Magnetismo, palestra 24.09.25
MAGNETISMO
CELC – 24.09.25 – Jane
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Definição na física
Quando falamos em magnetismo podemos pensar em energia, e já imaginamos um imã. No entanto o magnetismo é o efeito da ação que o imã causa.
Imãs são corpos capazes de atrair ou repelir outros imãs ou objetos que contém metal. Existem imãs naturais e artificiais. Assim como existe magnetismo animal e espiritual.
Ímã é um material que magnetiza e atrai objetos constituídos de ferro, cobalto e níquel. Isso se deve ao seu campo magnético, uma região no espaço ao seu redor que lhes permite interagir com esses materiais, mesmo sem contato.
Quem já teve contato com um ímã sabe que o magnetismo é um fenômeno que se transmite à certa distância, a proximidade que gera a ação, porque cria-se o campo magnético.
A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. (Allan Kardec – O ESE, Capítulo I, item 8)
O campo magnético que um ímã conserva interagi com outro campo quando próximo mas distante vai se alinhar, como o do nosso planeta, ex. da bússola. As a agulha de uma bússola é um ímã e só se alinham com outro campo magnético. Nosso planeta se comporta como um grande ímã e as bússolas se alinham com o campo magnético da terra (pólo norte geográfico é o sul magnético e o sul geográfico norte magnético).
Consolador Q. 19. — As noções de Física conhecidas pelos homens são definições reais e definitivas?
— Os homens possuem da matéria a conceituação possível de ser fornecida pela sua mente, compreendendo-se que o aspecto real do mundo não é aquele que os olhos mortais podem abranger, porquanto as percepções humanas estão condicionadas ao plano sensorial, sem que o homem consiga ultrapassar o domínio de determinadas vibrações.
Mergulhadas nas vibrações pesadas dos Círculos da carne, as criaturas têm notícias muito imperfeitas do Universo, em razão da exiguidade dos seus pobres cinco sentidos.
É por isso que o homem terá sempre um limite nas suas observações da matéria, força e movimento, não só pela deficiência de percepção sensorial, como também pela estrutura do olho, onde a sabedoria divina delimitou as possibilidades humanas de análise, de modo a valorizar os esforços e iniciativas da criatura./ o estudo de hj
Q. 26. — Ante os princípios da Física, como poderemos compreender o magnetismo e quais as suas características no intercâmbio entre encarnados e desencarnados?
— O magnetismo é um fenômeno da vida, por constituir manifestação natural em todos os seres.
Se a ciência do mundo já atingiu o campo de equações notáveis nas experiências relativas ao assunto, provando a generalidade e a delicadeza dos fenômenos magnéticos, deveis compreender que as exteriorizações dessa natureza, nas relações entre os dois mundos, são sempre mais elevadas e sutis, em virtude de serem, aí, uma expressão de vida superior.
E porque essa introdução na física, porque o magnetismo nos rodeia e faz parte de cada um de nós. Vibramos energia e pela qualidade de nossos pensamentos e sentimentos emitimos nosso magnetismo. É pelo magnetismo que inicia a construção de nosso corpo de carne até nosso nascimento/Missionários da Luz. E durante a vida material nosso magnetismo irá atrair nossas provas e como também outros magnetismos semelhantes. Somos centros magnéticos de repulsão ou atração, por isso Jesus disse que Somos herança de nós mesmos, trazemos como herança espiritual nosso Magnetismo NO CORPO PERISPÍRITUAL.
Então para início podemos resumir que: magnetismo é uma força sutil presente em todos os seres vivos (plantas e animais). Essa força é capaz de influenciar não apenas o corpo físico, mas também o emocional e o espiritual. Ex: os animais que são capazes de atrair energias negativas como também emitir energias salutares e contribuir na nossa vida, como também é verídico que muitas plantas retiram energias negativas e renovam o ambiente. Os animais e as plantas podem ser magnetizados e podem magnetizar também. Eles podem doar seus fluídos para nos curar de enfermidades que não temos percepções pelos olhos materiais.
Imagine um banho de floresta? Uma prática japonesa que se tornou receita de médico para reequilíbrio energético… e outra prática necessária que deixamos de lado é colocar o pé na terra, pq própria Terra que é um ímã de maior potência que Deus nos deu.
Essa força, invisível aos olhos, mas perceptível pelos seus efeitos, no ser humano ela se manifesta através da irradiação do fluído vital (seres vivos), também conhecido como fluído magnético.
No espiritismo, a ideia de um magnetismo intrínseco nos minerais não é o foco principal, mas sim um conceito mais amplo onde a energia e a atração/repulsão existem em toda a matéria. A doutrina se concentra em outros tipos de magnetismo, como o humano (produzido por fluidos vitais de pessoas encarnadas) e o espiritual (emanado de espíritos desencarnados), que são usados em práticas como os passes. Embora os minerais emitam energia, a atuação magnética no espiritismo está mais ligada à manipulação e transmissão de fluidos energéticos de seres vivos e espíritos.
