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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Reformador > Cristianismo Redivivo (parte 2)

Cristianismo Redivivo (parte 2)

celcArtigos da Revista Reformador28 de dezembro de 2011 Leave a comment0

                                                                História da Era Apostólica (Século I) – Parte II

Prosseguindo em nossa jornada pelas estradas do Cristianismo do primeiro século, torna-se necessário esclarecer o estado atual da pesquisa acadêmica, fazendo um balanço dos seus avanços e retrocessos nos últimos três séculos, antes de relacioná-la com as revelações da Espiritualidade Superior.

Duas razões justificam esse procedimento. De um lado, a constatação de que foram propostas, ao longo do tempo, as maiores extravagâncias com relação à pesquisa da vida de Jesus, “com os erros do passado sendo repetidos por novos escritores afoitos”, na feliz expressão de John Meier, exigindo do leitor alta dose de senso crítico, antes de defender essa ou aquela idéia. De outro lado, o reconhecimento de que as obras mediúnicas, igualmente, reclamam exame acurado, para que não se adote postura mística incompatível com a fé raciocinada.

Corroborando nossas assertivas, a advertência de Emmanuel é providencial.
Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do  plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana.2  (Destaque do autor)

Assim, ao combinar revelação mediúnica e pesquisa histórica, torna-se essencial definir quais autores serão consultados, tanto no plano físico quanto no plano espiritual.
Do ponto de vista espiritual, privilegiamos a Codificação e a produção mediúnica de Francisco Cândido Xavier, sem que isso represente qualquer menosprezo de nossa parte a outros médiuns confiáveis e honrados. O motivo da escolha se deve à especificidade do tema em estudo, mais amplamente desenvolvido neste conjunto de obras.
Com relação aos trabalhos acadêmicos, a questão se torna mais tormentosa. A investigação histórica sobre Jesus e sobre o Cristianismo do primeiro século, como todo trabalho científico, apresenta fases de desenvolvimento, refletindo o progresso da pesquisa.
Nesse sentido, é imperioso saber a que fase pertence determinado autor, sob pena de se tomar como verdade conclusões que já foram amplamente rechaçadas pela geração posterior de estudiosos.
Vê-se que o desafio será, a cada passo, conjugar revelação espiritual segura com pesquisa histórica
atualizada, séria, embasada.
Feitas essas considerações, faremos um breve resumo das fases da pesquisa sobre o Cristianismo
Primitivo, apontando os autores mais representativos de cada etapa, suas propostas, conclusões, erros e acertos. Mãos a obra!

Primeira Fase: Nos domínios da Oralidade
Nos três primeiros séculos do Cristianismo, a busca pelo “Jesus histórico” era realizada junto às
testemunhas oculares, que haviam presenciado seus feitos, suas prédicas, seu sacrifício extremo.
Todos queriam beber na fonte da tradição apostólica. O material de consulta disponível era fruto da
narrativa dos apóstolos e dos demais seguidores do Mestre, bem como do testemunho dos  beneficiários das curas, dos milagres, enfim, das confidências de todas as pessoas simples e anônimas que tiveram o privilégio do contato direto com o Cristo.
Nessa época, a história do Cristianismo Primitivo estava sendo construída, ao preço do sacrifício e da renúncia.Muitas vidas foram ceifadas para que a luz da Boa Nova pudesse atravessar os séculos.
Com o sangue do martírio foram traçadas as mais belas páginas desta epopéia.
Neste quadro de perseguição, é compreensível o pouco interesse pela sistematização da história do
Cristianismo. Coube a Lucas, sob a orientação de Paulo de Tarso, dar os primeiros passos,  compondo dois livros: O Evangelho e Atos dos Apóstolos. Todavia, o objetivo deste autor, com a redação destas obras, é mais de um evangelizador do que de um historiador. Nem poderia ser diferente.
Com a conversão do imperador Constantino (ano 312 d.C.), o Cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano. No entanto, as autoridades da época enfrentam um problema crucial para a sobrevivência dessa aliança.
Como conciliar a simplicidade e pureza daquele movimento, cujo fundador fora um galileu humilde,
que vivera nas margens do Tiberíades, com a pompa do Império?
Como harmonizar os aspectos essencialmente judaicos da Boa Nova, resultado de mais de dois mil
anos de história do povo hebreu, com a cultura greco-romana?
Por fim, como estabelecer o monoteísmo onde vigorava o culto aos deuses tutelares da família, da agricultura, da raça? A Igreja Romana foi a resposta, historicamente bem sucedida, para essas indagações.
A institucionalização das igrejas, o estabelecimento do papado, a pompa emprestada ao culto, a proliferação de imagens e rituais aplacou a sede greco-romana dos cidadãos do Império, convertidos ao movimento do Profeta de Nazaré, não obstante sua doutrina tenha sido completamente descaracterizada, sobretudo em razão do rompimento total com as suas origens.
No período compreendido entre o ano 400-1700 d.C., o profeta galileu, simples e austero, bondoso e justo, considerado pelos seus contemporâneos como o Messias de Israel, foi transformado em uma das pessoas da Trindade, ao mesmo tempo Filho e Pai, feito da mesma substância do Criador.Um verdadeiro Deus, à moda dos deuses gregos Zeus, Apolo, Hermes.
Esse “endeusamento” da figura do Cristo estancou a busca pelas suas origens, sua cultura, seus ensinos.
Nessa época, vigorava a mais absoluta confusão entre o “Jesus histórico” e o “Jesus da fé”.
Adorado como o Deus encarnado, nenhum estudioso tinha tamanha autonomia intelectual para transformar esse personagem em objeto de pesquisa histórica, nem coragem para enfrentar as fogueiras da Inquisição.
Num mundo de escassos pergaminhos e reduzidos leitores, de hegemonia da tradição oral, de confusão entre Religião e Estado, não seria de se admirar que a abordagem objetiva, imparcial, criteriosa da vida de Jesus fosse uma utopia.
Essa primeira fase, cuja duração atingiu a marca dos dezessete séculos, pode muito bem ser compreendida como a etapa da abordagem puramente religiosa e teológica. Não havia Ciência, tal
como é hoje compreendida, razão pela qual crença e preconceito, opinião e certeza,  reqüentemente, se misturam, exigindo prudência.

 

1MEIER, John P. Um judeumarginal: repensando o Jesus histórico. 3. ed. Rio de Janeiro:Imago, 1993. p. 13.
2XAVIER, Francisco C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. “Definição”, p. 20.

Reformador 6/2008

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