Centro Espírita Leocádio Corrêia

Evangelização, Cura e Desobsessão

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Archive for year: 2014

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > 2014

Ganhar

celcMensagens3 de julho de 2014 Leave a comment0
"Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" - Jesus (Marcos, 8:36) As criaturas terrestres, de modo geral, ainda não aprenderam a ganhar. Entretanto, o espírito humano permanece no Planeta em busca de alguma coisa. É indispensável alcançar valores de aperfeiçoamento para a vida eterna. Recomendou Jesus aos seus tutelados procurassem, insistissem. . .

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Mediunidade Curadora – Leon Denis

celcCURA2 de julho de 2014 Leave a comment0
Leon Dénis foi um competente pesquisador e estudioso do Espiritismo, dando seqüência, na França, aos trabalhos desenvolvidos por Allan Kardec. Graças à sua enorme dedicação ao desenvolvimento e à propagação da Doutrina dos Espíritos, corroborou todos os ensinamentos de Allan Kardec, e realizou um extenso trabalho literário abordando as verdades espirituais sob os prismas filosófico, científico, religioso e moral. Os valiosos livros publicados por Léon Denis tornaram-se um repositório dos conhecimentos espirituais. Deles, extraímos os seguintes ensinamentos importantes, relativos à mediunidade curadora:   A BELEZA E A UTILIDADE DA MEDIUNIDADE CURADORA Léon Denis, em seu livro “Depois da Morte”, Capítulo XXII: – Os Médiuns – ressaltou-nos a beleza e a utilidade da mediunidade curadora, a saber: “Alguns médiuns servem também de intermediários aos Espíritos para transmitirem aos doentes e valetudinários eflúvios magnéticos que aliviam e, algumas vezes, curam esses infelizes. É uma das mais belas e úteis formas da mediunidade.”   A FÉ, A VONTADE, A PRECE E A EVOCAÇÃO DOS BONS ESPÍRITOS PARTICIPANDO DA MEDIUNIDADE CURADORA. Já, em seu livro “No Invisível”, Capítulo XV, ensinou-nos sobre a importância da fé, da vontade, da prece e da evocação dos bons Espíritos para a prática da mediunidade curadora: “A fé vivaz, a vontade, a prece e a evocação dos poderes superiores amparam o operador e o sensitivo. Quando ambos se acham unidos pelo pensamento e pelo coração, a ação curativa é mais intensa.”   CONDUTA PERANTE A MEDIUNIDADE CURADORA. Ainda nesse mesmo Capítulo do livro “No invisível”, Léon Denis recomendou-nos a seguinte conduta, no momento da ação curativa: “Recolhei-vos em silêncio, sozinho com o paciente, e apelai para os Espíritos benfazejos que pairam sobre as dores humanas. Então sentireis descer do Alto sobre vós e propagar-se ao sensitivo o poderoso influxo. Uma onda regeneradora penetrará por si mesma até à causa do mal; e demorando, renovando semelhante ação, tereis contribuído para aligeirar o fardo das misérias terrestres”.   A PRECE E O AMOR NA PRÁTICA DA MEDIUNIDADE CURADORA Léon Denis acrescentou aí ainda o seguinte a respeito da prece e do amor durante o exercício da mediunidade curadora: “Nunca ponhais em ação as forças magnéticas, sem lhes acrescentar o impulso da prece e um pensamento de amor sincero por vossos semelhantes. Assim procedendo, estabelecereis a harmonia de vossos fluidos com o dinamismo divino e tornareis sua ação mais profunda e eficaz”.   A CURA COM OS BONS FLUIDOS E COM A ASSISTÊNCIA DOS BONS ESPÍRITOS, E A AÇÃO À DISTÂNCIA DA FORÇA DA VONTADE. Léon Denis, no Capítulo XXXII, de seu livro “Depois da Morte”, ensinou-nos que a cura é obtida com uma combinação dos bons fluidos, contando com a assistência dos bons Espíritos. Além disso, mostrou que a força da vontade tem uma ação mesmo à distância para agir sobre os semelhantes: “Graças a uma combinação íntima dos bons fluidos, sorvidos no reservatório ilimitado da Natureza, consegue-se, com a assistência dos Espíritos invisíveis, restabelecer a saúde comprometida, restituir a esperança e a energia dos desesperados. Pode-se mesmo, por um impulso regular e perseverante da vontade,  agir à distância sobre os    incrédulos, sobre os cépticos e sobre os maus, abalar a sua obstinação, atenuar seu ódio, fazer penetrar um raio de verdade no entendimento dos mais hostis”.   A VONTADE TEM UM GRANDE PODER NA OBTENÇÃO DA CURA ESPIRITUAL Léon Denis, em seus três importantes livros “O problema do Ser, do Destino e da Dor”, “No Invisível”, e “Depois da Morte”, ressaltou-nos, em resumo, os seguintes pontos importantes, que confirmam o grande poder que a vontade exerce sobre os fluidos, tornando-os curativos: “É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para um alvo determinado”. “A vontade pode atuar com intensidade sobre o corpo fluídico e ativar-lhe as vibrações”. “A vontade de aliviar e de curar comunica ao fluido magnético propriedades curativas”. “Pela vontade, atraímos forças boas ou más, em harmonia com os nossos pensamentos e sentimentos”. “Os fluidos, obedecendo a uma poderosa vontade, a um ardente desejo de fazer o bem, penetram os organismos debilitados e suas moléculas benéficas, substituindo as que estão doentes, restituem gradualmente a saúde aos enfermos, o vigor aos valetudinários”. “A vontade é a faculdade soberana da alma, a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a essência da sua personalidade”. “Seu poder sobre os fluidos é acrescido com a elevação do Espírito”.   OS PENSAMENTOS EXERCEM UMA AÇÃO CRIADORA PODEROSA, POR ISSO, O MÉDIUM CURADOR DEVE VIGIÁ-LOS E DIRECIONÁ-LOS PARA O BEM No Capítulo XXIV, de seu livro “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, Léon Denis ensinou-nos o seguinte, a respeito dos poderes extraordinários que o pensamento possui para criar: “O pensamento é criador. Não atua somente em roda de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto. Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se. Não há assunto mais importante que o estudo do pensamento, seus poderes e ação.”   LÉON DENIS Portanto, com esses ensinamentos valiosos, Léon Denis deixou-nos notáveis contribuições que levam à prática correta da mediunidade curadora à luz do Espiritismo. http://www.ger.org.br/mediunidade/ensinamentos_de_leon_denis.htm

