 11 conta o sonho de José;
Sonho do Rei Nabucodonosor, que é interpretado por Daniel (Daniel 4) que se torna realidade. “Tu serás expulso dentre os homens e com os animais dos campos será a tua morada” (Daniel 4-22). Um ano após a interpretação de Daniel, cumpriu-se as palavras. Ele foi expulso da convivência dos homens, comeu erva como os bois; seu corpo foi banhado pelo orvalho do céu; seus cabelos cresceram como penas de águia e as suas unhas como garras de pássaros” (Daniel 4-30). Daniel 7 – Sonho de Daniel: as quatro feras.
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 403.
– Porque não nos lembramos dos sonhos?
R: No que tu chamas de sono, só há o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento. Aí ele recobra um pouco de sua liberdade e se corresponde com aqueles que lhe são caros, seja neste mundo, seja em outros. Todavia, como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque este não a recebeu pelos órgãos do corpo.
Os Espíritos Dormem?
Livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 36, denominado o sonho, André, após os trabalhos nas Câmaras de Retificação, o instrutor chamado Tobias, colocou a disposição um apartamento para que André Luiz pudesse repousar. Diz André: – De fato sentia grande necessidade do sono. Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma e tive a impressão de ser arrebatado em pequeno barco… assim continua a narrativa e ele encontra-se com a mãe, já desencarnada e que habita esferas mais elevadas.
O sono é uma necessidade fisiológica decorrente do desgaste físico proporcionado pela vida cotidiana. Os espíritos desencarnados recentemente e que não se apropriaram bem da sua condição de espírito desencarnado, permanecem com os condicionamentos decorrentes das necessidades fisiológicas, pois mesmo quando encarnado, o espírito vivencia tantas vezes as necessidades fisiológicas (satisfeitas ou não) que, ao chegarem no plano espiritual naquelas condições citadas, permanecem como se estivessem encarnados ainda. Então, sentem cansaço, sentem necessidade do repouso e até de uma alimentação mais sólida, como nos relata André Luiz, no livro “Nosso Lar”.
Com o passar do tempo, dependendo do nível espiritual desse espírito desencarnado, ele vai se descondicionando, permanecendo tão somente a condição respiratória, que é uma função nobre, superior do espírito. André Luiz cita que em determinado estágio de sua experiência em Nosso Lar ele respirava prece impregnada no ambiente e que era uma forma de alimento para os espíritos daquele nível.
Fonte: IRC-Espiritismo, Palestra – A Visão Espírita do Sono e Sonhos – Portal: espirito.org.br.
Revista Espírita, junho de 1866, Allan Kardec, comunicação a Sociedade Espírita de Paris, médium Sr. Morin, pelo Espírito do Dr. Cailleux:
“Meus bons amigos, devo vos falar de um fato espiritual que me acontece, e que venho submeter ao vosso julgamento, para que me ajudeis a reconhecer o meu erro, caso me tenha enganado em minhas apreciações a respeito, eis o fato: há alguns dias senti uma espécie de torpor apoderar-se de meu Espírito e, a despeito de conservar a consciência do meu eu, senti-me transportado no espaço; chegado a um lugar que para vós não tem nome, encontrei-me numa reunião de Espíritos que, em vida, tinham conquistado alguma celebridade pelas descobertas que haviam feito. Lá, não fiquei pouco surpreendido ao reconhecer nesses antigos de todas as idades, nesses nomes de todas as épocas, uma semelhança perispiritual comigo. Perguntei-me o que tudo aquilo significava; dirigi-lhes as perguntas que me sugeria a minha posição, mas minha surpresa foi ainda maior, ouvindo-me responder a mim mesmo. Voltei-me, então, para eles e vi que estava só. Assina Dr. Cailleux
Na próxima sessão, o Espírito continua:
Hoje vos posso explicar melhor o que se passou e, em vez de vos dizer quais eram as minhas conjecturas, posso dizer o que me revelaram os bons amigos que me guiam no mundo dos Espíritos. Quando meu Espírito sofreu uma espécie de entorpecimento, eu estava, a bem dizer, magnetizado pelo fluido de meus amigos espirituais; por uma permissão de Deus, daí devia resultar uma satisfação moral que, dizem eles, é a minha recompensa e, além disso, um encorajamento para marchar num caminho que segue o meu Espírito desde um bom número de existências. Eu estava, pois, adormecido num sono magnético espiritual; vi o passado formar-se num presente fictício; reconheci individualidades que haviam desaparecido ao longo do tempo, ou, melhor, que tinham sido apenas um indivíduo. Nesse sono vi os diferentes corpos que meu Espírito animou desde um certo número de encarnações, e todos trabalharam a ciência médica sem jamais se afastarem dos princípios que o primeiro havia elaborado. Esta última encarnação não era para aumentar o saber, mas simplesmente para praticar o que ensinava a minha teoria.
