Sonhos
SONHOS
Origem da palavra Sonho (Dicionário de Língua Portuguesa Aurélio 1986),
1 – sonhos são uma sequencia de fenômenos psíquicos, imagens, representações, atos, ideias,….que, involuntariamente, ocorrem durante o sono; sequencia de pensamentos de ideias vagas, mais ou menos agradáveis, mais ou menos incoerentes, às quais o espírito se entrega em estado de vigília, geralmente para fugir à realidade.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Sonho
…. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (os movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência. Para a psicanálise o sonho é o “espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos”.
E quando falamos de sonhos já relacionamos a palavra sono que é uma função orgânica do corpo físico. (minha nota)
No Consolador pergunta 49- Como devemos conceituar o sonho? Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada dia, quando as forças orgânicas dormitam (cochilam) em repouso indispensável. Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo, em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do espírito prisioneiro da Terra, quando, então, se poderá verificar a comunicação inter vivos, e quanto possível, as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelo mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influencia diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.
O livro “No invisível” de Leon Denis cap XIII– Sonhos Premonitórios, Clarividência, Pressentimentos
Podem dividir-se os sonhos em três categorias principais:
Primeiramente, o sonho ordinário, puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo das impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília; na ausência de qualquer direção consciente, de toda intervenção da vontade, elas se desenvolvem automaticamente ou se traduzem em cenas indecisas, destituídas de coordenação e de sentido, mas que permanecem gravadas na memória.
O sofrimento em geral e, particularmente, certas enfermidades, facilitando o desprendimento do Espírito, aumentam ainda mais a incoerência e intensidade dos sonhos. O Espírito, obstado em seu surto, empuxado a cada instante para o corpo, não se pode elevar. Daí o conflito entre a matéria e o princípio espiritual, que reciprocamente se influenciam. As impressões e imagens se chocam e confundem.
No primeiro grau de desprendimento, o Espírito flutua na atmosfera, sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens, que de todos os lados rolam pelo espaço, deles se impregna e aí colhe impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos; a isso se mesclam às vezes reminiscências de vidas anteriores, tanto mais vivazes quanto mais completo é o desprendimento, que assim permite entrarem em vibração as camadas profundas da memória. Esses sonhos, de infinita diversidade, conforme o grau de emancipação da alma, afetam sobretudo o cérebro material, e é por isso que deles conservamos a lembrança, ao despertar.
Por último vêm os sonhos profundos, ou sonhos etéreos. O Espírito se subtrai à vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade, onde procura os seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais. Vai, não raro, ao encontro das almas humanas, como ele desprendidas da carne durante o sono, com as quais se estabelece uma permuta de pensamentos e desígnios. Dessas práticas conserva o Espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Essas impressões se gravam, todavia, na consciência, que lhes guarda os vestígios, sob a forma de intuições, de pressentimentos, e influem, mais do que se poderia supor, na direção da nossa vida, inspirando os nossos atos e resoluções. Daí o provérbio: “A noite é boa conselheira.”
Os sonhos, em suas variadas formas, têm uma causa única: a emancipação da alma. Esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou menos elevado do Universo, onde percebe, com o auxílio de seus sentidos próprios, os seres e as coisas desse plano.
Livro Sonhos Interpretação dos sonhos à luz da psicologia e do espiritismo de Djalma Argollo. Cap 4 diz:
Acreditava-se na antiguidade, que o sonho era produzido pelos deuses, que dele se utilizavam para diversos propósitos… Existiram inúmeros templos, especialmente no Egito e na Grécia, onde exemplo: os doentes dormiam para receber, durante o sono, algo que restabelecia sua saúde. Também podia entrar em contato com almas dos ancestrais… Outro fator importante ligado ao sonhos era a informação sobre acontecimentos futuros, os sonhos premonitórios. O sonho geralmente constitui motivo de questionamento e curiosidade em diversas culturas e sociedades.
No livro O significado Oculto dos Sonhos de Lamartine Palhano Jr. Ele desenvolve este livro através do capitulo 8 “Da emancipação da Alma” que está no Livro dos Espíritos, e foi muito interessante para este estudo que fiz, entre outros livros da doutrina.
Palhano diz que o espírito, durante o sono, está quase totalmente livre, mas não desligado, visto que fios tenuíssimos (imperceptível), carregados de fluido vital, ainda o mantêm em estreio contato com o corpo. Basta que haja um pouco de sonolência e já o espírito encarnado percebe que pode libertar-se. (questão 402 LE pergunta Kardec de que forma podemos julgar a liberdade do espírito durante o sono? Resp.: pelos sonhos. Acredita que, quando o corpo repousa, o espírito tem mais faculdades que em estado de vigília; lembra-se do passado e, algumas vezes , tem visão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com os outros espíritos, seja neste mundo seja no outro.). Há uma liberdade provisória, na qual a individualidade deixa a couraça orgânica para buscar seus interesses de ordem espiritual. A evidência disso está na experiência de vida de cada um. É necessária apenas uma maior atenção para as ocorrências existenciais, os acontecimentos do dia-a-dia, para constar o fato, já que, mesmo no estado de vigília, sempre se tem momentos em que a alma é evocada ou evoca alguém, havendo contatos instantâneos de lembranças, telepatias, encontros inesperados, visões inexplicáveis, pressentimentos e fenômenos psíquicos menores que demonstram haver no homem mais que apenas corpo. Como está exposto na pergunta 420 do Livro dos espíritos: resposta diz: – O Espírito não está preso no corpo como se estivesse dentro de uma caixa: ele irradia por todos os lados. Por isso, ele pode se comunicar com outros Espíritos mesmo no estado de vigília, ainda que o faça mais dificilmente.
Palhanos continua, Não há dúvida de que ele também pode se comunicar com outras pessoas, desde que tais pessoas tenham a necessária sensibilidade e o percebam. Durante o sono, quando há aparente sensibilidade e inconsciência, o espírito está pleno, não precisa de repouso: ele trabalha, busca outros espíritos desencarnados mesmo se esteja em liberdade provisória. A lei do campo mental que rege este fenômeno é justamente a das afinidades, a vontade delibera o campo de interesse. Se a vontade é fraca e indecisa, há um determinismo que supera o livre-arbítrio: enreda nos liames mais grosseiros, a Alma é mantida em um automatismo que delineia a sua condição inferior e a baixa dimensão vibratória de sua preferência. Os que não veem senão as necessidades do corpo permanecem à volta deste, como sentinelas medrosas… Menos livres, ficam absorvidos pelo objeto de seus interesses, enclausurados nele. Porém de ordinário a alma emancipa-se e entra em seu mundo psíquico de referencia. Se tem o coração enredado por forças negativas e viciadas, penetra os umbrais do mundo psíquico inferior que escolheu, ao preferir a indisciplina e a desobediência às leis da ordem universal, que estão escritas na própria consciência. (Está em Jeremias 31:33 porei minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração)…. É preciso não esquecer que a alma em liberdade recupera grande parte de suas condições de espírito livre e errante, podendo viajar a uma distancia nunca antes imaginada, abrir canais psíquicos para o passado, revendo o que fez, e buscar no futuro novos conhecimentos e novas esperanças..è imprescindível, portanto, que todos os dias o homem se prepare e se eduque para a vida espiritual, pois a cada momento de sono ele tem a sua “liberdade provisória”, quando pode esclarecer-se, aprender, colaborar, renovar sua programação de vida e traçar novos planos de reajuste frente a lei divina e a si mesmo.
