Centro Espírita Leocádio Corrêia

Evangelização, Cura e Desobsessão

  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato
  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato

Artigo

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > CURA > Entendendo o papel da dor em nossa vida

Entendendo o papel da dor em nossa vida

celcCURA21 de abril de 2014 Leave a comment0
 
“Embora a dor e o pranto, não permitas que a tua fé sublime se abastarde…
Abraça a luta e segue para a frente, Antes que seja tarde”
Espírito João Coutinho 
 
Emmanuel, o orientador Espiritual de Francisco Cândido Xavier, ditou para o Médium brasileiro a lição intitulada “A Mestra Divina”, parte do livro “Ceifa De Luz”, do mesmo autor. Neste belíssimo texto, o Espírito comenta os benefícios causados pela dor àqueles que compreendem a corrigenda, saindo da experiência, melhorados.  Explica que a dor “devolve-nos todos os golpes com que dilaceramos o corpo da vida, para que não persistamos na grade do erro ou nos cárceres do remorso”. (EMMANUEL, 1979, p. 119.) Afirma, ainda, que a Mestra Divina “aqui corrige, adiante esclarece, além reajusta, mais além aprimora” (p. 120), explicando, portanto, até onde a Dor pode atuar em nós, caso permitamos nos favoreça com suas sagradas lições.
Dentro dos postulados Espíritas, aprendemos que pertencemos, no atual estágio evolutivo, à categoria de Espíritos Imperfeitos, portanto, incompletos, em muito ignorantes, e, em muitos casos, ainda maus, essencialmente. Daí a necessidade de residirmos, temporariamente, em um mundo que reflete nosso estado íntimo, ou seja, em um planeta classificado como sendo de “provas e expiações”.
Tal classificação nos ajuda a entender o caráter da dor que nos atinge, na atualidade.
Podemos ser despertados por ela, a fim de resgatarmos débitos contraídos no passado [tanto remoto como atual], ou ainda para provarmos se já conseguimos desenvolver em nós as virtudes necessárias e possíveis para o momento.
“Não fiz nada para merecer isto! É um absurdo!”, afirmam muitos. Por certo, estes ainda não tomaram consciência de que muito temos a aprender na escola da vida; que aqui estamos na figura de devedores, buscando a regeneração, pelas vias da reencarnação e que toda experiência difícil nada mais é que oportunidade de aprendizagem. Instrumento perfeito, que serve:
Para uns, na aquisição da paciência.
Para outros, da humildade.
Outros, ainda, da resignação e da fé.
Ou de todas estas virtudes, concomitantemente.
Certo é que a Dor surge para crescermos. Este é o seu objetivo. O que faremos, com a sua visita, corre por nossa conta.
Diante das adversidades da vida, podemos buscar o que nos cabe aprender, fazendo o melhor, ou, revoltosos e indignados, podemos nos rebelar contra Deus, desfazendo-nos em muxoxos intermináveis e incabíveis.
Viktor Frankl, o eminente psiquiatra vienense, devido ao fato de ser judeu, foi perseguido e preso em campos de concentração, na Alemanha nazista. A esposa grávida, seus pais e irmãos pereceram nestes campos. Entretanto, o desafortunado homem sobreviveu e, estando em situação de completa fragilidade, buscou, acima das dores, um sentido para seu sofrimento.
Quando conseguiu a liberdade, lutou por divulgar suas percepções. Frankl passou a ensinar que o sentido da vida pode ser encontrado por uma pessoa através de três caminhos:
O primeiro diz respeito ao exercício de um trabalho que seja importante, ou a realização de um feito, uma missão, que dependa de seus conhecimentos e de sua ação, e que faça com que a pessoa se sinta responsável pelo que faz; o segundo caminho é o do amor a uma pessoa ou a uma causa, uma ideia, o que estabelece uma responsabilidade para com a pessoa amada ou à causa defendida e, por último, quando diante de um sofrimento inevitável, assumir uma postura de buscar um significado e utilidade para a dor, pois através da experiência cada pessoa pode contribuir para a vida de outras pessoas.
Afirmou ele que “dentro de cada um de nós há celeiros cheios onde nós armazenamos a colheita da nossa vida. O significado está sempre lá, como celeiros cheios de valiosas experiências. Quer sejam as ações que fizemos, ou as coisas que aprendemos, ou o amor que tivemos por alguém, ou o sofrimento que superamos com coragem e resolução, cada um destes eventos traz sentido à vida. Realmente, suportar um destino terrível com dignidade e compaixão pelos outros é algo extraordinário. Dominar seu destino e usar seu sofrimento para ajudar os outros é o mais alto de todos os significados para mim”. (FRANKL, 1985). Espírito valoroso, soube ouvir e entender a dor, retirando dela o que tinha de melhor.
 