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Médiuns Curadores – Obras Postumas

celcCURA2 de julho de 2014 Leave a comment0
OBRAS PÓSTUMAS – Manifestações dos Espíritos Caráter e conseqüências religiosas das manifestações espíritas   52. Médiuns curadores. – Este gênero de mediunidade consiste na faculdade, que certas pessoas possuem, de curar pelo simples toque, pela imposição das mãos, o olhar, um gesto mesmo, sem a ajuda de nenhum medicamento. Esta faculdade, incontestavelmente, tem o seu princípio na força magnética; dela difere, todavia, pela energia e pela instantaneidade da ação, ao passo que as curas magnéticas exigem um tratamento metódico mais ou menos longo. Todos os magnetizadores estão quase aptos para curar se sabem a isso se ligar convenientemente; eles têm a ciência adquirida; nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem jamais terem ouvido falar do magnetismo. A faculdade de curar pela imposição das mãos tem, evidentemente, o seu princípio numa força excepcional de expansão, mas é aumentada por diversas causas, entre as quais é necessário colocar em primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o ardente desejo de aliviar, a prece fervorosa e a confiança em Deus, em uma palavra, todas as qualidades morais. A força magnética é puramente orgânica; pode ser, como a força muscular, dada a todo o mundo, mesmo a homens perversos; mas só o homem de bem dela se serve exclusivamente para o bem, sem dissimulação de interesse pessoal, nem satisfação do orgulho ou da vaidade; seu fluido depurado possui propriedades benfazejas e reparadoras que não pode ter aquele do homem vicioso ou interessado. Todo efeito mediúnico, como foi dito, é o resultado da combinação dos fluidos emitidos por um Espírito e pelo médium: por essa união, esses fluidos adquirem propriedades novas que não teriam separadamente, ou pelo menos não teriam no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons Espíritos solícitos em virem secundar os esforços do homem bem intencionado; seu fluido benfazejo se une facilmente ao dele, ao passo que o fluido do homem vicioso se alia com o dos maus Espíritos que o cercam. O homem de bem que não tivesse a força fluídica não poderia, pois, senão pouca coisa por si mesmo; ele não pode senão chamar a assistência dos bons Espíritos, mas a sua ação pessoal é quase nula; uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de qualidades morais, pode operar verdadeiros prodígios de curas.   53. A ação fluídica, por outro lado, é poderosamente secundada pela confiança do enfermo, e Deus recompensa, freqüentemente, a sua fé pelo sucesso.   54. Só a superstição pode ligar uma virtude a certas palavras, e só os Espíritos ignorantes e mentirosos podem manter semelhantes idéias prescrevendo quaisquer fórmulas. Entretanto, pode ocorrer que, para pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreenderem as coisas puramente espirituais, o emprego de uma fórmula de prece ou de uma prática determinada, contribui para lhes dar confiança; neste caso, não é a fórmula que é eficaz, mas a fé que é aumentada pela idéia ligada ao emprego da fórmula.   55. Não é necessário confundir os médiuns curadores com os médiuns receitistas; estes últimos são simples médiuns escreventes, cuja especialidade é de servirem, mais facilmente, de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas; mas não fazem absolutamente senão transmitir o pensamento do Espírito, e não têm, por si mesmos, nenhuma influência.   § 7. DA OBSESSÃO E DA POSSESSÃO 56. A obsessão é o império que maus Espíritos tomam sobre certas pessoas, tendo em vista dominá-las e submetê-las à sua vontade, pelo prazer que sentem em fazer o mal. Quando um Espírito, bom ou mau, quer agir sobre um indivíduo, ele o envolve, por assim dizer, com o seu perispírito, como um manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem, e o Espírito pode, então, se servir desse corpo como do seu próprio, fazê-lo agir segundo a sua vontade, falar, escrever, desenhar, tais são os médiuns. Se o Espírito é bom, a sua ação é doce, benfazeja; ele não leva a fazer senão boas coisas; se é mau, leva a fazê-las más; se é perverso e mau, constrange-o, como numa rede, paralisa até a sua vontade, o seu julgamento mesmo, que abafa sob o seu fluido, como se abafa o fogo sob uma camada de água; fá-lo pensar, falar, agir por ele, impele-o, apesar dele, a atos extravagantes ou ridículos, em uma palavra, o magnetiza, o cataleptiza moralmente, e o indivíduo se torna um instrumento cego de suas vontades. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em graus de intensidade muito diferentes. É ao paroxismo da subjugação que se chama vulgarmente de possessão. Há a se anotar que, neste caso, freqüentemente, o indivíduo tem a consciência de que o que faz é ridículo, mas é constrangido a fazê-lo, como se um homem mais vigoroso do que ele fizesse mover, contra a sua vontade, os seus braços, as suas pernas e a sua língua.   57. Uma vez que os Espíritos existiram de todos os tempos, de todos os tempos também eles desempenharam o mesmo papel, porque esse papel está na Natureza, e a prova disso está no grande número de pessoas obsedadas ou possuídas, querendo-se, antes que fosse posta a questão dos Espíritos, ou que, em nossos dias, jamais ouviram falar de Espiritismo nem de médiuns. A ação dos Espíritos, bons ou maus, é, pois, espontânea; a dos maus produz uma quantidade de perturbações na economia moral, e mesmo física, que, por ignorância da causa verdadeira, atribuía-se a causas errôneas. Os maus Espíritos são os inimigos invisíveis tanto mais perigosos quanto não se suponha a sua ação. O Espiritismo, pondo-os a descoberto, vem revelar uma nova causa para certos males da Humanidade; conhecida a causa, não se procurará mais combater o mal pelos meios que doravante se sabem inúteis, procurar-se-ão os mais eficazes. Ora, o que fez descobrir essa causa? A mediunidade; foi por meio da mediunidade que esses inimigos ocultos traíram a sua presença; ela fez para eles o que o microscópio fez para os infinitamente pequenos: revelou todo um mundo. O Espiritismo não atraiu, de nenhum modo, os maus Espíritos; ele os descobriu, e deu os meios de paralisar-lhes a ação e, conseqüentemente, afastá-los. Ele não trouxe, de nenhum modo, o mal, uma vez que o mal existia de todos os tempos: trouxe, ao contrário, o remédio ao mal mostrando-lhe a causa. Uma vez reconhecida a ação do mundo invisível, ter-se-á a chave de uma multidão de fenômenos incompreendidos, e a ciência, enriquecida com esta nova lei, verá se abrir diante dela novos horizontes. QUANDO CHEGARÁ ELA A ISSO? Quando ela não professar mais o materialismo, porque o materialismo detém o seu vôo e lhe coloca uma barreira intransponível.   58. Uma vez que se há maus Espíritos que obsediam, há bons que protegem, pergunta-se se os maus Espíritos são mais poderosos do que os bons. Não é o bom Espírito que é mais fraco, é o médium que não é bastante forte para sacudir o manto que se lança sobre ele, para se livrar do constrangimento dos braços que o enlaçam e nos quais, é necessário dizê-lo bem, algumas vezes se compraz. Neste caso, compreende-se que o bom Espírito não possa ter a superioridade, uma vez que se lhe prefere um outro. Admitamos agora o desejo de se desembaraçar desse envoltório fluídico, do qual o seu está penetrado, como uma vestimenta está penetrada pela umidade, o desejo não bastará. A própria vontade nem sempre bastará. Trata-se de lutar contra um adversário; ora, quando dois homens lutam corpo a corpo, é aquele que tem músculos mais fortes que derruba o outro. Com um Espírito é necessário lutar, não corpo a corpo, mas de Espírito para Espírito, e é ainda o mais forte que domina; aqui, a força está na autoridade que se pode tomar sobre o Espírito, e essa autoridade está subordinada à superioridade moral. A superioridade moral é como o Sol que dissipa o nevoeiro pela força de seus raios. Esforçar-se para ser bom, tornar-se melhor sendo-se já bom, purificar-se de suas imperfeições, em uma palavra, se elevar moralmente o mais possível, tal é o meio para adquirir o poder de dominar os Espíritos