Centro Espírita Leocádio Corrêia

Evangelização, Cura e Desobsessão

  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato
  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato

Artigo

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > ESTUDOS DE DOUTRINA > Mediunidade na Bíblia

Mediunidade na Bíblia

celcESTUDOS DE DOUTRINA16 de junho de 2014 Leave a comment0

 Os que vivem gritando, de Bíblia em punho, que o Espiritismo é condenado pela Bíblia, não conhecem uma coisa nem outra. Ignoram o que seja Bíblia e não têm a mais leve noção do Espiritismo. No dia em que conhecerem ambas as coisas, terão vergonha de suas acusações atuais. Leiam o livro de Haraldur Nielson, teólogo, tradutor da Bíblia para o irlandês e professor de teologia da Universidade da Islândia, intitulado: O Espiritismo e a Igreja.  Nesse livro, os que acusam o Espiritismo terão o testemunho de um membro  da Sociedade Bíblica Inglesa, que não se tornou espírita, mas que reconhece a natureza dos livros bíblicos. Ele protesta contra as afirmações, sempre levianas, de que a Bíblia condena as manifestações espíritas e as sessões de Espiritismo.

Negar a mediunidade, é negar a própria Bíblia, que é uma obra mediúnica tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento.   Basta  verificarmos o que se lê em Atos 2 (Pentecostes), Números 11:24-29 (Moisés e os 70 anciãos), I Samuel 28:7-19 (Invocação de Samuel por Saul) e as recomendações em Tessalonicenses 5: 19-21 (“Não extingais o  espírito; não desprezeis as profecias. Discerni tudo e ficai com o que é bom…”), João 4:1  (“Não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus”) e em I Coríntios 12:7-10, que transcrevo a seguir:
“A cada um, porem, é  dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é  dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé’; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a
operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de DISCERNIR ESPÍRITOS; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação  de línguas.”

Quando Paulo diz em I Coríntios 12:11 que “um só espírito opera todas essas coisas, repartindo a cada um como quer”, insistem os apologistas cristãos que ele está falando do Espírito Santo. Paulo provavelmente falava de Deus, sim, pois é Deus  quem reparte os dons mediúnicos a seus filhos. Quem tem um determinado dom mediúnico é graças a Deus.  Mas Deus não se manifesta e nunca se manifestou através dos profetas, afinal Paulo fala também no dom de discernir os ESPÍRITOS e mais adiante diz que “os ESPÍRITOS dos profetas estão sujeitos aos profetas” (14:32). João também advertiu: “Amados, não creiais em todo Espírito, mas provai se os ESPÍRITOS são de Deus” (I João 4:1).

  E o incentivo da prática de mediunidade é  ainda expresso com ainda mais veemência, em I Corintios 14:1 (“Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”). Ainda neste capítulo, Paulo escreveu até um código com regras, para organizar o exercício mediúnico. Transcreverei os versículos de 29 a 32:

“E falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, cada um por sua vez; para que todos aprendam e todos sejam consolados; pois os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas;”
   O ministério dos anjos, esse ministério divino, a que o apóstolo Paulo se referiu tantas vezes, é exercido através da mediunidade.

  O Rev. Nielsson declara,  com sua autoridade de teólogo e tradutor da Bíblia, no livro “O Espiritismo e a Igreja”, sobre os “dons espirituais”: “Esta expressão aparece apenas nos textos paulinos, com a palavra grega charismata,que significa literalmente mediunidade, ou seja, a graça de ser intermediário entre os Espíritos e os homens.”

  Nielsson ainda diz: “Segundo a concepção dos tempos apostólicos, os Espíritos podiam ser bons ou maus, muito evoluídos ou inferiores e atrasados”. Isto explica as advertências apostólicas, pois nas assembléias cristãs manifestavam-se também os maus espíritos, amaldiçoando o Cristo para defenderem o Judaísmo Ortodoxo ou mesmo para defenderem as religiões politeístas, que também usavam a mediunidade.

