Centro Espírita Leocádio Corrêia

Evangelização, Cura e Desobsessão

  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato
  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato

Artigo

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Reformador > A espiritualidade dos animais

A espiritualidade dos animais

celcArtigos da Revista Reformador28 de dezembro de 2011 Leave a comment0

EURÍPEDES KÜHL

 

Gratificante que esse tema, até pouco tempo tão deslembrado, esteja agora visitando e instigando a mente de tantas pessoas, não necessariamente espíritas, mas, ao menos, espiritualistas, querendo saber o que acontece com os animais depois que morrem…

De minha parte e dentro do que conheço do Espiritismo, respondo a esse questionamento retrocedendo no tempo, partindo da criação dos seres vivos:

– Deus, “[…] a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”,1 cria sem cessar. Uma de suas criações é o Princípio Inteligente (PI), representado pela mônada2 que verte do “Princípio Inteligente Universal” e que, contemplada com a eternidade (!), enceta longa rota evolutiva, estagiando inicialmente no mineral, a seguir no vegetal, depois no animal, daí ao hominal e, finalmente, no angelical; – para essa extensa fieira de experiências, a fim de atuar sobre a matéria, o Princípio Inteligente utiliza “o concurso de uma força, a que se conveio em chamar fluido vital” e em todas ele estará revestido “de um invólucro invisível, intangível e imponderável […]”. Esse invólucro denomina-se “perispírito” (apesar de sua materialidade, é bastante eterizado). É formado de matéria cósmica primitiva – o fluido universal;3 – nos três primeiros estágios citados, a pouco e pouco cada PI

irá se individualizando, percorrendo infinitos ciclos evolutivos, num e noutro plano da vida (o espiritual e o material), durante os quais será mantido, monitorado e guiado por Inteligências Siderais, responsáveis pela vida, por delegação divina; – nesses três reinos o PI gradativamente irá sendo equipado, por aqueles Protetores, de instinto e “automatismos fisiológicos”,4  representando poderosos equipamentos para possibilitar-lhe a sobrevivência, nos rudes crivos que terá de superar, até humanizar-se, quando então, ainda com tais condicionamentos automáticos (que possibilitam o metabolismo), estará equipado de livre-arbítrio, inteligência contínua e consciência; – à medida que ocorre a sua individualização, na extensa rota de experiências, no reino animal, o PI já é uma alma, “porém inferior à do homem”;5 assim sendo, é lícito deduzir que revestindo essa alma há um corpo astral – o perispírito –, sutil, mas ainda material (como já registramos) e sempre mais grosseiro que o do homem.

 

Tratando-se agora dos três reinos e, em particular, da morte dos animais, Kardec perguntou6  e obteve respostas claras, não passíveis de segunda interpretação.

Resumindo essas respostas: – minerais só têm força mecânica (não têm vitalidade);

NOTA: Quer me parecer que essa força é a que mantém a agregação do átomo, que acompanhará as várias vestimentas físicas do PI em toda a vasta fieira de experiências terrenas.

 

– vegetais são dotados de vitalidade e têm vida orgânica (nascem, crescem, reproduzem e morrem), além de serem dotados de instinto rudimentar; – animais têm instinto apurado e inteligência fragmentária, além de linguagem própria de cada espécie; têm um princípio independente, que sobrevive após a morte; esse princípio independente, individualizado, algo semelhante a uma alma rudimentar, inferior à humana, dá-lhes limitada liberdade de ação (apenas nos atos da vida material);

assim, pois, não têm livre-arbítrio; essa “alma”, não sendo humana, não é um Espírito errante (aquele que, no intervalo das encarnações, pensa e age pelo livre-arbítrio); – ao morrer, cada animal é classificado pelos Espíritos disso encarregados; enquanto aguardam breve retorno às lides terrenas, via reencarnação, são mantidos em vida latente e sem contato, uns com os outros; ao serem reconduzidos à nova existência terrena são alocados em habitats de suas respectivas espécies.

Aqui encerro o meu (incompleto) resumo do que consta em O Livro dos Espíritos.

 

Respeitáveis autores espíritas, desencarnados, aduziram informações sobre esse tema.André Luiz, em particular, narra que vários animais são encontrados na Espiritualidade, como por exemplo aves, cães, cavalos, íbis viajores, muares. Alguns são “escalados” para tarefas diversificadas (cães e cavalos, na maioria das vezes, como se vê, respectivamente, em duas obras:7 Nosso Lar, cap. 33 e Os Mensageiros, cap. 28).

