Doenças da Alma – palestra 24.06.20
Doenças da Alma
CELC 24.06.20 – Ellen
I– DA INTRODUÇÃO
“O homem perfeitamente normal é uma raridade” e “a causa geral de qualquer perturbação psíquica reside na desobediência constante às determinações da Lei de Deus” – é o que nos explica Carlos Toledo Rizzini, na obra EVOLUÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO, Parte II, Capítulo 5, DESEQUILÍBRIOS (ENFERMIDADES), item 19: Moléstias Mentais, “a”: Causas, subitem 3, pág. 181 e seguintes.
O livro AMOR, IMBATÍVEL AMOR, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 45: DOENÇAS DA ALMA, nos ensina que:
As enfermidades da alma procedem de condutas atuais como de anteriores, a que se permitiu o Espírito, gerando as emanações enfermiças, que ora se convertem em distúrbio de natureza complexa, e que passam a exigir terapia conveniente quão cuidadosa.
O ser jamais se evade de si mesmo, do Eu interior, que sobrevive à decomposição cadavérica e é responsável por todas as ocorrências existenciais, face à sua causalidade e à sua destinação, que tem caráter eterno.
O livro LEIS DO AMOR, de Autoria Espiritual de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no Capítulo 1: Causas Espirituais das Doenças, nos ensina que:
“2.- (…) Havendo o Espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido.”
“12.- (…) A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as bactérias e vírus conhecidos.”
O mesmo livro, no Capítulo 7: O Tratamento das Doenças e o Espiritismo, esclarece o seguinte:
– Existe uma patologia da alma?
– Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações vão criando aos poucos crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em alimento da loucura ou em sombra da morte.
O livro “NO MUNDO MAIOR”, de Autoria de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, no Capítulo 3: A casa mental, narra os seguintes esclarecimentos prestados pelo Instrutor Calderaro:
Para transformar-nos em legítimos elementos de auxílio aos Espíritos sofredores, desencarnados ou não, é-nos imprescindível compreender a perversidade como loucura, a revolta como ignorância e o desespero como enfermidade (…) trabalhando nas boas obras, aprenderemos sempre a ciência da elevação.
II.- DAS DOENÇAS DA ALMA
Passaremos a análise, segundo a literatura espírita, de algumas doenças da alma, a saber: CULPA, MEDO, CIÚME, INVEJA, RESSENTIMENTO, LAMENTAÇÃO, LOUCURA, VINGANÇA, CRUELDADE, PREGUIÇA, ANSIEDADE, RAIVA, MAU HUMOR e TRISTEZA.
II.I. – DA CULPA
O livro AMOR, IMBATÍVEL AMOR, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 47: SUSPEITAS INFUNDADAS, nos ensina que:
O indivíduo, assinalado por consciência de culpa decorrente dos atos passados, que não soube ou não os quis regularizar quando reencarna, renasce possuído por conflitos que procura ocultar, não conseguindo superá-los no mundo íntimo.
Assim sendo, projeta no comportamento suspeitas infundadas em relação às pessoas com quem convive, sempre temendo ser identificado pelos erros, desmascarado e trazido à realidade da reparação.
Essa conduta aflige e corrói os valores morais, trabalhando-o de maneira negativa e perturbadora, de tal forma que o torna arredio, agressivo e infeliz, levando-o, não poucas vezes, a situações vexatórias, neuróticas, por encontrar inimigos hipotéticos em toda parte, assim experimentando o fardo da culpa, que o anatematiza (condena) e procura manter oculta.
Toda vez que se encontra no grupo social, e duas ou mais pessoas dialogam, sorriem ou se tornam austeras (sérias), logo lhe surge a ideia infeliz, a suspeita tormentosa, de que se referem à sua pessoa, que comentam negativamente o seu comportamento, ou invejosas, inferiores, comprazem-se em persegui-lo e malsinar (censurar) as suas horas.
Tal conduta patológica (doentia) torna-se um cruel verdugo (carrasco) para o paciente, que se afasta do meio social, sentindo-se rejeitado, de alguma forma detendo-se em conflito persecutório (se sente perseguido) ou de ambição exagerada de grandeza, tombando num quadro paranóico.
Nesse estado torna-se refratário a qualquer ajuda, em considerando-se bem, sem apresentar necessidade de alguma espécie, ao que sobrepõe o ego doentio, que se supõe superior.
O ser humano é essencialmente sua conduta pregressa (anterior).
Em cada etapa existencial adquire compromissos que se transformam em asas de libertação ou algemas vigorosas, passando a sofrer as consequências que se transferem de uma para outra existência física, do que lhe decorrem inevitáveis efeitos morais.
(…)
Está, portanto, no passado do Espírito, próximo ou remoto, a causa de qualquer transtorno psicológico, psíquico e orgânico, por constituir alicerce profundo do inconsciente, no qual se apoiam as novas conquistas e surgem os comportamentos decorrentes.
A psicoterapia desempenha um papel relevante aos portadores de suspeitas infundadas, auxiliando-os no autodescobrimento e na valorização da sua realidade, não das supostas qualidades que não existem, assim como das acusações que supõem lhes são feitas, e totalmente destituídas de fundamento.
Nesse ambiente de inquietação, mentes desassociadas do corpo, que deambulam no Mundo Causal, utilizam-se do conflito e passam a obsidiar o paciente, enviando-lhe mensagens telepáticas mais infelizes, que se tornam uma forma de autopensamento, tão frequentes e contínuas se lhes fazem, que dão surgimento a processos alienantes muito graves e de consequências imprevisíveis.
Obs.: Por isto que a CULPA é a porta aberta para a obsessão |
Eis porque o Evangelho desempenha um papel fundamental como terapêutica em processos de tal envergadura como noutros, auxiliando o paciente a libertar-se das suspeições atordoantes e avassaladoras.
Sob tal orientação, a da saúde espiritual, surgem as possibilidades de terapias de trabalho valiosas, que se sustentam na AÇÃO DO BEM AO PRÓXIMO, na CARIDADE PARA COM ELE, resultando em CARIDADE PARA COM A PESSOA MESMA.
Lentamente se vão instalando novos raciocínios, visão mais dilatada da realidade que se apresenta e a recuperação do distúrbio faz-se com segurança, propiciando equilíbrio e bem-estar.
II.II.- DO MEDO
Sobre o MEDO o livro CONFLITOS EXISTENCIAIS de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo IV: MEDO, nos ensina que:
A herança da culpa no inconsciente humano responde por inúmeros desequilíbrios que dela se desdobram.
(…)
Os erros e crimes praticados durante a fase inicial de conquista da razão e do discernimento, em face do despertar da consciência, ressurgem dos arquivos profundos do Self (ser)
(…) Não poucas vezes torna-se inevitável a instalação mortificadora da consciência de culpa que inconscientemente induz ao medo.
Trata-se de um medo absurdo, que se transforma em transtorno de comportamento, agravado pela natural aceitação do paciente, que o aumenta em face da insegurança emocional, tornando-se, não raro, uma patologia que pode desencadear síndromes do pânico ou transtornos depressivos graves.
Quando se apresenta em comportamentos assinalados pela timidez, há uma natural tendência para a alienação ao convívio social, isolando-se e ruminando pensamentos pessimistas em relação a si mesmo e aos demais, ou transformando o sentimento em raiva mal contida que empurra para pavores imprevisíveis.
(…)
Quase sempre cultivado, deveria ser racionalizado, a fim de lhe inutilizar-se a procedência para constatar que tem origem maior na imaginação receosa e não em fator real de desequilíbrio e de prevenção de perigo.
Pode-se afirmar que existem fatores endógenos (interiores) e exógenos (exteriores) que respondem pela presença do medo.
No primeiro caso (fatores endógenos/interiores), os comportamentos infelizes de reencarnações anteriores imprimem-no nos refolhos do períspirito que, por sua vez, instala no inconsciente profundo as matrizes do receio de ser identificado, descoberto como autor dos danos que foram produzidos noutrem e procurou ignorar, mascarando-se de inocente.
Nesse sentido, podemos incluir as perturbações de natureza espiritual, em forma de sutis obsessões, consequências daqueles atos inditosos que ficaram sem regularização no passado.
No segundo caso (fatores exógenos/exteriores), as atitudes educacionais no lar, os relacionamentos familiares agressivos, o desrespeito pela identidade infantil, as narrativas apavorantes nas quais muitos adultos se comprazem, atemorizando crianças; os comportamentos agressivos das pessoas, desenvolvem medos que adquirem volume à medida que o crescimento mental e emocional amplia a capacidade de conduta do educando.
(…)
Nos tormentosos fenômenos de obsessão espiritual, a indução telepática do perseguidor faz que o vitimado ressinta-se de tudo quanto à sua volta possa trabalhar pela sua recuperação, pela reconquista da saúde e do equilíbrio. Teleguiado pelo adversário invisível, experimenta o desconforto que se deriva do medo que lhe é infligido, adotando conduta estranha, doentia…
(…)
DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DO MEDO
Embora inconsciente, o medo da morte predomina na natureza humana, como se ele traduzisse o pavor do aniquilamento da vida.
Disso resultante, apresentam-se os inumeráveis medos: da perda de emprego, de objetos valiosos ou de grande estima, de afeições compensadoras, da confiança nos demais, de amar…
O medo do desconhecido, do escuro, de altura, de pessoas, de multidões, de animais e insetos, que se apresentam como condutas fóbicas, são outros desafios perturbadores. Acrescente-se a esses o medo de adoecer, de sofrer, de morrer…
Cultivados esses sentimentos, a existência torna-se um contínuo sofrimento, exatamente o que o indivíduo muito teme
COMO ENFRENTAR O MEDO? |
Assumisse-se, no entanto, a atitude do amor e constatar-se-ia que ele é o grande eliminador de qualquer expressão de receio e inquietação, porque oferece resistência moral para os enfrentamentos, para os fenômenos que fazem parte do processo de evolução. (…)
Considerar-se que se têm os mesmos direitos de todo ser humano de fazer-se o que aprouver, desde que não agrida os interesses alheios, de proceder-se a escolhas e tomar-se decisões, constitui um passo decisivo para a superação do medo.