Sonhos: Entrevistas com Divaldo P. Franco
http://www.youtube.com/watch?v=KlAY6IMAeaM
Programa Transição nº.10, exibido em 7/12/ 2008 – Abordagem espírita dos sonhos com Divaldo.
Neste programa ocorrem várias perguntas, como será que o sonho tem algum significado em nossas vidas?Sonhar com pessoas que já morreram representa alguma coisa?Como é possível programar os sonhos? Como o espiritismo conceitua o sonho?
Resp: Divaldo diz que o espiritismo por ser uma doutrina cientifica e abrangente considera a área freudiana da libido como sendo perfeitamente ajustável a muito dos nossos sonhos, na visão yunguiana nos temos uma percepção muito curiosa dos sonhos dos nossos arquétipos (tipos: a impressão, marca, é o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa, antigas impressões sobre algo),guardados no inconsciente profundo e que eliminamos através dos sonhos, razão pela qual ambos recomendam que anotássemos os sonhos para facilitar sua interpretação.simbólica.
O espiritismo estabelece que os nossos arquivos não somente do inconsciente pessoal como do inconsciente coletivo as nossas experiências de outras reencarnações vem aflorar em determinados estados oníricos, aceitamos a luz da doutrina espírita aqueles que têm uma natureza eminentemente da libido, portanto os sonhos freudianos. Como também aqueles que são os arquivos estabelecidos nos arquétipos de Yung, mas o espiritismo analisando o individuo como ser integral e não apenas com a psique e a matéria vê nos sonhos uma maravilhosa oportunidade do desdobramento da personalidade para denominada viagens astrais, equivale dizer que parcialmente desligado do corpo o espírito realiza experiências notáveis no mundo causal de onde ele veio conforme a tradição socrática platônica(referente amor platônico) no mundo das ideias. Muitos destes sonhos tem o caráter de premonição, de evocação de cenas passadas, de recordações de outras existências, proporcionando através dos sonhos a libertação de determinadas cargas emocionais que muito nos aflige, então Allan Kardec refere no LE (cap.8), a respeito dos sonhos como também de natureza espiritual sem afastar a possibilidades dos sonhos fisiológicos.
Pergunta: Alguns dizem que através de sonhos conflitos vem átona, estes conflitos como são vistos quando aparece nos sonhos ?
Divaldo: Como libertação de determinadas problemáticas aflitivas que nós procuramos escamotear(o desaparecimento de alguma coisa sem que ninguém dê falta ou perceba) ignorando. Seria aquilo que Yung denominou como os conflitos da sombra, essa sombra perturbadora é que nós evitamos dar lhe oportunidade de transformar, ela permanece em nosso inconsciente gerando situações muito embaraçosas.
Pergunta: Algumas pessoas sonham com entes queridos que já morreram e se perturbam muito o que você pode dizer sobre isto?
Divaldo:Muitas vezes através de um choque traumático da morte de um ser querido o inconsciente arquiva imagens muito perturbadoras e no estado posterior a morte essas imagens vem através do sonho nos atormentar, dando a impressão que a as pessoas estão sofrendo muito ou perseguindo, apresentando de uma maneira deturpada porque são as imagens entorpecidas do inconsciente que se apresenta em conflito, no entanto a experiência tem demonstrado na maioria das vezes que são só encontros com ente queridos e isto é muito gratificante porque enseja a oportunidade de o individuo ter certeza de que a vida continua.
Divaldo relato uma vivência ou experiência: Faz muito anos desencarnou um amigo muito querido que frequentava nossa casa. E a família começou a perguntar como estará, eu dizia no momento não tenho ideia, oito ou dez dias depois o espírito de Joana de Angelis me disse, nesta noite nós iremos levá-lo para que acompanhe para o despertar do nosso querido irmão. No entanto vou pedir para que mantenha muito silêncio, confesso que fiquei um tanto pensativo, será que eu seria tão barulhento, que causava perturbação, mas tarde eu entendi, as 11 horas da noite eu deitei e ela me aplicou passes longitudinais, não poderia explicar como foi, me vi fora do corpo parcialmente, ao meu lado de imediato sei que tenho uma noção lúcida de como fui transportado, vi me numa região favorecida por uma luminosidade que não tinha um astro que radiasse esta claridade e a distanciava uma construção pentagonal de uma matéria transparente que do lado de fora permitia ver o que se passava lá dentro, era uma clínica de repouso dos recém desencarnados, a benfeitora me levou e entramos, depois de atravessar vários corredores subitamente eu vi o meu amigo amparado pela genitora(sua mãe), ela sentada e ele no seu regaço(em repouso), tive uma emoção muito grande, e quando tive essa emoção ele pareceu tremer e Joana de Ângelis me disse silêncio mental, era a necessidade de não emitir ondas perturbadora, entramos no quarto e nesse momento ele despertou, um pouco atordoado, aos pouco foi se refazendo e de súbito ele viu o rosto da mãe e ele disse mamãe você aqui, estou sonhando com você, ela disse – não meu filho você já veio pra casa, então eu morri, não meu filho, você se transferiu do corpo para vida espiritual , ninguém morre, você lembra você era espírita, ele chorou muito, fez perguntas a respeito da família e ela esclareceu com devido carinho. Ai ele olhou em volta do quarto e me viu com Joana de Ângelis, surpreso disse: – Divaldo você também já morreu, então disse:- ainda não, era tão real e a cores, que disse que vim com a benfeitora para levar noticias aos familiares. No dia seguinte ao despertar eu estava perfeitamente lúcido do ocorrido, telefonei para família e dei as boas noticias e isto acontece a muito com todas as pessoas em maior ou menor grau.
Perg: Como explicar sonhos lúcidos e fragmentados?
Divaldo: Ai esta uma perfeita classificação, os sonhos fragmentados são arquétipos conflitivos dos sonhos, são as inquietações não digeridas do cotidiano, aquele sonhos pesados são os sonhos da libido, sobre outros aspectos e aquele sonho tecnicolor é o encontro real, pela minha experiência eu digo aos meus amigos quando sonhamos preto e branco são clichês do nosso inconsciente, quando lembramos das cores do lugar, a os objetos, foi um encontro real e o espírito traz de volta imprimindo na memória atual a lembrança destes encontros espirituais.
Perg: porque a maioria não se lembra dos sonhos?