Estudo
Há aqui um duplo ensinamento: primeiramente há o fato da magnetização de um Espírito por outros Espíritos, e do sono daí resultante; e, em segundo lugar, da visão retrospectiva dos diferentes corpos que ele animou.
Há, pois, para os Espíritos uma espécie de sono, o que é um ponto de contato a mais entre o estado corporal e o estado espiritual. Trata-se aqui, é verdade, de um sono magnético; mas existiria para eles um sono natural semelhante ao nosso? Isto nada teria de surpreendente, quando se vêem ainda Espíritos de tal modo identificados com o estado corporal que tomam seu corpo fluídico por um corpo material, que crêem trabalhar como o faziam na Terra e que sofrem fadiga. Se sentem fadiga, devem experimentar a necessidade de repouso, e podem crer que se deitam e que dormem, como acreditam que trabalham e viajam em estrada de ferro. Dizemos que eles crêem, para falar do nosso ponto de vista; porque tudo é relativo e em relação à sua natureza fluídica a coisa é tão real quanto o são para nós as coisas materiais. Ora, este não pode ser o caso do Dr. Cailleux, Espírito avançado, que se dá conta perfeitamente de sua situação. Mas não é menos verdade que teve consciência de um entorpecimento análogo ao sono, durante o qual viu suas diversas individualidades. Um membro da Sociedade explica o fenômeno desta maneira: No sono humano, só o corpo repousa, mas o Espírito não dorme. Deve dar-se o mesmo no estado espiritual; o sono magnético, ou outro, não deve afetar senão o corpo espiritual ou perispírito, e o Espírito deve achar-se num estado relativamente análogo ao do Espírito encarnado durante o sono do corpo, isto é, conservar a consciência de seu ser. As diferentes encarnações do Dr. Cailleux, que seus guias espirituais queriam fazê-lo ver para sua instrução, puderam apresentar-se a ele como lembrança, da mesma maneira que as imagens se oferecem nos sonhos.
DESDOBRAMENTO
Viagem astral ou emancipação da alma.
Livro Diretrizes de Segurança, Divaldo Franco e Raul Teixeira:
…É um fenômeno mediúnico que consiste no afastamento do Espírito enquanto seu corpo físico permanece em descanso, mantendo-se ligamos por meio do cordão fluídico.
O Espírito se desdobra, quando se desprende parcialmente do corpo físico, permanecendo unido ao corpo por um cordão ou laço fluídico também conhecido, vulgarmente, como “cordão prateado”. Isso pode ocorrer durante o sono físico ou mesmo em um leve cochilo.
Eclesiastes 12:6:
“Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec – laço fluídico, cap. VII, item 118, e o cap. XXV, item 284.
Livro A Gênese, Allan Kardec, no capítulo XIV, item 23.
Nestes momentos, o Espírito vive da vida espiritual, ao passo que o corpo vive senão da vida vegetativa; Tanto que o corpo viva, a qualquer distancia que esteja, o Espírito para ele é instantaneamente chamado, desde que a sua presença seja necessária; E continua…
O Espírito é, pois, feliz por deixar o seu corpo, como o pássaro deixa a sua gaiola; ele agarra todas as ocasiões para dele se libertar, e se aproveita, por isto, de todos os instantes em que a sua presença não é necessária a vida de relação. É o fenômeno designado sob o nome de Emancipação da Alma; sempre ocorre no sono; todas as vezes que o corpo repousa, e que os sentidos estão em inatividade, o Espírito se desliga.
Livro A Alma é Imortal, Gabriel Delanne, capítulo 4, título: Desdobramento involuntário, mas consciente.