inferiores, para afastá-los, de outro modo eles zombarão de vossas imposições. (O Livro dos Médiuns, nº 252 e 279.) Entretanto, dir-se-á, por que os Espíritos protetores não lhes ordenam para que se retirem? Sem dúvida, eles o podem e o fazem algumas vezes; mas, permitindo a luta, deixam também o mérito da vitória; se deixam se debaterem pessoas merecedoras sob certos aspectos, é para provar a sua perseverança e fazê-las adquirir mais força no bem; é para elas uma espécie de ginástica moral. Certas pessoas, sem dúvida, prefeririam uma outra receita para expulsar os maus Espíritos: algumas palavras a dizer, ou alguns sinais a fazer, por exemplo, o que seria mais cômodo do que corrigir os seus defeitos. Com isso estamos descontentes, mas não conhecemos nenhum meio eficaz para vencer um inimigo senão de ser mais forte do que ele. Quando se está enfermo, é necessário resignar-se em tomar um medicamento, embora amargo que seja; mas também, quando se teve a coragem de bebê-lo, como se porta bem e como se é forte! É necessário, pois, bem se persuadir de que não há, para alcançar esse objetivo, nem palavras sacramentais, nem fórmulas, nem talismã, nem quaisquer sinais materiais. Os maus Espíritos deles se riem e se divertem, freqüentemente, indicando-os, que têm sempre o cuidado de dizerem infalíveis, para melhor captar a confiança daqueles que querem enganar, porque então estes, confiantes na virtude do processo, se entregam sem receio. Antes de esperar domar o mau Espírito, é necessário domar a si mesmo. De todos os meios para adquirir a força para lá chegar, o mais eficaz é a vontade secundada pela prece, entenda-se a prece de coração, e não de palavras, para as quais a boca toma mais parte do que o pensamento. É necessário rogar seu anjo guardião, e os bons Espíritos, para nos assistir na luta; mas não basta lhes pedir para expulsarem o mau Espírito, é necessário se lembrar desta máxima: Ajuda-te, e o céu te ajudará, e lhes pedir, sobretudo, a força que nos falta para vencermos os nossos maus pendores, que são para nós piores do que os maus Espíritos, porque são essas tendências que os atraem, como a corrupção atrai as aves de rapina. Pedindo também para o Espírito obsessor, é restituir-lhe mal com o bem, e se mostrar melhor do que ele, o que já é uma superioridade. Com a perseverança, freqüentemente, acaba-se por conduzi-lo a melhores sentimentos e de perseguidor se faz um agradecido. Em resumo, a prece fervorosa, e os esforços sérios para se melhorar, são os únicos meios para afastar os maus Espíritos que reconhecem seus superiores naqueles que praticam o bem, ao passo que as fórmulas os fazem rir, a cólera e a impaciência os excitam. É necessário deixá-los se mostrando mais pacientes do que eles. Mas ocorre, algumas vezes, que a subjugação aumenta ao ponto de paralisar a vontade do obsedado, e que não se pode dele esperar nenhum concurso sério. É então, sobretudo, que a intervenção de terceiros torna-se necessária, seja pela prece, seja pela ação magnética; mas a força dessa intervenção depende também do ascendente moral que os intervenientes podem tomar sobre os Espíritos; porque se não valem mais, a sua ação é estéril. A ação magnética, nesse caso, tem o efeito de penetrar o fluido do obsedado de um fluido melhor, e de livrá-lo do Espírito mau; ao operar, o magnetizador deve ter o duplo objetivo de opor uma força moral a uma força moral, e de produzir sobre o sujeito uma espécie de reação química, para nos servirmos de uma comparação material, expulsando um fluido por um outro fluido. Por aí, não somente ele opera um desligamento salutar, mas dá força aos órgãos enfraquecidos por uma longa e, freqüentemente, vigorosa opressão. Compreende-se, de resto, que a força da ação fluídica está em razão, não só da energia da vontade, mas sobretudo da qualidade do fluido introduzido, e, segundo o que dissemos, que essa qualidade depende da instrução e das qualidades morais do magnetizador; de onde se segue que um magnetizador comum, que agiria maquinalmente para magnetizar pura e simplesmente, produziria pouco ou de nenhum efeito; é preciso, de toda a necessidade, um magnetizador espírita agindo com conhecimento de causa, com a intenção de produzir, não o sonambulismo ou uma cura orgânica, mas os efeitos que acabamos de descrever. Além disso, é evidente que uma ação magnética, dirigida nesse sentido, não pode ser senão muito útil no caso de obsessão comum, porque então, se o magnetizador é secundado pela vontade do obsedado, o Espírito é combatido por dois adversários ao invés de um. É necessário dizer, também, que se acusam, freqüentemente, os Espíritos estranhos de danos dos quais são muito inocentes; certos estados doentios, e certas aberrações que se atribuem a uma causa oculta, por vezes, devem-se simplesmente ao Espírito do próprio indivíduo. As contrariedades, que mais comumente cada um se concentra em si mesmo, sobretudo os desgostos amorosos, fazem cometer muitos atos excêntricos que se estaria errado em levar à conta da obsessão. Freqüentemente, pode ser-se obsessor de si próprio. Acrescentemos, enfim, que certas obsessões tenazes, sobretudo nas pessoas de mérito, algumas vezes, fazem parte das provas às quais estão submetidas. “Ocorre mesmo, por vezes, que a obsessão, quando é simples, é uma tarefa imposta ao obsedado, que deve trabalhar para a melhoria do obsessor, como um pai pela de um filho viciado.” (Para maiores detalhes, remetemos a O Livro dos Médiuns.)   A prece, geralmente, é um meio poderoso para ajudar na libertação dos obsedados, mas não é uma prece de palavras, dita com indiferença e como uma fórmula banal, que pode ser eficaz em semelhante caso; é necessária uma prece ardente que seja, ao mesmo tempo, uma espécie de magnetização mental; pelo pensamento pode-se levar, sobre o paciente, uma corrente fluídica salutar, cuja força está em razão da intenção. A prece não tem, pois, somente por efeito invocar um socorro estranho, mas de exercer uma ação fluídica. O que uma pessoa não pode fazer só, várias pessoas unidas pela intenção, numa prece coletiva e reiterada, freqüentemente o podem, sendo a potência da ação aumentada pelo número.   59. A ineficácia do exorcismo nos casos de possessão está constatada pela experiência, e está provado que, a maior parte do tempo, aumenta o mal antes que o diminua. A razão disso é que a influência está inteiramente no ascendente moral exercido sobre os maus Espíritos, e não num ato exterior, na virtude das palavras e de sinais. O exorcismo consiste nas cerimônias e fórmulas das quais se riem os maus Espíritos, ao passo que eles cedem à superioridade moral que se lhes impõe; vêem que se quer dominá-los por meios impotentes, que se pensa intimidá-los por um vão aparelho, e tratam de se mostrar os mais fortes, por isso é que redobram; são como o cavalo assustado, que lança por terra o cavaleiro inábil, e que se submete quando encontra o seu senhor; ora, o verdadeiro senhor aqui é o homem de coração mais puro, porque é este que é o mais escutado pelos bons Espíritos.   60. O que um Espírito pode fazer sobre um indivíduo, vários Espíritos podem fazê-lo sobre vários indivíduos, simultaneamente, e dar à obsessão um caráter epidêmico. Uma nuvem de maus Espíritos pode invadir uma localidade, e ali se manifestar de diversas maneiras. Foi uma epidemia desse gênero que maltratou a Judéia ao tempo do Cristo; ora, o Cristo, pela sua imensa superioridade moral, tinha sobre os demônios, ou maus Espíritos, uma superioridade moral tal que lhe bastava ordenar-lhes para se retirarem, para que eles o fizessem, e não empregava para isso nem sinais, nem fórmulas.   61. O Espiritismo está fundado sobre a observação dos fatos resultantes das relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Estando esses fatos na Natureza, produziram-se em todas as épocas, e são muitos sobretudo nos livros sagrados de todas as religiões, porque serviram de base à maioria das crenças. Por falta de compreendê-los, foi que a Bíblia e os Evangelhos oferecem tantas passagens obscuras e que foram interpretadas em sentidos tão diferentes; o Espiritismo é a chave que deve facilitar-lhes a inteligência.