Divaldo è muito comum dizer eu não sonhei, mos todos sonhamos, ocorre que nem sempre o espírito imprime no consciente atual aquelas expressões do sonho, talvez para não nós perturbarmos, por misericórdia divina, por outros por fenômenos que transcendem são transtornos psicológicos, conflitos, inquietações, temores que bloqueiam lembranças dos sonhos, mas todos sonhamos.
Perg: Porque o sonhar é tão importante na nossa vida?
Divaldo: Porque é uma espécie de catarse (despertar de emoções contidas ou omitida, purificar), de nosso inconsciente, liberta principalmente aquelas preocupações, muitas vezes eu sou sacudido por sonhos muito peculiares como viajo muito eu tenho frequentemente sonhos que perdi o ticket da passagem, a maleta, a pasta e acordo angustiado, então fazendo uma alto psicanálise eu constatei que a minha preocupação é tão grande em não perder que o inconsciente converte em uma catástrofe perdendo, então agora não me preocupo mais e propus estabelecer a seguinte se eu perder é normal todo mundo perde e eu não posso ser exceção e deixei de sonhar, ao libertar da pressão psicológica eu naturalmente me libertei do conflito então a sombra cedeu o lugar a tranquilidade.
Perg: Quando o indivíduo procura o significado dos sonhos através de símbolos e que você diz a repeito?
Divaldo: Yung fala sobre isso o individuo procura a simbologia feita por pessoas hábeis e inescrupulosas a interpretação que quase nunca corresponde, pode ser que por uma coincidência aquilo suceda, até me lembro que na minha terra quem sonha com igreja é morte, quem sonha com morte é casamento é claro que não é assim. Porque é muito mais profundo a problemática dos sonhos e mais complexa da psique humana e que somente ao longo do tempo a partir de Freud que mimetisou (juntou) as tradições como neurologia e psiquiatria depois é que se começou a descobrir a grandeza de nosso inconsciente a ponto de ele mesmo dizer que o nosso inconsciente poderia ser considerado um Iceberg a ponta que está acima é 5% do restante que está abaixo do nosso inconsciente, 95% dos fenômenos são compulsivos e 5% são das nossas reações consciente, daí o sonho é um admirável mecanismo de libertação, e podemos muitas vezes que temos sonhos repetitivos e tormentosos reprogramar os nossos sonhos, quando tivermos pesadelo e acordarmos no momento antagônico com tranquilidade imaginemos que vai ser diferente programemos, pois voltaremos a dormir, sonharemos outra vez , agora com a conclusão que colocamos no inconsciente e desaparece o pesadelo, então é possível resonhar , e desse resonhar estamos programando o sonho.
Perg: Quando sonhamos que estamos caindo?
Div: Significam invariavelmente o sentimento ou conflito de culpa, produz no inconsciente profundo a necessidade de liberação, então vem este tipo de pesadelos terríveis especialmente de queda.
Perg: Através do sonho pode ocorrer uma interferência de um campo obsessivo?
Div:Normalmente para os espíritos muito endividados, seus adversários utilizam-se deste momento parcial do desprendimento para apavorá-los, e fazer despertar assustados, criando uma inibição para o sono de tal forma se repetem estas aparições tormentosas no estado sonambúlico que indivíduo começa ter transtornos de sono e ai nascem os transtornos obsessivos de natureza depressiva.
Depois destes tipos de transtornos o individuo tem um dia difícil para o equilíbrio geral, pois teve um sono ruim e não conclui as tarefas do dia a dia.
Isso ocorre por causa da ingestão de fluidos negativos, nestes transtornos há um grande abalo psicológico ele perde a autoconsciência que é invadida pelas imagens perturbadoras e com isto ele volta ao corpo intoxicado pelas vibrações que durante o dia levam-no a estados deploráveis de conduta.
Repórter, diz: daí relembramos a sua orientação de reprogramar o sonho e Divaldo diz: e orar, a oração antes de dormir abre as portas para o mundo espiritual. Não devemos ver programas impróprios na TV e sim nos preparar para dormir.
Perg: E os Sonhos premonitórios?
Divaldo: Como sendo um fenômeno anímico perfeitamente explicável, a questão de tempo e espaço está dentro da relatividade Einsteiniana, muitos acontecimentos que estão por vir já se encontram registrados no fluído cósmico, o individuo neste estado de sintonia no tempo e no espaço além da matéria percebe.
Normalmente diz o espírito de Joana tudo começa na mente. Logo depois nós vamos para verbalização, depois para ação. Se no mundo psíquico o espírita em si mesmo, nós temos a informação que nos vem também dos bons espíritos podemos desde ai programar realizações edificantes do futuro que se realizarão.
Perg: O sonhos que assustam as crianças
Divaldo: Melhor terapêutica é a da calma, conversar com a criança, se o espírito esta ainda num processo de fixação total quando a criança estiver dormindo conversar com ela, normalmente é o espírito que se reencarna com medo que tem receio de não ser bem sucedido na prova (ou expiação) e naqueles estado de parcial consciência, atordoando-se e voltam apavorados e outras vezes seus inimigos o aguardam além da linha do sono convencional, os pais podem falar docemente logo no 1º. Sono, você é muito amada, vc veio porque eu desejei, mas num tom hipnótico, então da confiança e segurança ao espírito para continuar sua trajetória.
Quando for sonhos tormentosos dizer , filho o papai ou a mamães está aqui, durma novamente que eu vou vigia-lo um pouco, depois vou deitar, então aplique passes, a terapêutica do toque através da bioenergia(quer dizer fluido) que todos possuímos orando e pedindo a Deus como fazia Jesus, nós transmitiremos energia saudáveis e podemos ajudar o filhinho a repousar com confiança e tranquilidade. Os pais devem ensinar para seus filhos a se preparar para o sono sempre. Contar histórias, como fabula diz Divaldo, que não o perturbe, pois os desenhos de hoje na TV além de destruir o mundo, existem monstros horríveis e a criança fixa a imagem ai os pesadelos..(minha nota).
Divaldo diz que via espíritos quando tinha 4 anos, mas só depois começou a não ter medo, Chico via sua mãe..(mas a condição dos dois facilitava).
No final Divaldo deixa sua consideração sobre os sonhos diz:
Dizia Platão que a vida física é um sonho considerando-se a realidade do mundo espiritual, na indumentária carnal estamos no período transitório a nossa vida psíquica é o nosso ontem, mas ela também desvenda o nosso amanhã, sonhar faz bem, procuremos então projetar as melhores ideias, os bons pensamentos, as orações, as leitura edificantes e durmamos em paz porque o senhor nos conduzirá ao seu reino.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sonho
Sonho: Sigmund Freud
Foi em 1900, com a publicação do livro A Interpretação dos Sonhos, que Freud (1856-1939) deu um caráter científico à matéria(sonho). …definindo o conteúdo do sonho, geralmente como a “realização de um desejo”. …..no enredo onírico há o sentido manifesto(fachada) e o sentido latente(significado), este último realmente importante. A fachada seria o despistar do superego …., enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.
