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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Reformador > Comunicação com os Espíritos

Comunicação com os Espíritos

celcArtigos da Revista Reformador20 de maio de 2014 Leave a comment0
 
 
 
A comunicação com os Espíritos existe desde os primórdios da Humanidade.
Encontramos registros do intercâmbio mediúnico nos livros sagrados de todos os povos, nas mais diversas culturas e tradições. Um dos grandiosos objetivos do Espiritismo foi o de colocar bases lógicas na explicação dos fenômenos mediúnicos. Nada inventou, pois analisando os efeitos remontou às causas e revelou as leis que regem as comunicações espíritas.
Na Bíblia, por exemplo, encontraremos os mais variados tipos de fenômenos mediúnicos: a pneumatografia dos Dez Mandamentos, a xenoglossia do dia de Pentecostes, a materialização dos Espíritos Elias e Moisés no Monte Tabor, o diálogo entre Saul e o Espírito Samuel, estabelecido pelo fenômeno da psicofonia, entre outros.
Enfim, a Bíblia está repleta de fenômenos espíritas, cuja citação exigiria se escrevesse um livro, só
para citá-los.
A história da Humanidade está repleta de fatos espíritas, como nos esclarece Léon Denis:
Certas pessoas consideram, mas sem razão, a mediunidade um fenômeno peculiar aos nossos tempos. A mediunidade, realmente, é de todos os séculos e de todos os países. Desde as idades mais remotas existiram relações entre a Humanidade terrestre e o mundo dos Espíritos.
Se interrogarmos os Vedas da Índia, os templos do Egito, os mistérios da Grécia, os recintos de pedra da Gália, os livros sagrados de todos os povos, por toda parte, nos documentos escritos, nos monumentos e tradições, encontraremos a afirmação de um fato que tem permanecido através das vicissitudes dos tempos […].1
Neste mesmo sentido, com mais detalhes, encontramos na lavra psicográfica de Francisco Cândido Xavier numerosos antecedentes históricos dos fenômenos mediúnicos, in verbis: Acena-nos a antiguidade terrestre com brilhantes manifestações mediúnicas, a repontarem da História.
Discípulos de Sócrates referem–se, com admiração e respeito, ao amigo invisível que o acompanhava constantemente.
Reporta-se Plutarco ao encontro de Bruto, certa noite, com um dos seus perseguidores desencarnados, a visitá-lo, em pleno campo.
Em Roma, no templo de Minerva, Pausânias, ali condenado a morrer de fome, passou a viver, em Espírito, monoideizado na revolta em que se alucinava, aparecendo e desaparecendo aos olhos de circunstantes assombrados, durante largo tempo.
Sabe-se que Nero, nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo.
Os Espíritos vingativos em torno de Calígula eram tantos que, depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lâmia, eram ali vistos, frequentemente, até que se lhe exumaram os despojos para a incineração. […]2
Mais adiante, o Espírito André Luiz completa: […] Apenas há alguns séculos, vimos Francisco de Assis exalçando-a em luminosos acontecimentos; Lutero transitando entre visões; Teresa d’Ávila em
admiráveis desdobramentos; José de Copertino levitando ante a espantada observação do papa Urbano VIII, e Swedenborg recolhendo, afastado do corpo físico, anotações de vários planos espirituais que ele próprio filtra para o conhecimento humano, segundo as concepções de sua época. […]3
A proibição mosaica (não divina) da comunicação com os “mortos” deu-se pelos abusos praticados
por aquele povo que ainda não se encontrava suficientemente maduro para o entendimento das coisas espirituais. A prática mediúnica era exercida levianamente para finalidades escusas como a adivinhação, feitiçarias, entre outras frivolidades, também condenadas pelo Espiritismo.
Neste sentido, elucida Allan Kardec: […] nesse tempo as evocações tinham por fim a adivinhação, ao mesmo tempo que constituíam comércio, associadas às práticas da magia e do sortilégio, acompanhadas até de sacrifícios humanos. Moisés tinha razão, portanto, proibindo tais coisas e afirmando que Deus as abominava.
Essas práticas supersticiosas perpetuaram-se até a Idade Média, mas hoje a razão predomina, ao mesmo tempo que o Espiritismo veio mostrar o fim exclusivamente moral, consolador e religioso das relações de além-túmulo.4
Ademais, o objetivo de uma lei proibitiva é evitar que determinada conduta seja exercida. Ora, ninguém proíbe algo que é impossível de ser realizado, o que comprova que Moisés sabia da possibilidade de comunicação com os Espíritos, já que, afinal, por questões óbvias, só se proíbe aquilo que é possível ser praticado.
Na atualidade, porém, tal proibição não faz mais sentido. O apóstolo dos gentios nos fala das crianças espirituais:
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. (I Coríntios, 13:11.)
Atingimos uma maturidade espiritual que nos permite estabelecer o intercâmbio mediúnico com responsabilidade, pois o que motivou a proibição mosaica é também condenado pela própria Doutrina
Espírita: os espíritas apenas se comunicam com o plano espiritual com o fim exclusivamente moral,
consolador e religioso.
Então, conforme afirmou o apóstolo Paulo de Tarso, “estamos rodeados de uma tão grande nuvem
de testemunhas” (Hebreus, 12:1.), tratando-se, evidentemente, dos seres desencarnados que, em circunstâncias propícias, podem estabelecer comunicação ostensiva com a população encarnada.
Todavia, não podemos olvidar que sofremos grande influência oculta dos Espíritos em nossos atos e pensamentos (O Livro dos Espíritos, ed. FEB, q. 459), cabendo-nos saber separar os maus e os bons conselhos que, geralmente, nos surgem como uma espécie de intuição ou inspiração.
Entre a população desencarnada existem diversas categorias de Espíritos, que se diferenciam apenas pelo grau de evolução.
Dessa forma, tanto podemos receber comunicações de alto nível espiritual, oriundas de Espíritos superiores, como também poderemos receber mensagens frívolas, provenientes do elemento inferior
do mundo invisível. Convém saber separar o joio do trigo e não aceitar nada cegamente, fazendo passar todas as comunicações recebidas pelo crivo da razão e do bom-senso, bem como repelindo toda comunicação que atente à lógica do homem sensato. Por isso, nos diz Léon Denis:
Nada é mais prejudicial à causa do Espiritismo que a excessiva credulidade de certos adeptos […].
É preciso não aceitar cegamente coisa alguma. Cada fato deve ser objeto de minucioso e aprofundado exame. […]5
Nesse sentido, já nos advertia o apóstolo João: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se
os espíritos são de Deus” (I João, 4:1), ou, em outras palavras, analisemos o conteúdo das mensagens para conhecermos a sua real procedência, “porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto” (Lucas, 6:43).
 
 
1DENIS, Léon. No invisível. 25. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 1, cap. 6, p. 97.
2XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. Mecanismos da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. p. 13.
3Idem, ibidem. p.15-16.
4KARDEC. Allan. O céu e o inferno. Trad. Manuel Quintão. 2. ed. esp. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 1, cap. 11, it. 4
5DENIS, Léon. No invisível. 25. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 1, cap. 9, p. 147.
 
Revista Reformador 12/2013 –  RICARDO DOS SANTOS MALTA

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