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Cláudio Galeno (131 – 200)

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A NEUROLOGIA NA OBRA DE GALENO   Claudius Galeno nasceu em 130 d.C., em Pérgamo, filho do arquiteto Nikon. Galenós, em grego, significa calmo, sereno, o que não condizia com o seu temperamento.

Galeno iniciou seus estudos médicos no Asklepeion de Pérgamo aos 17 anos; a seguir foi para Esmirna, onde estudou dois anos e depois

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As curas espirituais

celcCURA2 de julho de 2014 Leave a comment0
Após o aparecimento do Espiritismo, o tratamento das doenças espirituais tiveram um avanço considerável, embora se reconheça que nem todas as doenças possam ser curadas. A verdade é que a Doutrina posicionou a questão de forma simples e esclarecedora, oferecendo conhecimentos até então ignorados, o que possibilitou a qualquer pessoa utilizar-se dos métodos por ela preconizados e obter resultados positivos.   A maioria absoluta dos tratamentos espirituais está relacionada com aquilo que nós convencionamos chamar de “a chave do Espiritismo”. O passe, puro e simples, os tratamentos mais complexos e até mesmo aqueles que passam pelo uso de instrumentos cirúrgicos, popularizados com Arigó, no Brasil, todos têm como elementos básicos o pensamento, os fluidos e os espíritos.   Assim como a medicina moderna reconhece na base das doenças fatores de ordem psíquica, o Espiritismo explica que os males têm relacionamento com o espírito encarnado, ora apontando para deficiências perispirituais, ora esclarecendo que o indivíduo só pode obter resultados definitivos quando reconhece em si mesmo a base dos problemas, contribui com suas ações para a melhoria do seu estado, coloca a vontade como elemento poderoso e alia a isto os elementos intermediários, aqueles que servem de ponte entre os espíritos, os fluidos e o doente.   Adiantando informações sobre o passe O passe é o método de tratamento espiritual mais popularizado. Embora não seja uma criação do Espiritismo, pois seu uso vem de épocas remotas, sendo conhecido por civilizações antigas – inclusive com o Cristo, que impunha as mãos sobre o doente, para curá-lo – com a Doutrina ele ganhou um impulso exatamente pelo conhecimento que o Espiritismo oferece a seu respeito.   Como veremos mais para frente, sobre a forma de aplicar o passe muita coisa já foi dita e as discussões não pararam porque existem, de um lado, indivíduos que entendem não importar o método e sim os resultados, e de outro aqueles que dão importância à forma e defendem, portanto, uma aplicação dentro da simplicidade, sem nenhuma encenação que ultrapasse a imposição de mãos.   É de se ver que, fundamentalmente, os resultados do passe não dependem especificamente da forma como ele é aplicado  e sim daquele que o está aplicando e da participação, muitas vezes, dos espíritos.    Apesar disso, não se pode deixar de apreciar o fato da Doutrina atribuir à sua prática o caráter de simplicidade. A padronização do passe, iniciada na Federação Espírita do Estado de São Paulo por Edgard Armond, e que tanta celeuma tem causado no movimento espírita – celeuma até maior do que merece – traz consigo um perigo muito grande: o de mecanizar os passistas, desviando deles a importância da concentração e da sua própria participação na aplicação em si.   Mas não é só. Na verdade, se o passista não possuir uma consciência clara do assunto, ele poderá se transformar num robô, num autômato, dando a entender para os que não possuem conhecimento espírita, que a Doutrina está condicionada a determinados rituais, quando na verdade ela é contra toda e qualquer atitude que possa embotar a mente.    Quanto aos resultados em si, ninguém , em sã consciência, poderá afirmar que o passe padronizado não tem efeito nenhum, porque, se o fizer, será desmentido pelos resultados obtidos ao longos dos anos pela Federação e pelas centenas de centros no País e fora dele que adotam o modelo daquela instituição.   A questão, portanto, não está na forma mas no conteúdo, embora a “forma não seja de desprezar”, como garantiu Allan Kardec um dia. Aqueles que entendem que o passe deva ser aplicado de forma simples, entre os quais nos incluímos, precisam estar atentos exatamente para este aspecto da manutenção dos postulados doutrinários como eles nos foram legados pelo Codificador. Tudo o mais que passar disso será exagero. Aqueles que entendem diferente e não encontram razões maiores para evitar a padronização devem estar conscientes dessa sua postura e assumi-la claramente, procurando o equilíbrio em suas ações, para evitar que as discussões criem condições negativas no momento de atender aos necessitados. O passe, como todos sabem, é uma transfusão de energias – ou fluidos – realizado pelo pensamento do passista e dos espíritos que atuam junto com ele. Kardec afirma que “a cura se opera pela substituição de uma molécula sã a uma molécula malsã”. Não importa que o passista seja médium ou não. O fato de não ser médium não traz nenhum prejuízo, desde que haja por parte daquele que aplica o passe o desejo de o fazer da melhor forma possível. Com isso, ele estará criando um relacionamento com os espíritos, o que se dará fundamentalmente através do pensamento.    Em sendo médium, o passista ganhará apenas nas facilidades que poderá oferecer para que os espíritos o utilizem para alcançar os fins desejados. Mas, ainda assim, como médium ele não está isento do esforço no comportamento, na forma de pensar, nem mesmo da participação que terá no ato em si, de seus fluidos, a energia carreada para o necessitado.  Outro detalhe até aqui muito discutido diz respeito ao conhecimento do passista. Muita discussão se fez a respeito da necessidade ou não do passista conhecer um pouco de anatomia humana, isto é, da distribuição dos órgãos e aparelhos do corpo humano. Entre as alegações a favor e contra a necessidade desse conhecimento, muitas discussões foram feitas. O fato mais interessante e que parece acabar com essa polêmica é o seguinte: o conhecimento é importante em qualquer área de atuação humana e o Espiritismo o valoriza de tal modo que chega a exaltá-lo da seguinte forma: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; instrui-vos, eis o segundo”.   Obedecendo a esse critério, o amor é a primeira condição básica para uma boa atividade na aplicação do passe. Existindo amor sincero, não há dúvida de que um grande passo estará sendo dado no sentido de se alcançar bons resultados. Com isso, pessoas simples, de poucos recursos intelectuais, poderão obter excelentes resultados em qualquer centro espírita, por mais humilde que este seja.  Porém, se os indivíduos puderem adquirir conhecimentos outros que possam ser utilizados na prática, ninguém poderá dizer que isto não trará benefícios. O conhecimento de anatomia poderá ser de grande utilidade, principalmente para os passistas que trabalham com seus próprios recursos, sem um contato mais íntimo com os espíritos.   que não será aceitável é o indivíduo se opor ao conhecimento porque não gosta ou não tem interesse em adquiri-lo. Neste caso, a questão é outra. Não é o conhecimento que é dispensável, mas o indivíduo é que não deseja alcançá-lo.   O pensamento, a energia e os Espíritos Antes de falar dos diversos métodos de cura utilizados no Espiritismo, seria bom, caro leitor, esclarecer alguns pontos do nosso interesse, a fim de que ambos possamos chegar ao final com alguma concordância e, principalmente, sem nenhuma decepção de sua parte. O que falarei aqui não constituirá nenhuma novidade, por uma simples razão: penso que vivemos uma época em que precisamos mais do que nunca trocar idéias acerca do Espiritismo prático, não daquele Espiritismo apenas mediúnico, onde se senta em torno de uma mesa para contatos com os espíritos, nem daquele em que se fica dando voltas em torno da indefectível “reforma íntima”. Absolutamente, quando falo em Espiritismo prático refiro-me ao entendimento da teoria com tal clareza que ela se incorpora facilmente à nossa existência e passa a fazer parte do nosso dia-a-dia. Esse tipo de Espiritismo, que considero o mais importante, é simples e ao mesmo tempo todo complexo. Simples, porque todos nós podemos alcançá-lo, desde que o desejemos: ele é óbvio, está à nossa frente, faz parte da vida. Para alcançá-lo é preciso apenas enxergar o óbvio. Mas ele se torna complexo na medida em que colocamos dificuldades em nosso pensamento, de tal forma que não conseguiremos enxergá-lo. De qualquer maneira, se pretendemos entender esse Espiritismo óbvio e simples, precisamos perseguir o caminho da praticidade em nossos pensamentos e textos. Essa é a razão porque nesse estudo nada apresentaremos de novo; apenas reviveremos os conceitos e conhecimentos que já possuímos, a fim de melhor fortalecer o nosso estudo.   A chave do Espiritismo Sempre que você desejar tratar de um assunto espírita, deverá cuidar para não esquecer de três itens importantes: o pensamento, a energia e o espírito. Talvez você não tenha percebido ainda, mas esta é a chave do Espiritismo, capaz de abrir a porta do entendimento de qualquer assunto. Sem ela, com toda certeza, você ficará tateando sem encontrar a maneira certa de compreender por inteiro a Doutrina.  