“Há poucos dias, diz ele, entrava eu em casa, à noite, por volta das 10 horas, quando me senti presa de estranha fadiga, que não sabia explicar. Resolvido, entretanto, a não me deitar imediatamente, acendi o lampião e coloquei-o sobre a mesa-de-cabeceira, perto da cama.
No momento em que, negligentemente, me deitava, procurando apoiar a cabeça na almofada do sofá, notei que os objetos em volta giravam. Experimentei um como atordoamento, um vazio. Em seguida, bruscamente, achei-me transportado ao meio do aposento. Surpreso com esse deslocamento, de que não tivera consciência, olhei ao meu derredor e o meu espanto então chegou ao auge.
Para logo, vi-me estendido no sofá, molemente, sem rigidez, apenas com a mão esquerda erguida acima de mim. A primeira ideia que me veio foi a de que, sem dúvida, eu adormecera e que experimentava a sensação de um sonho. Contudo, reconhecia que nunca tivera sonho semelhante e que me parecesse tão intensivamente uma realidade. Direi mais: tinha a impressão de que jamais estivera tanto na realidade. Por isso, ao verificar que não podia tratar-se de um sonho, o segundo pensamento que se me apresentou de súbito à imaginação foi a de que morrera.
Aproximei-me de mim, ou, antes, do meu corpo, ou daquilo que eu supunha fosse o meu cadáver. Chamou-me de pronto a atenção um espetáculo que não compreendi: vi-me a respirar e, ainda mais, vi o interior do meu peito e o meu coração a pulsar lento, com pancadas fracas, mas com regularidade.
Um pouco tranquilizado, lancei o olhar ao meu derredor, procurando saber quanto tempo ia aquilo durar. Depois, não mais me ocupei com o meu corpo, com o outro eu que continuava em repouso.
Examinei-me então e vi que, conquanto minha mão pudesse passar através de mim mesmo, eu sentia bem o meu corpo, que me pareceu, se não me falha a memória, vestido de branco. Coloquei-me em seguida diante do espelho defronte do fogão. Em vez de distinguir no vidro a minha imagem, verifiquei que meu olhar se distendia à minha vontade, de tal sorte que se me tornaram visíveis, primeiro, a parede, depois, a parte posterior dos quadros e dos móveis existentes no aposento do meu vizinho e, por fim, o interior desse apartamento todo. Percebi que não havia luz naquelas peças onde, entretanto, a minha visão distinguia tudo. Dei, então, com um raio luminoso que, partindo do meu epigástrio, clareava os objetos.
Veio-me a ideia de penetrar na casa do vizinho, a quem eu, aliás, não conhecia e que no momento se achava ausente de Paris. Mal se formou em mim o desejo de visitar a primeira sala, achei-me nela. Como? Não sei, mas, parece-me que atravessei a parede com tanta facilidade quanto tivera o meu olhar para transpô-la. Inspecionei os quartos, gravei na memória o aspecto que apresentavam e me encaminhei para uma biblioteca, onde notei muito particularmente os títulos de diversas obras alinhadas.
Para mudar de lugar, não me era preciso mais do que querer. Estava imediatamente onde desejara ir.
A partir desse momento, muito confusas são as minhas lembranças. Sei que fui longe, muito longe, à Itália, creio, mas não me seria possível dizer como empreguei o meu tempo. Por concluir, o que posso acrescentar é que despertei às cinco horas da madrugada, rígido, frio, no meu sofá. Atirei-me na cama e aí fiquei sem poder dormir e com um frêmito por todo o corpo. Afinal, peguei no sono. Era dia alto, quando acordei.
Por meio de inocente estratagema, induzi o encarregado da habitação a ir verificar se no apartamento do meu vizinho não haveria alguma coisa de anormal e, subindo com ele, dei com os quadros, os móveis que vira na noite precedente, assim como os livros de cujos títulos guardava lembrança.