   Os profetas eram chamados “pneumáticos”, na expressão grega do texto, que quer dizer: cheios de espírito. Havia dois tipos de espíritos: os de Deus, que eram bons, e os do Mundo, que eram maus. A respeito das comunicações, Paulo é incisivo: “A manifestação do espírito é concedida  a cada um, visando a um fim proveitoso”. Reunidos os pneumáticos à mesa, em ordem, não se devia permitir o tumulto. Paulo avisa: “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem”. Do cap. XI ao XIV, Paulo ensina como se fazia a reunião “pneumática” da Igreja Primitiva, e essas regras são as mesmas das sessões  mediúnicas.

   Ainda o Rev. Nielsson nos mostra que a palavra transe (mediúnico) vem da Bíblia, derivando de êxtase. Eis uma de suas afirmações: “O próprio Paulo nos diz que estava frequentemente em transe. O apóstolo Pedro conta-nos a mesma coisa”.
De fato, vejamos alguns exemplos:

“10 E tendo fome, quis comer; mas enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe um êxtase, 11 e via o céu aberto e um objeto descendo, como se fosse um grande lençol, sendo baixado pelas quatro pontas sobre a terra, 12 no qual havia de todos os quadrúpedes e répteis da terra e aves do céu. 13 E uma voz lhe disse: Levanta-te, Pedro, mata e come. 14 Mas Pedro respondeu: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. 15 Pela segunda vez lhe falou a voz: Não chames tu comum ao que Deus purificou.
16 Sucedeu isto por três vezes; e logo foi o objeto recolhido ao céu. (Atos 10:10-16) “5 Estava eu orando na cidade de Jope, e em êxtase tive uma visão; descia um objeto, como se fosse um grande lençol, sendo baixado do céu pelas quatro pontas, e chegou perto de mim.  (Atos 11:5)

“17 Aconteceu que, tendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no templo, achei-me em êxtase, 18 e vi aquele que me dizia: Apressa-te e sai logo de Jerusalém; porque não receberão o teu testemunho acerca de mim. 19 Disse eu: Senhor, eles bem sabem que eu encarcerava e açoitava pelas sinagogas os que criam em ti.(Atos 22:17-19)

Vejam, portanto, os apóstolos entrando em transe mediúnico e tendo visões.

O estudo das expressões de Paulo naquela epístola, à luz dos estudos históricos e em confronto com todo o contexto escriturístico, mostra que os apóstolos e os cristãos primitivos faziam sessões mediúnicas. E mostra mais: que nessas sessões, como nas atuais, manifestavam-se espíritos bons e maus; aqueles, dando instruções e estes, necessitando de orientação espiritual.

O mais importante episódio de psicofonia(“incorporação”)  foi o acontecido durante Pentecostes, quando os discípulos incorporaram Espíritos Superiores e puseram-se a falar em línguas estrangeiras que desconheciam, evangelizando a multidão reunida para a festa, vinda de diversas regiões do mundo antigo (Atos 2:1-13).

  Lucas cita o espírito visto por Zacarias no Templo, durante a oferenda do incenso(Lucas 1:11-22), o que anunciou a Maria o nascimento de Jesus (Lucas 1:26-38) e no Atos dos Apóstolos refere-se a visões de Paulo (Atos 16:6-10), sendo de ressaltar aquela que foi motivo de sua conversão ao Cristianismo: Jesus, em plena estrada que leva a Damasco (Atos 9:3-9, 22:6-11).
Outro claro exemplo de psicofonia na Bíblia, apesar de alguns tradutores trocarem “espírito” por “Espírito Santo” (importante também lembrar que nos originais gregos é tudo com letras maiúsculas, então o argumento de que é Espírito de Deus por ser com letra maiúscula não é válido):
“Estevão, cheio de graça e fortaleza, fazia grande s milagres e prodígios entre o povo. Mas alguns da sinagoga, chamada dos Libertos, dos Cirenenses, dos Alexandrinos e dos que eram da Cicília e da Ásia, levantaram-se para disputar com ele. Não podiam, porém, resistir à sabedoria e ao ESPÍRITO que o inspirava” (Atos dos Apóstolos 6: 8-10)