Sonho: Carl Gustav Jung
Jung, baseado na observação dos seus doentes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação.
Ao contrário de Freud, as situações absurdas dos sonhos para Jung não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar. Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha. A interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a psicologia analítica, desenvolvida por Jung. passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.( primeiro modelo ou imagem de alguma coisa)
A oniromancia, previsão do futuro pela interpretação dos sonhos, tem grande credibilidade nas religiões judaico-cristãs: consta na torá (Bíblia), José e Daniel receberam de Deus a habilidade de interpretar os sonhos. No Novo Testamento Mateus 1:20, José avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina nasce Jesus, e depois da visita dos Reis Magos um anjo em sonho Mateus 2:12 e 13 o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro retornar à Israel.
No Islamismo, os sonhos bons são inspirados por Alah e podem trazer mensagens divinatórias, enquanto os pesadelos são considerados armadilhas de Satã.
Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema religião e sonhos, por alegarem que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos dos olhos (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprovados com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias anteriores.
Vou citar sonhos de visões reveladoras como – René Descartes: em viagem à Alemanha, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático (seria Geometria analítica produto cartesiano). Friedrich Kekulé propôs a fórmula hexagonal do benzeno após sonhar com uma cobra que mordia sua própria cauda.
Dmitri Mendeleiev (o grande pai da tabela periódica), afirmou ter tido um sonho no qual era mostrado o modelo da tabela periódica atual.
No Livro dos Espiritos cap 8 q. 419 já dissemos que durante o sono os espíritos se comunicam entre si.Ora bem quando se dá o despertar o espírito se lembra do que aprendeu e o homem julga ser isso um invento de sua autoria.
Site: http://www.espiritismo.net/content,0,0,274,0,0.html
Primeiramente, devemos saber que o Espiritismo considera o ser humano como constituído de três partes: o corpo, revestimento material temporário e perecível que possui automatismos biológicos comandáveis pela mente; o Espírito, o foco de inteligência, indestrutível, indivisível, incorpóreo, que sobrevive à morte do corpo libertando-se e retornando à vida espiritual, para voltar à vida material numa nova reencarnação; e, finalmente, o perispírito, laço de união entre o Espírito e a matéria, corpo fluídico semi-material (energético) que “reveste” o Espírito e permite a ligação deste com o corpo. (Obs.: livro A Gênese – Kardec – Cap14 n°. 22: O períspirito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual, o perispirito é o órgão sensitivo do espírito; é por seu intermédio que o espírito encarnado tem a percepção das coisas espirituais que escapam aos seus sentidos carnais. Pelo órgãos do corpo, a vista, o ouvido e as diversas sensações estão localizadas e limitadas à percepção das coisas materiais; pelo sentido espiritual, ou psíquico, elas estão generalizadas; o Espirito vê, ouve e sente por todo o seu ser o que está na esfera de irradiação de seu fluido perispiritual. Estes fenômenos são, no homem, a manifestação da vida espiritual; é a alma que age fora do organismo.)
Estudando as propriedades do perispírito, notaremos que ele está em íntimo contato com o corpo físico, molécula a molécula, de tal forma que o Espírito terá liberdade completa apenas após a morte do envoltório material. Porém, quando o corpo entra num estado neurofisiológico alterado (“estados alterados de consciência”), como o sono físico, o sonambulismo, o êxtase, o coma, etc., o perispírito tem possibilidade de expandir-se, e o Espírito liberta-se parcialmente do corpo em repouso, mas ainda ligado a este por um “laço” fluídico. Isso acontece todas as noites (ou manhãs), quando dormimos. Nesse momento, o Espírito procura aquilo que é de seu real interesse, com aquilo que mantém maior afinidade (mesmo não expressando esses desejos na vigília), frequentando ambientes materiais ou espirituais correspondentes. Esse fenômeno chama-se emancipação da alma.
No Antigo e Novo Testamento temos o relato de vários sonhos, nós ouvimos falar dos mais conhecidos.
http://www.igrejabatistasmirna.com.br/estudo-e-texto/os-sonhos-46
A Bíblia relata alguns sonhos e a suas interpretações, no velho testamento eles podiam ser uma forma de Deus de comunicar com o homem… “”porque das muitas ocupações vem os sonhos.” Ecl 5:3, segundo este texto, sonhar muito é vaidade, futilidade que revela preocupação demasiada com a vida material em decorrência da falta de fé…. Podiam ser resultado da preocupação com os afazeres diários com relação à sobrevivência.
O Antigo Testamento: três tipos de sonhos:
a– Sonhos corriqueiros, sem importância ou significado:
Jó 20:8 diz que o ímpio (sem fé, religião) desaparecerá como um sonho sem importância que acaba e não é mais lembrado. Sl 73:20: “ Como faz com um sonho, o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles”.
b– Sonhos espirituais que fortaleciam a vida religiosa da pessoa ou do povo: Entre estes estão o sonho de Jacó (Gn 28:10-22), o de Salomão (I Rs 3:5-15) e o homem de Jz 7:13-15.
c– Sonhos proféticos que traziam revelações de Deus para a pessoa, no contexto da história, ou para a nação..
E.S.E. – Introdução item 6 – Resumo da doutrina de Sócrates e de Platão:
Não entrando nunca a divindade em comunicação direta com o homem, é por intermédio dos demônios que os deuses entram em comércio e se entretêm com ele, quer durante a vigília, quer durante o sono.
http://entretextosteologicos.blogspot.com.br/2012/04/revelacao-por-meio-de-visoes-e-sonhos.html
A Revelação por meio de visões e sonhos (Antigo Testamento)
Em Genesis 12:7- E apareceu o Senhor a Abrão e disse: A tua semente darei esta terra…. Não é declarado como ele é visto e, talvez, por visto queira-se apenas dizer que ele falou como em tempos anteriores. No entanto, contra essa possibilidade está a ocorrência da mesma forma verbal em Gênesis 18.1…depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Manre…. e levantou seus olhos, e olhou e eis três varões …. (quer dizer anjos), passagem na qual o Senhor aparece de forma tangível (o que se toca) na pessoa do anjo do Senhor que, na verdade, é igualado ao Senhor (Gn 18.10,13,17,20, etc.) 10.. e disse: certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho…17 disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço…A revelação de Deus, pelo menos nesse caso, é feita por meio de um agente celestial.
O mesmo verbo é usado com referência às aparições do Senhor para Isaque (Gn 26.2,24) 26.2 e apareceu-lhe o Senhor, e disse Não desças ao Egito, habita na terra que eu te disser…, a segunda das quais aconteceu à noite, talvez, um indício de que Isaque o viu em sonho.