Quando, por alguma razão, não sejam essas as melhores, e os resultados apresentem-se frustrantes, em vez de desencorajamento, concluir-se pelos lucros e a experiência da tentativa, ensejando-se maior campo de habilidades para futuras seleções e ações. (…)
Fantasia-se a vida como uma viagem sem incidentes nem acidentes, o que não deixa de ser utópico e irreal. O próprio ato de viver no corpo é firmado em processos desafiadores do organismo.
Na execução do programa de cada vida, todos tropeçam, sofrem decepções, insucessos, que são mestres hábeis no ensino dos mais eficientes meios para alcançar-se as metas a que se propõem.
Nada é fácil !
O medo, portanto, oculta-se na fantasia de tudo muito fácil, sem suores nem lágrimas, sem sofrimentos nem lutas, gerando incertezas em torno do ato de existir.
(…) Certamente, todos têm planos e objetivos de felicidade que o medo ensombra e dificulta a realização. Convém, no entanto, enfrentá-lo enquanto é possível realizar esses projetos, porque momento chega em que os recursos disponíveis de tempo, de saúde e de oportunidade já não existem mais.
ERRADICAÇÃO DO MEDO
A coragem de manter contato com os próprios medos é recurso terapêutico muito valioso para a sua erradicação, ou, pelo menos, para a sua administração psicológica. (…)
A consciência de que se é portador do medo e se está disposto a enfrentar-lhe as nuanças (sutilezas e gradações) e manifestações, apresenta-se como um passo inicial de excelentes resultados.
O prosseguimento da atitude de confiança em favor da sua liberação auxilia na conquista de espaço mental, SUBSTITUINDO-O POR NOVOS COMETIMENTOS E ASPIRAÇÕES EDIFICANTES QUE SE LHE OPÕEM.
A vitória sobre qualquer conflito resulta de esforços intensos e contínuos que o indivíduo se propõe com decisão e coragem.
Mesmo quando superado o medo, isso não significa a sua eliminação total e absoluta, pois que novas situações podem exigir precaução e vigilância que se apresentarão em forma de temor. Alicerçadas nos bons resultados já conseguidos, as novas tentativas serão muito mais fáceis do que as iniciais.
A grande terapia para todos os tipos de medo é a do amor. O amor a si mesmo, ao seu próximo e a Deus.
A si mesmo, de forma respeitosa e racional, considerando a utilidade da existência e o que a vida espera de cada um, desde que todos somente esperam da vida a sua contribuição. Quando diminuam ou desapareçam as doações que a vida oferece, chega o momento da retribuição, no qual é preciso que se lhe dê sustentação, harmonia para que o melhor possa acontecer em relação aos demais.
Nesse raciocínio e doação expressa-se o amor ao próximo, mediante o qual a vida adquire sentido e o relacionamento se vitaliza; porque centrado no interesse pelo bem-estar do outro, irradia-se bondade e ternura em seu benefício, sem o propósito negocista de receber-se compensação.
Esse intercâmbio que une as criaturas umas às outras, leva-as à afeição pela Natureza e por todas as formas vivas ou não, alcançando o excelente amor a Deus, no esforço de preservação de tudo.
Obs.: 1ª Carta João 4:20: Se alguém afirmar “eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. |
O amor é o antídoto eficaz para a superação do medo e a sua consequente eliminação. (…)
Sempre que voltem os medos – e eles retornarão várias vezes, o que é muito útil -, porque fortalecido, o indivíduo com mais decisão e sabedoria os enfrenta, superando-os por completo.
Em face disso, a escolha é de cada um: O MEDO OU O AMOR, já que OS DOIS NÃO CONVIVEM NO MESMO ESPAÇO EMOCIONAL.
(…) Considerando-se a possibilidade de alguns dos MEDOS SEREM INSPIRADOS POR ADVERSÁRIOS DESENCARNADOS, a oração-terapia gera um clima psíquico tão elevado que o opositor perde o contato com a vítima em face de esta erguer-se em superior onda vibratória, na qual não consegue ser alcançada pelo perseguidor espiritual. (…)
Sempre que o medo permaneça, mais medo se acumula.
Na terapia do amor em relação ao medo, quanto mais se ama, naturalmente mais amor se tem a oferecer. Mediante também A COMPAIXÃO, QUE É DILUENTE DO MEDO, o ser humano torna-se mais digno e saudável. Graças a esse sentimento que se expande na medida em que se ama, o ser engrandece-se e enriquece-se de vida, envolvendo-se em paz.
1ª Carta João 4:18: No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor. |
II.III. – DO CIÚME
O livro CONFLITOS EXISTENCIAIS, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo VII: CIÚME, nos ensina que:
O Espírito imaturo, vitimado por desvios de comportamento em existências transatas (passadas), renasce assinalando o sistema emocional com as marcas infelizes disso resultantes.
Inquieto e insatisfeito, não consegue desenvolver em profundidade a autoestima, permanecendo em deplorável situação de infância psicológica. Mesmo quando atinge a idade adulta, possui reações de insegurança e capricho, caracterizando as dificuldades que tem para um ajustamento equilibrado no contexto social.
Aspira ao amor e teme se entregar a ele, porquanto o sentido da posse que lhe daria autoconfiança está adstrito à dominação de coisas, de pessoas e de interesses imediatistas, ambicionando transferi-lo para quem, certamente, não se permitirá dominar pela sua morbidez.
Às vezes, quando se trata de um relacionamento com outra personalidade igualmente infantil, esta deixa-se, temporariamente, manipular, por acomodação ou sentimento subalterno, reagindo a posteriori de maneira imprevisível.
Em oportunidades outras, permite-se conduzir, desinteressando-se das próprias aspirações, enquanto submete-se aos caprichos do dominador, resultando numa afetividade doentia, destituída de significados nobres e de vivências enriquecedoras.
Porque a culpa se lhe encontra no íntimo, esse indivíduo não consegue decodificá-la (decifrá-la), a fim de libertar-se, ocultando-a na desconfiança que permanece no seu inconsciente, assim experimentando tormentos e desajustes.
Incapaz de oferecer-se em clima de tranquilidade ao afeto, desconfia das demais pessoas, supondo que também são incapazes de dedicar-se com integração desinteressada, sem ocultar sentimentos infelizes.
Porque não consegue manter um bom nível de autoestima, acredita não merecer o carinho nem o devotamento de outrem, afligindo-se, em razão do medo de perder-lhe a companhia. Esse tormento faz-se tão cruel, que se encarrega, inconscientemente, de afastar a outra pessoa, tornando-lhe a convivência insuportável, em face da geração de contínuos conflitos que o inseguro se permite.
A imaturidade psicológica daqueles que assim agem, torna-se tão grave, que procuram justificar o ciúme como o sal do amor, como se a afetividade tivesse qualquer tipo de necessidade de conflito, do sal da desconfiança.
O amor nutre-se de amor e consolida-se mediante a confiança irrestrita que gera, selando os sentimentos com as belas vibrações da ternura e da amizade bem-estruturada.
(…) Incapaz de enfrentar a realidade e as situações que se apresentam como necessárias ao crescimento contínuo da capacidade de discernimento e de luta, faculta-se a permanência na fantasia, no cultivo utópico da ilusão, imaginando um mundo irreal que gostaria de habitar, evitando a convivência com o destemor e o trabalho sério, de forma que se conduz asfixiado pelo que imagina em relação ao que defronta na vida real.
Torna-se capaz de manter uma vida interior conflitiva, que mascara com sorrisos e outros disfarces, padecendo o medo e a incerteza de ser feliz. Sempre teme ser descoberto e conduzido à vivência dos fatos conforme são, e não consoante desejaria.
(…) Sentindo-se sempre desconsiderado, porque não consegue submeter aqueles a quem gostaria de amar-dominando, entrega-se aos ciúmes injustificáveis, nos quais a imaginação atormentada exerce uma função patológica.
Vê e ouve o que existe no seu mundo íntimo, transferindo essas fantasias para subjugar o ser a quem diz amar. Atormentado pela autocompaixão, refugia-se na infelicidade, de modo a inspirar piedade, quando deveria esforçar-se para conquistar afeição; subestima-se ou sobrevaloriza-se, assumindo posturas inadequadas à idade fisiológica, que deveria estar acompanhada do desempenho saudável de ser psicológico maduro.
Sempre recapitula o abandono afetivo dos demais, que compara com as suas próprias aflições, permitindo-se a ideia mórbida de que ninguém é fiel, pessoa alguma consegue dedicar-se a outrem sem que não mantenha sentimentos servis. (…)
TERAPIA PARA O CIÚME
(…), nunca deve ser olvidado que o Espírito, em si mesmo, é o grande enfermo.
O paciente ciumento, em sua insegurança, não tem qualquer consideração por si próprio, necessita, portanto, de ser conduzido à autoestima, à superação dos conflitos de inferioridade e de insegurança, tomando conhecimento lúcido das infinitas possibilidades de equilíbrio e de afetividade que lhe estão ao alcance.
Ao mesmo tempo, a libertação das ideias masoquistas primitivas que nele permanecem, da culpa inconsciente que necessita de punição, ensejar-lhe-á a compreensão de que todos erram, de que todos devem assumir a consciência dos equívocos, mas a ninguém é concedido o direito de permanecer no muro das lamentações em torno de reais ou imaginárias aflições.
(…) A ação de benemerência direcionada ao próximo conduz ao descobrimento de quanto é saudável ajudar, facultando o entendimento dos dramas alheios e, ao mesmo tempo, encontrando solução para os próprios conflitos.
Aquele que se dedica à compaixão e à caridade, descobre, deslumbrado, não ser o único sofredor do mundo, e identifica-se com muitos que também estão padecendo, verificando, entretanto, quantos estão lutando com destemor para superar os impedimentos e as dificuldades que os atam à aflição.
Essa constatação serve-lhe de estímulo para também procurar a melhor maneira de libertação pessoal.
A terapêutica da bondade ao lado da psicoterapia especializada constitui elemento construtivo para a superação do ciúme, porque, nesse serviço, o afeto se amplia, os horizontes alargam-se, os interesses deixam de ser personalistas e a visão a respeito do mundo e da sociedade torna-se mais complacente e menos rigorosa.
Amor terapia, portanto, é indispensável para qualquer evento de desequilíbrio emocional, especialmente por ensejar o intercâmbio com o Pensamento Divino que se haure através da oração e da esperança.