Citaremos um trecho do livro “Nosso Lar”… Daí a momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo. Imensamente surpreendido, vi-a indagar da existência de mangueiras e eucaliptos. Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou: – São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam. E, à vista da minha surpresa, rematou: – Como vê, nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte, se há quem necessite aprender, há quem ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a Providência. O único desventurado, na obra divina, é o espírito imprevidente, que se condenou às trevas da maldade. Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substância com as emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos poros.
Além dos seres vivos, que possuem fluído vital, pelo magnetismo doamos outros fluídos. Esses outros fluídos podem ser transmitidos para outros objetos também. Como por ex: a água fluidificada. Outro exemplo muito bom para entendermos são os objetos que ficam impregnados de fluído da pessoa que os manipularam.
Os corpos inanimados ou seja, sem alma, que não possuem vida, que não nascem, não crescem, não se reproduzem, não se movem por vontade própria. Como por ex: pedras, água, o solo, cadeiras e computadores, que são exemplos de matéria não viva, emitem outros fluídos. Ex. Psicometria/ Allan Kardec, é a mediunidade que permite a um sensitivo receber informações sobre a história e os eventos passados de um objeto, pessoa ou lugar, ao entrar em contato com ele. Esse fenômeno ocorre através da sintonização com as “vibrações” ou “fluidos” impressos nesses elementos, que podem ser “lidos” pelo espírito do médium para acessar memórias e cenas passadas.
Resumindo… Quando um físico fala do magnetismo, todos sabem que se trata da ação dinâmica que os ímãs exercem entre eles. Na boca de um magnetizador, a mesma palavra significa a ação que um indivíduo exerce ou pode exercer sobre seu semelhante. (1).
Jesus no Evangelho nos deu várias demonstrações dessa força, e ainda mostrou que essa força da fé se torna mais forte quando se une à ascendência moral do espírito.
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RESUMO DA HISTÓRIA DO MAGNETISMO
Este conhecimento não é novo, pois o Magnetismo nasceu com o homem e desde as civilizações mais antigas é ele registrado, sendo empregado de maneira empírica, quase sempre como um ritual das crenças primitivas. A agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor. O selvagem não teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as ações, com o poder das mãos.
No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamá: “pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso”. Os magos da Caldeia e os brâmanes na Índia curavam pela aplicação do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões aí acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos. Os gregos aprenderam com os egípcios a arte de curar… os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções magnéticas. Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas. Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis (Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os “toques reais”. Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar através da influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos. Em O Novo Testamento encontramos o próprio Mestre em ação pela descrição em inúmeros registros nos Evangelhos. (3)
Porém, aquele que é reconhecido como responsável por perceber, observar e analisar o MAGNETISMO através de seu estudo e demonstração teórica e prática, por ele apresentado de forma didática na obra “Teoria do Magnetismo Animal”, foi o médico alemão FRANZ ANTON MESMER (1734- 1815). Nasceu em 23 de maio de 1734, em Iznang, aldeia próxima do lago de Constança, região que hoje pertence à Alemanha. Em 1743, foi levado pelos pais para o monastério Reichenau, em Constança, onde durante seis anos estudou línguas, literatura clássica e música com os monges. Estudou com profundidade a vida e a obra de Paracelso (1493-1541), que entendia que havia correspondência entre o mundo exterior − o macrocosmo − e as diferentes partes do organismo − o microcosmo. Em 1750, ingressou na Universidade jesuíta de Dillingen, na Bavária, onde estudou filosofia por quatro anos, chegando ao doutorado. Em 1754, iniciou o curso de teologia na Universidade de Ingolstadt, também na Bavária. Cinco anos depois, em 1759, ingressou na Universidade de Viena, dedicando seu primeiro ano nesta universidade ao estudo das leis. Transferiu- se, logo depois, para o curso de medicina. Seis anos depois, no dia 27 de maio, conquistou o doutorado com uma dissertação inspirada na obra de Newton, e talvez de Paracelso. Nesse texto, que trata da influência dos planetas sobre o corpo humano, usou pela primeira vez o conceito de fluido universal. A tese de formatura de MESMER fazia referência a uma medicina de outros tempos: De Influxo Planetarum In Corpus Humanum. Nela, descrevia a influência dos planetas por intermédio de um fluido universal com poderes magnéticos sobre a matéria viva. Aludia, também, ao magnetismo animal que, segundo ele, existia em duas formas opostas e tenderia a emanar dos lados direito e esquerdo do corpo humano. Explicava que a cura das enfermidades consistia na restauração do equilíbrio ou harmonia alterada entre os fluidos. Com base nessas teorias, Mesmer construiu sua técnica terapêutica utilizando a fixação dos olhos e os passes com as mãos. As teorias de Mesmer afirmavam que um princípio imponderável atuava sobre os corpos. Em todo o organismo vivente existia um fluido magnético no qual circulava uma força especial, animando tanto o mundo orgânico como o inorgânico; que esse fluido se transmitia, podendo revigorar os corpos debilitados; que as pessoas dotadas de grande vitalidade poderiam transmitir essa energia para os outros, se soubessem dirigi-la, utilizando as mãos.