Jacó também vivenciou uma aparição de Deus à noite enquanto aguardava com temor seu encontro com o irmão Esaú, com o qual se indispusera (Gn 35.1; cf.32.21). Jacó, como Abraão, testemunhou uma forma humana de manifestação divina com a qual lutou durante a noite (Gn 32.22-32). Embora o cenário noturno do encontro possa sugerir que fosse um sonho, os ferimentos físicos sofridos por Jacó como resultado do desacordo testificam o contrário. Claramente, Deus revelou-se em palavra e ato.
Depois de seu retorno a Betel, Jacó teve uma segunda experiência de revelação de Deus. Ele apareceu para o patriarca e o abençoou, mudando seu nome para Israel (Gn 35.9,10).
Jacó foi o primeiro dos patriarcas bíblicos de quem se declara especificamente que teve revelação de Deus por meio de um sonho
(Gn 28.10-15). Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã, chegou a um lugar onde passou a noite e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar… E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; … E eis que o SENHOR estava em cima dela, e disse: Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;.. E a tua descendência será como o pó da terra. Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia.
…Jacó, por sua vez, contou a respeito de outro sonho cuja localização permanece secreta exceto pelo fato de que aconteceu em algum lugar de Padã-Arã, onde morava. ….distante da terra prometida (Gn 31.10,11). No entanto, mesmo aqui lhe foi dito no sonho para que voltasse a Canaã, ao lugar em que Deus se revelara.
De todos os sonhos dos patriarcas, os de José são os mais famosos. A idade dele na época em que teve seu primeiro sonho, apenas dezessete anos, sugere que os sonhos de revelação não estavam limitados aos israelitas nem mesmo aos patriarcas, profetas ou outras pessoas de reconhecida liderança. Deus concedia seu dom de revelar a si mesmo a quem quer que ele quisesse. É desnecessário dizer que os sonhos de José não foram bem recebidos por seus irmãos nem mesmo por seu pai, mas o cumprimento deles no tempo certo validou sua autenticidade como revelação divina.
Em épocas posteriores, os sonhos gradualmente caíram em desuso como modos legítimos de revelação, em parte por serem cada vez mais associados às práticas pagãs ….Desde a época de Moisés há, pelo menos, um leve indício de que os sonhos e as visões não poderiam permanecer no mesmo plano da revelação do Senhor concedida a Moisés (Nm 12.6-8- e disse: Ouve agora as minhas palavras, se entre vós houver profeta, eu o senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele). Isaías, de forma irônica, descreve os profetas de sua época como cegos e mudos, Eles são cães, diz ele, que “deitam-se e sonham; só querem dormir” (Is 56.10). ….mas antecipa a ainda mais sarcástica declaração de Jeremias a respeito de sonhos de revelação conforme manifestada, pelo menos, por alguns dos profetas que conheceu:
Jeremias 23.25-28).
“Ouvi o que dizem os profetas, que profetizam mentiras em meu nome, dizendo: ‘Tive um sonho! Tive um sonho!’ Até quando os profetas continuarão a profetizar mentiras e as ilusões de suas próprias mentes? Eles imaginam que os sonhos que contam uns aos outros farão o povo esquecer o meu nome, assim como os seus antepassados esqueceram o meu nome por causa de Baal (deuses). O profeta que tem um sonho, conte o sonho, e o que tem a minha palavra, fale a minha palavra com fidelidade. Pois o que tem a palha a ver com o trigo?’, pergunta o Senhor”
O contraste entre a palha inútil e o grão precioso enfatiza bem a deterioração do sonho de revelação por volta do século XVII talvez por causa da facilidade de ser fraudado e de ser uma ilusão.
A visão é semelhante ao sonho, as principais diferenças entre eles são:
1) o sonho era obviamente um fenômeno ligado com dormir ao passo que a visão podia e, com frequência, ocorria em momentos em que a pessoa estava desperta;
2) a visão é “concebida como apresentada aos olhos físicos”. Abraão teve uma visão a respeito de um herdeiro prometido (Gn 15:1), e o Senhor, em uma visão, disse a Jacó que ele não deveria ter medo de descer ao Egito (Gn 46:1-4). As visões, como os sonhos, não estavam restritas ao povo de Deus, conforme o exemplo do profeta pagão Balaão demonstra de forma clara. Este teve uma visão de olhos bem abertos (Nm 24.4), Além de Balaão, as visões no Antigo Testamento estão ligadas apenas aos falsos profetas citados por Jeremias 23, como um sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.) e Is 29:8.
3) O sonho dado por Deus produzia um resultado positivo, enquanto o sonho comum, nada tinha de proveitoso. (Dt 13:1-4).
O sonho mentiroso levava o povo a errar e se afastar de Deus. Deus prometeu castigar o que contava um sonho falso como aqueles que davam ouvidos a ele. Era responsabilidade de quem ouvia um sonho saber se ele tinha vindo de Deus ou não.
“Eis que Eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com suas leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem e não trouxeram proveito nenhum a este povo, diz o Senhor.” Jr 23:32 ….
“Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei”. Jr. 23:25.
…..no fim do período do Antigo Testamento quando as visões, como os sonhos, estavam de alguma maneira se tornando um meio não confiável de transmitir a verdade (Jr 14.14; 23.16; Ez 12.24; 13.6-9,16,23; 21.29; 22.28; cf. Is 1.1; Ez 1.1; 8.3; 40.2; 43.3; Mq 1.1; Ne 1.1; Dn 1.17; 4.5,10,13; Zc 1.8).
Fonte: Prof e Teologo Eugene Merrill – Teologia do Antigo Testamento.
Novo Testamento há relato de poucos sonhos, exemplo:
Mateus 1:20 , projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;
Mulher Pilatos Mt 27:19 E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele.
Atos 2: 17E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos;
Paulo Atos 18:9 e 10 E disse o Senhor, em visão, a Paulo: Não temas, mas fala e não te cales; porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para 10 te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.
Livro: Iniciação ao Espiritismo – Therezinha Oliveira
Há vários estados em que o espírito encarnado pode desfrutar de emancipação parcial em relação ao corpo. O sono é um deles, assim como o desdobramento, o transe (sonambúlico ou mediúnico), o êxtase.
O SONO: É um fenômeno fisiológico pelo qual o corpo entra em repouso para recomposição física.
Nele se dá suspensão da vida ativa e de relação, o que possibilita se afrouxem os laços fluídicos que prendem o espírito à matéria.
Estando lassos os cordões fluídicos, o espírito pode afastar-se do corpo adormecido e:
– recuperar suas faculdades espirituais (cuja ação a influência da matéria impedia ou limitava);
– reconhecer-se como ser imortal e ver com clareza a finalidade de sua existência atual;
– lembrar-se do passado (até mesmo de vidas anteriores) e antever ou deduzir acontecimentos que se estão encaminhando para acontecer.