Emmanuel no livro O CONSOLADOR psicografado por Chico Xavier, na resposta à questão 183, nos explica que o ciúme é um indício de atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperar na elevação de cada um. Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos, poderá aniquilar o ciúme no coração.
II.IV. – DA INVEJA
Allan Kardec no livro A GÊNESE, Capítulo XVII: Predições do Evangelho, item 1. NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA, nos ensina que:
Quem quer que se eleve acima do nível comum é sempre alvo do ciúme e da inveja. Os que se sentem incapazes de chegar à altura em que aquele se encontra esforçam-se por rebaixá-lo, por meio da difamação, da maledicência e da calúnia; e tanto mais forte gritam, quanto menores forem, crendo que se engrandecem e o ofuscam pelo tumulto que promovem. Tal foi e será a história da humanidade, enquanto os homens não houverem compreendido a sua natureza espiritual e alargado seu horizonte moral.
O L.E. na questão 465 indaga: Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal? – “Para que sofrais como eles sofrem.”
- a) — E isso lhes diminui os sofrimentos?
– “Não; mas fazem-no por inveja, por não poderem suportar que haja seres felizes.”
Sobre a INVEJA, o livro O SER CONSCIENTE, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 19: INVEJA, nos ensina que:
Remanescente dos comportamentos inferiores, a inveja é fraqueza moral, a perturbar as possibilidades de luta do ser humano.
Ao invés de empenhar-se na autovalorização, o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e não luta pelo seu; compete mediante a trama da intriga e da maledicência; aguarda o insucesso do adversário, no que se compraz; observa e persegue, condenado por insidiosa (traiçoeira) desdita (infelicidade) íntima.
Egocêntrico, não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro de atenção, credor de todos os cultos e referências.
Insidiosa (traiçoeira), a inveja é resultado da indisciplina mental e moral que não considera a vida como patrimônio divino para todos, senão, para si apenas.
Trabalha, por inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal, nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.
Normalmente moroso e sem determinação, resultado da sua morbidez inata, o enfermo de inveja nunca se alegra com a vitória dos outros, nem com a alheia realização.
A inveja descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas vítimas, que somente as alcançam se estiverem em sintonia, porém cujos danos ocorrem no fulcro gerador, perturbando-lhe a atividade, o comportamento.
A terapia para a inveja consiste, inicialmente, na cuidadosa reflexão do eu profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro, avaliando os recursos de que dispõe e considerando que a sua realidade é única, individual, não podendo ser medida nem comparada com outras em razão do processo da evolução de cada um.
O cultivo da alegria pelo que é e dos recursos para alcançar outros novos patamares enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, como meio e meta para alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita compreensão dos mecanismos da vida e as diferenças entre as pessoas, formando um todo na Grande Unidade.
II.V. – DO RESSENTIMENTO
Sobre o RESSENTIMENTO o livro AUTODESCOBRIMENTO: UMA BUSCA INTERIOR de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 10: CONTEÚDOS PERTURBADORES, nos ensina que:
A raiva não extravasada ou liberada no mesmo nível da agressão recebida torna-se cruel adversário do indivíduo, tomando a forma hostil de ressentimento.
Herança das experiências mal suportadas, o ressentimento inconsciente encontra-se encravado no interior do ser.
Manifesta-se sempre na condição de melancolia ou como frustração e desinteresse pela existência física, em mecanismo de culpa que não logra superar.
O ressentido agasalha sentimentos de antipatia, que se convertem em animosidade (aversão) crescente, sempre cultivada com satisfação, à medida que lhe concede área emocional para o desenvolvimento.
O ressentimento atrapalha a razão, perturba a ótica pela qual se observam os acontecimentos, enquistando-se como força destrutiva que, não conseguindo atingir aquele que lhe deu origem, fere o ser no qual se apoia.
Tumores de gênese desconhecida, transtornos neuróticos, distúrbios gástricos de etiologia ignorada constituem somatização dos venenos do ressentimento, alcançando o metabolismo orgânico e interferindo na estrutura das células.
Tudo no Universo se encontra mergulhado em vibrações e ondas que procedem do Poder Criador. Em consequência, o equilíbrio vige na sintonia com a ordem, com os princípios da harmonia.
Cultivando-se a raiva e convertendo-a em ressentimento, este descarrega vibrações vigorosas na corrente energética mantenedora do equilíbrio, atingindo o arquipélago
celular e interrompendo o fluxo normal das ondas que mantêm a interação psicofísica.
Desarmonizado o ciclo vital, facilmente ocorre a distonia da mitose (divisão da célula), que funciona por automatismo, acelerando-lhe, a partir de então, o processo de multiplicação, surgindo as tumorações, as neoplasias malignas ou não…
A mente é a grande mantenedora das forças existenciais. Sob a ação de estímulos, otimistas ou tóxicos, passa a exteriorizar os conteúdos equivalentes no comportamento emocional e físico.
É necessário vigilância e ação da vontade com real sentimento de humildade – que é virtude especial – para converter o ressentimento em compreensão e tolerância.
Cada pessoa é conforme suas estruturas psicológicas. Desejá-las diferentes, significa ignorar as próprias possibilidades.
Todos os indivíduos se enganam, agem incorretamente e, às vezes, inspiram reações inamistosas, como efeito do nível de evolução no qual estagiam. Nem sempre ocorrem reciprocidades, quando da emissão de ondas mentais na área da simpatia, o que não se deve converter em atitude de animosidade por desconfiança, por mecanismos de agressividade, gerando antipatia.
O ressentimento é fruto também da ausência de autoamor, projeção inconsciente da sombra psicológica dos conflitos de cada qual.
À medida que se desenvolvem os sentimentos de segurança pessoal, de harmonia interior e de autoestima, desaparece o ressentimento, por não encontrar apoio nos alicerces do subconsciente do ser.
Quando alguém se encontra ressentido com a má sorte, com os insucessos profissionais, afetivos e sociais, deve adquirir consciência das imensas possibilidades que lhe estão ao alcance e recomeçar as experiências que não obtiveram êxito, desarmado do pessimismo como do sentimento de culpa.
Todo processo de conquista passa por diferentes estágios de erro e de acerto, de insucesso e de vitória.
Desse modo, o conflito do ressentimento pode ser superado pelo exercício da AUTOVALORIZAÇÃO, do SENTIDO DE UTILIDADE À VIDA, de CONSCIENTIZAÇÃO DO BEM.
Ressentir-se diante de alguém perturbador, ou de algo desequilibrante, pode ser considerado como reação emocional imprevista que ocorre, susceptível, porém, de liberação, de rápida diluição nos painéis do sentimento atormentado.
Se alguém se sente atingido por uma injustiça ou agressão, por uma onda perturbadora ou inamistosa, de imediato CORRIJA A SINTONIA MENTAL E MUDE A FAIXA DO PENSAMENTO.
Quando ressentido, não se deve constranger por chorar, reclamar, descarregar a tensão em algum trabalho, para logo retornar ao estado precedente, o de paz.
Humano é todo indivíduo que se considera capaz de errar, de magoar-se, mas também de erguer-se, saindo sem as marcas da passagem pelo terreno pantanoso e infeliz.
ESE, CAP.10. item 15, Paulo, o Apóstolo: “O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas, o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade.” |
I.VI. – DA LAMENTAÇÃO
Sobre a LAMENTAÇÃO o livro AUTODESCOBRIMENTO: UMA BUSCA INTERIOR de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 10: CONTEÚDOS PERTURBADORES, nos ensina que:
Entre os hábitos negativos que se enraízam nas personalidades conflitáveis e inseguras, a lamentação ocupa um lugar de destaque.
VICIO PERTURBADOR, deve ser combatido com a lucidez da razão, em face à não justificativa dos argumentos em que se apoia.
Essas pessoas atormentadas, que se deixam arrastar pelos temores, normalmente buscam alívio em fugas pelas drogas aditivas (viciantes), pelo fumo, pelo álcool, ou buscam os jogos de azar, a que se apegam em combates infelizes.
Quando não o fazem, dessa forma, ou simultaneamente, atiram-se às queixas e lamentações, assim exteriorizando as tensões geradas pelas altas cargas de amargura e ressentimento que guardam, sem o esforço por se liberarem desses tóxicos destrutivos, que mais se avolumam, quanto mais são cultivados.
Dotadas de autocompaixão injustificável, à qual apoiam a preguiça física e mental, para não saírem da situação embaraçosa e negativa, consideram-se sempre vítimas da família, do grupo social, das leis e dos governos…, ou do destino.
No entanto, poderiam ser saudáveis e ditosas (felizes), caso se resolvessem por adotar o vício do otimismo.
Ninguém alcança patamares superiores sem o empenho para conquistar os mais baixos, aqueles de difícil acesso. Vencida uma etapa, outra surge, convidativa, como desafio a conquistas mais apreciáveis.
Quem prefere a lamentação ao esforço, acreditando que as demais pessoas foram aquinhoadas sem mérito, opta pela situação de vítima de si mesma, ao invés de triunfador sobre os próprios limites.
Patologicamente compraz-se na situação insustentável, tornando a existência uma carga de elevado teor desequilibrante.
A sua óptica é sombria, por considerar que tudo e todos conspiram contra sua paz e felicidade. Saísse da concha da autocompaixão, e se deslumbraria com o sol e a Natureza convidando ao banquete da alegria.
Preenchesse os vazios espaços mentais com preocupações positivas, recheadas de ações que favorecem o progresso, e respiraria o clima do otimismo, estimulado ao autocrescimento, fruindo as dádivas do bem-estar existencial.
A lamentação como a queixa são moléstia pestilentas de FÁCIL CONTÁGIO, pelos VAPORES E VIBRAÇÕES TÓXICAS que espalham.
A saúde mental exige ESFORÇO PESSOAL, que é INTRANSFERÍVEL, caracterizado pelo real desejo do equilíbrio.
Uma decisiva disposição para o AUTOENCONTRO e o EMPENHO PARA CONSEGUI-LO são os instrumentos hábeis para o tentame (empreendimento), que se coroará de êxito.
L.E. “919. – Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
Um sábio da Antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.” |
(…) Passo a passo, realização a realização, o ser libera os potenciais adormecidos, e com entusiasmo ascende moralmente, enquanto adquire os conhecimentos que o intelectualizam para entender as Leis da Vida.