Evolução para o 3º Milênio: Em 1775, após muito trabalho, Mesmer reconhce que pode curar mediante a aplicação de suas mãos. Acredita que delas se desprende um fluido que alcança o doente; declara: “De todos os corpos da Natureza, é o próprio homem que com maior eficácia atua sobre o homem.” A doença seria apenas uma desarmonia no equilíbrio da criatura, opina ele. Mesmer, que nada cobrava pelo tratamento, preferia cuidar de distúrbios ligados ao sistema nervoso; além do uso das mãos, para estender o benefício a maior número de pessoas, magnetizava água, pratos, cama, etc., cujo contato submetia os enfermos.
Em 1776, Mesmer deixa de fazer uso do ímã como simples condutor do magnetismo animal, para evitar mal-entendido por parte dos médicos e físicos. Continua a usar água, garrafas, barras de ferro. No ano seguinte, aceita como paciente a famosa pianista Maria Theresa Paradis, curando sua cegueira, fato que gerou muitas controvérsias; pois sua cura foi temporária, em razão ter sido interrompido o tratamento (final de 1776 a meados de 1777), por receio de perder a pensão por invalidez consedido pela Rainha.
Na luta pela divulgação do Magnetismo Animal, Mesmer chega a Paris no mês de fevereiro de 1778 e começa a apresentar suas descobertas para os sábios e os médicos dessa capital. Depois de cinco tentativas para conseguir exame judicioso do seu método de curar pelas academias é que publica, em 1779, a Dissertação sobre a descoberta do magnetismo animal, na qual afirma que esta é uma ciência com princípios e regras, embora ainda pouco conhecidas. Suas descobertas baseavam-se em 27 teses. Eis algumas: por meio desse fluido, doenças nervosas são curadas imediatamente e suas virtudes podem estender-se à cura universal e a preservação da humanidade, a um grau tão elevado, que não se sabia quão longe poderia ir; existe uma influência recíproca entre os corpos celestes, a Terra e todos os organismos animados; o fluido universal é o agente dessa influência; essa ação recíproca está sujeita às leis da mecânica; os corpos gozam de propriedades análogas ao ímã; essas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou inanimados; a moléstia é apenas a resultante da falta ou desequilíbrio na distribuição do magnetismo pelo corpo.
Evolução p/3º Mil: Em 1792, Mesmer vê-se forçado a retirar-se de Paris, vilipendiado, e instala-se em pequenina cidade suíça, onde vive durante 20 anos sempre servindo aos necessitados e sem nunca desanimarnem se queixar. Aí morre aos 81 anos, lépido, firme no trabalho assistencial. Ninguém ali chegou a saber quem fora aquele médico de aldeia, outrora rico e famoso…Assim era Mesmer, o missionário do Mais Alto que mostrou a força curativa dos fluidos que emanam dos seres humanos. Demonstrando a realidade da imposição de mãos – reforçou o Evangelho e abriu caminho para o Espiritismo…
Discípulo fiel de Mesmer, Armand Marie Jacques de Chastenet, o MARQUES DE PUYSÉGUR (1751-1825) foi, na França, um dos seus mais ilustres seguidores. Puységur era Oficial General do Exército Francês, um Marquês, um homem abastado e filantropo. Abraçara as ideias de Mesmer por diletantismo e por se ter apaixonado pelo magnetismo animal. Assim, enquanto Mesmer, em Paris, atendia às elites parisienses, ociosas e ávidas de novidades, o marquês de Puységur, em Buzancy (pequeno povoado no interior da França), acudia gratuitamente à pobreza. Uma multidão procurava o Marquês, o qual se esforçava por medicar seus clientes rigorosamente de acordo com as prescrições do seu mestre.
Joseph Philippe François DELEUZE (1753-1835) foi naturalista, botânico e bibliotecário do Museu Nacional de História Natural de Paris. Deleuze foi discípulo direto de Franz Anton Mesmer e colaborador de Antoine Laurent de Jussieu (1748- 1836) e, juntamente com o Marquês de Puységur e seus sucessores deu grande contribuição a que fosse o Magnetismo reputado como ciência e visto com o respeito que se deve aos grandes temas da humanidade. Deleuze nasceu de uma família nobre de Sisteron, sudoeste da França.
