Centros Vitais – palestra 26.12.18
Centros Vitais
Estudo 26.12.18 – CELC – Danielle
1- PERISPÍRITO
1.1 – O que é o Perispírito?
Desde os primórdios da civilização faz menções sobre o perispírito.
Deram-lhe o nome de Corpo Sombra; nas lições do Vedanta apareceu como Manu, Maya e Kosha, era conhecido no Budismo esotérico por Kama – rupa, enquanto no Hermetismo egípcio surgiu na qualidade de Kha ou Kã, para avançar, na Cabala hebraica, como manifestação de Rouach. Chineses, gregos e latinos tinham conhecimento de sua realidade, identificando-o de alguma forma. Pitágoras, mais afeiçoado aos estudos metafísicos, denominava-o carne sutil da alma, e Aristóteles, na sua exegese do complexo humano, considera-o corpo sutil e etéreo. Os neoplatônicos, de Alexandria, dentre os quais Orígenes, identificava-o como aura; Tertualino, o gigante inspirado da Apologética, nele via o corpo vital da alma, enquanto Proclo o caracterizava como veículo da alma, definindo em cada expressão os atributos de que o consideravam investido. Paulo de Tarso designava-o Corpo Celeste, e na cultura moderna, Paracelso, no século XVI, detectou-o sob a designação de corpo astral. Logo depois, substituindo os conceitos panteístas de Spinoza pela teoria dos “átomos espirituais ou mônadas”, surpreendeu-o dando a denominação de corpo fluídico.
Contudo, apenas com o advento da Doutrina Espirita e seus estudos experimentais é que o perispírito foi cientificamente identificado e estudado.
O nome Perispírito foi dado pelo codificador, em comparação a semente envolvida por seu perisperma. LE 93
Os Espíritos da Codificação mencionam que o Perispírito é o corpo do Espirito; a aglutinação de uma porção do fluido Cósmico Universal em volta da alma, formando um envoltório de substancia vaporosa, visto que este ultimo, não tem uma forma determinada. É uma centelha etérea; uma fagulha.
O fluido que lhe dá origem é o mesmo fluido que constitui o corpo físico, contudo, sua transformação se opera diferentemente, conservando sua imponderabilidade e qualidades etéreas.
Emmanuel no livro roteiro explica que ele é formado por substancias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida atualmente, substancias estas mencionadas por André Luiz no Livro Evolução em dois Mundos, para descrever o fluido vivo do plano espiritual:”
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela em que se caracterizam, na gleba planetária.”
O corpo espiritual é constituído dos fluidos ambiente, não sendo o mesmo em todos os mundos. São diferentes até dentro de um mesmo mundo, visto que, possuindo a atmosfera, moléculas de diversas qualidades, o Espirito poderá formar seu invólucro com fluidos bons ou ruins, conforme seu adiantamento.
Elaborado desde os milhões de anos, nos laboratórios da natureza, evolui com o Espirito, à medida que este se aperfeiçoa moralmente
É um organismo sutil, complexo e indestrutível, contudo, possui extremo poder plástico, obedecendo ao influxo do pensamento, que pode lesá-lo ou iluminá-lo.
Afirma Allan Kardec na questão 257, que o perispírito é o liame que liga o Espirito ao corpo, que lhe serve de veículo ao pensamento, para transmitir o movimento à matéria orgânica, da mesma maneira que faz repercutir no espirito às sensações que os agentes exteriores produzam.
Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria. É o princípio da vida orgânica, porém, não o da vida intelectual, que reside no Espírito.
Ao reencarnar, o Espirito é ligado ao corpo físico através do perispírito (que tem alguma coisa de matéria), molécula a molécula, transmitindo ao novo corpo os recursos automáticos conquistados nos milênios de experiência, bem como, imprimindo as novas necessidades de evolução do ser.
Segundo Léon Denis “o perispírito comunica-se com a alma através de correntes magnéticas e, com o corpo, por meio de fluido vital e do sistema nervoso, que lhe serve, de certa forma, de transmissor.”
Sabe-se hoje pelo Espiritismo, de acordo com Allan Kardec que esse invólucro é inseparável da alma, forma um dos elementos constitutivos do ser humano, é o veículo da transmissão do pensamento e, durante a vida do corpo, serve de laço entre o Espírito e a matéria. O perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa multidão de afecções, que se ligam à Fisiologia, assim como à Psicologia.