A lamentação é, portanto, OBSTÁCULO VOLUNTÁRIO que o indivíduo coloca no seu processo de evolução, retardando a marcha do progresso e abrindo espaço para situações perturbadoras e penosas que virão arrancá-lo, mais tarde, da inércia e da autocomiseração, porquanto ninguém pode impedir o crescimento para Deus, que é a fatalidade da vida.
O livro “O MÉDICO JESUS”, de Autoria de José Carlos De Lucca, no Capítulo 9: SEM RECLAMAÇÃO, pág. 28/29, nos diz que:
A reclamação é uma bomba jogada no terreno da nossa vida, é uma ENERGIA NEGATIVA QUE APENAS FAZ CRESCER AQUILO QUE NOS INCOMODA.
Este livro relata que quando Jesus se deparou com um paralítico junto ao poço de Betesda, JESUS INDAGOU AO ENFERMO SE ELE GOSTARIA DE SER CURADO (João 5:1-15). EM VEZ DE RESPONDER AFIRMATIVAMENTE, O PARALÍTICO APRESENTOU UMA SÉRIE DE RECLAMAÇÕES a respeito das pessoas que não o ajudavam a entrar no poço, cujas águas eram tidas como milagrosas.
O MÉDICO JESUS NÃO FALOU UMA PALAVRA SEQUER SOBRE AS RECLAMAÇÕES DO PARALITICO. Mudou de assunto. Simplesmente apresentou ao enfermo um roteiro para a cura: “Levanta-te, toma a tua cama e anda.”
Levantar é sair do chão do vitimismo e da reclamação. É assumir uma nova condição que nasce com o desejo de aprender a mensagem que a enfermidade nos trouxe.
Tomar a cama é assumir o controle da doença e não ser controlado por ela. É ter a certeza de ser o personagem mais importante no processo da própria cura.
Andar é o convite que Jesus nos faz para seguirmos adiante, avançarmos, fazermos as mudanças necessárias para atingir uma nova fase em nossa vida. Não podemos estacionar nas avenidas da inércia. Doença gosta de cama, de sofá, de pijamas, de ociosidade.
Filipenses 2:14 – Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas. |
I.VII. – DA LOUCURA
Sobre a LOUCURA o livro NO MUNDO MAIOR de Autoria Espiritual de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, no Capítulo 16: ALIENADOS MENTAIS, nos ensina que:
Excetuados os casos puramente orgânicos, o louco é alguém que procurou forçar a libertação do aprendizado terrestre, por indisciplina ou ignorância.
Temos neste domínio um gênero de suicídio habilmente dissimulado, a AUTOELIMINAÇÃO DA HARMONIA MENTAL, pela inconformação da alma nos quadros de luta que a existência humana apresenta.
Diante da dor, do obstáculo ou da morte, milhares de pessoas SE RENDEM, entregando-se, sem resistência, à perturbação destruidora, que lhes abre, por fim, as portas do túmulo.
A princípio são meros descontentes e desesperados, que passam despercebidos mesmo àqueles que os acompanham de mais perto. Pouco a pouco, no entanto, TRANSFORMAM-SE EM DOENTES MENTAIS DE VARIADAS GRADAÇÕES, de cura quase impossível, portadores que são de problemas difíceis e ingratos.
Imperceptíveis frutos da desobediência começam por arruinar o patrimônio fisiológico que lhes foi confiado na Crosta da Terra, e acabam empobrecidos e infortunados.
Aflitos e semimortos são eles homens e mulheres que desde os Círculos terrenos padecem, encovados em precipícios infernais, por se haverem rebelado aos desígnios divinos, preterindo-os, na escola benéfica da luta aperfeiçoadora, pelos caprichos insensatos. (…)
Não asseguramos que todos os casos do hospício se relacionem exclusivamente com esse fator. Muita gente atravessa este pavoroso túnel, premida por exigências da PROVA RETIFICADORA; é, no entanto, forçoso reconhecer que a MAIORIA PRODUZIU O AFLITIVO DRAMA EM SI MESMA.
São irmãos nossos, revoltados ante os desígnios superiores que os conduziram a recapitular ensinamentos difíceis, qual o de se reaproximarem de velhos inimigos por intermédio de laços consanguíneos, ou o de enfrentarem obstáculos aparentemente insuperáveis.
Para que se efetue a jornada iluminativa do Espírito é indispensável deslocar a mente, revolver (remexer) as ideias, renovar as concepções e modificar, invariavelmente, para o BEM MAIOR o modo íntimo de ser, tal qual procedemos com o solo na revivificação da lavoura produtiva ou com qualquer instituto humano em reestruturação para o progresso geral.
NEGANDO-SE, porém, a alma a receber o AUXÍLIO DIVINO, ATRAVÉS DOS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO INCESSANTE QUE LHE SÃO OFERECIDOS, em seu benefício próprio, pelas diferentes situações de que os dias se compõem no aprendizado carnal, recolhe-se à margem da estrada, criando paisagens perturbadoras com desejos injustificáveis.
Quase podemos afirmar que noventa em cem dos casos de loucura, excetuados aqueles que se originam da incursão microbiana sobre a matéria cinzenta, COMEÇAM NAS CONSEQUÊNCIAS DAS FALTAS GRAVES QUE PRATICAMOS, com a IMPACIÊNCIA OU COM A TRISTEZA, isto é, por intermédio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos ao caminho daqueles que as acolhem e alimentam.
Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a DESINTEGRAÇÃO DA HARMONIA MENTAL; ESTA POR VEZES PERDURA, NÃO SÓ NUMA EXISTÊNCIA, MAS EM VÁRIAS DELAS, até que o interessado se disponha, com fidelidade, a valer-se das bênçãos divinas, para restabelecer a tranquilidade e a capacidade de renovação que lhe são inerentes à individualidade, em abençoado serviço evolutivo.
Pela REBELDIA, a alma responsável pode encaminhar-se para muitos crimes, a cujos resultados prejudiciais se sujeita indefinidamente; e, pelo DESÂNIMO, é propensa a cair nos despenhadeiros da inércia, com fatal atraso nas edificações que lhe cabe providenciar. (…)
O louco, em geral, considerando-se não só o presente, senão até o passado longínquo, é alguém que aborreceu as bênçãos da experiência humana, preferindo isolar-se nos caprichos mentais; e a entidade espiritual atormentada após a morte é sempre alguém que deliberadamente fugiu às realidades da Vida e do Universo, criando regiões purgatórias para si mesmo.
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, Autor Espiritual do livro NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA, psicografado por Divaldo Pereira Franco, nos esclarece que:
Além dos FATORES QUE PREDISPÕEM À LOUCURA e dentre os quais situamos o carma do Espírito, nos quais se demoram incontáveis criaturas em plena fronteira, há a OBSESSÃO ESPIRITUAL, que as impulsiona a darem o passo adiante, arrojando-as no desfiladeiro da alienação de largo porte e de difícil recuperação…
São os SEXÓLATRAS, OS VIOLENTOS, OS EXAGERADOS, OS DEPENDENTES DE VICIAÇÕES DE QUALQUER NATUREZA, OS PESSIMISTAS, OS INVEJOSOS, OS AMARGURADOS, OS SUSPEITOSOS INCONDICIONAIS, OS CIUMENTOS, OS OBSIDIADOS, que mais facilmente transpõem os limites da saúde mental…
Não nos desejamos referir àqueles que são portadores de patogenias mais imperiosas em razão de enfermidades graves, da hereditariedade, de distúrbios glandulares e orgânicos, de traumas cranianos e de sequelas de inúmeras doenças outras…
Queremos deter-nos nas psicopatogêneses espirituais, seja as de natureza emocional, pelas aptidões e impulsos que procedem das reencarnações transatas, de que os enfermos não se liberam, seja pelo impositivo das obsessões infelizes, produzidas por encarnados ou por Espíritos que já se despiram da indumentária carnal, permanecendo, no entanto, nos propósitos inferiores a que se obstinam…
A OBSESSÃO É UMA FRONTEIRA PERIGOSA PARA A LOUCURA IRREVERSÍVEL
Sutil e transparente, a princípio, agrava-se em razão da tendência negativa com que a agasalha o infrator dos Soberanos Códigos da Vida.
Dando gênese a enfermidades várias, inicialmente imaginárias, que recebe por via telepática, pode transformar-se em males orgânicos de consequências insuspeitadas, à vontade do agente perseguidor que induz a vítima que o hospeda, a situações lamentáveis.
Comportamentos que se modificam, assumindo posições e atitudes estranhas, mórbidas (enfermiças), exprimem constrangimento de mentes obsessoras sobre aqueles que se lhes submetem, mergulhando em fosso de sombras e de penoso trânsito…
Há muito mais obsessão, grassando na Terra, do que se imagina e se crê.
Mundo este que é de intercâmbio mental, vivo e pulsante, cada ser sintoniza com outro equivalente, prevalecendo, por enquanto, os teores mais pesados de vibrações negativas, que perturbam gravemente a economia psíquica, social e moral dos homens que nele habitam.
Não obstante, a vigilância do amor de Cristo Jesus atua positiva, laborando com eficiência, a fim de que se modifiquem os dolorosos quadros da atualidade, dando surgimento a uma fase nova de saúde e paz.
Nesse contexto, O ESPIRITISMO – QUE É O MAIS EFICAZ E FÁCIL TRATADO DE HIGIENE MENTAL – desempenha um relevante papel, qual seja o de PREVENIR O HOMEM DOS MALES QUE ELE GERA PARA SI MESMO e lhe cumpre evitar, como FACULTANDO-LHE OS RECURSOS PARA SUPERAR A PROBLEMÁTICA OBSESSIVA, ao mesmo tempo apoiando e enriquecendo os nobres profissionais e missionários da Psicologia, da Psiquiatria, da Psicanálise…
Do livro: VOZES DO GRANDE ALÉM, de Autores Espirituais diversos, psicografia de Chico Xavier, no CAPÍTULO 46: LOUCURA E RESGATE, do Espírito Raimundo Teixeira, narra que sofreu aflitiva PROVA DA ALIENAÇÃO MENTAL:
“Sou uma alma pobre que ainda recupera-se de aflitiva loucura no campo físico.
Não creio que o verbo articulado possa exprimir com segurança tudo aquilo que expresse meus estados emocionais.
Ainda assim, posso garantir-vos que tenho atravessado inimagináveis suplícios.