Não há assunto doutrinário no qual estes três elementos – pensamento, energia e espírito – não tenham seu lugar. Em determinados momentos, eles ocupam papel fundamental; em outros, eles desempenham função secundária, mas em nenhum momento eles podem ser postos de lado.  Façamos um esforço mental para verificar se isto é verdade ou não passa de uma suposição. Tomemos alguns assuntos definidos como princípios fundamentais da Doutrina Espírita e verifiquemos se realmente nós vamos precisar daqueles três elementos. Por exemplo, reencarnação: aqui é indiscutível a presença dos três. Antes de efetuar o ato reencarnatório, o espírito está envolvido no fluido cósmico: seu corpo, que o Espiritismo chama de perispírito, é composto de energias invisíveis aos olhos humanos, mas mesmo assim capazes de possuir uma certa densidade. Na reencarnação, o espírito é o elemento central, pois é ele quem reencarna. Como o pensamento é atributo do espírito, fica clara a presença dos três elementos aí.  Alguém poderá alegar que a reencarnação tem o seu lado filosófico e que talvez aí não precisemos contar com os três ou um dos três elementos. Impossível. Mesmo em se tratando de estudo filosófico, não poderemos dispensar a participação dos três elementos, uma vez que sendo o espírito um dos elementos fundamentais do estudo da reencarnação, em qualquer aspecto, logo estarão presentes com ele o pensamento e a energia. Isso é facilmente explicável: o espírito é o ser inteligente, imortal, que pensa. Ao pensar, ele está agindo sobre a energia e dando-lhe um destino e uma qualidade. Espírito, pensamento e energia andam juntos, invariavelmente.  Desta forma, para encontrar um tema doutrinário onde aqueles três elementos não estejam presentes, temos de procurar aqueles onde o espírito não participe. Será que existem? Vamos ver. De cara, descartamos todos os princípios onde a mediunidade participe: curas, passes, receituário mediúnico, incorporação, psicografia, efeitos físicos etc… Isto porque, onde há mediunidade, há espírito.   Pensemos, portanto, em outros. A Lei de Causa e Efeito. Não serve. Ela é uma lei da natureza, relacionada intimamente com o espírito. Portanto, deve ser descartada. A Lei Moral! Ela se reporta diretamente ao espírito e às conseqüências de suas ações, logo diz respeito ao pensamento e à energia. A vida em outros mundos? Também não serve, elas se destinam ao espírito, logo… Pensemos em temas objeto de estudo científico e também nada encontraremos, porque onde bate a ciência, dá de cara com os fenômenos oriundos da relação dos homens com os espíritos, o que mata definitivamente qualquer tentativa aí. E quando houver questão onde os espíritos não ajam diretamente, ainda assim haverá a presença do ser encarnado, o homem, que não deixa de ser um espírito, apenas que vivendo com um corpo de carne. Portanto, precisa ser descartado. Tarefa inglória esta, já se vê. O mais inteligente aqui será deixar de lado esta tentativa de estudar o Espiritismo sem levar em consideração o pensamento, a energia e o espírito, e concluir que, realmente, estes três elementos constituem a chave da compreensão doutrinária, sem a qual as portas não se abrem. É preciso, portanto, dar-lhe uma atenção especial, a fim de compreender bem a presença e a participação deles na vida. Quando isto ocorrer, ou seja, quando dominarmos bem os três elementos, facilmente entenderemos os demais aspectos do Espiritismo.   A Chave e a Cura Espiritual Nestes tempos bicudos, em que no movimento espírita se estabelece uma discussão entre processos e formas de se conseguir uma cura espiritual, perde-se muito tempo com questões secundárias e não se volta a atenção para coisas essenciais. Por exemplo, a ação do pensamento no fenômeno da cura. De nada adianta estarmos preocupados com o fato do passista ter ou não comido carne, fumado um cigarro etc…, se ele, apesar de atender a tudo isto, chegar ao centro espírita carregada de pensamentos negativos, se estiver dispersivo em vista de seus problemas pessoais, se o rancor e a amargura estiverem ocupando os seus momentos e coisas do gênero. Antes de mais nada, o passista é um elemento ativo, que participa efetivamente do processo. Ele não está ali apenas como um autômato qualquer, mas como co-agente da cura. Então, da mesma forma que ele deve cuidar da alimentação, da higiene pessoal e tantos outros detalhes, ele precisa ter consciência de que o seu pensamento vai estar presente no processo, vai interferir e essa interferência tanto poderá ser positiva, a favor do ato, quanto negativa, em prejuízo dele.   Em qualquer tipo de cura, isto ocorre. Kardec dava tanta importância ao ato de pensar que um dia escreveu no livro “A Gênese”: “O pensamento produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral: é isso unicamente o que o Espiritismo poderia fazer compreender”.   A concentração do pensamento pelo passista no ato que está praticando é de fundamental importância no processo de cura. Sabendo como sabemos que o pensamento cria, através de sua interferência sobre a energia cósmica universal, fica mais fácil entendermos porque o passista deve ter a atenção, mais do que tudo, voltada para o ato. O passista dispersivo mentalmente será sempre um estorvo, alguém que atrapalha ao invés de ajudar. Ele não conseguirá bons resultados, através dele dificilmente as pessoas conseguirão um atendimento à altura de suas necessidades.   É o pensamento que dá qualidade curativas aos fluidos, que existem em estado natural ao nosso redor.   É ele que transforma o fluido inerte em energia capaz de recompor um tecido doente ou reduzir os males de ordem espiritual que afetam os indivíduos. É o pensamento também o fio que nos permite estabelecer um relacionamento positivo com os espíritos, que participam das atividades curadoras. Mas, ao mesmo tempo em que nos permite tudo isso, ele também poderá nos ligar a espíritos cuja presença será prejudicial ao ato de curar. Toda moeda tem dois lados, as leis da natureza são estradas de duas mãos.      Se a ação do pensamento positivo sobre a energia faz com que ela se transforme em remédio para diversos males, “os fluidos que emanam de uma fonte impura são como substâncias médicas alteradas”, afirma o Codificador.  A mente é fonte de energia curativa ou de energia destruidora. É o pensamento dos seres vivos, espíritos e homens, que produz os bons resultados, assim como os bons ambientes. E os males também. A rigor, poderíamos dizer que muitas curas se processam apenas com a participação do pensamento dos encarnados, sem nenhuma interferência dos espíritos. Isso poderá parecer assustador para alguns, mas é a pura verdade.  “Certas pessoas têm verdadeiramente o dom de curar pelo simples toque, sem o emprego dos passes magnéticos?” – perguntou Kardec aos espíritos. E eles responderam: “Certamente, disso vocês não têm numerosos exemplos?”. Isso desmistifica um pouco os ares criados por indivíduos pouco conhecedores da Doutrina, porque põe abaixo a teoria ingênua de que em tudo os espíritos estão presentes. Na verdade eles estão presentes em muita coisa, mas daí a dizer que em tudo vai uma distância muito grande. O que há é falta de conhecimento doutrinário.    Um ambiente bem formado, onde os indivíduos pensam na mesma faixa, se identificam com os mesmos propósitos, desejam os mesmos resultados, poderá ser palco de coisas fantásticas, mesmo sem a participação direta dos espíritos. Se há centros onde nada se consegue em termos de cura, a causa com certeza estará na falta de preparação dos responsáveis pelo centro ou em outros fatores que possam estar bloqueando o bom uso dos fluidos. Do contrário, os resultados apareceriam sem nenhuma dúvida.   A força do pensamento, sua ação sobre a energia e as ligações espirituais que ele estabelece precisam ser melhor e mais freqüentemente estudadas por aqueles que nos centros espíritas têm a responsabilidade de atender e consolar aos que batem à porta. Os métodos de cura Além do passe, que é o mais conhecido, a cura pode ser obtida pelos seguintes meios: pela prece, pelo receituário mediúnico, em reuniões de desobsessão, através de operações sem instrumental cirúrgico, por meio de operações com uso de instrumental cirúrgico, pelo tratamento a distância e – acrescentemos – por outros meios espirituais desconhecidos ainda.  É bom ter em mente que, apesar de seu avanço, o Espiritismo não é uma doutrina completa, a ponto de informar sobre tudo, inclusive sobre todos os meios através dos quais as curas se processam. Basta dizer que às vezes somos surpreendidos por acontecimentos que fogem completamente aos conhecimentos que possuímos, doutrinariamente. Outras vezes, a forma, o local etc…, onde as curas acontecem se constituem numa mostra importante de que precisamos agir com cautela sempre que desejarmos classificar a cura.   De qualquer maneira, é o Espiritismo que nos dá as melhores e mais firmes indicações sobre o mecanismo das curas e os meios de obtê-las. Dá-nos ele, inclusive, a possibilidade de interpretar inúmeros casos em que as curas acontecem, fora do ambiente doutrinário e sob condições bastante interessantes. O próprio estudo dos processos de cura oferece-nos material para interpretar e compreender outros casos. É o que relembraremos rapidamente a seguir.   A Prece A prece é um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Mas é, também, um meio dos mais difíceis, haja vista a pequena capacidade que grande parte dos seres humanos tem para orar. Isto porque a oração não é um ato mecânico, que se realiza pelos lábios.   