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Conflitos da Culpa

  Atualmente percebe-se um grande número de pessoas, principalmente de jovens, que carregam consigo o sentimento de culpa e os seus conflitos.  Muitas podem ser as causas de tal questão: • Registros no inconsciente profundo, resultantes de comportamentos inadequados ou destrutivo em outras existências ou na atual; • ” Ignorância medieval ” nele ainda remanescente, que a tudo quanto ignorava, por parecer aético ou imoral, transformava em pecado, culpa imundice, propiciando sentimentos ultrajantes e vergonhosos àqueles que passavam pelas experiências dignas de punição; • Convivência doentia com pais neuróticos e irritados, que gritam e acusam, que maltratam e agridem a criança que, se sentindo impossibilitada de tolerá-los ,foge-lhes da presença, refugiando-se no seu quarto ou no mundo particular da imaginação Quando se trata dos registros no inconsciente profundo, inadvertidamente o paciente experimenta a desagradável sensação de haver escamoteado a verdade ou agido erradamente, sem que ninguém tivesse idéia ou conhecimento dos seus atos reprocháveis. Porque os dissimulou com vigor ou conseguiu nega-los com veemência, permanece-lhe a crença subjacente de que, num ou noutro momento pode ser chamado à prestação de contas ou ser desmascarado, tombando em descrédito ou sofrendo a zombaria de quem hoje lhe oferece confiança e amizade. Acoimado pela culpa, foge dos relacionamentos de qualquer natureza, cultiva o mau humor, processa erradamente o que houve, sempre considerando que todas as queixas e reprimendas, advertências e observações que o alcançam têm por meta censurá-lo, humilhá-lo, estigmatizá-lo… No que diz respeito à “ignorância medieval” ocorre a vergonha de si mesmo assomando ainda hoje como sinal de permanência emocional nos dias sombrios da intolerância, considerando ignóbil ou vulgar, promíscuo ou sujo, todo e qualquer comportamento menos adequado ou mais primitivo, e assim se eximindo de culpa. Devido a esse comportamento emocional, tem dificuldade em assumir a responsabilidade pelos seus erros, enganos e equívocos, tendo ainda sempre desculpas para justificar o que considera reprovável.

Muitos pais acusam os filhos de ser um peso nas suas vidas ou responsável pelos problemas e transtornos que experimentam, passa a sentir culpa, de que não consegue liberar-se, prosseguindo numa adolescência incompleta, na qual surge a vergonha da própria sexualidade, por parecer-lhe algo impuro. <address style="text-align

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Conduta Espírita no Templo

   Entrar pontualmente no templo espírita para tomar parte das reuniões, sem provocar alarido ou perturbações. O templo é local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores. Dedicar a melhor atenção aos doutrinadores, sem conversação, bocejo ou tosse bulhenta, para que seja mantido o justo respeito ao lar da oração.Os atos da criatura revelam-lhe os propósitos.

