Glândula Pineal – Epífise – palestra 27.08.25
GLÂNDULA PINEAL – EPÍFISE
CELC. 27.08.25 – Joceli
Anatomia e localização
A glândula pineal (glandula pinealis, nome científico, em latim) é assim chamada devido a sua semelhança física com uma pinha (grão). Sua coloração é cinza-avermelhada e seu tamanho varia de 12 a 25 mm e pesa cerca de 500 mg (mais ou menos as dimensões de uma semente de laranja), sendo que é maior no período da infância, diminuindo-se com a aproximação da puberdade.
Sua estrutura básica é formada por células neuroectodérmicas à semelhança da retina, desenvolve-se a partir de uma invaginação do teto da parede do terceiro ventrículo. Essa peculiaridade é razão para os espiritualistas suporem que, como a retina tem a propriedade de servir como tela onde se projetam imagens captadas pelos impulsos elétricos do nervo ótico (caracterizando o sentido da visão), a pineal teria a propriedade de servir como tela de imagens (e outras impressões) de natureza espiritual captadas pelos impulsos eletromagnéticos, caracterizando desta forma as capacidades mediúnicas.
A glândula pineal é uma pequena estrutura glandular localizada no centro do cérebro, entre os dois hemisférios. É considerada uma das glândulas endócrinas mais misteriosas e intrigantes do nosso corpo. Embora seja pequena em tamanho, desempenha um papel fundamental em várias funções fisiológicas e na regulação do ciclo circadiano.
É isso que aponta um levantamento feito pelo Dr. Ashok Sahai, professor da Deemed University, na Índia.
Entre as principais características da glândula pineal está a produção de melatonina, um hormônio responsável por regular o ritmo circadiano e os padrões de sono-vigília. A melatonina é sintetizada e liberada pela glândula pineal em resposta à escuridão, alcançando níveis máximos durante a noite e diminuindo durante o dia. Essa regulação do ciclo sono-vigília é essencial para a qualidade e regularidade do sono.
A glândula pineal também é sensível à luz. A estimulação da luz do ambiente inibe a produção de melatonina, enquanto a escuridão promove sua liberação. Isso explica por que a exposição excessiva à luz artificial durante a noite, especialmente à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, pode afetar negativamente a qualidade do sono, interferindo na produção de melatonina pela glândula pineal.
Além de sua função na regulação do sono, a glândula pineal também tem sido objeto de interesse em relação à espiritualidade e consciência. Em algumas tradições esotéricas e filosóficas, acredita-se que a pineal seja o centro da intuição e da conexão espiritual. Algumas pessoas a veem como a “terceira visão” ou o “olho da mente”, associando-a com a percepção além dos sentidos físicos.
Livro Missionários da Luz – capitulo 02, A Epífise
Comentários:
Se você colocar o dedo entre os olhos esta na direção da epífise, fica no meio da nossa cabeça. Interessante que ela é a única estrutura que não tem correspondente do lado direito ou esquerdo do cérebro, ate a hipófise, outra glândula que é uma só, é dividida em duas (se olhar ela é uma imagem especular). A pineal é única, pequena e no meio do cérebro.
Até os anos 80 ninguém sabia o que era a glândula pineal, era considerada uma organismo residual, um resquício de uma estrutura cerebral que estava em involução, sem função. Depois foi descobrindo que ela produz a melatonina, mas a melatonina é o hormônio que ela produz e joga na corrente sanguínea, então ela é uma glândula porque ela produz esse hormônio. A melatonina só foi descoberta em 1958, e Andre Luiz já fala da epífise em 1945, então tudo que ele fala aqui a medicina não sabia.
Os gregos, os romanos tinham uma ideia da epífise falavam que ela era a sede da alma, mas pra eles a alma era o sangue, não alma como espírito encarnado eles tinham outro conceito, Rene Descarte fala que a alma se ligava ao corpo por ela.
A pineal chegou a ser considerada como resquício.
E agora ela ainda esta sendo estudada, ela regula o sistema do corpo neurológico, endócrino, reprodutivo e imunologio.
Quando ainda se é criança há uma grande secreção da melatonina, quando chega na adolescência cai essa secreção e avisa a hipófise que é para despertar as glândulas sexuais, os testículos no homem e os ovários na mulher para produzir os hormônios sexuais e vir a puberdade.