Não. A prece é algo que depende enormemente do pensamento e da vontade. Sem esses dois requisitos, a prece se transforma em algo sem maior expressão. Quando os homens aprendem verdadeiramente a orar, sem dúvida que conseguem sucesso em muitas coisas, inclusive na solução de seus problemas de saúde.  A confirmação de que se pode obter cura através da prece pode advir do conhecimento (que vimos atrás) da ação do pensamento sobre os fluidos, que nos esclarece como a coisa acontece. Mas pode advir também da informação do “Livro dos Espíritos”: – “Podemos obter curas só pela prece?” indaga Kardec, ao que os espíritos respondem: “Sim, às vezes Deus nos permite; mas talvez o bem do doente seja o de sofrer ainda e então vocês pensam que a prece não foi ouvida”.   Esta resposta enseja, além da confirmação do poder da prece na cura, uma reflexão sobre o fato de nem todo doente poder ser curado. Isto está explícito na resposta dos espíritos, que afirmam ser a doença, muitas vezes, “o bem do doente”. Todos sabemos que isto acontece em vários níveis, ou seja, sempre que o doente é possuidor de compromissos denominados cármicos, que devem se prolongar para além do momento em que está recebendo o tratamento, a cura deixa de acontecer. Um indivíduo de grande força de vontade e orando com sinceridade, pode ainda assim não alcançar o que deseja se isto for o melhor para ele.   Aliás, André Luiz nos mostra um exemplo que ilustra bem esse fato: havendo desencarnado, a mãe de um jovem prossegue no mundo espiritual sofrendo com a doença do seu filho encarnado, preso ao leito. De tanto implorar aos espíritos mais esclarecidos o alívio das dores do seu filho, ela recebe a informação de que será atendida. Tão logo os espíritos realizam a cura, o jovem retoma uma vida perdulária, acabando por voltar ao vício do alcoolismo, que havia motivado a sua doença. Com isto, também retorna a doença e o jovem volta ao leito. A mãe, embora com muito sofrimento, acaba por compreender que a dor é “o bem do doente”.  Como a questão da cura total é extremamente complexa, uma vez que os resultados variam de caso para caso, é bom estar prevenido. Pode o indivíduo não estar em condições de obter a cura total, seja porque o seu estado físico está comprometido irremediavelmente, seja porque o seu processo cármico o recomenda. Mas entre a cura total e a cura parcial muita coisa pode ocorrer, ou seja, há pessoas que, após determinado tratamento, alcançam resultados parciais, que diminuem em parte o seu sofrimento, sem extingui-lo definitivamente. Quando isto acontece, de duas uma: ou a pessoa compreende e assume sua situação, ou ela não aceita o pequeno resultado, e continua descrente de tudo.   Isto pode ocorrer com dirigentes mal preparados. Estes poderão entrar em um processo de descrença ante a doutrina pelo simples fato de não conseguir resultados positivos para todos aqueles que os procuram. A maneira de enfrentar essa situação, que será inevitável nas casas espíritas dedicadas à prática da cura espiritual, é fortalecer o conhecimento, a fim de compreender que na maioria das vezes a cura total ou parcial não depende exclusivamente dele, mas de um conjunto de fatores nos quais entram o pensamento, os fluidos, os intermediários, os espíritos e o próprio paciente.   Retornemos à prece. Apesar do estágio em que nos encontramos atualmente, somos ainda muito deficientes na hora de realizarmos uma oração. Esta deficiência é que nos impede de obter bons resultados em nossos propósitos. A prece deveria se constituir em matéria de constante estudo nos centros espíritas, mas estudo verdadeiro e não se tornar objeto de considerações puramente místicas, que impedem alcançar a sua essência. O Cristo mostrou bem o seu poder. Resta-nos entendê-la em profundidade, a fim de aprendermos a utilizar essa ferramenta poderosa, pela qual muitos resultados positivos poderemos alcançar.    A prece, não tenho dúvida, pode ser objeto de estudo teórico e prático, repetidamente, em nossos centros espíritas, principalmente porque temos a presença permanente de um público rotativo, ou seja, pessoas que não se fixam, são apenas passageiros do momento.   Receituário mediúnico A mediunidade receitista foi tratada por Kardec de maneira objetiva. Diz ele em “O Livro dos Médiuns” que a especialidade dos médiuns receitistas “é a de servir mais facilmente de intérpretes aos espíritos para prescrições médicas. Não devemos confundi-los com os médiuns curadores, porque eles não fazem absoluta mente mais do que transmitir o pensamento do espírito e não têm, por si próprios, nenhuma influência”.   Com a popularização do Espiritismo, este tipo de mediunidade foi tomada de muitas preocupações, criando-se em torno dos médiuns receitistas uma aura de medo. Espalhou-se a preocupação de que as receitas espirituais pudessem, pelo menos no Brasil, contrariar as leis e trazer para a Doutrina alguns prejuízos. Surgiu então a orientação de que as receitas dadas por médiuns deveriam passar pelo crivo dos médicos, passando estes a responsabilizarem-se por elas. Se em algum momento esta preocupação teve sua razão de ser – principalmente porque houve épocas em que o Espiritismo foi perseguido intensamente e qualquer coisa que pudesse servir de pretexto aos adversários acabaria por dificultar a sua difusão – a verdade é que a presença do médico ao lado do médium receitista passou a ser encarada em muitos centros espíritas como uma necessidade inadiável, a ponto de inibir o trabalho mediúnico.   Ainda hoje, certas instituições de peso no movimento espírita divulgam a necessidade da presença desse médico de plantão e se não fosse o bom senso de muitos deles, nós não veríamos chegar às mãos dos pacientes as receitas. Simplesmente porque muitas delas, como um dia avisou Herculano Pires, contrariam as orientações dos médicos encarnados. Isso sem falar dos centros espíritas que, tomados de verdadeiro pânico, deixaram de abrigar em seu recinto o médium receitista, chegando alguns a proibir a sua presença. Era preciso não contrariar as orientações vindas de cima.   O que serviu para um certo momento já não tem mais valor hoje. Ao invés de divulgar esse tipo de orientação absurda, precisamos na verdade é valorizar o trabalho dos médiuns receitistas, dando-lhes apoio, sem perder de vista, é claro, o controle que todo e qualquer tipo de mediunidade deve ter, para não se transformar em arma contra a Doutrina e os homens.   Já está mais do que na hora de incrementar uma campanha para que as leis do país sejam protetoras da medicina alternativa e não inibidoras de sua ação. Não precisamos temer as leis, mas modificá-las e torná-las modernas. O medo da punição foi o que levou Pedro a negar o Cristo três vezes. Este mesmo medo é que faz alguns espíritas preferirem prejudicar a Doutrina a lutar contra tudo aquilo que ainda dificulta ou entrava a sua prática.   A mediunidade receitista é, no processo de cura, muito importante e às vezes complementar do tratamento espiritual. Os espíritos que atuam neste setor, normalmente ex-médicos encarnados, se utilizam de conhecimentos adquiridos em vidas passadas e aprimorados na Espiritualidade. Suas receitas chocam muitas vezes os profissionais da medicina, uma vez que a combinação de remédios nem sempre segue o comportamento tradicional. Há espíritos que combinam diversos tipos de remédios, misturando alopatia e homeopatia, enquanto outros seguem uma dessas linhas apenas. Alguns médicos espirituais se utilizam unicamente de ervas em suas receitas, enquanto que outros, demonstrando perfeito acompanhamento da evolução da ciência humana, costumam receitar remédios que acabaram de ser postos à venda ou – surpreendentemente – estão ainda em fase de experimentação pelos pesquisadores.    Os resultados do receituário mediúnico via de regra seguem o mesmo padrão dos demais tipos de tratamento espiritual, ou seja, a cura total, parcial ou nenhum resultado efetivo ficam na dependência do encarnado e dos seus compromissos cármicos. Como os médiuns receitistas, segundo Kardec, não exercem nenhuma influência no receituário, é de se crer que a ação de seu pensamento não tenha influência no resultado da cura, ao contrário do passe onde a influência é quase total. De qualquer maneira, os médiuns estão sempre submetidos aos interesses dos espíritos, isto é, são os espíritos que determinam o que receitar.    Curiosamente, há médiuns que aparentemente se especializam em determinado tipo de medicina. Alguns só receitam homeopatia, outros apenas alopatia e assim por diante, mesmo que os espíritos que por eles receitam não sejam os mesmos. Isso, de certa forma, facilita o trabalho do médium, que pode assim melhorar o seu próprio conhecimento acerca do assunto, facilitando ainda mais a ação dos espíritos. De qualquer maneira, essa especialização parece ter por causa muito mais a determinação dos espíritos quanto ao tipo de receituário do que propriamente o interesse do médium.   Operações Espirituais A cura através do que se convencionou chamar operações espirituais parece ser recente, especialmente aquelas em que os médiuns utilizam instrumental cirúrgico. Não há registros de fatos dessa natureza do século passado. Allan Kardec não as menciona, embora, na “Revista Espírita” ele se refira à mediunidade nos médicos, chegando inclusive a apontá-la como de grande interesse para o futuro.   