Zalmino Zimmermann, em sua obra intitulada Perispírito, tratou sobre as funções do perispírito, e que tomamos por base, como segue:
– FUNÇÃO INSTRUMENTAL: A função primordial do Perispírito é servir de instrumento à alma, em sua interação com os mundos Espiritual e físico.
Projeção energética da alma, aglutina em si a energia cósmica matriz, consolidando, já, uma estrutura de natureza física, que, a refletir, sempre, a fonte, serve como seu elemento de ligação com o meio que o cerca, de modo que não só possa nele agir, influenciando, como também, dele receber influência, em regime de trocas e aproveitamentos, em sua gloriosa caminhada evolutiva.
– FUNÇÃO INDIVIDUALIZADORA: O perispírito, corpo imperecível da alma, serve à sua individualização e identificação. A alma é única e diferenciada, e o perispírito, como seu envoltório perene, mostra-a, refletindo-a, assegurando-lhe a identidade exclusiva.
Não se trata, todavia, de uma identidade que diga apenas com características periféricas; refere-se, sim, à sua própria história, às suas particulares características evolutivas.
Nesse contexto, obviamente, o fator memória, refletindo-se na tela perispirítica, surge como dos mais importantes, assegurando a continuidade da vida psíquica nos diferentes níveis existenciais e marcando, assim, a identidade da alma.
Essa identidade, que diz de suas qualidades positivas e negativas, transmite-se, quando em estado de encarnação, ao corpo físico, que, entretanto, nem sempre a reflete inteiramente.
– FUNÇÃO ORGANIZADORA: Afirma André Luiz que é no corpo Espiritual que possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
A função organizadora do perispírito – tem sido, às vezes, designada só como função modeladora, como menciona o Espirita Hernani Guimarães Andrade, que em seus estudos o chamou Modelo Organizador Biológico – “capaz de atuar sobre a matéria orgânica e provocar- -lhe o desenvolvimento biológico”. (ANDRADE, Hernâni Guimarães. “Espírito, Perispírito e Alma – Ensaio sobre o Modelo Organizador Biológico”. 10. ed., São Paulo: PENSAMENTO, 1995, p. 54: Cap. III).
Compreende-se neste contexto, quão importante é a ação do perispírito a formação do novo corpo.
– FUNÇÃO SUSTENTADORA: O perispírito, impregnando-se de energia vital e transferindo-a paulatinamente, ao impulso da alma para o veículo físico, sustenta-o desde a formação até o completo crescimento, conservando-o, depois, na vida adulta, durante o tempo necessário.
Essa ação sustentadora do perispírito, surge bem patente, por exemplo, no delicado e complexo processo de renovação celular.
Sabido é que todas as células físicas são substituídas a cada ciclo de 7-8 anos, sem que, entretanto, seja alterada qualquer parte do corpo, conservando a pessoa, inclusive, os seus traços fisionômicos.
“Insensível às causas de desagregação e destruição que afetam o corpo físico, o perispírito assegura a estabilidade da vida em meio da contínua renovação das células. É o modelo invisível através do qual passam e se sucedem as partículas orgânicas, obedecendo a linhas de força, cuja reunião constitui esse desenho, esse plano imutável, reconhecido por Claude Bernard como necessário para manter a forma humana em meio das constantes modificações e da renovação dos átomos.” (DENIS, Leon. “No Invisível”)
É nesta estrutura complexa que se localizam os centros vitais.
2 – CENTROS VITAIS
“O nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético.” (XAVIER, Francisco Cândido. ANDRÉ LUIZ, Espírito. “Entre a Terra e o Céu”.
Os centros vitais são “pontos de força”, responsáveis em seu conjunto, pela distribuição da energia vital e, por conseguinte, pelo equilíbrio do organismo fisiológico. Cap IV – Zalmino Zimmermann).
É sob o comando desses centros que se processa a interação energética total entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Esclarece Andre Luiz no livro Evolução em Dois Mundos:
“ São os centros vitais fulcros energéticos que, sob a direção automática da alma, imprimem às células a especialização extrema, pela qual o homem possui no corpo denso, e detemos todos no corpo espiritual em recursos equivalentes, as células que produzem fosfato e carbonato de cálcio para a construção dos ossos, as que se distendem para a recobertura do intestino, as que desempenham complexas funções químicas no fígado, as que transformam em filtros do sangue na intimidade dos rins e outras tantas que se ocupam do fabrico de substâncias indispensáveis à conservação e defesa da vida nas glândulas, nos tecidos e nos órgãos que nos constituem o cosmo vivo de manifestação.” Cap.2
Atuam como verdadeiros controladores das correntes de energia centrifugas (do espirito para a matéria) e centrípeta (da matéria para o Espirito).
