Caridade e Amor ao Próximo
O Livro dos Espíritos de Allan Kardec nos responde essas duas questões importantes para entendermos realmente a caridade e a maior virtude.
– Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
– Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas.
Obs: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem Que está ao nosso alcance e que gostaríamos nos fosse feito a nós mesmos. Tal é o sentido das palavras de Jesus: amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não esta restrita à esmola. Ela abrange todas as relações que temos com nossos semelhantes, quer sejam nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores. Ela nos ordena a indulgência porque nós mesmos temos necessidade dela. Proibi-nos de humilhar o infortúnio, contrariamente ao que se pratica muito freqüentemente. Se uma pessoa rica se apresenta, tem-se por ela mil atenções, mil amabilidades; se é pobre, parece não haver mais necessidade de se incomodar com ela. Quanto mais sua posição seja lastimável, mais se deve respeitar antes de aumentar seu sofrimento pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura realçar o inferior aos seus próprios olhos diminuindo a distância, entre ambos.
– Qual a mais meritória de todas as virtudes?
– Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são sinais de progresso no caminho do bem. Há virtude toda vez que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências. Mas o sublime na virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem oculta intenção. A mais meritória é aquela que está fundada sobre a mais desinteressada caridade.
Livro dos Espíritos cap. 11 e 12