No capítulo intitulado “O Poder do Amor”, do livro “No Mundo Maior”, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, irmã Cipriana, a devotada tarefeira do Bem, falando sobre os recursos da Dor, afirma, categoricamente, que “muitos retiram do sofrimento o óleo da paciência, com que acendem a luz para vencer as próprias trevas, ao passo que outros dele extraem pedras e acúleos de revolta, com que se despenham na sombra dos precipícios” (p. 92).
Sentir a dor é obrigatório. Revoltar-se com ela é opcional, assim como seguir pelos caminhos da regeneração, através da paciência e do amor.
Na atualidade, grandes dificuldades assolam o Planeta. Trata-se do processo de transição, no qual estamos à mercê de grandes convulsões, sejam de ordem individual, social, cultural, econômica, política ou geológicas. São as “dores do parto”, anunciadas profeticamente por Jesus. Dores que nos farão melhores, a fim de podermos habitar um Planeta também melhorado, física e moralmente.
Portanto, urgente nos prepararmos intimamente para este momento. Entendermos que no planejamento divino não cabem equívocos. Que nenhuma dor nos chega na qualidade de carta endereçada a outra pessoa.
Com esta certeza, teremos força para ultrapassar as ventanias que anunciam a grande tempestade, com os alicerces do entendimento e do amor.
Logo mais, quando o sol tornar a brilhar, concedendo-nos seus raios iluminativos e refazedores, anunciando um novo amanhecer no clima planetário, poderemos, uma vez melhorados, usufruir da paz que tanto almejamos.
Cabe salientar ainda que aqueles que já possuem em si as ferramentas íntimas capazes de darem conta das adversidades, sem tantos desequilíbrios emocionais, estão munidos de instrumentos que devem ser utilizados no auxílio aos irmãos por agora equivocados.
Ainda no livro “Ceifa de Luz”, agora no capítulo “Desenvolvimento Espiritual”, Emmanuel, falando sobre as questões de subdesenvolvimento humano, se utiliza da expressão para falar dos subdesenvolvidos espirituais. Comenta que devemos reconhecer que existe “uma retaguarda enorme de criaturas empobrecidas de esperança e coragem, não obstante quase toda ela constituída de companheiros com destaque merecido na cultura e na prosperidade da Terra”. (EMMANUEL, 1979, p. 207.) E, indicando nossa posição diante de tais irmãos, pede-nos para que nos abasteçamos de suficiente amor para compreendê-los e auxiliá-los, pois se tratam de “amigos chamados a caminhar nas frentes da evolução, com áreas enormes de influência e possibilidade no trabalho do bem de todos, mas detentores de escassos recursos no campo do sentimento para suportarem, com êxito, as crises da época de mudança” (EMMANUEL, 1979, p. 208).
Destacamos que o Espírito menciona “crises da época de mudança”, ou seja, fala-nos sobre a transição, por nós citada, e que traz em seu bojo a marca da dor, na forma de medicamento amargo, porém necessário, tanto para o despertamento dos que dormem, nas camas do materialismo, como para impulsionar o desenvolvimento espiritual, tão necessário nestes tempos de pós-modernidade, nos quais imperam os desregramentos morais de toda ordem.
Tempos difíceis, que nos pedem pratiquemos aquilo que Jesus nos ensinou há 2000 anos: Oração e Vigilância, a fim de buscarmos forças para darmos conta dos desafios, através do contato com as esferas mais elevadas da Vida, e, ao mesmo tempo, observando constantemente nosso íntimo, para que não venhamos a repetir antigos erros.
 
Referências Bibliográficas:
EMMANUEL [Espírito]. Ceifa de Luz.  [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, 3ª ed. Brasília, FEB, 1979.
LUIZ, A. [Espírito]: No Mundo Maior, [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, 1947; 26ª ed. 2ª reimpressão, Rio de Janeiro, FEB, 2009.
FRANKL, V. A Descoberta de Um Sentido No Sofrimento, Entrevista na África do Sul, 1985, disponível no Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=5cd2KANOJuU acessado em 11 de setembro de 2011.
Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Editora Vozes, 1991.
* Espírito João Coutinho – Do livro: Poetas Redivivos, Médium: Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos.
http://www.oconsolador.com.br/ano6/285/claudia_gelernter.html
 
CLAUDIA GELERNTER

Share This Post!

Leave a Reply

Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Conduta e Enfermidade

PASSES – Objetivos, Mecanismos de Ação e Resultados

Pesquisar Assunto

Categorias

Tópicos recentes

  • Glândula Pineal – Epífise – palestra 27.08.25
  • Estudo Sobre A Revista Espírita 1861, palestra 25.06.25
  • Fé Raciocinada, palestra 29.01.25
  • Livre arbítrio e responsabilidade, palestra 26.02.25
  • Bem-aventurados os que tem os Olhos Fechados, palestra 30.04.25

Arquivos

  • agosto 2025
  • julho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • outubro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • janeiro 2022
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • janeiro 2021
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • agosto 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • fevereiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • maio 2019
  • março 2019
  • janeiro 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • março 2017
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • setembro 2013
  • junho 2013
  • maio 2013
  • março 2013
  • fevereiro 2013
  • janeiro 2013
  • dezembro 2012
  • outubro 2012
  • junho 2012
  • abril 2012
  • março 2012
  • fevereiro 2012
  • janeiro 2012
  • dezembro 2011
  • novembro 2011
  • outubro 2011
  • setembro 2011
  • junho 2011
  • maio 2011
  • abril 2011
  • fevereiro 2011
  • janeiro 2011
  • dezembro 2010
  • setembro 2009
  • março 2009
  • fevereiro 2009
  • agosto 2008
  • março 2008
Conhecer o Passado, Trabalhar no Presente e Construir o Futuro
O espiritismo não será a religião do futuro, e sim o futuro das religiões.
Copyright CELC