Cada ponto de força do psicossoma, possui um correspondente no corpo físico – são os plexos – e estão ligados a uma glândula de controle, com a função de estimular o sistema endócrino na secreção dos hormônios indispensáveis ao funcionamento do organismo físico.
E acrescenta Clarencio : “… Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre…
Ao longo do corpo temos vários centros de força por onde as energias penetram e são transmitidas, contudo, são sete os Centros principais:
– CENTRO CORONÁRIO: Instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada.
O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito.
É o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas. Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta. (Evolução em Dois Mundos Cap.2)
Liga-se a glândula Pineal, e não possui no corpo físico um plexo correspondente.
– CENTRO CEREBRAL OU FRONTAL, contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras.(Combatem especificamente a partícula infecciosa)
Ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber.
Liga-se a glândula Hipófise ou pituitária (Assim, a hipófise desempenha diversas funções no organismo, como regulação do metabolismo, crescimento, ciclo menstrual, produção de óvulos e espermatozoides e de corticoides naturais.) e aos plexos carotídeo e cavernoso.
– CENTRO LARÍNGEO, controlando notadamente a respiração e a fonação. Está situado na altura da tireóide. Preside aos fenômenos vocais, e é responsável pelo controle de certas glândulas endócrinas do corpo como às atividades do timo, tireóide e das paratireóides.
No corpo físico é representado pelos plexos cervical e laríngeo e glândula tireoide.
– CENTRO CARDÍACO, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base, que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral.
Sua função é governar o sistema circulatório, presidindo a purificação do sangue nos pulmões e o envio do oxigênio e energia vital às células por meio do sistema arterial. Controla ainda as pulsações do musculo cardíaco.
Está ligado a glândula Timo (responsável pela produção dos linfócitos – células de defesa do organismo chamados também de glóbulos brancos) e ao plexo cardíaco.
– CENTRO ESPLÊNICO: Determina todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo; no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos.
Liga-se as glândulas supra-renais (Responsáveis pela liberação dos hormônios em resposta ao stress; estimulam a produção de gorduras e proteínas em glicose, e regulador do plasma sanguíneo) e plexo lombar.
– CENTRO GÁSTRICO: Responsável pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização.
Controla também, todo sistema vago-simpático (Controla involuntário de alguns órgãos, e é responsável pela reação do organismo em situações de medo, estresse, excitação, entre outros).
Esta ligado ao pâncreas e ao plexo solar.
– CENTRO GENÉSICO: Neste centro que se localiza o santuário do sexo. Responsável pela modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas. (Evolução em 2 mundos)
Liga-se aos ovários (Mulher) e testículos (homem) e ao plexo sacro.
3 – PAPEL DOS CENTROS VITAIS NO INTERCAMBIO ESPIRITUAL
Afirma Allan Kardec de que todos percebemos o plano espiritual, com menor ou maior intensidade.
Essa percepção ocorre por intermédio do perispírito, que não ficando circunscrito pelo corpo, ao contrário, irradia ao redor do mesmo, expandindo e colocando o espirito encarnado em relação com os Espíritos desencarnados, encarnados e com o meio. (A Gênese Cap 14).
Essa relação é sentida através dos Centros Vitais, que captam e transmitem as energias para o corpo material.
A aproximação de um Espirito e/ou a vivencia em ambientes espirituais será comunicada por esse sistema integrado de força e, conforme o padrão energético, atuará em um ou outro centro.
Comenta o autor espiritual André Luiz no Livro Libertação “…O espírito encarnado sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro.”
CENTRO CORONÁRIO: expressa a conexão do encarnado com a espiritualidade e recebe pela pineal as comunicações por ondas mentais, isto é, intuitivas e telepáticas. Capta as energias superiores, mas também as induções inferiores em regime de hipnose, paralisando a vontade daquele que a recebe.
Por alimentar os demais centros de força do corpo, transmite a estes as energias recebidas, podendo revitalizar (energias superiores) ou desorganizá-los (energias inferiores)
CENTRO FRONTAL: Esse centro de força é responsável pela clarividência, audiência e clariaudiencia no plano extrafísico e intuição. Capta os quadros fluídicos criados pela mente do médium ou de outros, encarnados e desencarnados.