Ela é uma estrutura que reage a luz, ela é células da mesma origem das células da retina no embrião, vem pelo nervo óptico passa atrás de cada olho e se cruza no meio da cabeça, que se chama quiasmo óptico, que tem células que reage a luz e embaixo dela esta a epífise.
Então o que acontece, ela recebe influencia dos chamados ikeberges, que são astros do sol, da lua, ela sabe quando é claro quando é escuro, e ela vai fazer a melatonina, para isso ela vai sintetizar a partir de um aminoácido essencial que chama triptofano que vira cinco hidróxido triptofano que vira ceratonina que vai virar a melatonina, só quando esta no escuro total , não adianta dormir de dia ou dormir a noite com a luz acesa você não produz a melatonina. Tem que ser escuro total e a noite, por isso ela é chamada de relógio biológico, ela regula nosso relógio biológico, de manhã é o cortisol e a noite a melatonina que vai ter varias funções no organismo.
Com a influência da lua, ela capita a duração de um ciclo lunar, uma gravidez tem a duração de uma ano lunar, ela tem relação com isso também, por isso é citado no livro A caminho da luz, a ação da lua na criação.
Na parte imunológica a melatonina faz aumentar a velocidade de maturação dos linfócitos que são glóbulos brancos, que são como soldados de defesa do nosso sangue, se a pessoa não dorme bem não produz melatonina em quantidade suficiente fica imuno deprimida, tem varias funções dela.
Se olhar no microscópio a pineal tem uns cristais de apatita, (que é formado por cálcio, fósforo, igual osso, dente) e ele tem funções que tem muitos eletros na superfície que vão repelindo, entra o estimulo, vibrações e passa de um para o outro e vão reverberando (refletindo, emitindo) aquela função e passa pela pineal que vai mandar para a parte do cérebro essa função, ela capita essa onda magnética. Esse ritmo circadiano é a cada 24h, sono e vigília, mas tem outros ritmos o ultradiano, infradiano, que por exemplo regula a batida do coração, por exemplo nas artérias todos tem receptores de melatonina e ela é vaso dilatadora que regula pressão arterial, se você não dorme bem e não produz melatonina, as vezes tem aumento pressão arterial de difícil controle, entra com medicamento muda pra outro que abaixa demais, é falta de melatonina, porque dorme com a luz acessa, vai dormir de madrugada, dorme pouco. Ela é uma molécula que tanto é lipossolúvel quanto é hidrossolúvel. Hidrossoluvel ela vai pelo sangue, não precisa de transportador como por exemplo o colesterol, para atravessar a membrana de uma célula, a membrana é feita de gordura, só as substâncias lipossolúvel conseguem, ela vai pelo sangue, atravessa a célula, chega no mitocondrias que é o centro de energia de cada célula e comanda a mitocôndrias. As vezes a pessoa esta desgastada, cansada e não sabe o que é, é falta de melatonina.
Se achava que a pineal era um órgão residual ate pouco tempo, ela tem varias funções, protege o DNA, ativa canais iônicos, por exemplo contração muscular, troca tem uma bomba de sódio e potássio, tem canais que passam esses ions, ela atua nesses canais. Regula divisão celular, na memória ela é neuro protetor, para você consolidar o que você aprendeu durante o dia precisa da melatonina no sono, previne doenças neura degenerativas. Quando vai envelhecendo cai muito a produção de melatonina, o gráfico da infância é maior da melatonina, na adolescência já muda, uma pessoa de 70 anos produz 20% com o mesmo tempo de sono.
No sistema digestório ela é muito importante, porque uma das funções dela é limpar o corpo de radicais livres, radicais livres seriam um lixinho que produzimos com a respiração, com a função e no sistema digestório produzimos muitos radicais livre.