Observação: A amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
Sono e a morte; o sono parece um pouco com a morte (desencarnação). Só que, nesta, o desligamento dos laços fluídicos é total, ao passo que, no sono, a emancipação é parcial. No sono, os cordões fluídicos, mesmo lassos, continuam a possibilitar perfeita comunicação com o corpo; se for necessário o pronto retorno, o espírito tomará imediato conhecimento e regressará incontinenti.
VIVÊNCIA DO ESPÍRITO DURANTE O SONO: O espírito nunca está inativo (parado). O sono, que repousa o corpo, é, para o espírito, oportunidade de entrar em relação com o mundo espiritual, a fim de haurir orientação, conforto e forças para prosseguir com acerto em sua jornada terrena.
Emancipando-se parcialmente do corpo, cada espírito vai agir segundo seu estado evolutivo. Assim, varia a vivência do espírito durante o sono.
Inferiores- Presos que estão por interesses egoístas, materialistas, pouco se afastam do corpo ou do ambiente terreno; dão expansão aos seus instintos e tendências inferiores, junto aos espíritos com os quais se afinam.
Benévolos ou evoluídos- Vão a ambientes espirituais elevados, onde se instruem e trabalham, junto a entidades superiores, e reencontram amigos e parentes desencarnados. Não somente com os desencarnados podemos nos relacionar espiritualmente, enquanto o corpo dorme.
Também podemos visitar criaturas encarnadas e com elas convivemos, de maneira superior ou inferior, conforme sejam o grau de evolução, propósitos e anseios, nossos e delas.
O SONHO; Há sonhos que são apenas um processo fisiopsíquico e outros que são sonhos espíritas. No primeiro caso, o sonho:
– retrata condições orgânicas (perturbações circulatórias, digestivas, ruídos ambientes, calor, frio etc.). Às vezes, ajudam a detectar enfermidades de que conscientemente não nos apercebemos; ou revela criações mentais nossas (subconsciente), com base no que houver afetado a nossa mente na vigília (pensamentos, impressões, anseios, temores etc.). Podem ajudar a interpretar nosso mundo psíquico.
– Já o sonho espírita é resultado da vivência do espírito no mundo espiritual, enquanto o corpo dormia; é a lembrança do que ele viu, sentiu ou fez durante a emancipação parcial. Às vezes, nada lembramos dessa vivência espiritual, porque, durante ela, o cérebro físico não foi utilizado e depois, no retorno ao corpo, a matéria deste, pesada e grosseira, também não permitiu o registro das impressões trazidas pelo espírito. Outras vezes lembramos apenas a impressão do que nosso espírito experimentou à saída ou no retorno ao corpo. Se essas lembranças se misturarem aos problemas fisiopsíquicos, tornam-se confusas, incoerentes.
Quando necessário, os bons espíritos atuam de modo especial sobre nós para que, ao acordar, lembremos algo de maior importância tratado ao mundo espiritual. Mesmo que não lembremos tudo perfeitamente, do que nos sugere ideias, ações. Os espíritos maus também podem fazer o mesmo se, pelo nosso modo de viver, tivermos concedido a eles essa ascendência sobre nós.
IMPORTÂNCIA DO SONO E O PREPARO PARA ELE; o fato de passarmos um terço de nossa existência dormindo (8 das 24 horas do dia) indica a importância:
Do sono físico: ensejando repouso orgânico, liberação de toxinas etc.
Do sonho: para o equilíbrio:
– psíquico (pessoas impedidas de sonhar sofrem perturbações graves);
– espiritual (a vivência espiritual que desfrutamos enquanto o corpo dorme é como hora de visitas ou de tomar sol no pátio para o detento numa prisão).
Façamos, pois, um preparo para o nosso repouso diário:
– orgânico (refeições leves, higiene, silêncio etc.);
– mental (leituras, conversas, filmes, atividades comedidas, não afligentes ou desgastantes);
– espiritual (leitura edificante, meditação, serenidade, perdão, prece).
Assim, nosso corpo e mente repousarão adequadamente e, em espírito, teremos melhor oportunidade de alcançarmos a convivência com os espíritos bons e amigos.
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2012/11/no-plano-dos-sonhos-andre-luiz.html
André Luiz: capítulo 8 do livro Missionários da Luz;
Que no plano espiritual onde ele se encontra há um centro de estudos, com número superior a 300 associados, no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para assimilarem as lições.
Muitos faltam aos estudos porque atendem a seduções comuns, reduzindo-se ainda mais a frequência geral.
Certa madrugada de estudo (2:00h), percebeu-se que faltavam apenas 2 companheiros: Vieira e Marcondes.
Alexandre, o orientador, recomendou ao auxiliar Sertório, que fosse saber o que se passava com os faltosos. André Luiz o acompanhou.
Primeiro foram à residência de Vieira. Ao adentrar o quarto, perceberam que Vieira estava sofrendo um pesadelo cruel. Seu corpo perispirítico estava unido à forma física, embora parcialmente desligados entre si. Ao seu lado, permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamente negras. Vieira soltava gritos agudos, e sufocava-se, angustiadamente, enquanto a entidade escura fazia gestos que André Luiz não compreendia. Sertório, então, iniciou um diálogo com a entidade, que disse ser velho conhecido de Vieira. E que estava ali porque o mesmo o chamou com suas reiteradas lembranças que o acusava de faltas que, dizia ele, não ter cometido. Que já sofria muito após a morte para ter que ouvir falsos testemunhos de amigos maledicentes. Decepcionado com o amigo, que ele achava de confiança, resolveu esperar Vieira nos momentos de sono, a fim de prestar-lhe os necessários esclarecimentos. Sertório conversou com a entidade das sombras inferiores, para que desculpasse o amigo, dizendo que não devemos exigir dos outros conduta rigorosamente correta, se ainda não somos criaturas irrepreensíveis. A entidade ficou de pensar. Sertório então resolveu socorrer Vieira, acordando-o energicamente gritando seu nome com força. Assim, Vieira não pode comparecer aos trabalhos da noite.
Em seguida, foram visitar Marcondes. Segundo André Luiz, o quadro agora era muito mais triste e constrangedor. Marcondes não estava sob impressões de pavor, como aconteceu com Vieira, mas estava acompanhado de 3 entidades femininas de galhofeira expressão que permaneciam em atitudes menos edificante. Marcondes não soube disfarçar a surpresa da visita. Envergonhado, tentou dar explicações. Mergulhou a cabeça nas mãos, como desejasse esconder-se de si mesmo. As entidades atrevidas e nervosas afirmavam que estavam ali porque Marcondes as chamou, por isso, elas não permitiriam seu afastamento. Apesar de envergonhado, Marcondes não conseguia reagir. Sertório então, resolveu ir embora dizendo:Cada qual escolhe as companhias que prefere. Futuramente você compreenderá que somos seus amigos leais e que desejamos todo o bem. Sertório explicou para André Luiz que não poderia agir ali do mesmo modo que agiu com Vieira. Marcondes deveria demorar-se em tal situação para que outro dia a lembrança desagradável mais duradoura, fortificando-lhe a repugnância pelo mal.