Assim está conforme Severino C. da Silva em seu “Analisando as Traduções Bíblicas”.
Em Atos 8:6-8, temos: “A multidão estava atenta ao que Felipe lhes dizia, escutando-o unanimemente, e, presenciando os prodígios que fazia. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam, levantando grandes brados”.

É exatamente o que se realiza hoje nos milhares de Centros Espíritas espalhados pelo Brasil e pelo mundo. A orientação, o esclarecimento e a condução dos espíritos necessitados para que os que se encontram em tarefa evolutiva neste planeta não sejam prejudicados. Qual a diferença daquela época para a atual? Não vejo nenhuma.

Há muito mais exemplos claros de ação dos espíritos nos Atos dos Apóstolos, um livro fortemente mediúnico.   Atos 16:9, por exemplo, mostra o espírito de um macedônio aparecendo para Paulo em uma visão: “Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente estava de pé um macedônio que lhe suplicava: “Venha à Macedônia e ajude-nos!”. Que diferença há entre essa visão e as dos nossos dias?  Como bem disse Kardec em “A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo”:  “Os inúmeros fatos contemporâneos de curas, aparições, possessões, dupla vista e outros, que se encontram relatados na Revue Spirite e lembrados nas observações acima, oferecem, até quanto aos pormenores, tão flagrante analogia com os que o Evangelho narra, que ressalta evidente a identidade dos efeitos e das causas. Não se compreende que o mesmo fato tivesse hoje uma causa natural e que essa causa fosse sobrenatural outrora; diabólica com uns e divina com outros. Se fora possível pô-los aqui em confronto uns com os outros, a comparação mais fácil se tornaria; não o permitem, porém, o número deles e os  desenvolvimentos que a narrativa reclamaria”.

Mateus diz que, quando Jesus expirou na cruz: “Abriram-se os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e foram vistos por muitos” (27:52-53)

   A passagem citada nos esclarece  que o conceito de ressurreição, entre os judeus, surgiu da visão mediúnica de Espíritos desencarnados. Como eram vistos com a mesma feição, corpos, maneira de falar e, geralmente, o mesmo vestuário que costumavam usar quando encarnados, à falta de uma explicação melhor, imaginavam que se teriam levantado da sepultura, estando diante deles em corpo físico, isto é, aquele que tinham quando da morte, o qual teria se recomposto, de forma milagrosa. Veio daí a doutrina da ressurreição dos mortos, que as aparições de Jesus aos seus discípulos, materializado, pareciam confirmar.

Diz Léon Denis em No Invisível: “Segundo a Escritura, ‘profetizar’ não significa unicamente predizer ou adivinhar, mas também ser impulsionado por um Espírito bom ou mau(…) Encontra-se muitas estas expressões na boca dos profetas: ‘o peso do Senhor caiu sobre mim’, ou ainda, ‘O Espírito do Senhor entrou em mim’. Esses termos claramente indicam a sensação que precede o transe, antes de ser o médium tomado pelo Espírito. E ainda: ‘Vi, e  eis o que disse o Senhor”, o que designa a mediunidade vidente e auditiva simultâneas”
Os profetas de ontem são os médiuns de hoje, assim como os profetas de ontem eram outrora chamados videntes, conforme se lê  em I Samuel 9:9 (“Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, outrora se chamava vidente.”). E o termo médium, proveniente do latim, designa melhor o processo de comunicação entre o plano material e o plano espiritual, por significar exatamente “medianeiro” ou “aquele que está  no meio”, entre os dois planos da vida, transmitindo as informações do plano espiritual para o material. Alias, o acirramento da comunicação com os espíritos estava inclusive previsto, em Joel 2:28 e igualmente em Atos 2:17 (“Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões;”). E em João 14:16-17.26, João 15:26 e João 16:7-15 Jesus ainda promete o Consolador, o Espírito de Verdade (“Esse VOS ENSINARÁ TODAS AS COISAS  e vos fará  lembrar de tudo o que vos tenho dito”).