Século XIX:
Os primeiros homeopatas no Brasil introduziram práticas do magnetismo animal e estudos do “fluido vital”.
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ALLAN KARDEC- O Magnetizador
ÓBRAS PÓSTUMAS: … MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO AO ESPIRITISMO Foi em 1854 que pela primeira vez ouvi falar das mesas girantes. Certo dia, encontrei o magnetizador, Senhor Fortier, a quem eu conhecia desde muito tempo e que me disse: — Já sabe da estranha propriedade que acabaram de descobrir no Magnetismo? Parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar, mas também as mesas, conseguindo-se que elas girem e caminhem à vontade. — Sem dúvida, é muito estranho — respondi —; mas, a rigor, isso não me parece radicalmente impossível. O fluido magnético, que é uma espécie de eletricidade, pode perfeitamente atuar sobre os corpos inertes e fazer que eles se movam. Os relatos, que os jornais publicaram, de experiências feitas em Nantes, em Marselha e em algumas outras cidades, não permitiam dúvidas acerca da realidade do fenômeno. Algum tempo depois, encontrei-me novamente com o Sr. Fortier, que me disse: — Temos uma coisa muito mais extraordinária; não só se consegue que uma mesa se mova, magnetizando-a, como também que fale. Quando interrogada, ela responde. — Isto agora é outra questão! — repliquei-lhe — Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto para nos fazer dormir em pé. Este raciocínio era lógico: eu entendia o movimento por efeito de uma força mecânica, mas, ignorando a causa e a lei do fenômeno, parecia-me absurdo atribuirmos inteligência a uma coisa puramente material. Achava-me na posição dos incrédulos atuais, que negam porque apenas veem um fato que não compreendem.
A morte o surpreendeu no momento em que, com a sua infatigável atividade, trabalhava em outra obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo.
… Kardec: O sobrenatural não existe. As manifestações obtidas com o auxílio dos médiuns, como as do magnetismo e do sonambulismo, são de ordem natural e devem ser severamente submetidas à verificação da experiência. Não há milagres.
52. Médiuns curadores — A mediunidade desta espécie consiste na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o apoio de qualquer medicamento. Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princípio na força magnética; entretanto, difere desta, pela energia e instantaneidade da ação, ao passo que as curas magnéticas exigem um tratamento metódico mais ou menos longo. Todos os magnetizadores estão mais ou menos aptos a curar, se souberem proceder convenientemente; dispõem da ciência que adquiriram. Nos médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido falar de magnetismo.
Q 556 L.E Algumas pessoas realmente têm o dom de curar pelo simples toque?
– A força magnética pode chegar até aí quando é apoiada à pureza dos sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos vêm em sua ajuda. Porém, é preciso desconfiar da maneira pela qual as coisas são contadas pelas pessoas muito crédulas ou muito entusiastas, sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e mais naturais. Precisamos desconfiar também das narrativas interesseiras da parte das pessoas que exploram a credulidade para o seu proveito próprio.
A capacidade de expansão dos fluidos perispiríticos já está bem demonstrada pelas mais dolorosas operações cirúrgicas realizadas em doentes adormecidos — tanto pelo clorofórmio e o éter, como pelo magnetismo animal. Ex: As cirurgias espíritas sem sangue
Óbras Póstumas/ Controvérsias sobre a ideia da existência de seres intermediários entre o homem e Deus:.. Dirão que não trago nenhuma novidade. Eu mesmo, inclusive, desde alguns anos, tenho ouvido a sustentação dessa tese por parte de alguns magnetizadores. Agora, porém, procuram implantar essas ideias que, a meu ver, são contrárias à verdade. É sempre errôneo cair nos extremos e tanto exagero há em atribuirmos tudo ao Magnetismo, quanto haveria em os espíritas negarem as leis do Magnetismo. Não poderíamos retirar as leis magnéticas da matéria, como não poderíamos retirar as leis puramente espirituais do Espírito.
Onde acaba o poder da alma sobre os corpos? Qual a parte dessa força inteligente nos fenômenos do Magnetismo? Qual a do organismo? Aí estão questões de muito interesse, questões graves para a Filosofia, como para a Medicina…. É a alma que confere ao sonâmbulo as maravilhosas faculdades de que ele desfruta. A alma é quem se manifesta, devido certas circunstâncias, isolando-se em parte e temporariamente do seu invólucro corpóreo. Para qualquer um que tenha observado com atenção os fenômenos do sonambulismo, em toda a sua pureza, é clara a existência da alma, tornando a ideia de que tudo em nós acaba com a vida animal uma insensatez demonstrada até à evidência. Portanto, podemos dizer com alguma razão que o magnetismo e o materialismo são incompatíveis. Se alguns magnetizadores se afastam desta regra e professam as doutrinas materialistas, é sem dúvida que se limitam a um estudo muito superficial dos fenômenos físicos do Magnetismo.