Ela é oncostatica, onco=câncer, estastica=para, ela é importante na prevenção e tratamento do câncer, principalmente no câncer de mama, a melatonina tem um fator super importante para diminuir a propagação do câncer de mama, ela age no mecanismo sensorial da dor, ativa o sistema imune porque melhora a maturação dos linfócitos, regula a contração uterina depois do parto, regula processo anti envelhecimento, estimula proliferação de células, diminuí a oxidação, oxidação é como se estivemos enferrujando, ela diminui os marcadores inflamatórios (varias doenças são causadas por inflamação, hipertensão, diabetes, varias artropatias), ela melhora a sensibilidade a insulina, tem um papel importantíssimo em doenças metabólicas, a baixa da melatonina faz com que o pâncreas tenha que secretar mais insulina porque as células não são sensíveis a ela, e chega ate o ponto de desenvolver a diabetes, e o diabetes diminuí a melatonina. O paciente diabético tem 50% menos produção de melatonina.
Ela regula vários processos de metabolismo energético, como a grelina (enzima da fome) e a leptina que é da saciedade , ela regula o processo de fome e saciedade.
Diz-se que a glândula pineal sofre um processo natural de calcificação — o que reduziria sensivelmente seu tamanho, ao longo do seu desenvolvimento — formando em torno de si corpos arenáceos, do que se diz comumente “areia do cérebro”. Tal processo fez com que, por muito tempo, anatomistas pensassem que ela fosse um órgão vestigial, sem função. Justamente esse corpo arenoso é quem permite uma melhor identificação da pineal em radiografias cranianas simples.
Ela tem presença de estrutura desconhecida que só tem la e ninguém sabe ainda pra que serve. E quando começa a presença que chama de areia cerebral , que antes pensava que era calcificação, depois aparecia cálcio, silício, e a hidroxi apatita, o silício, urânio é usado nos chips por isso que ela capita os campos eletro magnéticos e é considerado areia cerebral e não é considerado calcificação e sim biomineralização, a diferença é que a calcificação é quando esta morrendo e a biomineralização e quando esta entrando em produção, exemplo os ossos são biomineralizados de tempo em tempo se não viram uma esponja só.
Funções fisiológicas da Pineal
Universidades de várias partes do mundo têm realizado estudos sobre a pineal em contraponto à ideia — que prevaleceu por anos nas academias — de desdenhar as funções dessa glândula. Os resultados atuais apontam uma importância cada vez maior da pineal para o funcionamento equilibrado do nosso organismo físico e psicológico.
Pesquisadores da Universidade de Yale (EUA) anotaram a produção de melatonina pela pineal sendo liberada dentro dos capilares sanguíneos que irrigam aquela glândula. A melatonina é um hormônio que regula os ciclos fisiológicos. Isso faz com que a pineal seja uma espécie de aparelho cronobiológico, um relógio que organiza cronologicamente o funcionamento do organismo corporal, ditando o ritmo para atividade e repouso dos hormônios e órgãos. Esse controle é feito pela capacidade de a pineal captar parte da luz detectada pela retina: a produção da melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz. O efeito mais notório desse processo é o ciclo sono-vigília.
Trabalho científico de 2015
No espaço de um pouco mais de uma década, 1954 a 1965, a glândula pineal foi revelado como ativo transdutor neuro endócrino, particularmente depois do isolamento da melatonina feito por Aaron Lernerna universidade de Yale em 958, que não se sabia nada , ela era um órgão residual, olha a conclusão que ele chega.
Analisando viu que a pineal é responsável por governar o mundo das emoções, mantém o controle sobre todo o sistema endócrino gonadal, comanda as forças subconscientes sobre a determinação direta da VONTADE, “ e a vontade é de quem? Do Espirito “, supre todas as áreas de depósitos autônomos dos órgãos com energia psíquicos, que André Luiz fala não livro Missionários da Luz capítulo 02, é a glândula da vida mental, tem função primordial no fenômeno mediúnico e na conexão espiritual, entretanto nota -se algumas questões chaves na literatura científica sobre a glândula pineal que não estão relatadas nos livros como o papel da pineal no sono e a cronobiologia.
O fato de que um texto escrito por um indivíduo, sem treinamento acadêmico ou envolvimento no campo da saúde, que residiu em uma parte subdesenvolvida do Brasil durante um período em que os acessos aos arquivos científicos eram limitados, o caso do Senhor Francisco Cândido Xavier, descreve conceitos altamente complexos e informações sobre a fisiologia da glândula pineal 60 anos antes de qualquer confirmação científica.