É eminentemente instrutivo este relato. Prova, primeiramente, que essa exteriorização da alma não resultou de uma alucinação, nem foi apenas um sonho, porquanto é inteiramente real a visão do apartamento vizinho, no qual penetrara pela primeira vez enquanto estivera naquele estado particular. Em segundo lugar, faculta-nos comprovar que a alma, quando desprendida do corpo, possui uma forma definida e tem o poder de passar através dos obstáculos materiais, sem experimentar resistência, bastando a sua vontade para transportá-la ao local onde deseje achar-se. Em terceiro, demonstra que a alma, assim desprendida, tem uma vista mais penetrante do que no estado normal, pois que o moço via o seu próprio coração a bater, dentro do peito.
A conservação da lembrança dos acontecimentos ocorridos durante o desdobramento é, neste caso, muito nítida; mas, pode, em outros, ser menos viva, de sorte que o agente, ao despertar, fique sem saber se sonhou, ou se, com efeito, sua alma abandonou temporariamente o envoltório físico. Enfim, as mais das vezes, o Espírito, voltando ao corpo, esquece o que ocorreu no curso do desprendimento. Devemos precatar-nos de concluir que essas saídas são uma manifestação inconsciente da alma. A verdade é que apenas desaparece a memória do fenômeno, do qual, porém, a alma tinha conhecimento perfeito, enquanto ele se produzia.
As experiências espirituais da médium Yvonne Amaral Pereira, narradas nos livros de sua autoria, foram quase todas em estado sonambúlico, uma espécie de sono profundo, quando então ela, emancipada do corpo, entrava em contato com Léon Denis, com espíritos sofredores, com Charlies, e, ao voltar ao corpo, escrevia tudo que ela se lembrava desses encontros. No livro Memórias de Um Suicida, na introdução, ela narra como foi escrito o Livro, e quando acordava escrevia o que via.
Livro Estudando a Mediunidade, José Martins Peralva, capítulo 15, intitulado: “desdobramento em serviço”.
Médium de Desdobramento é aquele cujo Espírito tem a propriedade ou faculdade de desprender-se do corpo, geralmente em reuniões. Desprende-se e excursiona por vários lugares, na Terra ou no Espaço, a fim de colaborar nos serviços, consolando ou curando.
Livro Nos Domínios da Mediunidade, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 11, narra a história do médium Antônio Castro que em desdobramento auxilia o irmão Oliveira que desencarnado, demorava em se refazer.
Livro Mecanismos da Mediunidade, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, pelo Espírito André Luiz, Capítulo 21, denominado Desdobramentos:
É imperioso notar, porém, que considerável número de pessoas, principalmente as que se adestraram para esse fim, efetuam incursões nos planos do Espírito, transformando-se, muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Benfeitores da Espiritualidade.
Cumpre destacar, entretanto, a importância do estudo para quantos se vejam chamados a semelhante gênero de serviço.”
Livro Diálogo com as Sombras, Hermínio C. Miranda, no capítulo Técnicas e Recursos, no item O Intervalo:
“Companheiros nossos por várias vezes nos tem falado de verdadeiras sessões mediúnicas que se realizam nas horas mortas da noite, com os médiuns desdobrados pelo sono fisiológico. Este trabalho preparatório é particularmente indicado para os casos em que os Espíritos a serem tratados acham-se de tal forma envolvidos em vibrações pesadas, que o contato direto com o corpo físico do médium poderia acarretar choques penosos e até perigoso. Nestes casos, os mentores levam, a um ponto de reunião, tanto os componentes encarnados do grupo quanto os Espíritos necessitados”.
“…Em certos grupos de desobsessão, a atividade noturna, nos intervalos das sessões, é muito intensa. Os mentores espirituais levam os encarnados, desprendidos pelo sono, a reuniões de estudo, de trabalho, de debates e planejamento, ou a descidas profundas e perigosas nos antros milenares da dor, de onde, às vezes, resgatamos companheiros a serem doutrinados em futuras sessões”.
Nem sempre, no entanto, nos lembramos de tais episódios. Às vezes, os próprios benfeitores espirituais incumbem-se de condicionar-nos ao esquecimento, dado que a recordação poderia prejudicar-nos de alguma forma, ou ao trabalho.