Esta ligado a clareza de raciocínio e a percepção intelectual. Quando afetado, proporciona confusão mental, instabilidade comportamental.
A dor de cabeça, tão comum aos médiuns, são energias atingindo o centro cerebral.
CENTRO LARÍNGEO: Nesse centro se liga o fio fluídico dos Espíritos que dão mensagens psicofônicas. Controla também chamado passe de sopro, fornecendo energia ao ar expelido dos pulmões do médium.
CENTRO CARDÍACO: Este centro de forças se liga o fio fluídico dos espíritos mentores dos médiuns, sobretudo para trabalhos de passes e curas. É também utilizados pelos espíritos para os efeitos físicos. Atuando na corrente sanguínea produz mais abundância de plasma, exteriorizando-o (ectoplasma) pelos orifícios do corpo do médium (boca, nariz, ouvidos, olhos, sexo, uretra, ânus e, às vezes, pelo umbigo).
CENTRO GÁSTRICO: Neste centro de força que se ligam os espíritos sofredores e obsessores. Ao contato com entidades ainda inferiorizadas, o encarnado passa a sentir, de imediato, todo o conjunto de sensações e emoções do desencarnado; dores pelo corpo, falta de ar, tristeza, choro, aflição, raiva e vontade de brigar, frio ou calor, etc.
Afirma Raul Teixeira que este centro é responsável pela digestão energética e naturalmente os médiuns invigilantes ou que estão nas lides sem o devido policiamento, sem as devidas defesas, quando entram em contato com atormentados, sentem as tradicionais náuseas, absorvendo energias que os alimentam de maneira negativa e provocam mal-estares de repercussão no corpo físico.
CENTRO ESPLÊNICO: Responsável pela vitalização do organismo, a ele se ligam os espíritos chamados “ Vampiros”, que o atacam para sugar-lhe a energia que recolhe.
CENTRO GENÉSICO: Aí se ligam os Espírito para, no uso desregrado do sexo. Experimentam todas as sensações, aumentando de muito o gozo dos encarnados, tornando‐os sempre insatisfeitos e buscando mais, insaciáveis, para que os Espíritos se aproveitem.
Está ligado ao instinto primário de sobrevivência do ser humano. Possessividade, força bruta e cupidez são sentimentos negativos ligados a este centro.
Grande número de abusos – e desvios sexuais – é causado pelo desequilíbrio deste centro, influenciado freqüentemente pela ação de obsessores que aí encontram campo fácil para o domínio de suas vítimas, levando-as a desregramentos que parecem simples impulsões naturais de força vital.
Importante ressaltar sobre a vivencia no plano espiritual.
Participando do plano espiritual durante o desdobramento pelo sono físico, importante ressaltar que o ambiente para onde o encarnado é levado, devido suas preferencias, influenciam sobremaneira no seu comportamento em vigília.
Inúmeros transtornos, enfermidades, homicídios, suicídios, e toda sorte de tragédias, são arquitetados durante o desdobramento. ( Libertação, Devassando o Invisível, Temas da Vida e da Morte).
3.1 – INFLUENCIA OBSESSIVA
“Quando um Espirito quer atuar sobre um indivíduo, envolve-o, por assim dizer, no seu perispírito, como se fora um manto. Interpenetrando-se os fluidos, os pensamentos e as vontades dos dois se confundem e o Espírito, então, se serve do corpo do indivíduo, como se fosse seu, fazendo-o agir à sua vontade, falar, escrever, desenhar, quais os médiuns. Se o Espírito é bom, sua atuação é suave, benfazeja, não impele o indivíduo senão à prática de atos bons; se é mau, força-o a ações más. Se é perverso e malfazejo, aperta-o como numa teia, paralisa-lhe até a vontade e mesmo o juízo, que ele abafa com o seu fluido, como se abafa o fogo sob uma camada d’água. “ Allan Kardec – Obras Póstumas.
Informa Allan Kardec que na obsessão grave o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele.
A mente viciada e aturdida pelas ondas perniciosas que capta dos perseguidores, perde o controle harmônico automático das células, controle esse exercido pelo perispírito através dos centros de força que o compõem.
A principio, o encarnado vivencia a repercussão do desequilíbrio do campo energético, na forma de variados sintomas no corpo físico. Doenças fantasmas, que conforme Carlos Toledo Rizzini, dão toda a aparência da moléstia, sem que a mesma tenha bases no corpo físico.
