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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > ESTUDOS DE DOUTRINA > O Porque da Escravidão dos Africanos

O Porque da Escravidão dos Africanos

celcESTUDOS DE DOUTRINA14 de junho de 2014 Leave a comment0

DA ÁFRICA AO BRASIL 

Para o Brasil, entre o século 16 (1500 a 1599) e o século 19 (1800 a 1899) vieram cerca de 4 milhões de negros.

O escravo no Brasil foi utilizado na plantação de cana, depois na mineração de ouro, na plantação de café, do fumo, do algodão. Também havia escravos na cidades.

Nos navios que vinha da África eram tão ruins que era comum mais da metade da população negra morrer. Os doentes e os mortos eram atirados ao mar.  A viagem era feitos todos com as pessoas na mesma posição, sentadas pois não havia espaço para ficar deitados ou em pé. Ficavam em porões escuros, sem ver a luz do sol durante toda a viajem. A água era racionada, e a comida pouquíssima. Ao desembarcarem no Brasil, imediatamente os negros eram batizados.

A igreja apoiou o tráfico. O papa Nicolau V, em 1454 autorizou o mercado escravo de africanos pela bula “Romanus Pontifex”. A igreja justificava o tráfico dizendo que o negro era pagão, que a escravidão era uma forma de salvar o negro, salvar sua alma, prometendo-lhe a vida eterna, depois da morte.

Claro que havia alguns padres que não concordavam com isso. Mas era deixados de lado, chamados de volta para Portugal.

Arrancados de suas terras, quebrados os laços familiares e tribais, iniciava-se o processo de perda de identidade do negro. Essa desestruturação se agravava na viagem, com as desumanas condições de vida nos navios. Ao chegar no Brasil os sobreviventes eram vendidos e iam para os engenhos. Aí se completava o processo de desestruturação: ficavam os negros obrigados a trabalhos forçados, só parando para dormir, para sustentar uma sociedade que não era sua, e que só dava opressão em troca.

A média de vida útil do escravo no Brasil era de apenas sete anos. Muitas vezes depois disso o senhor deixava o escravo livre, só que aí era muito difícil ao negro arranjar um jeito de sobreviver. 

Virem milhões de negros para o Brasil. Até 1599, vieram vinte mil. De 1600 a 1700 vieram quinhentos e cinqüenta mil. De 1700 a 1800, vieram um milhão, seiscentos e dez mil negros. E entre 1801 e 1852 vieram um milhão trezentos e cinqüenta e três mil. Ao todo foram três milhões e seiscentos mil, sem contar com os que foram trazidos de forma ilegal.

Ao contrário do que a história oficial ensina em muitas escolas brasileiras, os portugueses não encontraram na África “um bando de negros, selvagens, semi-nus”, mas sim encontraram civilizações adiantadas e ricas.

A religião, a política e os costumes sociais de Ioruba davam o modelo de uma vasta zona. Os negros de Ioruba eram principalmente agricultores, mas os seus tecelões, os seus ferreiros, os seus artistas em cobre, ouro e madeira já gozavam de merecida reputação e excelência. Criavam-se animais de subsistência – cabras, carneiros, porcos, galinhas e pombos. O cavalo era conhecido há muitos séculos, devido ao contato com os árabes. O fundador do reino de Ioruba representava-se, nos mitos, montado num corcel. Em Gana e na Nigéria utilizavam-se enxadas de ferro antes que os portugueses soubessem o que era isso.

Para caçar os negros na África, Portugal estimulou as guerras entre tribos. Os portugueses firmavam alianças com chefes de algumas tribos, que perseguiam outras. E cumpriam as regras do “jogo”, só embarcando os negros realmente escravos. Os portugueses iniciavam o contato com os chefes dando presentes, como tecidos finos, vinhos, espadas, enfeites. Em troca, iam pedindo “coisas”. Primeiro coisas de comer, depois gente, depois os chefes já estavam dependentes dos produtos portugueses, estes passavam a cobrar impostos.