Obsessão Durante o Sono
Certa vez Chico Xavier disse: “Os espíritos obsessores, muitos deles, são altamente treinados na técnica de hipnotizar: quase sempre eles hipnotizam as suas vítimas quando elas se retiram do corpo no momento do sono. Por este motivo, muita gente acorda mal-humorada e violenta. Se soubéssemos o que nos espera no além, não dormiríamos sem recorrer aos benefícios da prece. Os espíritos que são nossos desafetos nos espreitam; se não tivermos defesa, eles farão conosco o que bem entenderem. Há obsessões terríveis que são programados durante o sono; toda noite é uma sessão de hipnose. De repente, é uma agressão violenta dentro de casa, um crime inexplicável. ”
Fonte: site Rede Amigo Espírita
A pequena parcela de seres humanos que já se apercebeu das contínuas comunicações entre os Espíritos e dos aspectos nefastos que ela pode assumir, ainda não está suficientemente desperta para a necessidade de vigilância nos estados passivos. Por isso, a meditação e o sono físico, comumente, são portas abertas para a recepção de pensamentos, que nos são sugeridos por Inteligências desencarnadas, que nem sempre querem a nossa felicidade espiritual, enredando-nos na obsessão.
Livro Libertação, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 6, denominado Observações e Novidades, diz que durante a missão que desenvolvem nas regiões infernais para salvar Gregório, André Luiz e Elói, sob a tutela de Gúbio, tiveram oportunidade de observar o intenso intercâmbio entre encarnados e desencarnados, no período dedicado ao sono físico.
Perguntando sobre o assunto, Gúbio esclareceu: “A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contato conosco e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração, qual este em que nos movimentamos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne”.
Somos informados, então, que os grandes crimes que ocorrem na Terra são planejados nessas horas, nessas regiões infelizes e que acontecimentos muito mais estarrecedores poderiam ocorrer, se não fosse o trabalho ativo dos Espíritos protetores que se desvelam em benefício da humanidade.
Ao lermos essa passagem, lembramo-nos dos filmes de violência gratuita, dos personagens monstruosos, que apresentam enormes deformações de caráter; as cenas de deboche, com evidente desvirtuamento do emprego do sexo e ficamos com a convicção de que muitos diretores, artistas e produtores de cinema devem frequentar, habitualmente, essas paragens infelizes.
Livro Evolução para o Terceiro Milênio, Carlos Toledo Rizzini, capítulo 5, Parte 2, item 3, página 232 – Sugestão hipnótica durante o sono:
O indivíduo durante o dia, parece ativo e normal, mas tem a vontade dominada pelas sugestões feitas pelo obsessor durante o sono. As sugestões emergem no consciente sob a forma de impulsos e pensamentos que o obsedado obedece como se fossem seus. Até ações físicas e desastres são produzidos por esse mecanismo. No livro Devassando o Invisível, de Yvonne Amaral Pereira, relata a curiosa experiência pessoal nesse sentido. Estava em visita a um grupo de espíritos voltados ao mal dos semelhantes, num botequim, em companhia de um guardião elevado. Um desses seres, desagradando-se dela, começou a repetir: “Estais com o braço quebrado”, serás atropelada amanhã, olha o teu braço, quebrou-se”. E dona Yvonne começou a sentir fortes dores no braço (fluídico) que parecia realmente fraturado. Foi preciso que o guardião intervisse. Agora, vejam, se o sujeito comum sem guardião especial recebe tais ordens, no dia seguinte acordará predisposto a sofrer o acidente, pois elas estarão agindo no inconsciente; escapará se cortar a sintonia ou se a Lei protege-lo.
O sono influi mais do que pensais, pois Espíritos Elevados quando dormem reúnem-se à sociedade de outros seres superiores a eles, com eles viajam, se instruem e trabalham em obras que encontram prontas ao desencarnarem, porém, a massa dos homens que inferiores vão para outros planetas inferiores a procura dos prazeres que podem ser mais inferiores que aquelas que temos aqui, Lei de sintonia (O Livro dos Espíritos, q. 402).
Como Devemos Agir Perante os Sonhos?
Livro Conduta Espírita, Waldo Vieira, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 30, intitulado Perante os Sonhos:
- Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto no sonho. Em tudo há sempre uma lição.
- Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.
O Livro do Espíritos, Allan Kardec, na questão 404.
– Que pensar da significação atribuída aos sonhos?