A pineal pode se dizer que é um organizador biológico e quando há uma cromo ruptura, por exemplo pessoas que trabalham em turnos, que faz plantão, o relógio biológico é todo complicado, passando a ter intolerância a glicose, resistência a insulina, aumenta colesterol por falta de melatonina, diminui metabolismo do fígado, do tecido adiposo, metabolismo muscular, diminui a secreção e a ação da insulina, aumenta em 14% o câncer de mama essa cromo ruptura, distúrbio do sono, vai levar a sobre peso, deficit conectivo, depressão e envelhecimento precoce e imunossupressão. A produção de melatonina começa depois de algumas horas que estamos dormindo no escuro total.
Todo tipo de luz interfere no sono seja luz de aparelhos eletrônicos. A hora de aparelhos eletrônicos
Os cristais de apatita vão com o tempo criando uma lamelas, igual a cebola, com o envelhecimento vai aumentando. Achava que era involução, mas ela continua funcionando.
Não existe duas pineal iguais, igual as digitais, como a retina.
Ela é o único órgão do corpo humano que tem os três folhetos, por exemplo, um folheto se transforma em intestino, o outro em outro órgão, ela tem os três, é o segundo órgão mais irrigado, o primeiro é os rins, é considerada uma glândula e um órgão sensorial, porque ela capta campos eletro magnéticos e transforma em neuroquímica.
Todos os animais tem pineal, as aves sabem onde é o sul pela pineal. Se tirar a pineal o pássaro não sabe, já foi feito experiência, planta, animal, todos tem , os animais de cabeça translucidas a luz passa direto na pineal, em nos não ela tá no meio do cérebro, no peixe vai direto, tem fungos que tem essa estrutura da pineal neles.
Além de sua função na regulação do sono, a glândula pineal também tem sido objeto de interesse em relação à espiritualidade e consciência. Em algumas tradições esotéricas e filosóficas, acredita-se que a pineal seja o centro da intuição e da conexão espiritual. Algumas pessoas a veem como a “terceira visão” ou o “olho da mente”, associando-a com a percepção além dos sentidos físicos.
Este conceito de terceira visão se deve ao fato de que a glândula ser constituída de estruturas celulares iguais à da retina.( nem tudo que entra pelos olhos se transforma em imagem, pode ser irformações para a pineal)
Assim, a glândula é capaz de captar a luz e transformar essas ondas em informações para o nosso cérebro, ou seja, em imagens.
Diversas religiões e correntes filosóficas acreditam que a epífise é o órgão que possibilita a comunicação com o mundo espiritual, já que desperta substâncias neurotransmissoras que estimulam as atividades física e mental.
Dentre elas, o Espiritismo.
Os gregos, os romanos tinham uma ideia da epífise, falavam que ela era a sede da alma, mas pra eles a alma era o sangue, não alma como espírito encarnado, eles tinham outro conceito.
Pelo que se sabe, quem primeiro trouxe esse conceito oriental para o Ocidente, a ponto de imprimir uma considerável repercussão, foi o filosofo, físico e matemático francês René Descartes (1596-1650). Ele estava convencido de que a pineal seria a “sede da alma no corpo” e o órgão capaz de captar e traduzir impressões espirituais para o nosso cérebro — e até elaborou um sistema para sustentar tal hipótese: como os olhos têm a percepção visual do que a luz projeta, a pineal sente a projeção no que toca o campo eletromagnético, através do qual a espiritualidade interfere, então a ser interpretado pelo cérebro, de forma mais ou menos análoga como que este interpreta a visão comum e demais sentidos físicos; basta, para isso, que haja bons órgãos (como os olhos e a pineal) e um bom intérprete (cérebro).
Ela é considerada o terceiro olho, dentro do induísmo
A pineal é considera o sexto sentido pela ciência, ela é o órgão mais estudado, em 2018 já tinha mais de 28 mil estudo sobre a pineal.
A pineal é o único órgão que relaciona o espaço tempo, porque ela capita a luze capita a influência de outros astros, por isso que fala que ela é a quarta dimensão, que seria onde começa a dimensão espiritual.