Em outros casos, a inarmonia afeta o sistema imunológico do encarnado, facultando a invasão de vírus e bactérias, provocando canceres, e outras patologia complexas.
Com o decorrer do tempo, os fluidos do perseguidor se enleiam aos fluidos do perseguido em profunda simbiose, de tal maneira que, as personalidades se confundem.
Neste estágio, a magnetização e a intoxicação fluídica ao obsessor, torna-se alimento próprio para a organização celular do obsedado, que se, retirada de repente, desajusta seu equilíbrio, gerando distonias de variada ordem, ocorrendo em casos extremos, a extinção da vida orgânica.
Participando de um atendimento à obsediados, narra Andre Luiz no Livro Os Missionários da Luz, a condição física dos mesmos:
“… A desventurada possessa apresentava sérias perturbações, desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, demonstrando completa desorganização do centro da sensibilidade, além de lastimável relaxamento das fibras motoras. Tais desequilíbrios não se caracterizavam apenas no sistema nervoso, mas igualmente nas glândulas em geral e nos mais diversos órgãos.
Nos demais obsidiados, os fenômenos de degradação física não eram menores. Dois deles revelavam estranhas intoxicações no fígado e rins. Outro mostrava singular desequilíbrio do coração e pulmões, tendendo à insuficiência cardíaca em conúbio com a pré-tuberculose avançada.
– Ante os distúrbios fisiológicos que me foi dado verificar os enfermos psíquicos, devo considerá-los como doentes do corpo também?
– Perfeitamente – asseverou o instrutor –, o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas. É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos. As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo.
Não é raro encontrarmos na literatura espirita, a instrução dos mentores quanto as sequelas originadas pela obsessão. Contudo, não podemos esquecer que, os processos obsessivos não são unilaterais, e as sequelas físicas da obsessão, nada mais são que parte das provas expiatórias que devem passar os obsediados.
“…Insinua-se, escorregadia como réptil venenoso, nos delicados e nobres tecidos da estrutura cerebral, neutralizando agentes de defesa orgânica (Centro cerebral), produzindo alucinações, sofrimentos e mal-estar generalizados. Combatendo as células de defesa orgânica, tem ação lesiva nos órgãos e tecidos, nos sistemas e aparelhos do corpo físico. Sob a forma de entidades microscópicas, lança os seus dardos venenosos na forma de toxinas, produzindo desarmonias variáveis nas unidades celulares, que, vencidas, passam a albergar micro-organismos causadores de infecção.
Espíritos perturbados e perturbadores aproximam-se da mente invigilante para absorver, num processo de vampirizarão fluídico-magnética, a energia vital ( Centro esplênico) das pessoas que lhes servem de alvo. Apropriando-se da mente, passam a conviver com o indivíduo em regime contínuo, íntimo, de forma que o pensamento e a emoção de um ecoam e refletem no outro.
Entidades obsessivas existem que habilmente mapeiam a organização física e perispiritual de quem desejam dominar. Identificam, com precisão, os pontos frágeis e fortes do cosmo orgânico. Sabem aumentar ou diminuir a produção hormonal; influenciam no sistema de absorção alimentar, segregando ou deletando proteínas, glicídios e gorduras; apropriam-se de neurotransmissores, em nível de sistema nervoso central, conduzindo o obsidiado a crises depressivas ou a idéias e tentativas de suicídio; agem no centro da memória, pacientemente, manipulando a delicada tessitura e os bloqueios naturais impostos pelo programa reencarnatório, desativando mecanismos de proteção e, à semelhança de um ladrão inconsequente, arrombam as portas que mantêm os arquivos de ações infelizes, ocorridas em vidas pretéritas, sob parcial controle.
Conhecendo as predisposições íntimas do dominado, seus sentimentos, desejos e aptidões, atuam no centro cerebral do humor e da inteligência, acelerando o metabolismo de íons que resultam na irritabilidade, na elevação da pressão dos líquidos corporais, causando tonturas e cefaleias.”