   O Rev. Robert Hastings Nichols, em sua História da Igreja Cristã, publicada em versão portuguesa pela Casa Editora Presbiteriana, lembra que podemos ter uma idéia das práticas da Igreja Primitiva pelas epístolas de Paulo, “especialmente as enviadas aos coríntios”.

Para o Rev. Nichols, havia na Igreja Primitiva dois tipos de culto, sendo um “o da oração” e outro o da refeição em comum, a chamada “Festa do Amor”. Quanto ao primeiro, diz o rev. Nichols: “O culto era dirigido conforme o espírito os movia no momento. Faziam orações, davam testemunho, ministravam certos ensinos, cantavam salmos”. O que seriam esses “certos ensinos” e como seriam ministrados?

Noutro trecho, o rev. Nichols levanta uma pontinha do véu: “O Novo Testamento fala de oficiais que se ocupavam do ministério da pregação e do ensino. São conhecidos como apóstolos, profetas e mestres. O nome do apóstolo não era restrito aos companheiros de Jesus, mas pertencia também a outros pioneiros do Evangelho, que levavam as boas novas aos novos campos. Os profetas, mestres e doutores esclareciam o significado dos Evangelhos às igrejas. Todos esses exerciam seus ofícios, não pela indicação de qualquer autoridade, mas porque revelavam estar habilitados para tais ofícios,  pelos dons do Espírito Santo”.

    Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, estudando a passagem referente à entrevista de Nicodemos com Jesus acentua: “O texto primitivo  diz apenas da água  e do espírito”, enquanto certas traduções substituíram Espírito por Espírito Santo, o que não é a mesma coisa. Este ponto capital sobressai dos primeiros comentários feitos sobre o Evangelho, o que um dia será analisado sem equívoco possível”.  Kardec cita ainda a tradução clássica de Osterwald, conforme o texto primitivo, que diz: “Quem não renascer da água e do espírito”.

  A expressão Espírito Santo,  que poderia, pois levar confusões à compreensão do texto, deve ser substituída por Espírito, conforme o original do texto grego primitivo, e tudo se esclarecerá. Os dons do Espírito, dons que podem ser movidos no profeta por um espírito que seja santo ou não, eram os elementos dominantes na Igreja Primitiva. Tanto é assim, que o apóstolo  João, também evangelista, advertiu os crentes, na sua primeira Epístola: “Caríssimos, não acrediteis em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (Cap. 4, vers. 1-3).

 
Os capítulos 12 e 14 da I Epístola aos Coríntios, de Paulo, indicam claramente o procedimento a ser observado pelos que participam de uma sessão. Paulo se refere aos dons mediúnicos dos profetas. Os ensinos proféticos nada mais eram que as manifestações mediúnicas.

    O Espiritismo veio esclarecer o papel dos profetas na antiguidade, que era semelhante aos das sibilas e pitonisas.  Espinosa já havia chegado à conclusão, nos seus famosos estudos sobre as Escrituras, que o profetismo não era um privilégio dos judeus, mas uma qualidade do homem, existente em todo o mundo moderno. Mas aquilo que Espinosa não podia explicar senão como efeito de imaginação, comparando  a inspiração dos profetas à dos poetas, o Espiritismo veio explicar mais tarde, no cumprimento das promessas do Consolador, restabelecendo as coisas em seu verdadeiro sentido.
   O profetismo bíblico e o apostólico eram simplesmente o uso da mediunidade, como hoje se faz nas sessões espíritas. E assim como, na antiguidade, havia profetas em Israel e na Igreja Primitiva, enquanto no mundo pagão existiam sibilas, pitonisas e oráculos, assim no mundo moderno, há médiuns no Espiritismo, e há “Cavalos”, “tremedores”, “possessos”  e “convulsionários”, em organizações religiosas que não seguem os princípios do Consolador. O velho problema do profetismo está esclarecido graças aos estudos espíritas.