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O Perdão

   As primeiras peregrinações do Cristo e de seus discípulos, em torno do lago, haviam alcançado inolvidáveis triunfos. Eram doentes atribulados que agradeciam o alívio buscado ansiosamente; trabalhadores humildes que se enchiam de santas consolações ante as promessas divinas da Boa Nova. Aquelas atividades, entretanto, começaram a despertar a reação dos judeus rigoristas, que viam em Jesus um perigoso revolucionário. O amor que o profeta nazareno pregava vinha quebrar antigos princípios da lei judaica. Os senhores da terra observavam cuidadosamente as palestras dos escravos, que permutavam imenso júbilo, proveniente das esperanças num novo reino que não chegavam a compreender. Os mais egoístas pretendiam ver no profeta generoso um conspirador vulgar, que desejava levantar as iras populares contra a dominação de Herodes; outros presumiam na sua figura um feiticeiro incomum, que era preciso evitar. Foi assim que a viagem do Mestre a Nazaré redundou numa excursão de grandes dificuldades, provocando de sua parte as observações quase amargas que se encontram no Evangelho, com respeito ao berço daqueles que o deveriam guardar no santuário do coração. Não foram poucos os adversários de suas idéias renovadoras que o precederam na cidade minúscula, buscando neutralizar-lhe ação por meio de falsas notícias e desmoralizá-lo, alimentando com informações mal alinhavadas de alguns nazarenos. Jesus sentiu de perto a delicadeza da situação que o lhe criara com a primeira investida dos inimigos gratuitos de sua doutrina; mas, aproveitou todas as oportunidades para as melhores lições na esfera do ensinamento. No entanto, o mesmo não aconteceu a seus discípulos. Filipe e Simão Pedro chegaram a questionar seriamente com alguns senhores da região, trocando palavras ásperas, em torno das edificações do Messias. As gargalhadas irônicas, as apreciações menos dignas lhes acendiam no ânimo propósitos impulsivos de defesas apaixonadas. Não faltavam os que viam no Senhor um servo ativo do espírito do mal, um inimigo de Moisés, um assecla de príncipes desconhecidos, ou de traidores ao poder político de Ântipas. Tamanhas foram as discussões em Nazaré, que os seus reflexos nocivos se faziam sentir fortemente sobre toda a comunidade dos discípulos. Pedro e André advogavam a causa do Mestre com expressões incisivas e sinceras. Tiago aborrecia-se com a análise dos companheiros. Levi protestava, expressando o desejo de instituir debates públicos, de maneira a evidenciar-se a superioridade dos ensinos do Messias, em confronto com os velhos textos. Jesus compreendeu os acontecimentos e, calmamente, ordenou a retirada, afastando-se da cidade com tranqüilo sorriso. Não obstante a determinação e apesar do regresso a Cafarnaum, a maioria dos apóstolos prosseguiu em discussão estranhando que o Mestre nada fizesse, reagindo contra as envenenadas insinuações a seu respeito. Daí a alguns dias, obedecendo às circunstâncias ocorrentes naquela situação, Pedro e Filipe procuraram avistar-se com o Senhor, ansiosos pela claridade dos seus ensinos. Mestre, chamaram-vos servo de Satanás e reagimos prontamente!  dizia Pedro, com sinceridade ingênua. Observávamos que por vós mesmo nunca oporíeis a contradita ajuntava Filipe, convicto de haver prestado excelente serviço ao Mestre bem-amado  e por isso revidamos aos ataques com a maior força de nossas expressões. Não obstante o calor daquelas afirmativas, Jesus meditava com uma doce placidez no olhar profundo, enquanto os interlocutores o contemplavam, ansiando pela sua palavra de franqueza e de amor. Afinal, saindo de suas reflexões silenciosas, o Mestre interrogou: Acaso poderemos colher uvas nos espinheiros? De modo algum me empenharia em Nazaré numa contradita estéril aos meus opositores. Contudo, procurei ensinar que a melhor réplica é sempre a do nosso próprio trabalho, do esforço útil que nos seja possível. Nesse particular, não deixei de operar na minha esfera de ação, de modo a produzir resultados a nossa excursão à cidade vizinha, tornando-a proveitosa, sem desdenhar as palavras construtivas no instante oportuno. De que serviriam as longas discussões públicas, inçadas de doestos e zombarias? Ao termo de todas elas, teríamos apenas menores probabilidades para o triunfo glorioso do amor e maiores motivos para a separatividade e odiosas dissensões. Só devemos dizer aquilo que o coração pode testemunhar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia. – Mestre – atalhou Filipe, quase com mágoa —, a verdade é que a maioria de quantos compareceram às pregações de Nazaré falava mal de vós! – Mas, não será vaidade exigirmos que toda gente tenha  de nossa personalidade elevado conceito?  interrogou Jesus com energia e serenidade.  Nas ilusões que as criaturas da Terra inventaram para a sua própria vida, nem sempre constitui bom atestado da nossa conduta o falarem todos bem de nós, indistintamente. Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção. Servir a Deus é tarefa que deve estar acima de tudo e, por vezes, nesse serviço divino, é natural que desagrademos aos mesquinhos interesses humanos. Filipe, sabes de algum emissário de Deus que fosse bem apreciado no seu tempo? Todos os portadores da verdade do céu são incompreendidos de seus contemporâneos. Portanto, é indispensável consideremos que o conceito justo é respeitável, mas, antes dele, necessitamos obter a aprovação legítima da consciência, dentro de nossa lealdade para com Deus. Mestre obtemperou Simão Pedro, a quem as explicações da hora calavam profundamente —, nos acontecimentos mais fortes da vida, não deveremos, então, utilizar as palavras enérgicas e justas? Em toda circunstância, convém naturalmente que se diga o necessário, porém, é também imprescindível que não se perca tempo. Deixando transparecer que as elucidações não lhe satisfaziam plenamente, perguntou Filipe: Senhor, vossos esclarecimentos são indiscutíveis; entretanto, preciso acrescentar que alguns dos companheiros se revelaram insuportáveis nessa viagem a Nazaré: uns me acusaram de brigão e desordeiro; outros, de mau entendedor de vossos ensinamentos. Se os próprios irmãos da comunidade apresentam essas falhas, como há de ser o futuro do Evangelho? O Mestre refletiu um momento e retrucou: Estas são perguntas que cada discípulo deve fazer a si mesmo. Mas, com respeito à comunidade, Filipe, pelo que me compete esclarecer, cumpre-me perguntar-te se já edificaste o reino de Deus no íntimo do teu espírito. É verdade que ainda não respondeu, hesitante, o apóstolo. De dentro dessa realidade, podes observar que, se o nosso colégio fosse constituído de irmãos perfeitos, teria deixado de ser irrepreensível pela adesão de um amigo que ainda não houvesse conquistado a divina edificação. Ambos os discípulos compreenderam e se puseram a meditar, enquanto o Cristo continuava: O que é indispensável é nunca perdermos de vista o nosso próprio trabalho, sabendo perdoar com verdadeira espontaneidade de coração. Se nos labores da vida um companheiro nos parece insuportável, é possível que também algumas vezes sejamos considerados assim. Temos que perdoar aos adversários, trabalhar pelo bem dos nossos inimigos, auxiliar os que zombam da nossa fé. Nesse ponto de suas afirmativas, Pedro atalhou-o, dizendo: Mas, para perdoar não deveremos aguardar que o inimigo se arrependa? E que fazer, na hipótese de o malfeitor assumir a atitude dos lobos sob a pele da ovelha? Pedro,

o perdão não exclui a necessidade da vigilância, como o amor não prescinde da verdade. A paz é um patrimônio que cada coração

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A Luta Contra o Mal

  De todas as ocorrências da tarefa apostólica, os encontros do Mestre com os endemoninhados constituíam os fatos que mais impressionavam os discípulos.

