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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Filósofos/Ciêntistas/Precursores do Evangelho > Arthur Schopenhauer – (1788 – 1860)

Arthur Schopenhauer – (1788 – 1860)

celcFilósofos/Ciêntistas/Precursores do Evangelho2 de agosto de 2014 Leave a comment0

Arthur Schopenhauer (22 de Fevereiro 1788 – 21 de Setembro 1860) foi um filósofo alemão do século XIX das correntes irracionalista e romântica. Sua obra principal é O mundo como vontade e representação, embora o seu livro Parerga e Paraliponema (1851) seja o mais conhecido. Friedrich Nietzsche tem Schopenhauer como o filósofo que mais o influenciou. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o Budismo e a filosofia indiana na metafísica alemã. Ele, entretanto, foi conhecido por seu pessimismo e entendia o Budismo como uma confirmação dessa visão, fazendo então que Nietzsche criticasse o Budismo como uma doutrina que, insatisfeita com as mazelas do mundo, requer a auto-mortificação em nome de uma moral artificial.

Schopenhauer nasceu em Danzig (na época uma cidade livre do báltico) em 22 de Fevereiro de 1788, morreu em Frankfurt em 21 de Setembro de 1860.

Idéias

O pensamento de Schopenhauer parte de uma interpretação de alguns pressupostos da filosofia kantiana, em especial de sua concepção de Fenômeno. Esta noção leva Schopenhauer a postular que o mundo não é mais que Representação. Esta conta com dois pólos inseparáveis: por um lado, o objeto, constituído a partir de espaço e tempo; por outro, a consciência subjetiva acerca do mundo, sem a qual este não existiria. Contudo, Schopenhauer rompe com Kant, uma vez que este afirma a possibilidade da consciência alcançar a Coisa-em-si, isto é, a realidade não fenomênica. Segundo Schopenhauer, ao tomar consciência de si, o homem se experiencia como um ser movido por aspirações e paixões. Estas constituem a unidade da Vontade, compreendida como o princípio norteador da vida humana. Voltando o olhar para a natureza, o filósofo percebe esta mesma Vontade presente em todos os seres, figurando como fundamento de todo e qualquer movimento. Para Schopenhauer, a Vontade corresponde à Coisa-em-si; ela é o substrato último de toda realidade.

A vontade, no entanto, não se manifesta como um princípio racional; ao contrário, ela é o impulso cego que leva todo ente, desde o inorgânico até o homem, a desejar sua preservação. A consciência humana seria uma mera superfície, tendendo a encobrir, ao conferir causalidade a seus atos e ao próprio mundo, a irracionalidade inerente à vontade. Sendo deste modo compreendida, ela constitui, igualmente, a causa de todo sofrimento, uma vez que lança os entes em uma cadeia perpétua de aspirações sem fim, o que provoca a dor de permanecer algo que jamais consegue completar-se. Segundo tal concepção pessimista, o prazer consiste apenas na supressão momentânea da dor; esta é a única e verdadeira realidade.

Contudo, há alguns caminhos que possibilitam ao homem escapar da vontade, e assim, da dor que ela acarreta. A primeira via é a da arte. Schopenhauer traça uma hierarquia presente nas manifestações artísticas, na qual cada modalidade artística, ao nos lançar em uma pura contemplação de Idéias, nos apresenta um grau de objetivação da vontade. Partindo da arquitetura como seu grau inferior, ao mostrar a resistência e as forças intrínsecas presentes na matéria, o último patamar desta contemplação reside na experiência musical; a música, por ser independente de toda imagem externa, é capaz de nos apresentar a pura Vontade em seus movimentos próprios; a música é, pois, a própria vontade encarnada. Tal contemplação, trazendo a vontade para diante de nós, consegue nos livrar, momentaneamente, de seus liames.

A arte representa apenas um paliativo para o sofrimento humano. Outra possibilidade de escape é apontada através da moral. A conduta humana deve voltar-se para a superação do egoísmo; este provém da ilusão de individuação, pela qual um indivíduo deseja, constantemente, suplantar os outros. A compreensão da Vontade faz aparecer todos os entes desde seu caráter único, o que leva, necessariamente, a um sentimento de fraternidade e a uma prática de caridade e compaixão.

Entretanto, a suprema felicidade somente pode ser conseguida pela anulação da vontade. Tal anulação é encontrada por Schopenhauer no misticismo hindu, particularmente o Budismo; a experiência do Nirvana constitui a aniquilação desta vontade última, o desejo de viver. Somente neste estado, o homem alcança a única felicidade real e estável.

A filosofia de Schopenhauer influenciou marcadamente vários pensadores, entre os quais destacam-se: Nietzsche, Hartmann, Simmel, Bergson e Freud

 

Principais Obras

Sobre a raiz quádrupla do princípio da razão suficiente (1813).

O mundo como vontade e representação (1819).

Sobre a Vontade da Natureza (1836).

Os Dois Problemas Fundamentais da Ética (1841).

Parerga e Paraliponema (1851).

 

Contexto filósofico e cultural

1788

Nascimento de Schopenhauer de Dantzig, no dia 22 de fevereiro. Kant: Crítica da razão pura.

1789

Revolução Francesa
George Washington é o primeiro presidente dos Estados Unidos.

1793

Os Schopenhauer se mudam para Hamburgo.

1803-1804

Napoleão é imperador pela Europa. Beethoven compõe a Heróica.

1805

Suicida-se o pai de Schopenhaer; este permanece em Hamburgo e sua mãe muda-se para Weimar. Napoleão é rei da Itália.

1807

Schopenhauer inicia seus estudos no Liceu de Weimar. Hegel: “Fenomenologia do Espírito”.