Por mais de vinte anos, fui vítima de flagelações e tormentos que culminaram em transes de pavoroso desespero, não pelas dores de origem material que me dilaceravam o corpo, mas sim porque, na condição de alienado mental, GUARDAVA, NO FUNDO DE MEU SER, A CONSCIÊNCIA DE TODOS OS MEUS ATOS, EMBORA NÃO PUDESSE GOVERNAR MEUS INFELIZES IMPULSOS.
Perambulei no mundo à maneira de alguém que se visse sob a autoridade invencível de Inteligências perversas, como pode acontecer a um homem irremediavelmente prisioneiro de malfeitores, em sua própria moradia.
Por mais orasse, por mais anelasse o bem e por mais quisesse comandar a própria existência, os TERRÍVEIS CARCEREIROS DAS MINHAS ATIVIDADES MENTAIS compeliam-me a atitudes deploráveis que, de início, resultaram em desafeto dos familiares mais queridos ao coração.
Era constrangido a práticas desonrosas, impelido a pronunciar palavras que me afastavam toda e qualquer simpatia e a perpetrar atos que provocavam, em torno de mim, repugnância e temor.
E, por essa razão, afastado à atmosfera deprimente dos loucos, nela padeci não apenas os mais dolorosos processos de tratamento médico, como sejam, a insulinoterapia, a malarioterapia e o eletrochoque, mas também os bofetões de enfermeiros desapiedados e o poste de martírio, a camisa de força e a solidão.
Isso tudo sofri com a tácita aprovação de minha consciência, pois no íntimo me reconhecia culpado.
Colocava-me na situação de quantos me assistiam caridosamente e concluía que, na posição deles, infligiria a mim mesmo os mais duros castigos, de vez que OS OCUPANTES DE MEU CAMPO MENTAL ME IMPELIAM À DELINQUÊNCIA E AO DESRESPEITO, AO INSULTO E À VICIAÇÃO.
Chorei tanto, (…) amarguei tanto a vida que o sofrimento por fim me venceu diante das testemunhas implacáveis de minha dor — testemunhas que me acusavam sem que ninguém as ouvisse, que me espancavam sem que ninguém lhes presenciasse os assaltos, que me acompanhavam dia e noite sem que ninguém lhes pressentisse a presença.
E tamanho foi o meu infortúnio que, em me libertando do cárcere da prova, desarvorado e desiludido, pedi à Providência Divina, através de mil modos, que uma explicação me aliviasse o torturado raciocínio, porquanto, ainda MESMO FORA DO CORPO CARNAL, O BANDO DE PERSEGUIDORES CONTINUAVA IMPUTANDO CONTRA MIM GRITOS VULGARES, TENTANDO ESCRAVIZAR-ME DE NOVO A MENTE DESDITOSA…
Foi, então, que, ao socorro de Instrutores Amigos, me vi em surpreendente retorno à condição em que me achava ANTES da internação na carne para a terrível provação da loucura…
Identifiquei-me em pleno espaço, desolado e errante, cercado por centenas de carrascos que me buscavam o Espírito, impondo-me à visão tremendos quadros — quadros esses que, pouco a pouco, me reconduziram ao posto que eu deixara anteriormente, através da morte…
Sim, eu HAVIA SIDO UM JUIZ QUE ABUSARA DA DIGNIDADE DO MEU CARGO.
Vi-me envergando a toga do magistrado, que me competia preservar virtuosa, desfrutando invejável eminência social na Terra, mas enceguecido pelos interesses do grupo político a que me filiara, com desvairada paixão.
TORCIA O DIREITO PARA QUASE TODOS AQUELES QUE ME BUSCAVAM, tangidos pelas circunstâncias, desonrando o Tribunal que me respeitava, transformando-o em detestável instrumento de crime e revolta, perversidade e miséria, desânimo e desespero, porque as minhas sentenças forjavam todos esses males. Mas não consegui ludibriar a verdadeira justiça.
Deixando o veículo físico, as minhas vítimas se converteram em meus juízes e todas aquelas que me não podiam perdoar seguiram-me os passos na Esfera espiritual, tecendo-me a cadeia de tormentos abomináveis, a explodirem no pavoroso desequilíbrio com que ressurgi entre as criaturas humanas, na existência última.
Atravessei uma infância atormentada… Para os médicos, eu não passava de pobre exemplar da esquizofrenia.
Alcancei a juventude tumultuária e triste dos que não possuem qualquer estabilidade de raciocínio para a fixação dos bons propósitos, e, tão logo atingi a maioridade, meus implacáveis acusadores senhorearam-me a estrada, conturbando-me a vida, e, desse modo, como alienado mental fui submetido ao julgamento de todos eles, experimentando, por mais de vinte anos, flagelações e torturas que não posso desejar aos próprios Espíritos satanizados nas trevas.
Sou, assim, um doente desventurado procurando restaurar a si mesmo. Não acredito que a minha palavra possa trazer qualquer apontamento que induza ao consolo.
Entretanto, o juiz louco que fui, o juiz que impôs a si próprio horrenda enfermidade da alma, pode oferecer alguma advertência aos que manobram com a autoridade no mundo e a todos os que ainda podem recuar nas deliberações infelizes!…
Diante de mim vibra o Tempo, o grande julgador…
Possa a Divina Compaixão conceder-me com esse juiz silencioso, cujas palavras para nós são as horas e os dias do mundo terrestre, a oportunidade de ressarcir minhas faltas, porque, por enquanto, o juiz que dementou a si mesmo apenas ingressou na fase inicial do reajuste, da qual se transferirá para o campo expiatório, onde, face a face com as suas antigas vítimas, será obrigado a solver seus clamorosos débitos, ceitil por ceitil.
Deus seja louvado!…”
II.VIII. – DA VINGANÇA
O livro AMOR, IMBATÍVEL AMOR, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 49: SEDE DE VINGANÇA, nos ensina que:
O comportamento paranoico gera uma gama de aflições perturbadoras de grande densidade, alienando o paciente que perde relativamente o contato com a realidade objetiva.
Caminhando pelos caminhos da insensatez, sente-se acuado pelos conflitos, que transfere de responsabilidade, sempre acusando as demais pessoas de o não entenderem e o perseguirem, empurrando-o para o insucesso, a infelicidade…
Afastando-se do conjunto social elabora mecanismos de vingança como fenômeno de autorrealização, criando formas de constatar a superioridade mediante a queda daquele que é considerado seu opositor.
Nesse estado de inquietação gera formas de análise inadequada em torno da conduta alheia, derrapando em maledicências, em exageros de informações que não correspondem à realidade, culminando em calúnias, que possam caracterizar imperfeição do seu opositor, situando-o em plano de inferioridade.
Dessa forma, quando o outro, o inimigo, experimenta qualquer desgraça, tormento ou provação, o enfermo experimenta uma alegria íntima muito grande como compensação da inferioridade na qual estagia.
Esse tormento faz-se tão cruel que, não raro, o paciente torna-se algoz inclemente daquele que se lhe torna vítima.
Na raiz desse como de outros transtornos da personalidade encontram-se o EGOÍSMO EXACERBADO e o ORGULHO, que são os cânceres morais encarregados de desorganizar o ser humano, tornando-o rebelde.
A mente, concentrada no conteúdo da mensagem que elabora, termina por influenciar os neurônios que lhe sofrem a indução psíquica e passam a produzir substâncias equivalentes à qualidade de onda, dando curso ao bem-estar ou aos conflitos perturbadores.
Quando essa indução é mais demorada e produz agravantes de efeitos danosos, TRANSFERE-SE DE UMA PARA OUTRA EXISTÊNCIA, imprimindo nos tecidos sutis do perispírito os prejuízos causados, que remanescem como provas ou expiações que assinalam profundamente o ser espiritual.
Face a essa razão, são impressas nos componentes genéticos as necessidades de reparação, assinalando o Espírito com os distúrbios a que deu lugar a sua conduta desastrosa.
A sede de vingança é lamentável conduta espiritual que termina por afligir aquele que a vitaliza interiormente.
Cabe ao indivíduo envidar todos os esforços para vencer esse sentimento inferior, que lhe constitui motivo de demoradas angústias, porquanto é impossível desfrutar da infelicidade alheia, alegrando-se quando outrem sofre.
A APARENTE ALEGRIA, RESULTADO DA SATISFAÇÃO POR SENTIR-SE VINGADO, LOGO SE TRANSFORMA EM PROFUNDA FRUSTRAÇÃO, POR DESAPARECER-LHE O MOTIVO EXISTENCIAL.
A vida tem definidas metas que constituem motivação para a sua experiência.
Quando desaparecem, o sentido existencial emurchece, se instalam as distonias, e transtornos especiais tomam lugar na área do equilíbrio.
Cabe ao infrator desenvolver a coragem para entender que o problema não procede do exterior, de outra pessoa, porém, dele mesmo, em razão dos seus conflitos, da sua limitada percepção de consciência, em razão do trânsito em faixas primárias do conhecimento.
Todavia, resolvendo-se por adquirir a saúde emocional, cumpre-lhe esforçar-se por reverter a situação, domando as más inclinações, dentre as quais se destaca a sede de vingança.
Lentamente, porém, com segurança, o amor abre-lhe perspectivas dantes não imaginadas, que se vão ampliando até conseguir a perfeita compreensão da luta que deve travar em seu mundo íntimo, a fim de autosuperar-se e encontrar a felicidade.
Todo o esforço de educação pessoal em superar as más inclinações constitui terapia valiosa para a saúde integral. Ninguém há que se considere sem necessidade dessa avaliação pessoal e do consequente esforço para a conseguir.
1.- Mateus 5:38-44: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.”
2.- ESE, Cap. XII:AMAI OS VOSSOS INIMIGOS, item 7: SE ALGUÉM TE FERIR NA FACE DIREITA: “… Por essas palavras, Jesus não proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Dizendo-nos que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que tende a reduzir-lhe o orgulho; que é mais glorioso para ele ser ofendido do que ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado, do que enganar, ser arruinado do que arruinar os outros. |
II.IX. – DA CRUELDADE
O livro CONFLITOS EXISTENCIAIS, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo IX: CRUELDADE, nos ensina que:
Na raiz da crueldade existe um transtorno profundo da personalidade. Essa alienação perversa origina-se em conduta criminosa vivenciada em existência pretérita, quando o Espírito, sentindo-se injustiçado por não entender as leis de equilíbrio que vigem no Cosmo, tomou a espada da falsa justiça e vingou-se de quem acreditou ser responsável pela sua desdita.
