A Moenda
Em um certo fim de ano, ao se encerrarem os cursos, fui o primeiro colocado em minha turma. Isso me fez muito vaidoso e passei a ver os meus companheiros pelo prisma de minha “superioridade”. Costumávamos passar as férias na praia, porém, para surpresa minha e de meus irmãos, papai
A medalha
Quando menino, ganhei uma medalha na escola como prêmio ao aluno que sabia ler melhor. Senti-me feliz e estufei de orgulho. Quando a aula terminou voltei para casa correndo e entrei na cozinha como um furacão. A velha empregada, que estava conosco havia muitos anos, ocupava-se no fogão.
Sem nada comentar fui direto a ela, dizendo-lhe:
— Aposto que sei ler melhor do que você.
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A Lente
Quando menino, eu tinha por apelido, “o fogo-de-palha”. Estava sempre com um plano novo na cabeça e, a respeito, falava entusiasticamente à minha família. Começava a tarefa, porém logo me sentia desanimado e a largava desinteressado. E uma outra idéia magnífica jorrava de meu
A laranja
Aos sete anos de idade, eu desejava muito estudar violino e mamãe, com algum sacrifício, comprou o instrumento e contratou um professor para mim.
Após algumas semanas, vi que não conseguia executar nenhuma melodia e que tinha de fazer exercícios por horas intermináveis.
Então eu disse a minha
A justiça
Quando criança eu tinha a mania de me sentir sempre injustiçado. Por um ou outro motivo, não me tinham feito justiça, sem perceber que, para mim, a “injustiça” era sempre qualquer restrição feita aos meus desejos, fantasias e vontades.
E invariavelmente arrebentava em lágrimas de protesto.
Um dia papai me chamou e disse:
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A Desculpa
Fui, em pequena, uma menina muito estabanada.
Num só dia, conseguia quebrar a tesoura de mamãe, arrancar os cabelos de minha boneca ao trepar em uma árvore com ela ao colo, e, finalmente, quebrar um prato valioso, ao ajudar a enxugar a louça.
Depois de cada um desses desastres, corria para minha mãe e dizia depressa:
_ Desculpe, mamãe!
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A Cesta
Quando menina eu era preguiçosa e reclamava quando me atribuíam mesmo os mais insignificantes deveres dentro de casa. Sempre que possível eu transferia o que tinha a fazer para os meus irmãos. Eles, entretanto, não tinham melhor disposição do que eu, de modo que estávamos sempre discutindo
A Carroça
Uma das grandes preocupações de nosso pai, quando éramos pequenos, consistia em fazer-nos compreender o quanto a cortesia é importante na vida.
Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que têm certas pessoas de interromper a conversa quando alguém estava falando. Eu, especialmente
A Canção de Natal
Era a véspera de Natal do ano de 1818. Em Hallein, nos Alpes Austríacos, o padre Joseph Mohr lia a Bíblia. Em especial o versículo que se referia às palavras do Visitante Celeste aos pastores de Belém: “Eis que vos trago uma Boa Nova, que será de grande alegria para todo o povo: hoje nasceu o Salvador…”
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A Balança
Quando menino eu vivia brigando com meus companheiros de brinquedos. E voltava para casa lamuriando e queixando-me deles. Isto ocorria, as mais da vezes, com Beto, o meu melhor amigo.
Um dia, quando corri para casa e procurei mamãe para queixar-me do Beto ela me ouviu e disse o seguinte:
Vai buscar a sua balança e os blocos.
Mas, o que tem isso a ver com o Beto?
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