Em 1620 havia 204 chefes africanos obrigados a entregar escravos aos portugueses, além de animais, panos, e etc. Isso gerou muitas tensões e revoltas na África. Os negros que eram presos e entregues aos portugueses eram marcados com ferro em brasa, e trabalhavam perto do porto, em roças de mandioca e outros trabalhos, até o embarque. Mesmo na África, os negros nunca aceitavam passivamente a escravidão.

As marchas e a longa viagem pelo Atlântico ocorriam em condições terríveis. Eram jogados nos porões inundados e abafados dos navios negreiros ou tumbeiros. Só um em cada três africanos capturados sobrevivia. Baseado nisso, especialistas calculam que a escravidão negra vitimou cerca de sessenta milhões de pessoas entre os séculos XV e XIX.

Os negros eram embarcados na costa ocidental africana, depois de capturados nas regiões onde hoje ficam Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Angola e Moçambique. Alguns percorriam milhares de quilômetros na selva, acorrentados, antes de embarcar nos navios negreiros.

A distribuição dos negros no Brasil obedeceu a ciclos econômicos. Os primeiros grupos entravam pelo nordeste e se espalharam nas plantações de açúcar, cacau, e fumo. Durante o século XVIII, os negros foram usados na mineração, com predominância em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. No século XIX, trabalharam nas plantações de café de Rio, São Paulo e nas charqueadas do Rio Grande Do Sul.

A maioria dos negros destinados ao Sul e ao Sudeste pertencia à etnia banto, majoritária no centro-sul da África. Para a região Nordeste predominou o tráfico de Iorubas, negros oriundos da Guiné e das proximidades da Nigéria (noroeste da África).

Submetidos a jornadas diárias de até dezoito horas de trabalho braçal, os negros escravos sobreviviam dez anos. Quando morriam, eram imediatamente repostos. Era mais barato ao proprietário comprar um africano novo do que esperar uma criança crescer para se transformar em escrava.

A igreja apoiou o tráfico de negros. O papa Nicolau V, em 1454 autorizou o mercado escravo de africanos pela bula “Romanus Pontifex”. A Igreja justificava o tráfico dizendo que o negro era pagão, e a escravidão era uma forma de salvar o negro, salvar sua alma, prometendo-lhe a vida eterna, depois da morte.

 

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Outra referencia
 
O Papa Nicolau V nascido Tommaso Parentucelli (15 de novembro de 1397 – 24 de março de 1455) foi Papa de 6 de março de 1447 até à data da sua morte. Em 1450
Romanus Pontifex
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Bula Romanus Pontifex foi uma bula pontifícia emitida pelo Papa Nicolau V para o Rei Afonso V de Portugal, datada de 8 de Janeiro 1455. Neste documento, e na sequência da anterior bula Dum Diversas de 1452, o papa reconhecia ao reino de Portugal, nomeadamente ao rei Afonso V e sucessores como o Infante D. Henrique, o seguinte:
  • A propriedade exclusiva de todas as ilhas, terras, portos e mares conquistados nas regiões que se estendem “desde o cabo Bojador e cabo Não (actual cabo Chaunar), ao longo de toda a Guiné e mais além, a sul.”[1]
  • O direito de continuar as conquistas contra muçulmanos e pagãos[2] nesses territórios.
  • O direito de comerciar com os habitantes dos territórios conquistados e por conquistar, excepto os produtos tradicionalmente proibidos aos “infiéis”: ferramentas de ferro, madeira para construção, cordas, navios e armaduras.
Esta bula foi confirmada pelo Papa seguinte Papa Calisto III, em 1456 (Bula Inter Coetera) e por Sixto IV em 1481 (bula Aeterni regis). O documento recolhe também o relato oficial da Coroa de Portugal sobre as suas descobertas no Mar Oceano na primeira metade do século XV. Começa por referir a conquista de Ceuta pelo rei D.João I de Portugal, na qual o Infante D. Henrique lutara contra os “infiéis”, povoara algumas ilhas desabitadas e convertera ao cristianismo alguns habitantes de outras ilhas. Para além disso afirma que os portugueses continuaram navegando quase todos os anos nas suas caravelas em expedições em direção das “costas do sul e leste”,[3] em territórios nos quais jamais se havia navegado, pelo menos em tempos conhecidos,[4] em busca dos “Índios de quem se diz que veneram o nome de Cristo” (“Indos, como eram chamados os povos indianos e asiáticos).[5] Também menciona o objetivos de subjugar e converter ao cristianismo os povos pagãos não islamizados que se encontravam nestas rotas.
De acordo com a Bula, passado algum tempo os portugueses haviam chegado à Guiné, onde ocuparam várias ilhas e portos, e descobriram a foz de um grande rio.[6] Durante anos haviam guerreado com os habitantes da região até conquistarem várias ilhas nas proximidades. De lá trouxeram para Portugal escravos “guineenses e negros, alguns capturados pela força e outros através de comércio/contrato lícito”.[7] Por fim, ao rei de Portugal e ao Infante era concedido o monopólio do comércio em toda a região, emitindo licenças para comércio ou para pescar mediante o pagamento de um imposto.
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/
 