   Infelizmente, não vemos  na grande maioria das igrejas cristãs de hoje o cultivo dos dons espirituais como estipulado à época dos primeiros seguidores de Jesus. Só  vemos elas  afirmando de forma simplista que as manifestações mediúnicas nos centros espíritas são obra de Satanás, sem qualquer análise do conteúdo ou da finalidade dessas manifestações e da intenção das reuniões espíritas ao lidar com elas. Mas o  Espiritismo não está  infringindo nenhum princípio básico do Cristianismo. Aliás, numa reunião verdadeiramente espírita notar-se-ia logo que o diabo estaria lutando contra si mesmo, como está em Mateus 2:26 (“Se Satanás expele Satanás…”) e ainda  Lucas 9:49-50 (“Quem não é contra vós, é  por vós”).

Mas o passado da Igreja está cheio de manifestações mediúnicas. O aparecimento da Virgem em Fátima no início do século e a “bilocação” de Santo Antônio de Pádua  são  exemplos.
Mais exemplos bíblicos de manifestações de espíritos:

– O rei da Babilônia vê a mão de um espírito escrevendo numa parede (Daniel, cap. 5 vers. 5)
– Através da escrita automática,  o rei João recebe uma comunicação do espírito do profeta Elias (II Crônicas 21:12)

– Efeitos luminosos e de transfiguração: Moisés com o rosto resplandecente (Êxodo, cap. 34, vers. 29 e 30). Jesus, na transfiguração ocorrida no monte Tabor, registrada em Mateus (cap. 17), Marcos (cap. 9), Lucas (cap. 9).

– IV Reis, cap. 3, como I Reis ou I Samuel, cap. 16 estampam exemplos de mediunidade musical.
–  Moisés ouviu uma voz a quem deu o nome de Deus e Senhor (Gênesis, cap. 19). Saulo também ouve a voz de Jesus, na estrada para Damasco (Atos, cap. 9).

–  O profeta Ezequiel é transportado em levitação de um lugar para outro (Ezequiel , cap. 3, vers. 10 e 15). Felipe  é arrebatado e levado à distância (Atos, cap. 8, vers. 39).

– A Bíblia apresenta exemplos de comunicação espiritual por meio de sonhos inteligentes. Senão, consultemos Joel, cap. 2, vers. 28. Vejamos Mateus, cap. 1, vers. 20 e também Mateus, cap. 2, vers. 12 e 13. Leiamos Atos, cap. 2, vers. 17.

Os textos que narram a recepção dos dez mandamentos , que por falta de espaço não reproduziremos, demonstram que houve certas precauções visando à obtenção de fenômenos tipicamente espíritas, da modalidade de efeitos físicos.

   Devido  às grandes proporções que eles haveriam de assumir naquela ocasião, foram as precauções  suscitadas inclusive ao povo (Êxodo 19:9-5). Num determinado momento, a “nuvem espessa”, mais que materialização do espírito Javé, constitui foco cumulativo de energias ectoplasmáticas, as quais proporcionaram contundentes manifestações espirituais, e que tinham por fim suscitar o respeito e a crença daquele povo, deveras embrutecido para compreender as realidades extra-físicas.

 Mas as características espíritas da fenomenologia narrada se evidenciam ainda mais  na observância de três precauções tipicamente relacionadas à obtenção de bons resultados durante as ectoplasmias:

1 – Abstinência sexual (não chegueis a mulher – Êxodo 19:15), para que  houvesse suficiente reserva de energias ectoplasmáticas, principalmente as que se desarticulam do centro de força genésico.
2- Assepsia corporal (lavem eles os seus vestidos – Êxodo 19:10-14), a fim de que bactérias  e germes não contaminassem o ectoplasma, prejudicando seus potenciais de utilização por parte de Espíritos eminentemente superiores.