R: Os sonhos não são verdadeiros como entendem certos adivinhos, porque é absurdo crer-se que sonhar com tal coisa, anuncia tal coisa. Muitas vezes pode ser uma lembrança, um pressentimento do futuro, se Deus o permite, ou a visão do que se passa nesse momento em outro lugar, para onde a alma se transporta. Não tendes numerosos exemplos de pessoas que aparecem em sonho e vêm advertir seus parentes do que lhes acontece? Que são essas aparições senão a alma ou Espírito dessas pessoas que vêm comunicar-se com o vosso?
Auxílio através do sono (sono restaurador)
Livro O problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis, no capítulo 55.
Durante o sono, a alma pode, segundo as necessidades do momento, aplicar-se a reparar as perdas vitais causadas pelo trabalho cotidiano e a regenerar o organismo adormecido, influindo-lhe as forças tiradas do mundo cósmico, ou, quando está acabando esse movimento reparador, continuar o curso da sua vida superior e pairar sobre a Natureza.
Livro Ação e Reação, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 13, Silas diz:
– “Sabem os médicos terrenos que o sono é um dos ministros mais eficientes da cura. É que, ausente do corpo, muitas vezes consegue a alma prover-se de recursos prodigiosos para a recuperação do veículo carnal em que estagia no mundo”.
No mesmo livro, no capítulo 16, denominado Débito Aliviado, conta a história do sr. Adelino Correa, trabalhador Espírita que sofre de várias enfermidades e recebe o auxílio através do sono. Silas, assessor do orientador e das tarefas responde:
“Dois de nossos médicos o vêm assistindo atenciosamente, quando se encontra ausente do vaso físico por influência do sono”.
Livro Entre a Terra e o Céu, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 5, denominado Valiosos Apontamentos, André Luiz chega a orla do mar e percebe a movimentação de desencarnados é intensa. Diz assim:
…Desencarnados de várias procedências reencontravam amigos que ainda se demoravam na Terra, momentaneamente desligados do corpo pela anestesia do sono. Dente esses, salientava-se grande número de enfermos. Anciães, mulheres e crianças, compareciam ali sustentados pelos braços de entidades numerosas que os assistiam. Brisas refrescantes sopravam de longe, carreando princípios regeneradores e insuflando em nós delicioso bem-estar.
– O oceano é miraculoso reservatório de forças – disse Clarêncio. Até aqui muitos companheiros de nosso plano trazem irmãos doentes, ainda ligados ao copo da Terra, de modo a receberem refazimento e repouso. Enfermeiros e amigos desencarnados desvelam-se na reconstituição das energias de seus tutelados. Qual acontece na montanha, arborizada, a atmosfera marinha permanece impregnada por infinitos recursos de vitalidade da Natureza”.
ANTES DE DOMIR
No Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, no capítulo 28, item II, subitem 38, intitulado No Momento de Dormir, Kardec diz: “O sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a das forças morais. Eleve, pois, aquele que se ache compenetrado desta verdade, o seu pensamento a Deus, quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se lhe, nos curtos instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade”.
Os maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes (O Livro dos Espíritos, q.402)
Livro Os Mensageiros, Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 38, o instrutor Aniceto diz a André:
“Quando se efetua o sono dos encarnados, são mantidas obsessões inferiores, perseguições permanentes, explorações psíquicas de baixa classe, vampirismo destruidor, tentações diversas. Ainda são poucos, relativamente os irmãos encarnados que sabem dormir para o bem…”
Livro Libertação, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 16, o orientador, Sidônio, diz a André Luiz:
“Cada servo acordado para o bem, quando se projeta em determinada faixa de vibrações inferiores durante o dia, marca quase sempre uma entrevista pessoas, para a noite com os seres e as forças que o povoam”.
Livro Nos Domínios da Mediunidade, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 24 denominado Luta Expiatória, traz a história de uma família de 5 filhos, onde a jovem Laura, filha de Américo, enfermo, penetra no quarto do pai, reanima-o e o leva para fora. E o instrutor Áulus, diz: Laura é a filha generosa, que ainda mesmo durante o sono físico não de descuida de amparar o genitor doente. Ela encontra-se dormindo em aposento próximo.