¨Dr Sérgio Felipe diz que quem tem menos cristais de apatita esta mais propicio a ter desdobramento e quem tem mais cristais recebe essas vibrações magnéticas e cada cristal tem muitos elétrons no exterior que repele as vibrações que vem, os estímulos eletro magnéticos ai bate um cristal no outro, como são muitos fica reverberando e os estímulos aumentam de amplitude e vai para uma área do córtex cerebral, cada pessoa tem um mais sensível que o outro, e se for para a área da visão vai ter clarividência, para a área da fala vai ter psicofonia, para área da escrita. Então quanto mais cristais de apatita ele vai ser um médio ostensivo e pouco um médio de desdobramento.¨
A pineal transforma o que enxergamos em potenciais de ação, que quando estamos na mediunidade ela distribui esses potenciais para onde for sua mediunidade, se for audiente vai para um local, psicofonia para psicofonia, de escrever para o cortex motor, para onde for necessário. Não tem um cortex especifico para a mediunidade, é como se ela fosse uma antena.
A pineal e o hipotálamo ficam super ativados durante a meditação, já foi feito pesquisa com ressonância magnética.
A meditação faz aumentar a melatonina no organismo, foi feito pesquisa que mediu antes e depois através da saliva.
Pela Lei de sintonia captamos os pensamentos dos outros através da pineal.
Podemos captar uma energia ruim e essa energia ser distribuída no nosso corpo, estamos imersos em fluidos.
A codificação espirita não faz nenhuma menção à glândula pineal nem especifica qualquer outro órgão no corpo humano como sendo exatamente a “sede da alma”; por outro lado, confirma que a alma fica mais concentrada em uma determinada área física, de acordo com as disposições predominantes no indivíduo encarnado:
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – questão 146
146. A alma tem, no corpo, sede determinada e circunscrita?
“Não; porém, nos grandes gênios, em todos os que pensam muito, ela reside mais particularmente na cabeça, ao passo que ocupa principalmente o coração naqueles que muito sentem e cujas ações têm todas por objeto a humanidade.”
a) Que se deve pensar da opinião dos que situam a alma num centro vital?
“Quer isso dizer que o Espírito habita de preferência essa parte do vosso organismo, por ser aí o ponto de convergência de todas as sensações. Os que a situam no que consideram o centro da vitalidade, esses a confundem com o fluido ou princípio vital. Pode, todavia, dizer-se que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais.”
Além disso, a Revelação Espírita define claramente que o processo mediúnico também depende do orgânico carnal, ou seja, obedece necessariamente a certas condições da estrutura física do médium, independentemente de fé, crença religiosa ou até mesmo da vontade.
Livro dos Médiuns, Allan Kardec – 2ª parte, Cap. XVII, item 209
“A fé do médium aprendiz não é uma condição rigorosa; ela sem dúvida auxilia os esforços, mas não é indispensável: a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam. Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever a contragosto, enquanto crentes sinceros não conseguem o mesmo — o que prova que esta capacidade depende de uma predisposição orgânica.”
Essa “disposição orgânica” implica na necessidade de um órgão que produza os recursos fluídicos para o processo mediúnico, que se vale essencialmente de um fluido especial que faça a interação perispiritual entre os médiuns e os Espíritos agentes dos fenômenos.
Allan Kardec transcreve os apontamentos do Espírito São Luís, dizendo da precisão de um fluido animalizado necessário às manifestações espirituais de efeitos físicos — fluido esse expelido pelos médiuns e manipulado pelos Espíritos (O Livro dos Médiuns – cap. IV); posteriormente ao codificador do Espiritismo tal substância ficou conhecida na cultura espiritualista pelo nome ectoplasma. Portanto, conforme muitos pensadores, a glândula pineal é o órgão físico de tais recursos, devidamente gerido espiritualmente.
Allan Kardec, codificador do Espiritismo
O médico psiquiatra e mestre em ciências pela Universidade de São Paulo (USP) Dr. Sérgio Felipe de Oliveira é um renomado pesquisador da glândula pineal. Atraído especialmente pelas ideias de Descartes e do Espírito André Luiz, ele tem desenvolvido uma interessante teoria científica para a sustentação desta epífise como sendo o órgão sensorial da natureza espiritual que estabelece as faculdades mediúnicas; nesse contexto, ela equivale a uma espécie de antena capaz de perceber, em potência variável, as ondas eletromagnéticas da espiritualidade e convertê-las em estímulos neuroquímicos cerebralmente interpretáveis. Nesse contexto, isso explica as ideias extraordinárias que um sensitivo pode receber, como nas mensagens mediúnicas, de um desencarnado para um encarnado, e na telepatia entre encarnados.