3 – Elevação moral (santifica o povo – Êxodo 19:10-14), para que houvesse  sintonia vibratória com os planos superiores da vida, mínima que fosse, pela oração.

Apesar, porém, do rigoroso preparo, o povo não pôde trespassar certas limitações geográficas, e nem mesmo os sacerdotes o puderam (Êxodo 19:24).

É que tais limites  deveriam coincidir com determinadas fronteiras vibratórias fixadas pelos Elohim (em geral, Espíritos protetores dos hebreus), cuja finalidade era o isolamento do local em que eles, posteriormente descritos como “anjos” (Cf. Atos 7:53, Gálatas 3:19 e Hebreus 2:2), entregariam a Moisés, sob a chefia de Javé, a pneumatografia dos mandamentos, em tábuas de pedra. Se Espíritos infelizes  trespassassem o isolamento  vibratório, prejudicariam os trabalhos espirituais, e sabemos que somente poderiam fazê-lo na condição de acólitos de certos indivíduos com eles identificados (Cf. Kardec, O Livro dos Médiuns, 330, e André Luiz, Missionários da Luz; psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 10 – Materialização, p. 109/10)

Em Gênesis 18:1-3, Abraão  é visitado por três espíritos (anjos) que se apresentam como três homens e lhe anunciam o nascimento do seu filho Isaac. Um fenômeno de materialização.
Em muitas passagens da Primeira Aliança (Antigo Testamento), a comunicação de um espírito superior ou de luz era confundida e aceita como a comunicação do Próprio Deus.
  Em Jó 4:15-16 lemos: “E o espírito  passou diante de mim e provocou arrepios por todo o meu corpo. Estava parado diante de mim, mas não vi o seu rosto, qual fantasma diante dos meus olhos, um silêncio… Depois ouvi uma voz”.

Algumas traduções trocam “espírito” por “vento” ou “sopro”.  Mas um “vento” ou “sopro” não fica parado diante de ninguém. Nem tão pouco o profeta(médium) diria que não viu o rosto do vento. Também sabemos que vento não fala, e Jó diz que ouviu uma voz.

Share This Post!

Leave a Reply

Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Medicina Reconhece Obsessão Espiritual

Mensagem de Chico Xavier

Pesquisar Assunto

Categorias

Tópicos recentes

  • Glândula Pineal – Epífise – palestra 27.08.25
  • Estudo Sobre A Revista Espírita 1861, palestra 25.06.25
  • Fé Raciocinada, palestra 29.01.25
  • Livre arbítrio e responsabilidade, palestra 26.02.25
  • Bem-aventurados os que tem os Olhos Fechados, palestra 30.04.25

Arquivos

  • agosto 2025
  • julho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • outubro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • janeiro 2022
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • janeiro 2021
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • agosto 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • fevereiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • maio 2019
  • março 2019
  • janeiro 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • março 2017
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • setembro 2013
  • junho 2013
  • maio 2013
  • março 2013
  • fevereiro 2013
  • janeiro 2013
  • dezembro 2012
  • outubro 2012
  • junho 2012
  • abril 2012
  • março 2012
  • fevereiro 2012
  • janeiro 2012
  • dezembro 2011
  • novembro 2011
  • outubro 2011
  • setembro 2011
  • junho 2011
  • maio 2011
  • abril 2011
  • fevereiro 2011
  • janeiro 2011
  • dezembro 2010
  • setembro 2009
  • março 2009
  • fevereiro 2009
  • agosto 2008
  • março 2008
Conhecer o Passado, Trabalhar no Presente e Construir o Futuro
O espiritismo não será a religião do futuro, e sim o futuro das religiões.
Copyright CELC