No capítulo XII da citada obra Evolução em Dois Mundos, André Luiz narra que, após a morte, os animais têm dilatado o seu “período de vida latente” no plano espiritual, caindo em pesada letargia, qual hibernação, de onde serão genesicamente atraídos às famílias da sua espécie, às quais se ajustam.

Essa informação considero-a fundamental para o entendimento de como os animais vivem no plano espiritual, tendo Kardec registrado que, após a morte, os animais são classificados e impedidos de se relacionarem com outras criaturas; André Luiz, agora, diz a mesma coisa, de outra forma, ao mencionar que os animais que não são destacados para alguma tarefa entram em hibernação e logo reencarnam.

Depreendo, assim, que na Espiritualidade os animais não utilizados em vários serviços não têm vida

consciente, mas vegetativa, o que responde à pergunta de como vivem lá: sem qualquer relacionamento, uns com os outros. Assim, não havendo ação de predadores inexistem presas; mantidos em hibernação, não se alimentam, não brigam, não reproduzem, não se deslocam.

Como se nota na literatura espírita, as referências sobre animais na Espiritualidade reportam-se, na maioria das vezes, a animais que podem ser denominados biológica e espiritualmente “superiores”.

Raríssimas são as notas sobre aves, peixes, insetos ou sobre as incontáveis espécies extintas no Planeta.

Igualmente escassas, as anotações sobre a fantástica transição do animal (quais espécies animais?) para o hominal – o “elo perdido”, dos biólogos…

Sem nos esquecermos da instigante citação, feita de relance por André Luiz, em Nosso Lar, em se referindo à existência, na Espiritualidade, dos “parques de estudo e experimentação”.

O fato é que existem, sim, tais anotações, porém, o espaço disponível para meu texto não comportaria mais informações sobre a espiritualidade dos animais.

 

1KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 90. ed. Rio de Janeiro: FEB. Questão 1.

2Mônada: organismo muito simples, que poderia ser considerado uma unidade orgânica. “Mônada celeste” seria a célula espiritual, manifestando-se em “o princípio inteligente (PI) em suas primeiras manifestações”, ou seja, na primeira fase de evolução do ser vivo, “os germes sagrados dos primeiros homens”.

3DELANNE, Gabriel. A evolução anímica. 12. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. “Introdução”, p. 15-16.

4XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. Ed. Especial. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte, cap. 4, p. 39.

5KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 90. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Questão 597/597-a.

6______. Parte segunda, cap. XI, “Dos três reinos”.

7Ambas as obras de André Luiz, autor espiritual, com psicografia de Francisco Cândido Xavier. Ed. FEB.

 

Revista Reformador 02.08

Share This Post!

Leave a Reply

Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Mediunidade – Palestra 30.11.11

A força do amor

Pesquisar Assunto

Categorias

Tópicos recentes

  • Magnetismo, palestra 24.09.25
  • Glândula Pineal – Epífise – palestra 27.08.25
  • Estudo Sobre A Revista Espírita 1861, palestra 25.06.25
  • Fé Raciocinada, palestra 29.01.25
  • Livre arbítrio e responsabilidade, palestra 26.02.25

Arquivos

  • outubro 2025
  • agosto 2025
  • julho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • outubro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • janeiro 2022
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • janeiro 2021
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • agosto 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • fevereiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • maio 2019
  • março 2019
  • janeiro 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • março 2017
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • setembro 2013
  • junho 2013
  • maio 2013
  • março 2013
  • fevereiro 2013
  • janeiro 2013
  • dezembro 2012
  • outubro 2012
  • junho 2012
  • abril 2012
  • março 2012
  • fevereiro 2012
  • janeiro 2012
  • dezembro 2011
  • novembro 2011
  • outubro 2011
  • setembro 2011
  • junho 2011
  • maio 2011
  • abril 2011
  • fevereiro 2011
  • janeiro 2011
  • dezembro 2010
  • setembro 2009
  • março 2009
  • fevereiro 2009
  • agosto 2008
  • março 2008
Conhecer o Passado, Trabalhar no Presente e Construir o Futuro
O espiritismo não será a religião do futuro, e sim o futuro das religiões.
Copyright CELC