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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > ESTUDOS DE DOUTRINA > Os Nossos maiores inimigos

Os Nossos maiores inimigos

celcESTUDOS DE DOUTRINA5 de agosto de 2014 Leave a comment0

Certa feita, Simão Pedro perguntou a Jesus: – Senhor, como saberei onde vivem nossos maiores inimigos? Quero combatê-los, a fim de trabalhar com eficiência pelo Reino de Deus. Iam os dois de caminho entre Cafarnaum e Magdala, ao sol rutilante de perfumada manhã. O Mestre ouviu e mergulhou-se em longa meditação. Insistindo, porém, o discípulo, ele respondeu benevolamente: – A experiência tudo revela no momento preciso. – Oh! – exclamou Simão, impaciente – a experiência demora muitíssimo.

O Amigo Divino esclareceu, imperturbável: – Para os que possuem “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, uma hora, às vezes, basta ao aprendizado de inesquecíveis lições. Pedro calou-se, desencantado. Antes que pudesse retornar às interrogações, notou que alguém se esgueirava por trás de velhas figueiras, erguidas à margem. O apóstolo empalideceu e obrigou o Mestre a interromper a marcha, declarando que o desconhecido era um fariseu que procurava assassiná-lo. Com palavras ásperas desafiou o viajante anônimo a afastar-se, ameaçando-o, sob forte irritação. E quando tentava agarrá-lo, à viva força, diamantina risada se fez ouvir.

A suposição era injusta. Ao invés de um fariseu, foi André, o próprio irmão dele, quem surgiu sorridente, associando-se à pequena caravana. Jesus endereçou expressivo gesto a Simão e obtemperou: – Pedro, nunca te esqueças de que o medo é um adversário terrível. Recomposto o grupo, não haviam avançado muito, quando avistaram um levita que recitava passagens da Tora e lhes dirigiu a palavra, menos respeitoso. Simão inchou-se de cólera. Reagiu e discutiu, longe das noções de tolerância fraterna, até que o interlocutor fugiu, amedrontado. O Mestre, até então silencioso, fixou no aprendiz os olhos muito lúcidos e inquiriu: – Pedro, qual é a primeira obrigação do homem que se candidata ao Reino Celeste? A resposta veio clara e breve: – Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. – Terás observado a regra sublime, neste conflito? – continuou o Cristo, serenamente – recorda que, antes de tudo, é indispensável nosso auxílio ao que ignora o verdadeiro bem e não olvides que a cólera é um perseguidor cruel. Mais alguns passos e encontraram Teofrasto, judeu grego dado à venda de perfumes, que informou sobre certo Zeconias, leproso curado pelo profeta nazareno e que fugira para Jerusalém, onde acusava o Messias com falsas alegações. O pescador não se conteve. Gritou que Zeconias era um ingrato, relacionou os benefícios que Jesus lhe prestara e internou-se em longos e amargosos comentários, amaldiçoando-lhe o nome. Terminando, o Cristo indagou-lhe: – Pedro, quantas vezes perdoarás a teu irmão? – Até setenta vezes sete – replicou o apóstolo, humilde. O Amigo Celeste contemplou-o, calmo, e rematou: – A dureza é um carrasco da alma. Não atravessaram grande distância e cruzaram com Rufo Grácus, velho romano semiparalítico, que lhes sorriu, desdenhoso, do alto da liteira sustentada pelos escravos fortes. Marcando-lhe o gesto sarcástico, Simão falou sem rebuços: – Desejaria curar aquele pecador impenitente, a fim de dobrar-lhe o coração para Deus. Jesus, porém, afagou-lhe o ombro e ajuntou: – Por que instituiríamos a violência no mundo, se o próprio Pai nunca se impôs a ninguém? E, ante o companheiro desapontado, concluiu: – A vaidade é um verdugo sutil. Daí a minutos, para repasto ligeiro, chegavam à hospedaria modesta de Aminadab, um seguidor das idéias novas. À mesa, um certo Zadias, liberto de Cesárea, se pôs a comentar os acontecimentos políticos da época. Indicou os erros e desmandos da Corte Imperial, ao que Simão correspondeu, colaborando na poda verbalística. Dignitários e filósofos, administradores e artistas de além-mar sofreram apontamentos ferinos. Tibério foi invocado com impiedosas recriminações. Finda a animada palestra, Jesus perguntou ao discípulo se acaso estivera alguma vez em Roma. O esclarecimento veio depressa: – Nunca. O Cristo sorriu e observou: – Falaste com tamanha desenvoltura sobre o Imperador que me pareceu estar diante de alguém que com ele houvesse privado intimamente. Em seguida, acrescentou: – Estejamos convictos de que a maledicência é algoz terrível. O pescador de Cafarnaum silenciou, desconcertado. O Mestre contemplou a paisagem exterior, fitando a posição do astro do dia, como a consultar o tempo, e, voltando-se para o companheiro invigilante, acentuou, bondoso: – Pedro, há precisamente uma hora procurava situar o domicilio de nossos maiores adversários. De então para cá, cinco apareceram, entre nós: o medo, a cólera, a dureza, a vaidade e a maledicência… Como reconheces, nossos piores inimigos moram em nosso próprio coração. E, sorrindo, finalizou: – Dentro de nós mesmos, será travada a guerra maior.

 

Luz Acima – Humberto de Campos

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