1808

Goethe: Fausto (primeira parte)

1811

Ingresso de Schopenhauer na Universidade de Berlim, onde estuda filosofia.

1813

Sobre a raiz quadrupla do príncipio de razão suficiente. Nascimento de Kierkegaard.

1814

Schopenhauer rompe relações com a mãe e muda-se para Dresden. Napoleão abdica e se retira para a ilha de Elba.

1819

O mundo como vontade e representação.

1841

Os dois problemas fundamentais da ética. Feuerbach: A essência do cristianismo.

1844

Segundo edição de O mundo como vontade e representação. Kiergaard: O conceito da angústia. Nascimento de Nietzsche.

1860

Schopenhauer morre em 21 de setembro. Fechner: Elementos de psicologia.

Trechos da obras “Do Sofrimento do Mundo”

“É uma verdade incrível como a existência da maior parte dos homens é insignificante e destituída de interesse, vista exteriormente, e como é surda e obscura sentida interiormente. Consta apenas de tormentos, aspirações impossíveis; é o andar cambaleante de um homem que sonha através das quatro épocas da vida, até à morte, com um contejo de pensamentos triviais. Os homens assemelham-se a relógios a que se dá corda e trabalham sem saber a razão. E sempre que um homem vem a este mundo, o relógio da vida humana recebe corda novamente, para repetir, mais uma vez, o velho e gasto refrão da eterna caixa de música, frase por frase, com variações imperceptíveis.”

“O Sentido mais próximo e imediato de nossa vida é o sofrimento, e se não fosse assim, nossa existência seria o maior dos contra-sensos, pois é um absurdo imaginar que a dor infinita, que nasce da necessidade essencial à vida, da qual o mundo está pleno é meramente acidental e sem sentido.

“Quem quiser comprovar a afirmação de que no mundo o prazer ultrapassa a dor, ou que pelo menos se mantêm em equilíbrio, que compare a sensação do animal que devora um outro, com a sensação daquele que é devorado.”

“O pássaro na gaiola canta não de alegria, mas de raiva.’ o mesmo sucede ao cão, o tão fiel e amigo do homem, que vive preso por correntes! Não consigo ver um cahorro preso sem experimentar imensa compaixão por ele e profunda indignação contra o seu dono e lembro-me com satisfação do caso relatado no Times, há alguns anos, em que um lord, dono de um imenso cão, que mantinha sempre acorrentado, certo dia, passeando pelo jardim, tentou acariciá-lo e, como resposta o cão arrancou-lhe o braço – e com toda razão! Com isso, certamente queria dizer: ‘Não és meu dono, mas meu demônio, fazendo um inferno minha curta existência’. Que todos que deixam seus cães acorrentados sofram o mesmo!”

“Na infância, nos situamos frente ao futuro de nossas vidas. É uma sorte não sabermos o que efetivamente virá, pois para quem sabe poderá, ás vezes, parecer que as crianças são deliquentes inocentes, condenadas não à morte, mas à vida, as quais ainda não ouviram o conteúdo de sua condenação. Não obstante, ainda assim, todos querem para si uma vida prolongada; por conseguinte aspiram a um estado em que a situação é: ‘Hoje está mal, amanhã será pior, até que sobrevenha o mal definitivo.'”

“Suponhamos que o ato da procriação não fosse uma necessidade e nem viesse junto com o prazer, mas fosse um assunto de pura reflexão racional: será que nesse caso a humanidade continuaria a existir? Ou, pelo contrário, cada um teria compaixão suficiente para não impor, com tanta frieza, o fardo da existência à geração seguinte? Pois o mundo constitui o inferno, e os homens dividem-se em dois grupos: de um lado ficam os atormentados e, do outro, os demônios.”

“Efetivamente, a convicção de que o mundo e, portanto, o homem, é algo que não deveria ser, é apropriada para nos dotar de tolerância em relação aos outros, pois o que devemos esperar de seres assim? E desse ponto de vista, deveríamos pensar que seria mais apropriado que os homens se tratassem não como Monsieur, Sir, etc., mas como ‘companheiros do infortúnio’.”

“Em consequência da relembrada negatividade do bem-estar e do prazer, em contraste com a positividade da dor, a felicidade de um determinado curso de vida não se estima segundo suas alegrias e prazeres, porém pela ausência dos sofrimentos, como sendo o positivo. Assim contudo a sorte dos animais parece mais sulportável do que a do homem.”

Outras citações:

“A modéstia é a humildade de um hipócrita que pede perdão por seus méritos aos que não têm nenhum.”

“O que um indivíduo pode ser para o outro, não significa grande coisa, no fim cada qual acaba só. Ser feliz, diz Aristóteles, é bastar-se a si mesmo.”

“Nada merece nosso esforço, todas as coisas boas são apenas vaidades, o mundo é uma bancarrota e a vida, um mau negócio, que não paga o investimento. Para ser feliz, é preciso ser como as crianças: ignorante.”

“O médico vê o homem em toda a sua fraqueza; o jurista o vê em toda a sua maldade; o teólogo, em toda a sua imbecilidade.”

“Agora terei que ouvir novamente que minha filosofia é desesperada somente porque me expresso conforme a verdade, mas as pessoas querem que se lhes diga que o Senhor Deus tenha feito tudo do melhor modo. Dirijam-se à igreja, e deixem em paz os filósofos. Ao menos não exijam que este disponham suas doutrinas conforme seus ensinamentos: isto, fazem-no os trapaceiros, os filosofastros; a estes, podem encomendar doutrinas à vontade.”

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Charles Richet (1850 – 1935)

Aristóteles – (384 a.C. – 322 a.C)

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