 
Sua Santidade Autoriza a Matança dos Negros
Muitos negros eram escravizados para o trabalho escravo, para que muitos portugueses, ingleses e outros pudessem produzir riquezas. Ninguém se aliava aos negros, nem a própria Igreja, por isso foram escravizados, mortos, torturados.
Essa gente humilhada constituía, mas primeiras décadas do século XVIII, um terço da população total da Colônia. Nas extensas plantações de cana, fumo, algodão ou café, na mineração, cada vez que se abria uma nova frente econômica, aumentavam as levas de negros trazidos para o Brasil.
O Papa Nicolau V, em 1454, assinou a bula, dando direito aos portugueses nos negócios da África, inclusive capturar os negros e mandá-los para o reino. Os seguidores do Papa achavam melhor batizar os negros, porque seria o motivo para salvar-lhes as almas.
Então, Portugal fazia o tráfico e trazia os negros para a fé cristã, com isso, o tráfico era rentável trazendo lucro aos portugueses e a Igreja ganhava comissões no desprezível comércio.
Portugal é o único país autorizado a realizar esse negócio, pois os Papas Calixto III e Sixto IV afirmam que o ouro, e os escravos são os produtos principais da África.
A primeira expedição mandada à África foi chefiada por Lançarote de Freitas, em 1444, onde muitos negros, mulheres e crianças foram mortos e outros capturados. Na volta da esquadra, mais negros encontrados no caminho foram capturados e ao chegarem em Lagos eram recebidos com festa, achando que o que fizeram fosse uma coisa bonita de se ver.
O cronista Eanes de Zurara, emocionado escreve as reações vistas com muita tristeza.
Muitos negros com a cabeça baixa chorando, outros olhando para o céu com lágrimas correndo, mães sendo chicoteadas para não serem separadas dos filhos, enfim, a tristeza marca o momento de sofrimento daqueles negros.
Mesmo assim, Portugal encheu o reino de escravos, e muitas outras expedições foram à África, trazendo até 1448, cerca de mil escravos.
O tráfico negreiro causou alguns problemas à África, como a desestruturação social e econômica com reflexos culturais e demográficos.
Cruzando-se com os naturais da terra e com os denominados dela, os africanos contribuíram seriamente para a formação do povo brasileiro, diferente dos outros, povo nascido da terra, crescido nela, de sentimentos mais ou menos iguais em todas a extensão territorial do Brasil.
Para tirar o máximo de lucro de suas Colônias e contornar sua escassez populacional, a coroa portuguesa precisou recorrer ao trabalho escravo. Diante da falta de mão-de-obra para a exploração econômica de um território imenso como o Brasil, a primeira saída encontrada pelos colonizadores foi a escravidão dos indígenas.
Mas essa estratégia teve vida curta, porque a partir de 1550, a mão-de-obra escrava do indígena foi substituída pelo trabalho negro africano.
Economicamente mais atraente, o negro escravo permitia um lucro duplo, aos portugueses que já ganhavam com o tráfico, que trazia essa mão-de-obra da África.
 