Possivelmente o crime não foi descoberto ficando, no agressor, as marcas do sentimento perverso que ora revelam-se em crueldade.
Também é provável que a Justiça haja descoberto o homicida e tenha-o levado ao tribunal para prestar contas à sociedade, após o que lhe foi aplicada a punição compatível.
Nada obstante, em vez do sujeito utilizar-se da corrigenda para o refazimento emocional, descambou para a REVOLTA e, na convivência com outros companheiros igualmente desditosos, INTROJETOU O VENENO DO ÓDIO, INFELICITANDO-SE MAIS.
Na atualidade, apresenta como FORMA DE CONDUTA reações de mágoa e de vingança contra a Humanidade, que passou a detestar.
Convidado ao renascimento, imprimiu nos tecidos sutis do cérebro as impressões grotescas que lhe influenciam as conexões neuroniais, dando lugar a uma personalidade alienada, insensível, hedionda.
Em face da Lei de Causa e Efeito, renasceu em um lar desunido, a fim de experimentar os efeitos infelizes das suas ações nefastas, padecendo os sofrimentos impostos pela mãe enferma ou alcoólica, pelo pai desnorteado e destituído de compaixão, que lhe aplicaram injustificadas punições ou o expulsaram do lar, atirando-o nas ruas infectas e sombrias da criminalidade.
Sob outro aspecto, num ambiente mais róseo, econômica e moralmente, desenvolveu a inveja e a amargura, não conseguindo superar a inferioridade espiritual que o precipitou novamente nos desvãos da perversidade, cultivando desdém contra as demais criaturas, desejando crivá-las de espinhos dolorosos.
Em alguns quadros da esquizofrenia (doença que se caracteriza pela perda do contato com a realidade), encontramos o paciente perverso, que é totalmente destituído de sentimento de culpa ou de consciência de dever, mantendo-se impassível (insensível) diante do mais tenebroso comportamento que se permite.
Com imensa CAPACIDADE DE DISSIMULAR OS SENTIMENTOS, pode manter-se e conduzir-se de maneira afável quanto gentil – assumindo uma personificação saudável – para logo expressar-se na sua realidade cruel, quando maltrata e predispõe-se a dizimar aquele contra quem volta o temperamento doentio.
(…)
DESENVOLVIMENTO DA CRUELDADE
(…)
Conseguindo captar simpatias, aparenta ser portador de comportamento normal, não deixando transparecer o que se lhe passa no íntimo.
Pequeno incidente, porém, no trato com os demais, pode atear a labareda que o incendeia, surgindo o desejo de punir quem lhe criou qualquer embaraço real ou imaginário. Dissimula, então, o impulso infeliz e planeja, não poucas vezes, com riqueza de detalhes, a melhor maneira de impor-lhe sofrimentos, experimentando bem-estar antecipado ante a perspectiva do êxito que o transforma em sadista.
(…) NÃO FOGE AO CONVÍVIO SOCIAL, que no íntimo despreza, PARA PODER ESTAR MAIS PRÓXIMO DAS FUTURAS PRESAS QUE ELEGE, motivado pela inveja, pelo despeito ou simplesmente porque se encontra ao lado de alguém, que está no momento errado, no lugar equivocado…
QUANTO MAIS SE APLICA À CRUELDADE, O DOENTE MAIS ADQUIRE HABILIDADE PARA OCULTÁ-LA E TORNÁ-LA PIOR, ELA ALCANÇANDO NÍVEIS PERVERSOS IMPENSÁVEIS PELA MENTE SAUDÁVEL. (…)
Não experimenta qualquer arrependimento pelos atos praticados, o que o leva a ceifar a vida de pessoas que deveriam ser queridas: genitores, familiares outros, amigos, com a mesma indiferença com que interromperia a existência de um ser abjeto (desprezível).
Nem todos, porém, são induzidos ao homicídio, podendo permanecer na periferia da prática hedionda, maltratando, de maneiras outras, aqueles que se lhes acercam, mediante INDIFERENÇA REAL OU BEM-TRABALHADA, DESDENHANDO OS VALORES morais e sociais que dignificam a Humanidade, fazendo-se HÁBEIS NA ARTE DE IRONIZAR E MENTIR, colocando-se acima do Bem e do Mal, como se fossem inatingíveis no repugnante procedimento a que se entregam.
(…)
TERAPIA PARA A CRUELDADE
(…) todo o arsenal psicoterapêutico ao alcance dos psicólogos, conforme a Escola a que se vinculem, são recursos valiosos para auxiliar o paciente cruel.
Em casos especiais, a terapia psiquiátrica auxiliará na regularização das neurocomunicações, restabelecendo, a longo prazo, o correspondente equilíbrio.
Ao mesmo tempo, a TERAPÊUTICA ESPÍRITA DA BIOENERGIA consegue efeitos salutares, por alcançar os delicados campos de energia no Espírito reencarnado, renovando-lhe o raciocínio e orientando-o.
Muito provavelmente, nos casos de crueldade, ENCONTRAM-SE VINCULADOS OS ESPÍRITOS QUE FORAM VÍTIMAS DO PACIENTE E DELE SE UTILIZAM PARA O COMÉRCIO DOENTIO DA VAMPIRIZAÇÃO, roubando-lhe forças preciosas e vingando-se, dessa forma, do padecimento que lhes foi imposto.
Nesse caso, as ATIVIDADES DE DESOBSESSÃO constituem recurso rico de valiosos processos libertadores, em face dos diálogos que podem ser mantidos com os enfermos desencarnados, auxiliando-os no entendimento das Leis Divinas e quanto à necessidade de também alcançarem a felicidade que lhes está reservada.
II.X.- DA PREGUIÇA
Sobre a PREGUIÇA, o livro CONFLITOS EXISTENCIAIS de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo II: PREGUIÇA, nos ensina que:
A preguiça, ou propensão para a inatividade, para não trabalhar, também conhecida como lentidão, moleza, tardança, é desvio de conduta, que merece maior consideração do que aquela que lhe tem sido oferecida.
Surge naturalmente, expressando-se como efeito de algum tipo de cansaço ou mesmo necessidade de repouso, de recomposição das forças e do entusiasmo para a luta existencial.
Todavia, quando se torna prolongado o período reservado para o refazimento das energias, optando-se pela comodidade que se nega às atitudes indispensáveis ao progresso, apresenta-se como fenômeno irregular de conduta.
(…) Lentamente, essa conduta (de preguiça) faz-se enfermiça, gerando conflitos psicológicos, em face das IDEIAS PERTURBADORAS DE QUE NÃO SE É PESSOA DE VALOR, de que NADA LHE ACONTECE DE FAVORÁVEL, de que NÃO TEM MERECIMENTO NEM OS DEMAIS LHE OFERECEM CONSIDERAÇÃO. Esse tormento, que se avoluma, transforma-se em pessimismo que impulsiona, cada vez mais, a situações de negatividade e de ressentimento.
Pode também transformar-se em mecanismo de autodestruição, em face da crescente ausência de aceitação de si mesmo, perdendo a necessária contribuição da autoestima para uma existência saudável.
A pessoa assume posição retraída e silenciosa, evitando qualquer tipo de estímulo que a possa arrancar da constrição (constrangimento) a que se submete espontaneamente. Danosa, torna os membros relaxados, a mente lenta no raciocínio, apresentando, após algum tempo, distúrbios de linguagem e de locomoção.
Sob outro aspecto, pode apresentar-se como perda do entusiasmo pela vida, ausência de motivação para realizar qualquer esforço dignificante ou algum tipo de ação estimuladora.
(…) Normalmente, aquele que assim se comporta é vítima de elevado egotismo (sentimento exagerado do próprio valor), que somente sente-se bem quando se vê em destaque, embora não dispondo dos recursos hábeis para as ações que deve desempenhar.
Detectando-se incapacitado, refugia-se na inveja e na acusação aos demais, negando-se a oportunidade de recuperação interior, a fim de enfrentar os embates que são perfeitamente naturais em todos e quaisquer empreendimentos.
(…) o isolamento apresenta-se como uma VINGANÇA CONTRA A SOCIEDADE, não desejando envolver-se com nada ou ninguém, distanciando-se, cada vez mais, de tudo quanto diz respeito ao grupo familiar, social, espiritual.
Normalmente, esse comportamento é fruto de alguma injustificada decepção, decorrente do excesso de autojulgamento superior, que os outros não puderam confirmar ou não se submeteram a sua ousadia. (…)
Do ponto de vista espiritual, o paciente da preguiça, que pode se tornar crônica, ainda se encontra em faixa primária de desenvolvimento, sem resistências morais para as lutas nem valores pessoais para os desafios.
Diante de qualquer impedimento recua, acusando aos outros ou a si mesmo afligindo, no que se compraz, para fugir à responsabilidade que não deseja assumir.
A preguiça prolongada pode expressar também uma síndrome de depressão, mediante a qual se instalam os distúrbios de comportamento afetivo e social, gerando profundos desconfortos e ansiedade.
TRANSTORNOS GERADOS PELA PREGUIÇA
(…) Em razão do pessimismo que se assenhoreia do enfermo, a sua convivência faz-se difícil e o seu isolamento mais o atormenta, porque a autolamentação passa a constituir-lhe uma ideia fixa, culpando, também, as demais pessoas por não se interessarem pelo seu quadro, nem procurarem auxiliá-lo, o que equivale a dizer, ficarem inúteis também ao seu lado, auxiliando-o na autocomiseração que experimenta.
Em realidade, não está pedindo ou desejando ajuda real, antes apresenta-se reclamando da sua falta para melhor comprazer-se na situação a que se entrega espontaneamente. (…)
O paciente prefere ser lamentado a receber amor, experimentar compaixão a ter o companheirismo estimulante, permanecer em solidão a experienciar uma convivência agradável.
(…) foge daqueles que o desejam auxiliar infundindo-lhe ânimo, e quando é surpreendido por alguma orientação, logo reage com violência intempestiva, afirmando:
“Você não sabe o que eu sinto e certamente não acredita no que se passa no meu mundo íntimo… Pensa que estou fingindo?”