As operações espirituais, que se popularizaram entre nós com o aparecimento do “médium da faca enferrujada” – José Arigó – forma objeto de muita discussão no movimento espírita, havendo aqueles que não as aceitam e outros que chegam até a combatê-las. Ao tempo de Arigó, as discussões se tornaram intensas, a ponto daquela mediunidade escandalizar conhecidos trabalhadores do movimento espírita, que temeram pelo futuro. Após sua morte, o clima serenou, voltando a ficar tenso com o aparecimento do agora médico Edson Queiroz*.   Eis aí uma mediunidade que poderíamos chamar de “risco”, uma vez que exige muita determinação por parte do médium e coragem do paciente em se submeter à cirurgia. O “risco” é menor quando a operação é realizada sem instrumentos cirúrgicos, como acontece com determinados médiuns, que se utilizam apenas das mãos. Mas quando os espíritos solicitam o bisturi a coisa muda de figura e deixa muita gente aparvalhada, já que a maioria absoluta das cirurgias neste caso é feita em condições precárias sob o ponto de vista médico, normalmente sem o uso de anestesia e assepsia, com a agravante do espírito operador fazer uso de recursos como sujar propositadamente o local da incisão, chegando até a mandar cuspir na operação.   É aí talvez que o escândalo aumenta. Muitos médicos e alguns deles bons espíritas não conseguem ver sentido nesse ato, acabando por se opor a esse tipo de tratamento. Com Arigó o escândalo chegou até ao receituário mediúnico que ele às vezes fornecia aos pacientes, contendo todas as evidências de uma verdadeira contradição. No entanto, até o presente momento, não há registro de pacientes que tenham se utilizado daquelas receitas e agravado a situação.   Pelo contrário, centenas de casos estudados demonstraram, quando pouco, uma acentuada melhoria do estado geral do paciente. A mediunidade, de modo geral, traz em si mesma o perigo da má aplicação. A cura através das operações espirituais se presta muito ao charlatanismo e ao enriquecimento ilícito. Mas esse tipo de coisa existe na sociedade como um todo, de modo que não podemos condenar o processo apenas por existirem pessoas de comportamento condenável. Isto é uma outra questão.   Tivemos a felicidade de acompanhar de perto os dois tipos de mediunidade de cura; através do uso de instrumental e sem o uso dele. Conhecemos alguns médiuns que se utilizam apenas das mãos para realizar a intervenção e cujos resultados demonstraram um grande número de acertos. O curioso de um destes médiuns é que, após a cirurgia, que se dava sem nenhum tipo de corte, o local da incisão era protegido por gases e esparadrapos como se o corte tivesse sido feito. Exames posteriores, através do raio X, apontavam no local da incisão um corte interno, próprio de uma cirurgia. O paciente, após o ato operatório, era aconselhado a seguir um procedimento típico de uma cirurgia pelos processos conhecidos.   Em casos dessa natureza, em que o paciente não apresenta nenhum sinal exterior, a intervenção dos espíritos é a única maneira de explicar a cirurgia. De qualquer modo, a participação do médium aparece como importante, caso contrário a cirurgia teria sido feita de maneira diferente. Se concluirmos que o médium tem uma participação importante em casos como este, deveremos concluir que também o seu comportamento mental tem implicações positivas no caso – talvez possamos dizer mais, que os fluidos manipulados pelos espíritos operadores contem com a participação do médium. É importante estudar o caso, porque quase nunca nos lembramos da participação do intermediário, que é o médium.   As cirurgias feitas através de instrumental cirúrgico ficaram populares entre nós, após Arigó, e mais recentemente por Edson Queiroz. Em nosso livreto “Médicos-médiuns” tivemos ocasião de analisar o fato. Edson seria a repetição em gênero e grau de Arigó, não fossem duas únicas questões: Edson é médico e vem de berço espírita. Ademais, no presente instante estamos como que impossibilitados de analisar o seu como sendo um caso da atualidade espírita, uma vez que ele se enquadra em pelo menos duas classificações dadas por Kardec em “O Livro dos Médiuns”: “Médiuns mercenários – os que exploram a sua faculdade”. “Médiuns ambiciosos – os que, sem porem preços em sua faculdade, esperam tirar alguma vantagem dela”. Porém, ao tempo em que ele merecia do movimento espírita o apoio e a atenção, sua faculdade foi comprovadamente verdadeira. Acompanhamo-lo em diversas atividades, tanto em São Paulo, como em Recife, em Montevidéu e Salvador, enfim, um sem número de vezes em que nos foi possível observar o fenômeno sob vários aspectos: o do uso de bisturi e demais instrumentos, o uso constante de agulhas, a ausência completa de anestesia e assepsia, os variados tipos de operações, que iam desde a retirada de um simples pterígio até uma incisão mais profunda no seio, para a retirada de um caroço qualquer. Os inúmeros casos acompanhados por Nazareno Tourinho, no primeiro e melhor livro que se escreveu sobre Edson, constantes ainda da primeira fase de sua mediunidade, onde nenhuma denúncia de pagamento monetário havia sido feita, mostra a magnitude do fenômeno e sua utilidade. Estamos convictos de que a principal finalidade da mediunidade de cirurgia é mesmo a de chocar as criaturas humanas, o que esta mediunidade faz muito bem ao não utilizar de modo visível a anestesia e assepsia – fato este que jamais resultou em danos para os pacientes – além da maneira como os Espíritos operadores agem, com palavras e atitudes que realmente escandalizam as pessoas mais sensíveis.   Enquanto vai chocando as pessoas, vai também realizando uma ação curativa para muita gente, que se vê assim beneficiada pelos médiuns operadores.   Tratamento a distância Este processo de cura, embora bastante conhecido mas ainda pouco explorado, consiste em reunir, em data, horário e local previamente estabelecidos, de maneira disciplinada e permanente, um certo número de pessoas de boa vontade, para, em recolhimento e prece, destinarem energias (fluidos) para as pessoas necessitadas. Em vista do que falamos no início sobre o poder do pensamento e sua ação sobre os fluidos, ficam claros para nós as possibilidade deste tipo de reunião.   É evidente que ao dirigirmos nosso pensamento de modo coletivo em direção a pessoas necessitadas, as energias que emanamos tenderão a alcançar o seu objetivo, não só estabelecendo resultados positivos sobre problemas físicos e espirituais, como também sobre questões de ordem moral. Em nosso livro “Você e os espíritos (ainda por editar), tratamos desta questão e apresentamos diversos exemplos da atuação do pensamento.   Quando o grupo dispõe de médiuns de comprovada capacidade de doação fluídica, os resultados podem ser ainda mais promissores. Atualmente, há uma tendência em certos meios espíritas, de utilizar as energias de médiuns bem dotados, carreando-as para fins terapêuticos, ao invés de fenômenos de materialização. A observação tem demonstrado que em muitos núcleos os resultados são às vezes surpreendentes nestes casos.   A desobsessão e a cura O Espiritismo encara a obsessão em seus variados graus como uma doença cujo portador deve ser tratado convenientemente. A ação de um espírito sobre um encarnado, levando-o a cometer atos tidos como anormais por nossa sociedade, é que tem não poucas vezes enchido os nossos institutos psiquiátricos. Daí, pois, a importância de uma doutrina como a espírita, capaz de dar à doença e ao doente uma visão nova e diferente, com condições de ir ao fundo da questão e obter resultados realmente satisfatórios. E mais, uma doutrina que é capaz de avançar no diagnóstico e indicar quando a doença é causada por espíritos e quando ela, na verdade, foi criada pela própria mente da criatura enferma, oferecendo, a partir daí, o remédio capaz de levar à cura – quando menos, de aliviar os sofrimentos.  Como a Desobsessão será desdobrada neste encontro em uma reunião específica, deixo de abordá-la aqui, remetendo o leitor para o capítulo que trata deste tipo de cura oferecida pela Doutrina Espírita. Conclusão Este nosso breve estudo procurou demonstrar, de modo rápido, que a atividade de cura, no centro espírita, se constitui em importante trabalho, que não deve ser relegado a segundo plano nem ser tratado sob o estigma dos preconceitos. O Espiritismo é das poucas doutrinas que têm condições de desenvolver métodos e atividades de tratamento que alcançam resultados verdadeiramente importantes. Seja se utilizando da presença de médiuns, seja educando pessoas de boa vontade, seja, enfim, desenvolvendo em cada ser humano que participa de atividades espíritas a consciência de que cada um de nós é verdadeiramente um “deus” e pode agir como ativo participante da obra divina.  A maior necessidade dos espíritas atuais talvez seja conhecer, compreender e saber utilizar a Doutrina Espírita na prática. Neste sentido é que os centros espíritas deveriam dirigir suas atenções. O mundo de coisas a serem feitas pelos espíritas é grandioso, mas, com toda a certeza, estamos fazendo apenas uma pequenina parte do que nos cabe por desconhecermos as nossas próprias potencialidades. É preciso descobri-las. * O médium Edson Queiroz veio a desencarnar no dia 5 de outubro de 1991, assassinado.   Bibliografia