A propósito de tais recursos, disse o Dr. Sérgio Felipe por ocasião da palestra ‘Glândula Pineal e Medicina’:
“A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção. Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.”
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
O referido médico pleiteia ainda que a pineal não sofre de calcificação de fato, como muito se diz em Fisiologia; segundo o doutor, ela forma cristais de apatita, inclusive independentemente da idade. Ainda de acordo com ele, uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada, e cristais têm a ver com o perfil da função da glândula: “Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de sequestrar o campo eletromagnético. Quando a pessoa tem muito desses cristais e sequestra esse campo magnético, esse campo chega num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da incorporação. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. É possível visualizar estes cristais na tomografia. Observamos que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.”
Este pesquisador defende ainda que as características orgânicas da pineal fazem com que a sensibilidade mediúnica nas crianças seja mais “de saída” (animismo: “Ela sai do corpo e entra em contato com o mundo espiritual.”
Outro médico e pesquisador espírita, Décio Iandoli Jr. endossa que a epífise cerebral não sofre calcificação (uma espécie de degeneração), mas uma biomineralização, uma mutação natural pela qual se formam os cristais, começando na adolescência até certa estabilização na fase adulta. Explica ainda que esses cristais são diamagnéticos, entrando em ressonância com campos eletromagnéticos, tornando a pineal um receptor sensorial.
A função fisiológica da pineal, conforme o Dr. Décio Iandoli Jr., se estabelece da seguinte maneira: a glândula recebe as impressões espirituais e as envia ao tálamo, que é o organizador das informações cerebrais e quem distribui os sinais sensoriais para a determinada área do córtex, que é o responsável pela interpretação desses sinais; assim, por exemplo, quando uma informação visual chega ao tálamo, ele a envia à determinada área do córtex cerebral capacitada em interpretar a imagem, assim como para os demais tipos sensoriais (audição, paladar, olfato e tato); como não há (ou não conhecemos) uma área cortical específica para interpretar informações de ordem espiritual, os impulsos vindos da pineal terão de pegar emprestado alguma parte cortical existente, que então associará os sinais recebidos a informações já conhecidas, inclusive utilizando as funções motoras do médium, por exemplo, impulsionando-o a escrever as informações (mediunidade de psicografia), a expressar-se oralmente (psicofonia) e assim por diante. Desta maneira, na impossibilidade de demonstrar exatamente as impressões do mundo espiritual, o médium precisa associá-la com coisas conhecidas de nossa dimensão, para servir de demonstração.
O Espírito André Luiz se desdobra profundamente sobre a glândula pineal — que ele prefere chamar de epífise — especialmente na obra Missionários da Luz, psicografada por Chico Xavier e publicada pela Federação Espírita Brasileira em 1945. A síntese de suas considerações pode ser tomada pelos apontamentos colhidos de um de seus instrutores espirituais:
“Examine atentamente. Estamos notando as singularidades do corpo perispiritual. Pode reconhecer, agora, que todo centro glandular é uma potência elétrica. No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária.”
Alexandre
Missionários da Luz, (André Luiz) Chico Xavier – Cap. 1
Pela referida obra literária, acompanhamos as experiências narradas por André Luiz na observação de atividades mediúnicas, quando então é descrita a expansão de raios luminosos azulados emitidos pela epífise, pelos quais se operava a transmissão de mensagens da esfera espiritual para a dimensão humana através dos esforços dos Espíritos benfeitores e do médium em estado de transe.
André Luiz (Espírito)
André Luiz confessou a singeleza de seus conhecimentos, enquanto encarnado, acerca da glândula: “Estudara a função da epífise nos meus apagados serviços de médico terrestre. Segundo os orientadores clássicos, circunscreviam-se suas atribuições ao controle sexual no período infantil. Não passava de velador dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana. Depois, decrescia em força, relaxava-se, quase desaparecia, para que as glândulas genitais a sucedessem no campo da energia plena.” E nos compartilha seus novos aprendizados, conforme os ensinamentos do instrutor Alexandre:
“Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições. É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O neurologista comum não a conhece bem. O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos. Os psicólogos vulgares ignoram-na. Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da ‘libido’, no estudo da indisciplina congênita da Humanidade. Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações. Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.