Acrescenta o instrutor: quando o corpo terrestre descansa, nem sempre as almas repousam. Na maioria das ocasiões, seguem o impulso que lhe é próprio. Quem se dedica ao bem, de um modo geral continua trabalhando na sementeira e na seara do amor, e quem se emaranha no mal costuma prolongar no sono físico os pesadelos em que se enreda…
SONAMBULISMO
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, na questão 425:
– O sonambulismo natural tem relação com os sonhos? Como se pode explica-lo?
É uma independência da alma, mais completa que no sonho e, nesse caso suas faculdades estão mais desenvolvidas. Ela tem percepções que não tem no sonho, que é um estado incompleto de sonambulismo. No sonambulismo, o Espírito é inteiramente ele mesmo. Os órgãos materiais estando, de alguma forma, em estado cataléptico, não recebem mais as impressões exteriores. Este estado se manifesta sobretudo durante o sono e é o momento em que o Espírito pode deixar provisoriamente o corpo.
Nos sonâmbulos é um estado de transe personista, porque é o Espírito que se bloqueia, embora a consciência alterada comande-o. O sonambulismo pode ser provocado ou natural, o indivíduo deita-se e entra em torpor, levanta-se, movimenta-se realiza muitas experiências sem que a consciência objetiva tome conhecimento. O espírito encarnado desdobra-se da personalidade parcialmente e abre campo para as comunicações mediúnicas. (Divaldo Franco – Palestra Mediunidade e Sonambulismo)
ÊXTASE
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 439.
“O êxtase é um sonambulismo mais apurado. A alma do extático é ainda mais independente. ”
O êxtase é um tipo de sonambulismo no qual a alma visita os mundos ou dimensões superiores da vida.
No Apocalipse de João, no capítulo 1, versículos 10, 11 e seguintes, do primeiro capítulo, João narra o fenômeno de desdobramento.
-“Eu fui arrebatado em espírito, um dia de domingo, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o em um livro e envia-o às sete igrejas”… e todo o importante volume foi narrado ao Apóstolo assim, por meio de cenas reais, palpitantes, vivas, em visões detalhadas e precisas. ”
Letargia, Catalepsia e Mortes aparentes
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, na questão 424:
A letargia e a catalepsia têm o mesmo princípio, que é a perda momentânea da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda não explicada.
Diferem uma da outra pelo fato de que, na letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte.
Na catalepsia, ela é localizada e pode afetar uma parte mais ou menos extensa do corpo, de modo a deixar a inteligência livre para se manifestar, o que não permite confundi-la com a morte.
A letargia é sempre natural [tem origem em causa fisiológica ou intoxicação química]. A catalepsia, em certas ocasiões, é espontânea, mas pode ser provocada e desfeita artificialmente pela ação magnética [passe].
Considerando-se que em ambas condições há paralisia, total ou parcial, a pessoa apresenta um quadro que, popularmente, foi alcunhado de “morte aparente”.
São uma espécie de sono físico de ordem patológica e caracterizam-se pela perda temporária da sensibilidade e do movimento do corpo físico, que assume, temporariamente, a aparência da morte biológica. São fenômenos bastantes comuns, embora pouco pesquisados. Muitas vezes, o corpo da pessoa é sepultado sem que tenha ainda realmente ocorrido a morte. Alguns desses fenômenos estão descritos no Novo Testamento (Lucas, 7:11-17 – o filho da viúva de Naim e Mateus, 9:23-26 – a filha de Jairo), sendo o caso mais conhecido o da ressurreição de Lázaro (João, 11:1-45).
Analisando as 03 passagens que Jesus, ele diz que os 03 dormem, ou seja, se estivessem mortos, os laços que que unem o corpo ao espírito teria se rompido e haveria a desagregação dos órgãos, a separação seria completa e o Espírito não retornaria mais.
Quando um homem que tem as aparências da morte retorna a vida, é porque a morte não havia se completado. (O Livro dos Espíritos, q. 423).
Jesus através da ação magnética opera a cura, restituindo o fluido vital.
Livro de Jó, no capítulo 33, versículo 14, diz: “Deus fala de um modo e não prestamos atenção. Em sonhos e visão noturna, quando a letargia desce sobre os homens adormecidos em seu leito, então Ele abre o ouvido dos humanos e aí sela as advertências que lhes dá. Para afastar os homens de suas obras e proteger o poderoso do seu orgulho, para impedir de sua alma cair na sepultura e a sua vida de cruzar o Canal….