Toda ação física ou moral — visível ou oculta — de um ser sobre si mesmo ou sobre outro pressupõe, de um lado, uma força atuante e, de outro, uma sensibilidade passiva. Em todas as coisas, duas forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à força. Ora, como nem todos os homens são dotados da mesma energia fluídica, ou melhor, como em todos tendo o fluido perispirítico não tem a mesma potência ativa, fica explicado por que essa potência em alguns é quase irresistível, ao passo que noutros é nula; por que algumas pessoas são muito acessíveis à sua ação, enquanto que outras lhe são refratárias. Essa superioridade e essa inferioridade relativas dependem evidentemente do organismo; mas seria erro acreditarmos que estão na razão direta da força ou da fraqueza física. A experiência prova que os homens mais robustos às vezes sofrem as influências fluídicas mais facilmente do que outros de constituição muito mais delicada, ao passo que com frequência descobrimos entre estes últimos uma força que a frágil aparência deles não permitiria que suspeitássemos. De muitas formas podemos explicar essa diversidade no modo de agir. O poder fluídico aplicado à ação recíproca dos homens uns sobre os outros — isto é, ao Magnetismo — pode depender:
1) Da quantidade de fluido que cada um possua;
2) Da natureza intrínseca do fluido de cada um, apesar da quantidade;
3) Do grau de energia da força impulsiva; porventura, até, dessas três causas reunidas.
Todos os efeitos do magnetismo, do sonambulismo, do êxtase, da dupla vista, do hipnotismo, da catalepsia, da anestesia, da transmissão do pensamento, a presciência, as curas instantâneas, as possessões, as obsessões, as aparições e transfigurações etc., que formam a quase totalidade dos milagres do Evangelho…
… A possibilidade da maioria dos fatos que o Evangelho cita como operados por Jesus se acha hoje completamente demonstrada pelo Magnetismo e pelo Espiritismo, como fenômenos naturais. Como eles se produzem às nossas vistas — seja espontaneamente, seja quando provocados — nada há de anormal em que Jesus possuísse capacidades idênticas às dos nossos magnetizadores, curadores, sonâmbulos, videntes, médiuns etc.
No L.E encontraremos referências para ver Fluído Magnético quando procurarmos por magnetismo, na introdução Kardec diz:
“Para uns, o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz quando a matéria se encontra em certas circunstâncias; segundo outros — e esta é a ideia mais comum —, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como vemos os corpos inertes absorverem a luz; esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns, não seria outro que o fluido elétrico animalizado, assim designado pelos nomes de fluido magnético, fluido nervoso etc.”
27-a. — Esse fluido seria o que chamamos de eletricidade?
“Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações; o que chamam fluido elétrico e fluido magnético são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão uma matéria mais perfeita, mais sutil, e que se pode considerar como independente.”
Q 388 L.E Os encontros, que às vezes ocorrerem entre algumas pessoas e que comumente atribuímos ao acaso, não seriam efeito de um tipo de relações simpáticas?
– Há entre os seres pensantes ligações que vocês ainda não conhecem. O magnetismo é o piloto dessa ciência, que vocês compreenderão melhor mais tarde.
Q. 555 L.E . Que significado deve ser atribuído à qualificação de feiticeiro?
– Aqueles a quem chamam de feiticeiros são pessoas, quando de boa-fé, que são dotadas de certas faculdades, como a força magnética ou a segunda vista, e como elas fazem coisas que vocês não compreendem, então vocês as julgam dotadas de uma força sobrenatural. Vossos sábios não passaram muitas vezes por feiticeiros aos olhos dos ignorantes?
O espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu uma infinidade de fábulas, em que os fatos são exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências — que por assim dizer formam uma única — mostrando a realidade das coisas e a sua verdadeira causa, constitui o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que não passa de uma crendice ridícula.
Revista Espírita 1867/ O MAGNETISMO E O ESPIRITISMO COMPARADOS (Sociedade de Paris, maio – Médium: Sr. Desliens)
“Em vida ocupei-me da prática do magnetismo, do ponto de vista exclusivamente material; ao menos assim o cria. Hoje sei que a elevação voluntária ou involuntária da alma, que faz desejar a cura do doente, é uma verdadeira magnetização espiritual. “A cura se deve a causas excessivamente variáveis: Tal doença, tratada de tal maneira, cede ante a força de ação material; tal outra, que é idêntica, mas menos acentuada, não experimenta qualquer melhora, embora os meios curativos empregados talvez sejam ainda mais poderosos. A que se devem, então, essas variações de influências? – A uma causa ignorada pela maioria dos magnetizadores, que não se atacam senão aos princípios mórbidos materiais; elas são consequência da situação moral do indivíduo.