RESUMINDO: É no momento do sono que nosso espírito se desprende do corpo físico, permanecendo ligado por um cordão fluídico, e assume suas capacidades espirituais.
Como está descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo cap 28 no. 38, “o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos”.
Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja, o nosso pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que tenham a mesma sintonia que a nossa.
Há diversos estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse enigma que nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às vezes é um sinal, outras não passa de meras imagens sem significado. Antigamente, os sonhos eram considerados visões proféticas e reveladoras do futuro, onde homens entravam em contato com deuses e demônios. Muitas vezes, suas interpretações ligavam-se a superstições, numerologia, crendices, astrologia, entre outros.
Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens sobre o assunto e ganham dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as procura com o intuito de decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos de gente insensata ou espíritos zombeteiros, levianos e obsessores.
É através dos sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e desafetos. Dessa forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser esclarecidos sobre as dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa que teremos com esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos a tomar decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das vezes, através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo que nos foi elucidado durante o sonho e, assim, podermos tomar a decisão correta.
Livro os Mensageiros cap. 38 – Atividade plena (o sonho de Nieta e a avó)
No salão acolhedor de Dona Isabel, permanecemos em plena atividade.
Lá fora, começara o aguaceiro forte, mas tínhamos a nítida impressão de grande distância da chuva torrencial.
Logo às primeiras horas da madrugada, o movimento intensificou-se. Muita gente ia e vinha.
— Numerosos irmãos — explicou o orientador — encontram-se neste pouso de trabalho espiritual, na esfera a que os encarnados chamariam sonho.
Não é fácil transmitir mensagens de teor instrutivo, nessa tarefa, utilizando lugares comuns, contaminados de matéria mental menos digna. Nas oficinas edificantes, porém, onde conseguimos acumular maiores quantidades de forças positivas da espiritualidade superior, é possível prestar grandes benefícios aos que se encontram encarnados no planeta. Acentuei minhas observações, verificando que muitas das pessoas recém pareciam convalescentes, titubeantes… Algumas se mantinham de pé, sob o amparo de braços carinhosos. Eram os amigos encarnados a se valerem do desprendimento parcial, pelo sono físico, que se reuniam a nós, aproveitando o auxílio de entidades generosas e dedicadas.Reconhecia, entretanto, que a maior parte não entendia, com precisão, o que se lhes desejava dizer. Muitos pareciam doentes, incompreensivos. Sorriam infantilmente, revelando boa vontade na recepção dos conselhos, mas grande incapacidade de retenção. Eu estudava os quadros ambientes, com justa estranheza. Sempre cuidadoso Aniceto veio ao encontro de nossa perplexidade.
Os espíritos encarnados — disse — tão logo se realizem a consolidação dos laços físicos fica submetida a imperiosas leis dominantes na Crosta. Entre eles e nós existe um espesso véu. É a muralha das vibrações. Sem a obliteração(apagar) temporária da memória, não se renovaria a oportunidade. Se o nosso campo lhes fora francamente aberto, olvidariam as obrigações imediatas, estimariam o parasitismo, prejudicando a própria evolução. Eis porque raramente estão lúcidos ao nosso lado. Na maioria dos casos, junto de nós, permanecem vacilantes, enfraquecidos… Vejam aquela jovem senhora encarnada, em conversa com a vovozinha que trabalha conosco, em “Nosso Lar”.Assim dizendo, Aniceto indicou um grupo mais próximo.
A anciã, de olhos brilhantes e gestos decididos, abraçava-se à neta, lânguida e palidíssima.
— Niêta — exclamava a velhinha, em tom firme — não dê tamanha importância aos obstáculos. Esquece os que te perseguem, a ninguém odeies.
Conserva tua paz espiritual, acima de tudo. Tua mãe não te pode valer agora,mas crê na continuidade de nossa vida. A vovó não te esquecerá. A calúnia,Niêta, é uma serpente que ameaça o coração; entretanto, se a encararmos de frente, fortes e tranquilas, veremos, a breve tempo, que a serpente não tem vida própria. É víbora de brinquedo a se quebrar como vidro, pelo impulso de nossas mãos. E, vencido o espantalho, em lugar da serpente, teremos conosco a flor da virtude. Não temas, querida! Não percas a sagrada oportunidade de testemunhar a compreensão de Jesus!…
A jovem senhora não respondia, mas seus olhos semi lúcidos estavam cheios de pranto. Demonstrava no gesto vago uma consolação divina,recostada ao seio carinhoso da devotada velhinha.
— Esta irmã se lembrará de tudo, ao despertar no corpo físico? – perguntei, intrigado, ao nosso orientador. Aniceto sorriu e esclareceu:
— Sendo a avó superior e ela inferior, e, examinando ainda a condição dos planos de vida em que ambas se encontram, a jovem encarnada está sob o domínio espiritual da benfeitora. Entre ambas, portanto, há uma corrente magnética recíproca, salientando-se, porém, que a vovó amiga detém uma ascendência positiva. A neta não vê o ambiente com precisão, nem ouve as palavras integralmente. Não esqueçamos que o desprendimento no sono físico vulgar é fragmentário e que a visão e a audição, peculiares ao encarnado, se encontram nele também restritas. O fenômeno, pois, é mais de união espiritual que de percepções sensoriais, propriamente ditas. A jovem está recebendo consolações positivas, de Espírito a Espírito. Não se recordará, despertando.
nos véus materiais mais grosseiros, de todas as minúcias deste venturoso encontro que acabamos de presenciar. Acordará, porém, encorajada e bem disposta, sem poder identificar a causa da restauração do bom ânimo. Dirá que sonhou com a avó num lugar onde havia muita gente, sem recordar as minudências do fato, acrescentando que viu, no sonho, uma cobra ameaçadora, que logo se transformou em serpente de vidro, quebrando-se ao impulso de suas mãos, para transformar-se em perfumosa flor, da qual ainda conserva a lembrança agradável do aroma. Afirmará que soberano conforto lhe invadiu a alma e, no fundo, compreenderá a mensagem consoladora que lhe foi concedida.
— Não se lembrará, contudo, das palavras ouvidas? — indagou Vicente, curioso.
— Precisaria ter adquirido profunda lucidez no campo da existência física — prosseguiu Aniceto, explicando — e devo esclarecer que recordará as imagens simbólicas da víbora e da flor, porque está em relação magnética coma veneranda avozinha, recebendo-lhe a emissão de pensamentos positivos. A benfeitora não fala apenas. Está pensando fortemente também. A neta,todavia, não está ouvindo ou vendo pelo processo comum, mas está percebendo claramente a criação mental da anciã amiga, e dará notícia exata dos símbolos entrevistos e arquivados na memória real e profunda. Desse modo, não terá dificuldade para informar-se quanto à essência do que a bondosa avó deseja transmitir-lhe ao coração sofredor, compreendendo que a calúnia, quando fere uma consciência tranquila não passa de serpente mentirosa, a transformar-se em flor de virtude nova, quando enfrentada com o valor duma coragem serena e cristã.