Bicorporeidade
Na bicorporeidade, o encarnado desliga-se parcialmente do seu corpo físico e, enquanto este permanece adormecido em um local, o Espírito se desloca no espaço, tornando-se visível em outra localidade, às vezes muito distante de onde está o seu corpo.
A visibilidade pode ser rápida e fugaz, ou nítida e prolongada.
Revista Espírita, dezembro de 1858, Allan Kardec, página 493, título: Fenômenos de Bicorporeidade.
Santo Antônio de Pádua achava-se na Espanha e, no instante em que predicava, seu pai, acusado de assassinato, ia ser supliciado em Pádua. Nesse momento aparece Antônio, demonstrando a inocência do pai e revelando o verdadeiro criminoso, que mais tarde sofreu o castigo. Foi constatado que no mesmo instante Santo Antônio pregava na Espanha.
…”Quando o homem, por sua virtude, se acha completamente desmaterializado, quando elevou sua alma para Deus, pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo, do seguinte modo: sentindo vir o sono, pode o Espírito encarnado pedir a Deus para transportar-se a um lugar qualquer. Seu Espírito ou sua alma, como quiserdes chamá-lo, abandona então o corpo, seguido de uma parte de seu perispírito, deixando a matéria imunda num estado vizinho ao da morte. Digo vizinho da morte porque ficou no corpo um laço, ligando o perispírito e a alma à matéria, e esse laço não pode ser definido. O corpo então aparece no lugar desejado. Creio que é tudo quanto desejais saber”.
Transfiguração
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Capítulo VII, item 122:
“A transfiguração consiste na mudança de aspecto de um corpo vivo. ”
Em outras palavras, a aparência e a expressão fisionômica do encarnado mudam repentinamente, adquirindo outras características.
O melhor e maior exemplo de transfiguração de que temos notícia foi a de Jesus, ocorrida no Monte Tabor, na qual “o rosto e as vestes do Senhor resplandeceram como o sol”. Este fenômeno foi amplamente anunciado por Mateus, 17:1-9; Marcos, 9: 2-8; Lucas, 9: 28-36 e por Pedro em sua segunda epístola: 2Pedro, 1:16-18.
Dupla Vista
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 455 – comentário:
“A emancipação da alma se manifesta, às vezes, no estado de vigília e produz o fenômeno conhecido pelo nome de segunda vista, que dá aos que a possuem a faculdade de ver, ouvir e sentir além dos limites dos nossos sentidos;
Veem, por assim dizer, através da vista ordinária e como por uma espécie de miragem. Para quem desfruta de tal faculdade, ela parece tão natural como a de ver.”
O sonambulismo, a catalepsia, a letargia, o êxtase, a bicorporeidade, a transfiguração e a dupla vista, são todos fenômenos de emancipação ou desdobramento da alma.
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Referências Bibliográficas
- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
- O Livro dos Médiuns, Allan Kardec
- Evangelho Segundo Espiritismo, Allan Kardec
- Livro A Gênese, Allan Kardec
- Revistas Espíritas (junho 1866 e dezembro 1858), Allan Kardec
- O problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis
- A Alma é Imortal, Gabriel Delanne
- Nosso Lar, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Os Mensageiros, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Missionários da Luz, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Libertação, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Entre a Terra e o Céu, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Nos Domínios da Mediunidade, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Ação e Reação, Chico Xavier, Espírito André Luiz
- Mecanismos da Mediunidade, Chico Xavier e Waldo Vieira, Espírito André Luiz
- O Consolador, Chico Xavier, Espírito Emmanuel
- A Luz do Consolador, Yvonne Amaral Pereira
- Recordações da Mediunidade, Yvonne Amaral Pereira
- Diretrizes de Segurança, Divaldo Franco e Raul Teixeira
- Conduta Espírita, Waldo Vieira, Espírito André Luiz
- Estudando a Mediunidade, José Martins Peralva
- Evolução para o Terceiro Milênio, Carlos Toledo Rizzini
- Diálogo com as Sombras, Hermínio C. Miranda
- Portal IRC-Espiritismo (espirito.org.br.) – Palestra: a visão espírita do sono e sonhos.