Francisco M Dias da Cruz ((Mensagem psicográfica, recebida por Marta Antunes Moura, na reunião do dia 10 de agosto de 2006, na FEB, Brasília–DF.) – revista Reformador 12/2006)
4 CENTROS VITAIS – DOENÇAS E CURAS
4.1- DOENÇAS
O corpo físico reflete, o corpo espiritual, tanto quanto este ultimo, retrata em si o corpo mental, ensina André Luiz, e com essa afirmação compreendemos, que os desequilíbrios ou enfermidades do Espirito, tem início com o abuso e afastamento das Leis Divinas. (Evolução para 3 milênio).
Explica Allan Kardec que, os espíritos encarnados e desencarnados atuam sobre os fluidos ambientes de maneira idêntica, através do pensamento.
Sendo seu corpo perispirítico formado por fluidos, recebe de modo direto e permanente a impressão dos seus pensamentos há de, ainda mais, ressentir a de suas qualidades boas ou más, podendo ser lesionado ou mesmo mutilado nos casos de persistência no mal.
É assim que nada passa despercebido. Tudo é registrado no perispírito que, por sua união íntima com o corpo, desempenha preponderante papel no organismo físico.
Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.
“…Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.” “… Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste.” ( Entre a Terra e o Céu)
As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.
As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantêm no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.
Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em consequência, causando as doenças.
A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo de cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletira imediatamente. (Missionários da Luz)
Corroborando com a explicação acima, temos na questão 96 –Toda moléstia do corpo tem ascendentes espirituais?
-As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano. O corpo doente reflete o panorama interior do espírito enfermo. A patogenia é um conjunto de inferioridades do aparelho psíquico. E é ainda na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. A assistência farmacêutica do mundo não pode remover as causas transcendentes do caráter mórbido dos indivíduos. O remédio eficaz está na ação do próprio espírito enfermiço.
Podeis objetar que as injeções e os comprimidos suprimem a dor; todavia, o mal ressurgirá mais tarde nas células do corpo. Indagareis, aflitos, quanto às moléstias incuráveis pela ciência da Terra e eu vos direi que a reencarnação, em si mesma, nas circunstâncias do mundo envelhecido nos abusos, já representa uma estação de tratamento e de cura e que há enfermidades d ‘ alma, tão persistentes, que podem reclamar várias estações sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores.”
Encontramos no Livro Missionários da Luz:
“– Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, mormente quando os
interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.” Missionários da Luz, CAP. 19
4.2 – CURA
O ser é médico de si mesmo. Por sua conduta pode amargar inúmeras existências de sofrimento, como pode alcançar a saúde plena, ainda sem definição no planeta Terra.
Orienta-se que o homem esforce-se no trabalho de mudança intima. Que se despoje das sensações inferiores que desequilibram as energias, e que busque a harmonia dos pensamentos e sentimentos com o que é superior.
Contudo, enquanto nossa mudança se processa vagarosa, não nos faltam auxílios da misericórdia divina.
Conforme questão 102 do O Consolador: “- Podem os Espíritos amigos atuar sobre a flora microbiana, nas moléstias incuráveis, atenuando os sofrimentos da criatura? – As entidades amigas podem diminuir a intensidade da dor nas doenças incuráveis, bem como afastá-la completamente, se esse benefício puder ser levado a efeito no quadro das provas individuais, sob os desígnios sábios e misericordiosos do plano superior.
A atuação dos Espíritos amigo se dá através do Corpo Espiritual e seus Centros de energia.
Encontramos no Livro Entre a Terra o Céu, o relato abaixo:
“– Realmente, na obra assistencial dos espíritos amigos, que interferem nos tecidos sutis da alma, é possível, quando a criatura se desprende parcialmente da carne, a realização de maravilhas.
Atuando nos centros do perispírito, por vezes efetuamos alterações profundas na saúde dos pacientes, alterações essas que se fixam no corpo somático, de maneira gradativa. Grandes males são assim corrigidos, enormes renovações são assim realizadas. “Entre a Terra e o Céu. Cap 5.
No Livro Ação e Reação, Andre Luiz narra o auxilio a Poliana. A beira da morte, recebe o auxilio espiritual em desdobramento “…A voz de Silas ( em prece), tocada de profunda fé, arrebatava-nos ao pranto insofreável. Azulíneas cintilações nimbavam-lhe a cabeça e, como resposta do Alto, ali, na selvagem floração do bosque ermo, vimos, ao longe, cinco flamas, em pontos diferentes do Espaço, que se aproximavam de nós, celeremente…
Renteando conosco, transfiguraram-se em companheiros que nos saudaram regozijantes. Em rápidos minutos, energias imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram trazidas à nossa enferma, que as inalava a longos sorvos, e, em tempo breve, vimos Poliana surpreendentemente refeita, pronta a retomar o envoltório para a necessária restauração.” “… E acentuou: – Sabem os médicos terrenos que o sono é um dos ministros mais eficientes da cura. É que, ausente do corpo, muitas vezes consegue a alma prover-se de recursos prodigiosos para a recuperação do veículo carnal em que estagia no mundo.”
