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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > CURA > Cláudio Galeno (131 – 200)

Cláudio Galeno (131 – 200)

celcCURA2 de julho de 2014 Leave a comment0
A NEUROLOGIA NA OBRA DE GALENO
 
Claudius Galeno nasceu em 130 d.C., em Pérgamo, filho do arquiteto Nikon. Galenós, em grego, significa calmo, sereno, o que não condizia com o seu temperamento.
Galeno iniciou seus estudos médicos no Asklepeion de Pérgamo aos 17 anos; a seguir foi para Esmirna, onde estudou dois anos e depois para Alexandria, então o maior centro cultural da civilização helenística e onde havia a maior biblioteca da época. Permaneceu cinco anos em Alexandria, onde estudou matemática, filosofia, medicina e presenciou ou teria participado de dissecções anatômicas de corpos humanos. Nessa época escreveu um dicionário geral e um dicionário médico em cinco volumes, que se perderam.
Retornou a Pérgamo, onde foi designado cirurgião do anfiteatro de gladiadores, quando teve oportunidade de observar os ferimentos e lesões decorrentes das lutas no anfiteatro. Nessa ocasião comprovou, no porco, a função do nervo recorrente.
 
Em 164 d.C., aos 33 anos de idade, mudou-se para Roma, onde teve muito sucesso e tornou-se médico do Imperador Marco Aurélio. Permaneceu em Roma três anos, retornando a Pérgamo. Dois anos depois voltou a Roma a chamado do Imperador, lá permanecendo por muitos anos. Foi médico dos dois imperadores que sucederam a Marco Aurélio: Commodus e Septimus Severus. Ao final de sua vida, revisitou Pérgamo, viajou muito e morreu na Sicília em 200 d.C., aos 70 anos de idade.
Durante sua permanência em Roma, Galeno desenvolveu intensa atividade: proferia conferências e palestras para o público, fazia dissecções e experiências em animais, escrevia sem cessar e era médico das classes abastadas. Sua personalidade era de um egocêntrico vaidoso e dogmático; acreditava estar sempre com a verdade e procurava contraditar seus antecessores e contemporâneos, à exceção de Hipócrates, que ele respeitava e em cuja obra e doutrina dos quatro humores se baseava para a interpretação etiopatogênica das doenças e seu tratamento.
 
Segundo seu próprio depoimento, teria escrito cerca de 400 livros abrangendo vários campos do conhecimento, como filosofia, matemática, gramática, leis e medicina; 43 livros médicos se perderam no incêndio do Templo da Paz, onde seus livros se encontravam guardados, porém foram salvos 83. Algumas obras foram recuperadas através de traduções do árabe. O Museu Britânico possui 84 diferentes edições das obras de Galeno em latim. A coleção mais completa e a mais citada é a edição bilingüe (grego-latim), publicada por Kuhn, de 1821 a 1833, em 22 volumes.
Com Galeno, os conhecimentos sobre o sistema nervoso tiveram um grande avanço.
Ao contrário de Aristóteles, Galeno considerava o cérebro o centro das sensações e do pensamento, a sede da alma porque nele se produz o raciocínio e se conserva a lembrança das imagens sensoriais. “Estudou a  anatomia do encéfalo em seus detalhes.
Descreveu sete pares de nervos cranianos, porém considerou o nervo abducente como parte do nervo óptico; o facial e o acústico (vestibulococlear) como um só nervo, assim como o glossofaríngeo e o acessório.
Em realidade, Galeno só não identificou o 4º par, o nervo troclear. Descreveu igualmente 30 pares de nervos espinhais, o grande simpático tóraco-abdominal e a dupla inervação vagal e simpática dos órgãos abdominais.
Segundo Major, Galeno foi um dos maiores neurofisiologistas de todos os tempos. Realizou várias experiências em animais, produzindo lesões no cérebro e no cerebelo e seccionando a medula espinhal em diferentes alturas e observando os efeitos resultantes.
Classificou os nervos em dois tipos: moles ou sensitivos (para os órgãos dos sentidos) e duros para os movimentos, chamando a atenção para o fato de que há órgãos com os dois tipos de nervos, como a língua e os olhos, dotados ao mesmo tempo de sensitividade e movimento. O encéfalo é o local de origem dos nervos, de toda a sensação e do movimento voluntário.
Explicou a duplicidade dos órgãos dos sentidos, dos ventrículos cerebrais e dos próprios hemisférios cerebrais para a eventualidade de que “se um deles sofrer lesão, o outro suprirá a função do que for lesado”.
Combateu a idéia de Praxágoras de que as circunvoluções cerebrais são expansões da medula espinhal, visto que a medula entra em contato somente com a base do cérebro, onde não há circunvoluções.
Denominou a epífise de conarium, por seu aspecto semelhante a uma pinha (glândula pineal). Quanto à sua função, rebateu com veemência a idéia de que a mesma serve para regular a passagem do pneuma: “Esta suposição é de um espírito ignorante que se recusa a instruir-se”
Distinguiu mais de um tipo de epilepsia, que tanto pode originar-se de uma afecção primária do encéfalo como por simpatia (oriunda de outras partes).
Referindo-se à apoplexia, considerou-a uma afecção do encéfalo, visto que todas as funções psíquicas são afetadas. Ao contrário, nos casos de simples paralisia em que a face permanece normal, a sede da lesão deve estar na medula. Ao abordar a cefaléia e a enxaqueca (hemicrania), ressaltou que não se trata de doenças da cabeça.
Galeno estabeleceu o princípio de que toda lesão em um órgão corresponde a uma alteração da função e vice-versa. Este princípio foi o marco inicial da fisiopatologia.
Galeno cometeu muitos erros, como o referente à sua teoria da circulação sangüínea, porém, sem nenhuma dúvida, foi o médico que maior e mais duradoura influência exerceu sobre a medicina durante nada menos de 1.500 anos.
Galeno era monoteísta e sua visão sobre o corpo humano era de uma criação divina em que cada elemento anatômico fora planejado por Deus da maneira mais perfeita possível para cumprir sua função. Por esta razão sua obra foi muito valorizada ao mesmo tempo pelos hebreus, cristãos e muçulmanos durante a Idade Média e permaneceu dogmática e intocável até a Renascença.
 
Fontes bibliográficas
1.GALENO, C – Oeuvres anatomiques, physiologiques et médicales. Tradução de Ch. Daremberg. Paris, Baillière, 1854.
2.GALENO: Procedimenti anatomici. Tradução italiana. Biblioteca Universale Rizzoli, (3 vol.), 1991.
3. LAIGNEL-LAVASTINE (Org.) Histoire de la médecine, de la pharmacie, de lárt dentaire et de l’art vétérinaire. Paris, Albin Michel Ed., 1969.
4. MAJOR, Ralph H.: A history of medicine. Oxford, Blackwell Scientific Publications, 1954.
 

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