Os Índios escapam da Escuridão: Os Negros são um Bom Negócio da Igreja
 
Duas razões livraram o índio da escravidão: proteção da Igreja e expansão da cana-de-açúcar.
A Igreja estabeleceu um acordo com a Coroa portuguesa: a Igreja ficava com 5% do valor de cada escravo vendido.
Enquanto não se organizou a escravidão do negro, era importante ter o índio como aliado e também como escravo.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil encontraram tribos nômades, que plantavam mandioca e milho, tinham tecelagem de algodão e boa cerâmica. Quando começou a exploração do pau-brasil, os índios tinham boas relações com os portugueses, derrubando árvores e levando-as aos portos de embarque em troca de coisas inúteis.
Os portugueses resolveram colonizar o Brasil, então, começou a expulsão da terra e a captura dos índios transformando-os em escravos.
O índio era um escravo muito mais barato que o negro, e muito mais maltratado, mas com a proteção da Igreja e a ganância da Coroa portuguesa, a realidade da colônia exigiu escravos índios nos primeiros tempos.
Autorizadas por uma carta régia de 1570, os escravos foram conseguidos sem provocar desequilíbrio e conflitos perigosos. As guerras justas eram autorizadas pela Coroa ou governadores, contra os índios inimigos.
Além das Guerras Justas, os bandeirantes entraram na mata a fim de capturar índios para a escravidão.
Os índios foram vítimas de toda a violenta indignidade que a escravidão provoca. A escravidão indígena começou em 1534 e foi até 1755 e o fim da escravidão indígena se deu pelas leis de 1755 e 1758.
A organização do tráfico negreiro e a expansão da indústria açucareira uniram-se pondo fim na escravidão indígenas, devido a escassez de índios, quando se matou a maioria e quando se tornam caros.
O índio só deixa de ser escravo, quando existem condições econômica para comprar negros. Padre Manuel da Nóbrega, é um dos poucos sacerdotes que não concordam com a escravidão negra, enquanto, Padre Vieira, defende a entrada de negros.
 