“[…] Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida […]
“Segregando delicadas energias psíquicas — prosseguiu ele —, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endocrínico. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos. Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são extensas e fundamentais. Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta […]
Pensamento e Vida – Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel, cap. 02
A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental. A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.
Jesus fala: “ O que queres que eu faça?” e “ A tua fé te salvou”
“Segregando ‘unidades-força’, pode ser comparada a poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada, no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade e não relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe. Refocilar-se no charco das sensações inferiores, à maneira dos suínos, é retê-la nas correntes tóxicas dos desvarios de natureza animal, e, na despesa excessiva de energias sutis, muito dificilmente consegue o homem levantar-se do mergulho terrível nas sombras, mergulho que se prolonga, além da morte corporal…”
Alexandre
Missionários da Luz, (André Luiz) Chico Xavier – Cap. 2
Vê-se, portanto, a estreita relação entre a função fisiológica da pineal nas implicações do sistema nervoso e no controle das emoções, com a função essencial da mediunidade, qual seja a de contribuir com a requalificação comportamental dos homens, a começar — e especialmente — pelos médiuns e sensitivos, que são os primeiros a se beneficiarem das contribuições da espiritualidade.
Essa sublime função da mediunidade, para a qual a glândula pineal presta serviço, como observado por André Luiz, talvez tenha relação com o nome que esse Espírito utiliza para designá-la, já que a etimologia do termo epífise (do grego epi = “acima, sobre, superior a” + physis = “natureza”) indica a ideia de algo transcendental, superior.
Potencialização da epífise
Dr. Sérgio Felipe pondera:Considerando a glândula pineal como uma “antena espiritual”, muito se tem cogitado como estimular as atividades da epífise a fim de se potencializar a capacidade mediúnica. O receituário comum vai de pregar cristal na testa até os mais esdrúxulos rituais.
As técnicas mais comuns são as desenvolvidas pelos hindus, baseadas na meditação e na execução de mantras. Como os mais antigos mestres do Hinduísmo já tinham firme ciência da função transcendental da pineal — provavelmente por revelações espirituais —, é possível que suas técnicas, por vezes consideradas “místicas”, também tenham fundamentos lógicos. Sobre a possibilidade de, por exemplo, incitação das potências mediúnicas mediante a entoação dos mantras.
“A glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica.”
Dr. Sérgio Felipe
Sem enveredar para o misticismo, mas também sem menosprezar a eficácia de qualquer recurso, julgamos justo lembrarmos que a Doutrina Espírita se baseia na racionalidade e na praticidade dos conceitos. Por força disso, a potencialização da pineal para o desenvolvimento da mediunidade deve se pautar em duas vertentes:
-
O recurso tem que ser lógico, em acordo com as leis da natureza, e jamais meramente místico;
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O interesse em desenvolver a mediunidade deve estar em sintonia com o propósito de utilizá-la dignamente, com responsabilidade e proveito do bem comum.
A real eficácia dos recursos tradicionais está por ser comprovada — o que se dará pela universalidade dos resultados. O que a lógica espírita nos assegura é que, muito acima das receitas externas, todos os esforços sinceramente empregados no serviço do bem jamais são desprezados pelos Espíritos superiores, que então se desdobram o quanto possível para ajudar na operação da mediunidade construtiva. Por outro lado, qualquer intenção revestida de egoísmo acaba inibindo e até bloqueando os recursos mediúnicos, sobretudo afugentando a cooperação dos Espíritos mais adiantados.
Por conseguinte, em linhas gerais, a caridade é a medida de todas as ações e o egoísmo é a mais resistente barreira contra a caridade.
Referências
- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – Ebook.
- O Livro dos Médiuns, Allan Kardec – Ebook.
- Missionários da Luz, (André Luiz) Chico Xavier. FEB.
- Meditações Metafísicas, René Descartes – ebook.
- Entrevista com o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira sobre ‘Pineal – a união do corpo e da alma’ – IPPB.
- Filme-documentário Glândula Pineal e Medicina – YouTube.
- Palestra ‘Pineal – a união do corpo e da alma’ com Dr. Sérgio Felipe – YouTube.
- Palestra ‘Transe mediúnico’ com o Dr. Décio Iandoli Jr. – Blog Espiritismo em Movimento