Atitude positiva prolonga a vida, diz estudo
“Já é sabido que expressões patológicas de emoções, tais como depressão e hostilidade, podem gerar doenças”, afirmou David Snowdon, professor de neurologia da Universidade de Kentucky (EUA) e diretor dos estudos com as freiras do Centro de Envelhecimento Sanders-Brown.
“Nossa teoria é a de que estados emocionais negativos, tais como ansiedade, ódio e ira podem acumular efeitos no corpo através do tempo. Com o passar das décadas, as pessoas que experimentam tais emoções diariamente e se machucam estão mais aptas a se tornarem vítimas de infartos e derrames”, disse Snowdon.
“É uma pesquisa interessante e muito importante”, afirmou o doutor Richard Suzman, diretor-associado do Instituto Nacional de Envelhecimento dos EUA. “Eu acredito que esta recente descoberta de que o otimismo pode até mesmo ajudar na longevidade resultará em vários outros estudos sobre o tema”.
Desde 1986, Snowdon vem analisando a vida de 678 irmãs do colégio de freiras Notre Dame, em Kentucky. Todas elas concordaram em passar anualmente por exames cognitivos, psicológicos e testes sangüíneos. Elas também concordaram em doar seus cérebros para estudos depois de mortas.
O estudo produziu evidências de que um derrame ou um trauma cerebral podem aumentar as chances de uma pessoa sofrer de demência ou mal de Alzheimer na velhice.
Anos atrás, Snowdon e seus colegas analisaram 180 diários escritos pelas freiras quando estavam na casa dos 20 anos. Hoje, depois de grifar palavras como “alegria”, “satisfação”, “amor”, “esperança” e “contentamento”, Snowdon descobriu que as irmãs que expressaram mais emoções positivas viveram cerca de 10 anos mais do que aquelas que expressaram menos emoções positivas.
“Quanto mais positiva uma pessoa é, menor o estresse que esta pessoa coloca em seu corpo através do tempo”, afirmou Snowdon. “É bom sentir-se feliz e esperançoso. É um estado agradável que produz pouco estresse, e o corpo prospera nestas condições. É mais uma coisa que as pessoas podem fazer para tentar viver com saúde”.