A palavra “diabo” era então compreendida na sua justa acepção. Segundo o sentido exato da expressão, era ele o adversário

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As expiações coletivas

  OBRAS PÓSTUMAS (1869 – Allan Kardec) Perguntas e problemas  – Clélie Duplantier   Pergunta. – O Espiritismo nos explica perfeitamente a causa dos sofrimentos individuais, como consequência imediata de faltas cometidas na existência presente, ou expiação do passado; mas, uma vez que cada um não deve ser responsável senão pelas suas próprias faltas, explicam-se menos as infelicidades coletivas que atingem as aglomerações de indivíduos, como, por vezes, toda uma família, toda uma cidade, toda uma nação ou toda uma raça, e que atingem os bons como os maus, os inocentes como os culpados. Resposta. – Todas as leis que regem o Universo, quer sejam físicas ou morais, materiais ou intelectuais, foram descobertas, estudadas, compreendidas, procedendo do estudo e da individualidade, e do da família à de todo o conjunto, generalizando-as gradualmente, e constatando-lhe a universalidade dos resultados. Ocorre o mesmo hoje para as leis que o estudo do Espiritismo vos faz conhecer; podeis aplicar, sem medo de errar, as leis que regem a família, a nação, as raças, o conjunto de habitantes dos mundos, que são individualidades coletivas. As faltas dos indivíduos, as da família, as da nação, e cada uma, qualquer que seja o seu caráter, se expiam em virtude da mesma lei. O carrasco expia para com a sua vítima, seja achando-se em sua presença no espaço, seja vivendo em contato com ela numa ou várias existências sucessivas, até à reparação de todo o mal cometido, Ocorre o mesmo quando se trata de crimes cometidos solidariamente, por um certo número; as expiações são solidárias, o que não aniquila a expiação simultânea das faltas individuais.   Em todo homem há três caracteres: o do indivíduo, do ser em si mesmo: o de membro de família, e, enfim, o de cidadão; sob cada uma dessas três faces pode ser criminoso ou virtuoso, quer dizer, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo que criminoso como cidadão, e reciprocamente; daí as situações especiais que lhe são dadas em suas existências sucessivas. Salvo exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que têm uma tarefa comum reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado o objetivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita.   Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provas que não resultam de atos da vida presente, porque já vos foi dito que é a quitação de dívidas do passado; por que não ocorreria o mesmo com as provas coletivas? Dissestes que as infelicidades gerais atingem o inocente como o culpado; mas sabeis que o inocente de hoje pode ter sido o culpado de ontem? Que tenha sido atingido individualmente ou coletivamente, é que o mereceu. E, depois, como dissemos, há faltas do indivíduo e do cidadão; a expiação de umas não livra da expiação das outras, porque é necessário que toda dívida seja paga até o último centavo. As virtudes da vida privada não são as da vida pública; um, que é excelente cidadão, pode ser muito mau pai de família, e outro, que é bom pai de família, probo e honesto em seus negócios, pode ser um mau cidadão, ter soprado o fogo da discórdia, oprimido o fraco, manchado as mãos em crimes de lesa-sociedade. São essas faltas coletivas que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de talião, ou ter a ocasião de repararem o mal que fizeram, provando o seu devotamento à coisa pública, socorrendo e assistindo aqueles que outrora maltrataram.

O que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, sem

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As Desculpas de Moisés

As Desculpas de Moisés

Tentando Fugir da Responsabilidade

Moisés nasceu num momento crítico. O povo dele, os descendentes de Abraão escolhidos para receber grandes promessas, estava sofrendo terrivelmente. Os egípcios dominavam os hebreus com tirania, e até matavam os filhos recém-nascidos para controlar o

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Revolução da Alma

  Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto “Revolução da Alma“ no ano 360 a.C., e é eterno.     Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

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Fui Mineral, Morri e Me Tornei Planta

“Fui mineral, morri e me tornei planta, como planta morri e depois fui animal, como animal morri e depois fui homem, porque teria eu medo? Acaso fui rebaixado pela morte? Vi dois mil homens que eu fui, mas nenhum era tão bom quanto sou hoje. Morrerei ainda como homem, para elevar-me e estar entre os bem-aventurados anjos. Entretanto, mesmo esse estado de anjo terei de deixar.”    

Al Rumi (Jal?l

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