“A doença material é um efeito; para destruí-lo não basta atacá-lo, tomá-lo corpo-a-corpo e aniquilá-lo. Como a causa existe sempre, reproduzirá novos efeitos mórbidos quando estiver afastada a ação curativa. “O fluido transmissor da saúde no magnetismo é um intermediário entre a matéria e a parte espiritual do ser, e que poderia comparar-se ao perispírito. Ele une dois corpos um ao outro; é um ponto sobre o qual passam os elementos que devem operar a cura nos órgãos doentes. Sendo um intermediário entre o Espírito e a matéria, por força de sua constituição molecular, esse fluido pode transmitir tão bem uma influência espiritual quanto uma influência puramente animal. “Em última análise, que é o Espiritismo, ou antes, que é a mediunidade, essa faculdade até aqui incompreendida, e cuja extensão considerável estabeleceu sobre bases incontestáveis os princípios fundamentais da nova revelação? É pura e simplesmente uma variedade da ação magnética exercida por um ou vários magnetizadores desencarnados, sobre um paciente humano agindo no estado de vigília ou no estado extático, consciente ou inconscientemente. “Por outro lado, que é o magnetismo? uma variedade do Espiritismo, na qual Espíritos encarnados agem sobre outros Espíritos encarnados. “Finalmente, existe uma terceira variedade do magnetismo ou do Espiritismo, conforme se tome por ponto de partida a ação dos encarnados sobre os encarnados, ou a dos Espíritos relativamente livres sobre Espíritos aprisionados num corpo; esta terceira variedade, que tem por princípio a ação dos encarnados sobre os Espíritos, revela-se no tratamento e na moralização dos Espíritos obsessores.
“Assim, o Espiritismo não é senão magnetismo espiritual, e o magnetismo outra coisa não é senão Espiritismo humano. “De fato, como procede o magnetizador que quer submeter à sua influência um sensitivo sonambúlico? Envolve-o em seu fluido; ele o possui numa certa medida e, notai-o bem, sem jamais conseguir aniquilar seu livre-arbítrio, sem dele poder fazer coisa sua, um instrumento puramente passivo. Muitas vezes o magnetizado resiste à influência do magnetizador e age num sentido quando este desejaria que a ação fosse diametralmente oposta. Embora no geral o sonâmbulo esteja adormecido e o seu próprio Espírito aja enquanto o seu corpo fica mais ou menos inerte, também acontece, porém mais raramente, que o sensitivo, simplesmente fascinado, iluminado, fique em vigília, posto que com maior tensão de espírito e uma inabitual exaltação de suas faculdades. “E agora, como procede o Espírito que deseja comunicar-se? Envolve o médium com o seu fluido; em certa medida o possui, sem jamais dele fazer coisa sua, um instrumento puramente passivo. Talvez me objetareis que nos casos de obsessão, de possessão, o aniquilamento do livre-arbítrio parece ser completo. Muito haveria a dizer sobre esta questão, porque a ação aniquiladora se faz mais sobre as forças vitais materiais do que sobre o Espírito, que pode achar-se paralisado, dominado e impotente para resistir, mas cujo pensamento jamais é nulificado, como foi possível constatar em muitas ocasiões. Encontro no próprio fato da obsessão uma confirmação, uma prova em apoio de minha teoria, lembrando que a obsessão também se exerce de encarnado a encarnado, e que se tem visto magnetizadores aproveitando o domínio que exerciam sobre os seus sonâmbulos, para os levar a cometer ações censuráveis. Como sempre, aqui a exceção confirma a regra.