Obras de Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, A Gênese, A Obsessão. Obras do autor: Médicos-médiuns e O Centro Espírita <span

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As Curas de Jesus- N. T.

celcCURA2 de julho de 2014 Leave a comment0
01 – Cura do filho do Oficial
João 4.46-54   02 – Cura do paralítico de Betesda
João 5.1-9   03 – Libertação do Endemoninhado
Marcos 1.23-28; Lucas 4.31-36   04 – Cura da sogra de Pedro
Mateus 8.14,15; Marcos 1.29-31; Lucas 4.38,39   05 – Purificação do leproso
Mateus 8.2-4; Marcos 1.40-45; Lucas 5.12-16   06 – Cura do paralítico
Mateus 9.2-8; Marcos 2.3-12; Lucas 5.18-26   07 – Cura da mão ressequida
Mateus 12.9-13; Marcos 3.1-5; Lucas 6.6-10   08 – Cura do criado do centurião
Mateus 8.5-13; Lucas 7.1-10   09 – Ressurreição do filho da viúva de Naim
Lucas 7.11-15   10 – Cura de um endemoninhado mudo
Mateus 12.22 e Lucas 11.14 Mateus 8.28-33; Marcos 5.1-14; Lucas 8.26-39  

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Conhecer o Passado, Trabalhar no Presente e Construir o Futuro
O espiritismo não será a religião do futuro, e sim o futuro das religiões.
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