5 – REEQUILÍBRIO DOS CENTROS VITAIS
5.1 – PRECE
Ensina a Espiritualidade, que pela prece o homem atrai para si o concurso dos bons Espíritos que vem em seu auxilio, para o sustentar nas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Ele adquire força moral para vencer as dificuldades, e pode desviar dos males que atrairia para si por suas próprias faltas.
É uma forma eficiente de alterar o padrão vibratório em decorrência da harmonização dos pensamentos.
5.2 – PASSE
O Consolador: 98 – Nos processos de cura, como deveremos compreender o passe? – Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.
Conforme encontramos na Gênese:
Passe magnético: Utiliza o fluido magnético do encarnado (Fluido Vital)
Passe Espiritual: atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito Utiliza os fluidos espirituais. Explica André Luiz, que há verdadeiras legiões de espíritos com especialidade em passes trabalhando para socorrer a todos aqueles que, com aspirações elevadas, se colocam em condição de receber o auxilio benéfico do passe.
Passe Misto: pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semiespiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.
5.3 – ÁGUA FLUIDIFICADA
“A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”. Vem dai, Segundo Bezerra de Menezes, a crença ancestral que os banhos teriam o efeito de retirar energias deletérias que os poros eliminam; assim, quando a água recebesse a infusão de ervas aromáticas e medicinais, propiciaria bem-estar, revitalizaria o campo vibratório do indivíduo.”
Sabe-se, entretanto, que a fonte de recursos medicamentosos, encontra-se no próprio individuo.
Se o desequilíbrio ocorre pela persistência da criatura em violar as Leis Dividas, o equilíbrio está na sua resignação à vontade de Deus; no cumprimento das provas que culminará em sua evolução.
Bons pensamentos, bons sentimentos e pratica do bem, são recursos indispensáveis para aquele que busca a saúde integral.
Todos os recursos externos são paliativos, se não houver alteração de conduta com vistas ao bem, a exemplo de Jesus.
Doenças Psicossomáticas – Por Joanna de Ângelis
O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros. Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram. Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.
Determinadas emoções fortes – medo, cólera, agressividade, ciúme – provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às glândulas suprarrenais. Por sua vez, essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.
A repetição do fenômeno provoca várias doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão, etc., assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.
Conscientizar-se desta realidade é despertar para valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.
Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais. A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.
As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.
É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranquila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.
De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
Essa seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.
Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.
A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação. Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.
Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.
O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.
Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos, degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.
Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.
Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.
O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã – geradora da ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais, etc.
Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc..
O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.
Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.
Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: – A cada um será dado segundo as suas obras. Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.
Por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco;Livro Autodescobrimento (Ed. LEAL)
Fontes:
http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1674
O Livro dos Espíritos 257
Gênese Cap 11 – 17 / 18
Perispirito – Zalmino Zimmermann
Evolução em 2 Mundos
Entre a Terra e o Céu
Técnica da mediunidade
Missionários da Luz
Obras Póstumas
Evolução para o 3º milênio
No Invisível
O Consolador
https://espirito.org.br/artigos/origem-e-natureza-do-perispirito-3/
http://tupanciretaespirita.blogspot.com/2010/11/fluidoterapia-o-chakra-basico-ou.html
As Causas das Doenças – Visão Espírita, Revista Cristã de Espiritismo.
Ação e Reação
Nosso Lar
O Roteiro
Emmanuel
Coríntios I 15-44: “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”
SISTEMA NERVOSO: Sistema nervoso é o conjunto formado por ligações de nervos e órgãos do corpo, com a função de captar informações, mensagens e demais estímulos externos, assim como também respondê-los, além de ser o responsável por comandar a execução de todos os movimentos do corpo, sejam eles voluntários ou involuntários.
FLUIDO COSMICO UNIVERSAL: Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Allan Kardec: A Gênese, Capítulo 6, item 10.
A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz. Allan Kardec: A Gênese, Capítulo 6, item 17.
“ fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do TodoSábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.” Evolução em dois Mundos.”