Certamente, o outro não conhece o transtorno que se opera no enfermo, mas sabe que o esforço desprendido poderá contribuir eficazmente para alterar a situação em que se encontra. A partir de então, o amigo e candidato ao auxílio torna-se evitado, é tido como adversário, censor, perturbador da sua paz, como se a indolência algo tivesse a ver com tranquilidade e harmonia íntima… (…)
A preguiça mina a autoconfiança e destrói as possibilidades de pronta recuperação.
É natural que ATRAIA ESPÍRITOS OCIOSOS, que se comprazem no banquete das energias animais do paciente, tele mentalizado e conduzido às fases mais graves, de forma que prossiga vampirizado. Os centros vitais da emoção e do comportamento são explorados por essas Entidades infelizes, e decompõem-se, funcionando com irregularidade, destrambelhando a organização somática, já que a psíquica e os sentimentos estão seriamente afetados.
TERAPIA PARA A PREGUIÇA
Às vezes, o paciente pode receber alguma inspiração superior e interrogar-se:
“- Por que estou sofrendo desnecessariamente? Até quando suportarei esta situação deplorável?”
Isto constitui um DESPERTAR TERAPÊUTICO para a mudança de conduta, sempre a depender do próprio paciente.
Começam a surgir-lhe a vergonha pelo estado em que se encontra, o constrangimento pela inutilidade existencial, dando início ao labor de renovação íntima e ao desejo de reconquistar a saúde, assim como o bem-estar, sem mecanismos escapistas ou perturbadores.
Surgem, então, os prelúdios do equilíbrio emocional, o natural desejo pela recuperação, passando a ver a preguiça como algo enfadonho e monótono, irritante e sem sentido, causador de aflições desnecessárias, porquanto nada de útil dela pode ser retirado.
Esse processo inicial de vê-la conforme é, proporciona estímulos para a mudança de comportamento, a aceitação de novos exercícios de despertamento, liberando grande quantidade de energia armazenada, que se encontrava impedida de funcionar em razão dos mecanismos de fuga da realidade.
O próximo passo é a DESTRUIÇÃO DA IDENTIDADE DE PREGUIÇOSO, de doente ou inútil, experimentando a ALEGRIA QUE DECORRE DO ATO DE SERVIR, dos instrumentos ativos para a produção de tudo quanto signifique realização pessoal.
Já nos ensinou Jesus: que o maior é aquele que serve – Lucas 22:26-27 |
Em seguida, caem as ilusões que dificultam a visão global da vida, o ego cede lugar à necessidade de convivência e de compreensão fraternal, abrindo espaços emocional e mental para mais audaciosas realizações.
Certamente, não se trata de uma simples resolução com efeitos imediatos, miraculosos, que não existem, porque após largo período de ociosidade, todo o organismo emocional e físico encontra-se com limites impostos pela prostração.
É necessário que as LEITURAS EDIFICANTES PASSEM A INFLUENCIAR OS PAINÉIS MENTAIS, e as velhas histórias de autocompaixão cedam lugar aos estímulos da boa convivência social e afetiva, motivando aos avanços constantes.
Nesse sentido, a ORAÇÃO E A BIOENERGIA oferecem recursos inestimáveis, ao lado de uma psicoterapia baseada em LABORES bem-direcionados, a fim de que o paciente volte ao mundo real com nova disposição, encontrando estímulos para prosseguir no próprio trabalho realizado.
A ATIVIDADE BEM-DIRIGIDA constitui lubrificante eficaz nos mecanismos orgânicos e nos implementos mentais, estimulando as emoções agradáveis de modo que se consiga a saúde integral.
II.XI. – DA ANSIEDADE
O livro CONFLITOS EXISTENCIAIS, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo VIII: ANSIEDADE, nos ensina que:
São muitos os fatores predisponentes e preponderantes que desencadeiam a ansiedade.
– A BUSCA DO AMOR faz-se tormentosa e desesperadora, como se pudesse, através desse recurso, amortecer a ansiedade. No íntimo, porém, evita envolvimentos emocionais verdadeiros, por medo de os perder e vir a sofrer-lhes as consequências.
– PENSAMENTOS IRRACIONAIS que, não poucas vezes, são os responsáveis pelo desencadeamento da ansiedade. Basta um simples encontro, algo que desperte um pensamento automático e irracional, e ei-la que se faz presente.
– No inconsciente do indivíduo inseguro existe uma NECESSIDADE DE AUTORREALIZAÇÃO que, não conseguida, favorece-lhe a fuga pela ansiedade, normalmente produzindo–lhe desgaste no sistema emocional, por efeito gerando estresse no comportamento.
– PROCESSOS ENFERMIÇOS no organismo físico igualmente respondem pelo fenômeno da ansiedade, especialmente se o indivíduo não se encontra com estrutura emocional equilibrada para os enfrentamentos que qualquer enfermidade proporciona.
– O MEDO DE PIORAR, DE NÃO SE LIBERTAR DA DOENÇA, recuperando a saúde.
– O RECEIO DA FALTA DE RECURSOS para atender às necessidades defluentes da situação.
– O TEMOR DOS COMENTÁRIOS MALICIOSOS de pessoas insensatas em torno da questão.
– O PAVOR DA MORTE favorecem o distúrbio de ansiedade, que se agrava na razão direta em que as dificuldades se apresentam.
O quadro da ansiedade varia de um para outro indivíduo, embora as características sintomatológicas sejam equivalentes.
Estressando-se com facilidade, em razão da falta de autoconfiança e de harmonia interna, o paciente tende a padecer TRANSTORNOS DEPRESSIVOS, quase sempre de natureza bipolar, com graves ressonâncias nos equipamentos neuroniais.
Passados os momentos de abstração da realidade, quando a melancolia profunda mergulhou-o no desinteresse pela vida e na tristeza sem par, o salto para a exaltação leva-o, com frequência, aos DELÍRIOS VISUAIS E AUDITIVOS, extrapolando as possibilidades, para assumir personificações místicas de comportamento exagerado, poderosas e invejadas, cujas existências enganosas encontram-se no seu inconsciente.
Terminado o período de excitação, no trânsito para o novo submergir na angústia, torna-se muito perigoso, porque a realidade perde os contornos, e o desejo de fuga, de libertação do mal-estar atira-o nos abismos do autocídio (suicídio).
Desfilam em nossa comunidade social inúmeros indivíduos ansiosos que se negam ao reconhecimento do distúrbio que os atormenta, procurando disfarçar com o álcool, o tabaco, nos quais dizem dispor de um bastão psicológico para apoio e melhor reflexão, nas drogas aditivas (viciantes) ou no sexo desvairado, insaciável, o que mais lhes complica o quadro de insanidade emocional.
O reconhecimento da situação abre oportunidade para uma terapia de autoajuda, pelo menos, ensejando receber de imediato o apoio do especialista.
TERAPIA PARA A ANSIEDADE (…)
Especificamente no distúrbio da ansiedade, os fenômenos atormentadores sucedem-se, como LIBERAÇÃO DOS DRAMAS ÍNTIMOS QUE JAZEM NO INCONSCIENTE PROFUNDO – arquivados nos recessos do períspirito – e afetam o sistema emocional.
A TERAPÊUTICA LIBERTADORA HÁ QUE INICIAR-SE NA RACIONALIZAÇÃO DO TORMENTO, trabalhando-o mediante a reflexão, de modo que lentamente a paciência e o equilíbrio possam instalar-se nas paisagens interiores.
Psicoterapeutas hábeis conseguirão detectar as CAUSAS ATUAIS DA ANSIEDADE — REMANESCENTES DAS CAUSALIDADES ANTERIORES – liberando, a pouco e pouco, o paciente, através da confiança que lhe infundem, encorajando-o para os cometimentos saudáveis. (…)
Tendo transferido os medos e as incertezas para o inconsciente, ei-los agora REVELANDO-SE EM FORMA DE ANSIEDADE, que poderá ser diluída após o trabalho de psicanálise nas suas origens.
O paciente, no entanto, como responsável pelo distúrbio psicológico, deve COMPREENDER A FINALIDADE DA SUA ATUAL EXISTÊNCIA CORPORAL, instrumentalizando-se com segurança para trabalhar-se, adaptando-se ao esquema de saúde e de paz.
Nesse sentido, as LEITURAS EDIFICANTES propiciadoras de RENOVAÇÃO MENTAL e EMOCIONAL, as técnicas da ioga, disciplinando a vontade e o sistema nervoso, constituem valiosos recursos psicoterapêuticos ao alcance de todos.
Nunca se esquecer, igualmente, de que a MEDITAÇÃO, induzindo à calma e ao bem-estar, inspira à AÇÃO DO BEM, do amor, da compaixão e da caridade em relação a si mesmo e ao próximo, haurindo alegria de viver e satisfação de autorrealizar-se, ENTREGANDO-SE AOS DESÍGNIOS DIVINOS, ao tempo em que realizará a tarefa de criatura lúcida e consciente das próprias responsabilidades, que descobriu o nobre sentido existencial.
A ansiedade natural, o desejo de que ocorra o que se aguarda, a normal expectativa em torno dos fenômenos existenciais compõem um quadro saudável na existência de todos os indivíduos equilibrados.
O tormento, porém, que produz distúrbios generalizados, tais: sudorese abundante, arritmia cardíaca, inquietação exagerada, receio de insucesso, produz o estado patológico, que pode ser superado com o auxílio do especialista em psicoterapia e o desejo pessoal realizado com empenho para consegui-lo.
As aflições defluentes da ansiedade podem ser erradicadas, portanto, graças aos cuidados especializados, adicionados à aplicação da BIOENERGIA POR MEIO DOS PASSES E DA ÁGUA FLUIDIFICADA, que restauram o campo vibratório e revitalizam as células. Outrossim, o hábito da ORAÇÃO E O CULTIVO DOS PENSAMENTOS DIGNIFICADORES são o coroamento do processo curativo para o encontro da saúde e da paz.
Jesus, o Psicoterapeuta por excelência, asseverou no Sermão da Montanha (Mateus, 5:4): Bem-aventurados os que choram – recuperando-se das culpas e das mazelas – porque eles serão consolados.