http://www.grupoescolar.com/materia/historia_dos_negros.html
 
Bula ROMANUS PONTIFEX (incompleta)
1 – NÃO SEM GRANDE ALEGRIA chegou ao nosso conhecimento que o nosso dileto filho Infante D. Henrique, incendido no ardor da fé e zelo da salvação de almas, se esforça, como verdadeiro soldado de Cristo, por fazer conhecer e venerar em todo orbe, até os mais remotos lugares, o nome do gloriosíssimo Deus, reduzindo à sua fé não só os sarracenos inimigos dela, como também quaisquer outros infiéis; depois da conquista de Ceuta por seu pai, muito contra aqueles inimigos foi realizado pelo mesmo infante, às vezes com sua pessoal intervenção, não sem trabalhos, despesas e morte de sua gente; e sempre incansavelmente e cada vez mais animado do mesmo propósito, povoou de fiéis as ilhas desertas onde fez construir igrejas e outras casas piedosas, fez batizar e converter os habitantes de outras, para propagação da fé e aumento do culto divino.
2 – Além disso, tento este Infante conhecimento de que jamais, ao menos desde que há memória, o mar Oceano foi navegado em suas extensões orientais e meridionais, pelo que nada se sabe dos povos daquelas partes, julgou prestar grande serviço a Deus, tornando-o navegável até aqueles Índios que consta adorarem a Cristo. Assim poderia levar estes a auxiliar os cristãos contra os sarracenos, fazendo pregar o santo nome de Cristo entre os povos que a seita do nefando Mafoma infesta. Sempre munido de autoridade régia, há vinte e cinco anos que com grandes trabalhos, perigos e despesas não cessava com suas velozes naus, chamadas caravelas, devassar o mar, em direção das partes meridionais e Pólo Antártico. Aconteceu assim que foram perlustrados portos, ilhas e mares, atingida e ocupada a Guiné e portos, ilhas e mares adjacentes, navegando depois até a foz do rio reputado como o Nilo (Niger), fazendo guerra aos povos daquelas partes e apoderando-se das ilhas e mar adjacentes. Guinéus e negros tomados pela força, outros legitimamente adquiridos por contrato de compra foram trazidos ao reino, onde em grande número se converteram à fé católica, o que esperamos progrida até a conversão do povo ou ao menos de muitos mais.
3 – Tivemos, porém, conhecimento de que o Rei (D. Afonso) e o Infante, receando que tudo quanto obtiveram com tais perigos, trabalhos e despesas e possuem como verdadeiros senhores, outros, movidos de malícia e cupidez, venham usurpar ou danar, levando aos gentios o que os habilite a resistir-lhes mais fortemente, impedindo assim, não sem ofensa de Deus, o prosseguimento de tal obra, para a isso obviar, proibiram que se navegue para aquelas Províncias e por lá se trafique a não ser em suas naus e com seus nautas, licença expressa do Rei ou do Infante e pagamento de tributo. Pode, porém, suceder que, pelo decorrer dos tempos, pessoas de outros reinos ou nações sejam arrastadas pela cobiça, inveja ou malícia a infringir tal proibição, do que poderão resultar ódios, dissensões, rancores, guerras e escândalos ofensivos a Deus e perigosos para as almas.
4 – Por isso nós, tudo pensando com devida ponderação, por outras cartas nossas concedemos ao dito rei Afonso a plena e livre faculdade, dentre outras, de invadir, conquistar e subjugar quaisquer sarracenos e pagãos, inimigos de Cristo, suas terras e bens, a todos reduzir à servidão e tudo aplicar em utilidade própria e dos seus descendentes. Por esta mesma faculdade, o mesmo D. Afonso ou, por sua autoridade, o Infante legitimamente adquiriram mares e terras, sem que até aqui ninguém sem sua permissão neles se intrometesse, o mesmo devendo suceder a seus sucessores. E para que a obra mais ardentemente possa prosseguir.
5 – De moto próprio, e depois de amadurecida reflexão, em plenitude do poder apostólico, queremos que o teor daquelas cartas se considere, palavra por palavra, inserto nesta com todas e cada uma das cláusulas nelas contidas, vigorando até para quanto foi adquirido antes da data daquela faculdade, como para quanto posteriormente pode ou possa ser conquistado aos infiéis e pagãos, províncias e ilhas, portos e mares, incluindo ainda a conquista desde os cabos do Bojador e Não até toda a Guiné e, além dela, toda a extensão meridional; tudo declaramos pertencer de direito in perpetuum aos mesmos D. Afonso e seus descendentes, e ao Infante.
6 – Determinamos e declaramos que o mesmo Rei Afonso, e seus sucessores, e o Infante poderão livremente e licitamente estabelecer naqueles, tal como nos outros seus domínios, proibições, estatutos e leis mesmo penais, assim como tributações, tanto nas terras já adquiridas como nas que venham a adquirir.
7 – Poderão eles ou as pessoas a quem o tenham permitido contratar ou negociar como convier com os sarracenos e infiéis em tudo que não sejam armas, naus, ferramentas, cordame, para o que vigoram os indultos já anteriormente concedidos.
8 – Poderão fundar nessas terras igrejas ou mosteiros para lá enviar eclesiásticos seculares e, com autorização dos superiores, regulares das ordens mendicantes, sendo lícito a tais eclesiásticos ali exercer suas funções e jurisdição própria.
9 – E a todos e cada um dos fiéis e eclesiásticos seculares e regulares, de qualquer categoria ou dignidade, exortamos e rogamos em nome de Deus que não transportem para os infiéis destas terras, adquiridas ou conquistadas, armas, ferro ou cordame.
10 – E também que sem especial licença do mesmo Rei Afonso e seus sucessores e Infante ninguém, direta ou indiretamente, se intrometa na atividade do tráfego ou navegação dessas partes, ou por qualquer forma tente impedir a sua pacífica posse.
11. Se alguém, indivíduo ou coletividade, infringir estas determinações, seja excomungado, só podendo ser absolvido se, satisfeitos o Rei Afonso e seus sucessores ou Infante, eles nisso concordarem.

 

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