A lição fora profundamente significativa para mim. Começava a adquirir amplas noções do intercâmbio entre as duas esferas. Pensei no longo esforço dos que indagam o mundo dos sonhos. Quanta riqueza psíquica, suscetível de conquista, se os pesquisadores conseguissem deslocar o centro de estudo, das ocorrências fisiológicas para o campo das verdades espirituais! Lembrei à psicanálise, a tese freudiana, as manifestações instintivas, inferiores.Percebendo-me as elucubrações, o devotado mentor dirigiu-me apalavra de maneira especial:
– Freud – asseverou Aniceto – foi um grande missionário da Ciência; no entanto, manteve-se, como qualquer Espírito encarnado, sob certas limitações. Fez muito, mas não tudo, na esfera da indagação psíquica. Pela pausa do nosso instrutor, percebi que ele não desejava entrar em minucioso exame da teoria famosa. Lembrando, porém, a extraordinária importância atribuída pelo grande cientista às tendências inferiores, indaguei, um tanto tímido:
— Haverá, porém, centros de reunião para os espíritos desequilibrados do mal, como acontece aqui, aos amigos interessados no bem? O generoso mentor sorriu, benévolo, e falou:
— Não hajas dúvidas quanto a isso. Através das correntes magnéticas suscetíveis de movimentação, quando se efetua o sono dos encarnados, são mantidas obsessões inferiores, perseguições permanentes, explorações psíquicas de baixa classe, vampirismo destruidor, tentações diversas. Ainda são poucos, relativamente, os irmãos encarnados que sabem dormir para o bem… E fazendo um gesto por demais expressivo, concluiu:— Livre-nos o Senhor de cair novamente…
(A Gênese, cap. 15 item 3) José, diz o Evangelho, foi avisado por um, anjo, que lhe apareceu em sonho e que lhe aconselhou fugisse para o Egito com o Menino. (Mateus, cap. II, vv. 19-23) Os avisos por meio de sonhos desempenham grande papel nos livros sagrados de todas as religiões. Sem garantir a exatidão de todos os fatos narrados e sem os discutir, o fenômeno em si mesmo nada tem de anormal, sabendo-se, como se sabe, que, durante o sono, é quando o Espírito, desprendido dos laços da matéria, entra momentaneamente na vida espiritual, onde se encontra com os que lhe são conhecidos. É com frequência essa a ocasião que os Espíritos protetores aproveitam para se manifestar a seus protegidos e lhes dar conselhos mais diretos. São numerosos os casos de avisos em sonho, porém, não se deve inferir daí que todos os sonhos são avisos, nem, ainda menos, que tem uma significação tudo o que se vê em sonho. Cumpre se inclua entre as crenças supersticiosas e absurdas a arte de interpretar os sonhos.
Genese cap 14 item 27 e 28 – Quando o Espírito está encarnado, sua vista espiritual é incompleta e imperfeita, por isso, está sujeita à aberrações. A sede das percepções está na alma, por isso, o estado desta (da alma) há de influir nas percepções que aquela vista proporciona. Segundo o grau de desenvolvimento as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, pode ela dar, quer durante o sono, quer no estado de vigília:
1º – a percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de alguns que ocorram a grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma enfermidade e os remédios convenientes;
2º – a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos Espíritos;
3º – imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações fluídicas do pensamento. Estas criações se acham sempre em relação com as disposições morais do Espírito que as gera. É assim que o pensamento de pessoas fortemente imbuídas de certas crenças religiosas e com elas preocupadas lhes apresenta o inferno, suas fornalhas, suas torturas e seus demônios, tais quais essas pessoas os imaginam. Às vezes, é toda uma epopeia (uma série de ações heroicas). Os pagãos viam o Olimpo e o Tártaro, como os cristãos vêem o inferno e o paraíso. Se, ao despertarem, ou ao saírem do êxtase, conservam lembrança exata de suas visões, os que as tiveram tomam-nas como realidades confirmadas de suas crenças, quando tudo não passa de produto de seus próprios pensamentos. Cumpre, pois, se faça uma distinção muito rigorosa nas visões extáticas (que nos coloca em êxtase, imobilizado, admirado), antes que se lhes dê crédito. A tal propósito, o remédio para a excessiva credulidade é o estudo das leis que regem o mundo espiritual.
28: Os sonhos propriamente ditos apresentam os 3 caracteres da visões acima descrita. Às duas primeiras categorias dessas visões pertencem os sonhos de previsões, pressentimentos e avisos. Na terceira, isto é, nas criações fluídicas do pensamento, é que se pode deparar com a causa de certas imagens fantásticas, que nada tem de real, com relação à vida corpórea, mas que apresentam às vezes, para o Espírito, uma realidade tal, que o corpo lhe sente o contrachoque, havendo casos em que os cabelos embranquecem sob a impressão de um sonho. Podem essas criações ser provocadas: pela exaltação das crenças; por lembranças retrospectivas; por gostos, desejos, paixões, temor, remorsos; pelas preocupações habituais; pelas necessidades do corpo, ou por um embaraço nas funções do organismo; finalmente por outros Espíritos, com objetivo benévolo ou maléfico conforme a sua natureza.
O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 38 item 38 NO MOMENTO DE DORMIR, vou repetir já disse atrás O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não necessita desse repouso. Enquanto os sentidos se entorpecem, a alma se liberta parcialmente da matéria, gozando das suas faculdades espirituais. O sono foi dado ao homem para a recuperação de suas forças orgânicas e das suas forças morais. Enquanto o corpo recupera as energias gastas no estado de vigília, o Espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos. É então que ele tira, de tudo o que vê, de tudo que percebe, e dos conselhos que lhe são dados, as idéias que lhe ocorrem depois, em forma de intuições. É o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria, a liberdade momentaneamente concedida ao prisioneiro. Mas acontece, como no caso dos prisioneiros perversos que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para o seu adiantamento. Se conserva maus instintos, em vez de procurar a companhia dos Bons Espíritos, busca a dos seus semelhantes, e dirige-se aos lugares em que pode liberar as suas más inclinações. Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades.
Referencias: sites
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=129595620482440&id=113798452062157
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sonho
http://www.igrejabatistasmirna.com.br/estudo-e-texto/os-sonhos-46
http://entretextosteologicos.blogspot.com.br/2012/04/revelacao-por-meio-de-visoes-e-sonhos.html
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2012/11/no-plano-dos-sonhos-andre-luiz.html
Livros:
-Bíblia
– E.S.E. – Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
-A Gênese – Allan Kardec
-Os missionários – Andre Luiz
-Iniciação ao Espiritismo – Therezinha Oliveira
CELC – Palestra 30/10/13 – Solange