“Embora no geral o sensitivo mediúnico esteja desperto, em certos casos que se tornam cada vez mais freqüentes, o sonambulismo espontâneo se instala no médium e este fala por si mesmo, ou por sugestão, absolutamente como o sonâmbulo magnético nas mesmas circunstâncias. “Enfim, como procedeis relativamente aos Espíritos obsessores ou simplesmente inferiores, que desejais moralizar? Agis sobre eles por atração fluídica; magnetizai-os, na maioria das vezes inconscientemente, para os reter em vosso círculo de ação; algumas vezes conscientemente, quando estabeleceis em torno deles uma camada fluídica, que não podem penetrar sem a vossa permissão, e agis sobre eles pela força moral, que não é outra coisa senão uma ação magnética quintessenciada. “Como vos foi dito muitas vezes, não há lacunas na obra da Natureza, nem saltos bruscos, mas transições insensíveis, que fazem que se passe pouco a pouco de um a outro estado, sem que não se perceba a mudança senão pela consciência de uma situação melhor. “O magnetismo é, pois, um grau inferior do Espiritismo, e que insensivelmente se confunde com este último por uma série de variedades, pouco diferindo um do outro, como o animal é um estado superior da planta, etc. Num caso, como no outro, são dois degraus da escada infinita, que liga todas as criações, desde o ínfimo átomo até Deus criador! Acima de vós está a luz ofuscante, que os vossos fracos olhos ainda não podem suportar; abaixo estão as trevas profundas, que os vossos mais poderosos instrumentos de óptica ainda não puderam iluminar. Ontem nada sabíeis; hoje vedes o abismo profundo no qual se perde a vossa origem. Pressentis o objetivo infinitamente perfeito, para o qual tendem todas as vossas aspirações. E a quem deveis todos esses conhecimentos? ao magnetizador! ao Espiritismo! a todas as revelações que decorrem de uma lei de relação universal entre todos os seres e seu Criador! a uma ciência surgida ontem por vossa concepção, mas cuja existência se perde na noite dos tempos, porque é uma das bases fundamentais da Criação. “De tudo isto concluo que o magnetismo, desenvolvido pelo Espiritismo, é a pedra angular da saúde moral e material da Humanidade futura.” E. Quinemant
Na Revista de 1858, mês de Junho Kardec comenta sobre os encontros dos dois grupos rivais de magnetizadores de Paris… “23 de maio, aniversário natalício de Mesmer, realizaram-se os dois banquetes anuais que reúnem o escol dos magnetizadores de Paris e os adeptos estrangeiros que se juntam a eles. Sempre temos perguntado por que motivo essa solenidade comemorativa é celebrada em dois banquetes rivais, onde cada grupo bebe à saúde do outro e onde, sem resultado, ergue-se um brinde à união.
… Longe disso, num discurso notável e justamente aplaudido, o Dr. Duplanty proclamou, alto e bom som, o respeito que devemos ter pelas crenças sinceras, mesmo quando delas não compartilhamos. Sem pronunciar-se pró ou contra o Espiritismo, ele fez sabiamente observar que os fenômenos do magnetismo, revelando-nos um poder até então desconhecido, devem tornar-nos ainda mais circunspectos em relação aos que ainda se podem revelar e que, pelo menos, seria imprudência negar os que não compreendemos ou não chegamos a constatar, principalmente quando se apoiam na autoridade de homens honrados, cujas luzes e cuja lealdade não poderiam ser postas em dúvida.
São palavras sensatas, que agradecemos ao Sr. Duplanty. Elas contrastam singularmente com as de certos adeptos do Magnetismo, que inconsideradamente lançam o ridículo sobre uma doutrina que confessam desconhecer, esquecidos de que outrora também eles foram alvo dos sarcasmos; que também eles foram enviados aos hospícios e atacados pelos cépticos como inimigos do bom-senso e da religião. Hoje, que o Magnetismo se reabilitou pela força das circunstâncias; que dele não mais riem; que podemos sem susto confessar-nos magnetizadores, é pouco digno e pouco caritativo usarem dessas represálias contra uma ciência irmã que só lhes pode dar um benéfico apoio.
Nós não atacamos os homens, dizem eles; apenas rimos daquilo que parece ridículo, enquanto esperamos que a luz se faça para nós. Em nossa opinião, a ciência magnética, que nós mesmo professamos faz 35 anos, deveria ser inseparável da seriedade
Resumindo: todo magnetismo, segundo a doutrina, se refere à troca de fluidos energéticos vitais e espirituais entre os seres.
O Passe Magnético: A prática do passe, comum em centros espíritas, é uma técnica de magnetismo onde se transmite energia vital para promover o equilíbrio físico e espiritual.
No entanto, a qualidade do fluido transmitido depende da intenção e moral do magnetizador. Um fluido puro, como o do plano espiritual, é mais poderoso e benéfico, enquanto um fluido impuro pode ser nocivo.
Legado e Aplicação :
O magnetismo ajudou a desmistificar fenômenos antes atribuídos ao sobrenatural, oferecendo uma base científica para o entendimento do universo e da vida.
Por meio do magnetismo, o Espiritismo busca oferecer uma visão científica da vida, revelando a existência e a ação de um universo onde tudo se desenvolve sob leis naturais.
citando afirmação de Allan Kardec na Revista Espírita : “O Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e os rápidos progressos desta última Doutrina são devidos, incontestavelmente à vulgarização dos conhecimentos sobre o primeiro. Dos fenômenos do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas não há mais que um passo; sua conexão é tal que é, por assim dizer, impossível falar de um sem falar do outro.” (Revista Espírita, de março de 1858).
Francisco M. Dias da Cruz –Mensagem psicográfica, recebida por Marta Antunes Moura, na reunião do dia 10 de agosto de 2006, na FEB, Brasília–DF – Revista Reformador, Dezembro 2006, pág. 40- Obssessão: (A obsessão e a influência magnética)
A influência obsessiva apresenta várias facetas, em geral ignoradas pelo espírita. Surge de forma abrupta ou lentamente, insidiosa. Não considera o sexo, a idade, o nível socioeconômico. Atinge o indivíduo e arrasta comunidades. Insinua-se, escorregadia como réptil venenoso, nos delicados e nobres tecidos da estrutura cerebral, neutralizando agentes de defesa orgânica, produzindo alucinações, sofrimentos e mal-estar generalizados. Combatendo as células de defesa orgânica, tem ação lesiva nos órgãos e tecidos, nos sistemas e aparelhos do corpo físico. Sob a forma de entidades microscópicas, lança os seus dardos venenosos na forma de toxinas, produzindo desarmonias variáveis nas unidades celulares que, vencidas, passam a albergar microorganismos causadores de infecção.
Espíritos perturbados e perturbadores aproximam-se da mente invigilante para absorver, num processo de vampirização fluídico-magnética, a energia vital das pessoas que lhes servem de alvo. Apropriando- se da mente, passam a conviver com o indivíduo em regime contínuo, íntimo, de forma que o pensamento e a emoção de um ecoam e refletem no outro.
Entidades obsessivas existem que habilmente mapeiam a organização física e perispiritual de quem desejam dominar. Identificam, com precisão, os pontos frágeis e fortes do cosmo orgânico. Sabem aumentar ou diminuir a produção hormonal; influenciam no sistema de absorção alimentar, segregando ou deletando proteínas, glicídios e gorduras; apropriam-se de neurotransmissores, em nível de sistema nervoso central, conduzindo o obsediado a crises depressivas ou a idéias e tentativas de suicídio; agem no centro da memória, pacientemente, manipulando a delicada tessitura e os bloqueios naturais impostos pelo programa reencarnatório, desativando mecanismos de proteção e, à semelhança de um ladrão inconsequente, arrombam as portas que mantêm os arquivos de ações infelizes, ocorridas em vidas pretéritas, sob parcial controle. Apropriando-se dessas lembranças amargas, caracterizadas por experiências de atentado à lei de Deus, conduzem-nas aos campos da memória recente, provocando, no subjugado, angústias, sentimento de culpa e desespero. Atrelando-se aos centros motores dos que se encontram sob o domínio nefasto, produzem paralisias, fraquezas musculares e neurites. Conhecendo as predisposições íntimas do dominado, seus sentimentos, desejos e aptidões, atuam no centro cerebral do humor e da inteligência, acelerando o metabolismo de íons que resultam na irritabilidade, na elevação da pressão dos líquidos corporais, causando tonturas e cefaléias.
Não creias, amigo e irmão, que este quadro, assim apresentado com o colorido do jargão técnico, se encontra distante de ti. Está ao teu lado, podendo envolver-te, vibrando no ritmo da tua cadência respiratória e do teu batimento cardíaco. Mantenhas-te atento, pois as somatizações são inevitáveis quando há influência obsessiva. Transforma-te no bem para que possas neutralizar-lhe tais ações, absorvendo energias superiores que do Alto se derramam sobre ti. As ligações mentais inferiores ocorrem em razão da invigilância, da falta de fé, da ausência de oração, da escassez da prática do bem.
Bibliografia:
1 DURVILLE, Hector. Teorias e Procedimentos do Magnetismo. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CELD, 2012. Introdução, definição do magnetismo.
2. CÂNDIDO XAVIER, Francisco/ Emamanuel. O Consolador
3. PUGLIESE, Adilton. Breve Histórico sobre Magnetismo. Disponível em: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/passe/magnetismo.html. Acesso em: 15 de março de 2015.
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5. MARQUÊS DE PUYSEGUR. Disponível em: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Pesquisadores%20espiritas/Puysegur/Marqu%C3%AAs%2 0de%20Puys%C3%A9gur.htm. Acesso em: 15 de março de 2015.
6. FRANCOIS DELEUZE. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Deleuze. Acesso em: 15 de março de 2015.
7. BARÃO DU POTET. Disponível em: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Pesquisadores%20espiritas/Du%20Potet/Baron%20Du%2 0Potet.htm. Acesso em: 20 de março de 2015.
8. Gil Restani de Andrade, Revista Internacional de Espiritismo, agosto de 1999 (ano LXXIV)
9. Livro dos Espíritos
10. RIZINNI, Carlos toledo, Evolução para o Terceiro Milênio, 1921 -1992
11. Revista Espírita, de março de 1858/ Allan Kardec
12. Revista Espírita 1867/ Allan Kardec
12. Óbras Póstumas/ Allan Kardec
13. CÂNDIDO XAVIER, Francisco. Nosso Lar