Mateus 6:25-34: “Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. |
II.XII. – DA RAIVA
Sobre a RAIVA, o livro CONFLITOS EXISTENCIAIS de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo III: RAIVA, nos ensina que:
A raiva é um sentimento que se exterioriza toda vez que o ego sente-se ferido. (…)
A semelhança de um incêndio que pode começar numa fagulha e trazer prejuízos incalculáveis pela sua extensão, a raiva também pode ser ateada por uma simples insinuação de pequena monta, transformando-se em vulcão de cólera destruidora, que domina. (…)
A raiva produz uma elevada descarga de adrenalina e cortisol no sistema circulatório, alcançando o sistema nervoso central, que se agita, produzindo ansiedade e mantendo o sangue na parte superior do corpo, no que resultam diversos prejuízos para as organizações física, emocional e psíquica. Repetindo-se com frequência, produz o endurecimento das artérias e predispõe a vários distúrbios orgânicos… (…)
O CÍRCULO DA RAIVA É VICIOSO, porque o indivíduo adapta-se a essa injunção (regra), passando a gerar um comportamento agressivo, quando não vivenciando uma postura contínua de mau humor.
Essa raiva infeliz é resultado de pequenas frustrações e contínuas castrações psicológicas, muitas vezes iniciada na constelação familiar, quando pais rigorosos e imprudentes, violentos e injustos, assumem postura repressiva em relação aos filhos, impondo-se-lhes, sem a possibilidade de diálogos esclarecedores.
Lentamente vão-se acumulando esses estados de amargura pela falta de oportunidade de defesa ou de justificação, que se convertem em revolta surda, explodindo, indevidamente, quando já se faz uma carga muito pesada na conduta. (…)
Também ocorre quando são genitores descuidados que não se interessam pelos problemas da prole, causando-lhe um fundo ressentimento, a princípio inconsciente, para desbordar em raiva acumulada.
Outras vezes, como resultado da timidez, o indivíduo refugia-se na raiva, e porque não a pode expressar, foge para transtornos profundos que o machucam.
Carta de Tiago 5:16 – Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. |
A falta de conhecimento das próprias debilidades emocionais faz que não disponha de equilíbrio para enfrentamentos, competições, discussões, derrapando facilmente no comportamento infeliz da raiva.
ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS, em grande número, são resultado da RAIVA MAL CONTIDA de condutores que NÃO SE CONFORMAM QUANDO OUTREM DESEJA ULTRAPASSÁ-LOS na rodovia, nas ruas e avenidas, embora estivessem viajando em marcha reduzida. Sentindo-se subestimado pelo outro – raciocínio muito pessoal e sem fundamento — em vez de cederem a passagem, quando observam que o outro veículo se lhes emparelha, aceleram e avançam ambos, raivosos, até o surgimento de um terceiro em sentido oposto, obedecendo, porém, as regras, no que se transforma em tragédia.
Bastasse um pouco de bom-tom, de serenidade, para cooperarem um com o outro, e tudo seria resolvido sem qualquer dano.
Durante os desportos, na política, na religião, na arte, participando ou acompanhando-os, não admitem a vitória do outro, a quem consideram adversário, quando é somente competidor, enraivecendo-se e dando lugar a situações graves, muitas vezes redundando em crimes absurdos. (…)
RAIVA E TRANSTORNO EMOCIONAL (…)
A RAIVA É UM SENTIMENTO DE DESAJUSTE DA EMOTIVIDADE, que merece contínua vigilância, a fim de que NÃO SE TRANSFORME EM UMA SEGUNDA NATUREZA NA CONDUTA do indivíduo.
Na RAIZ PSICOLÓGICA DO SENTIMENTO DE RAIVA existe um tipo qualquer de MEDO INCONSCIENTE que a desencadeia, levando o indivíduo a atacar antes de ser agredido, o que o torna, invariavelmente, violento e descompensado na emoção.
De alguma forma, a INSEGURANÇA DO PRÓPRIO VALOR e o TEMOR DE SER ULTRAPASSADO predispõem à postura armada contra tudo e todos, como se essa fosse a melhor maneira de poupar-se a sofrimentos e a desafios perturbadores.(…)
TERAPIA PARA A RAIVA
O ser humano processa o seu desenvolvimento intelecto-moral passo a passo, sem os saltos de largas conquistas. Superada uma etapa do processo antropossociopsicológico, surge outra igualmente desafiadora, que a experiência adquirida anteriormente lhe faculta superar.
Algumas vezes é natural que se equivoque, a fim de reiniciar o mecanismo autoiluminativo sem qualquer trauma ou desconforto, desde que a meta é o bem-estar, a conquista da harmonia.
A incidência da raiva, portanto, é perfeitamente normal, tornando-se grave a não capacidade de administrá-la.
De boa sugestão, sempre que invadido pelo desequilíbrio dessa natureza, o paciente RESERVE-SE A CORAGEM DE ADIAR DECISÕES, de responder para esclarecer, de discutir em nome da autodefesa, porquanto, invariavelmente, o EGO FERIDO PRECIPITA-O EM POSTURA INADEQUADA de que se arrependerá de imediato ou mais tarde.
O silêncio diante de circunstância perturbadora, não se permitindo a invasão dos petardos (ataques) mentais desferidos pelo opositor, constitui recurso imprescindível para evitar o tombo na irritação e seus consequentes danos.
O hábito, que deve ser cultivado, de considerar-se pessoa portadora de virtudes e de deficiências plausíveis de corrigenda, estando sujeita às variações do humor e de comportamento, suscetível de contrariedades, distonias, predispõe à vigilância.
Jesus nos ensinou: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”- Mateus 26:41 |
Se advertido, ouvir com atenção e avaliar a proposta apresentada, mesmo quando de maneira agressiva ou indelicada. Quando útil, incorporá-la como medida de sabedoria que lhe será valiosa, e identificando ocultamente sentimentos negativos por parte do outro, não lhe atribuir qualquer valor ou significado.
O exercício da paciência auxilia a aceitar a vulnerabilidade de que se é constituído, não ampliando a irrupção da raiva quando ocorrer.
Tornando-se contínua, como resultado de estresse e de ansiedade, de insegurança e de medo mórbido, faz-se indispensável uma TERAPIA PSICOLÓGICA, de modo a ser DETECTADA A CAUSA DESENCADEADORA do fenômeno perturbador, que tende a agravar-se quando não cuidado de forma adequada.
A PSICOTERAPIA cuidadosa remontará a conflitos adormecidos no inconsciente (…).
Ao mesmo tempo, a TERAPIA DA PRECE E DA MEDITAÇÃO constitui salutar recurso para o controle das emoções, reabastecimento de energias vigorosas que se encarregam de asserenar o sistema nervoso central, impedindo ou diminuindo a incidência da ira.
As BOAS LEITURAS também funcionam como procedimento terapêutico de excelente qualidade, por ENRIQUECEREM A MENTE com ideias otimistas, SUBSTITUINDO MUITOS DOS CLICHÊS PSÍQUICOS VICIOSOS que induzem a comportamentos insanos.
Em face dos recursos que se podem haurir na BIOENERGIA, a sua aplicação, nos pacientes susceptíveis à raiva, é de inadiável importância, destacando-se o concurso de pessoas abnegadas e saudáveis física e moralmente, como portadoras da doação.
Jesus utilizava-se do denominado toque curador, descarregando naqueles que O buscavam as sublimes energias de que era portador.
(..) Embora a imensa distância moral que medeia entre Ele e os Seus modernos discípulos, todos são possuidores de preciosas energias que procedem do Pai, algumas das quais encontram-se inatas neles mesmos, ou as recebem mediante a interferência dos nobres condutores espirituais da Humanidade.
Por fim, o AUTOCONTROLE que cada qual deve manter em relação às suas reações emocionais de qualquer natureza, disciplinando a vontade, educando os sentimentos e adaptando-se a novos hábitos saudáveis, imprescindíveis a uma existência rica de saúde.
II.XIII.- DO MAU HUMOR
Sobre o MAU HUMOR o livro AMOR, IMBATÍVEL AMOR, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 46: MAU HUMOR, nos ensina que:
O Espírito cresce experimentando conquistas e desacertos no íntimo da sua realidade, (..). Cada etapa se assinala por específica realização tornando-se patamar de sustentação para novo passo, crescendo, a pouco e pouco, no rumo da autoconquista. O desenvolvimento psicológico ocorre-lhe lentamente, modelando-se através das experiências (…).
Face a esses mecanismos, com frequência as insatisfações e conflitos dão curso a estados desagradáveis de comportamento, que se podem transformar em enfermidades da alma, ou, em razão de suas raízes profundas no ser, exteriorizam-se como máscaras do ego, como negatividades, decorrentes dos desequilíbrios da conduta anterior.
O mau humor, que resulta de distúrbios emocionais profundos ou superficiais, SE INSTALA DE FORMA SUTIL E PASSA A CONSTITUIR UMA EXPRESSÃO CONSTANTE no comportamento do indivíduo.
Pode apresentar-se com caráter TRANSITÓRIO ou tornar-se CRÔNICO, convertendo-se em verdadeira doença, que exige tratamento continuado e de longo prazo.
Por trazer as matrizes inseridas nos tecidos sutis da realidade espiritual, TRANSFERE-SE DO CAMPO PSÍQUICO PARA A ORGANIZAÇÃO SOMÁTICA através da hereditariedade, que responde pela sua fixação profunda, de CARÁTER EXPIATÓRIO.
Caracteriza-se o mau humor pela APATIA que o indivíduo sente em relação às ocorrências do dia-a-dia, à DIFICULDADE PARA DIVERTIR-SE, aos IMPEDIMENTOS PSICOLÓGICOS de atingir metas superiores, de bem desempenhar a função sexual, negando-se à mesma ou atirando-se desordenadamente na busca de satisfações além do limite, MEDIANTE MECANISMO DE FUGA em torno da própria problemática.
Torna-se, dessa forma, pessoa solitária, egoísta, amarga…
Tais características podem levar a um diagnóstico equivocado de depressão, que se caracteriza por alternâncias de conduta, enquanto que no estado de humor negativo a conduta é qual uma linha reta, desinteressante, sem emoção, permanecendo constante, enquanto que na depressão a mesma desce em fase profunda ou ascende, podendo libertar-se com relativa facilidade.
O OPOSTO, O EXCESSO DE HUMOR, também expressa disfunção orgânica, revelando-se em traços da personalidade em forma exagerada de otimismo que não tem qualquer justificação de conduta normal, já que se torna uma euforia, responsável pela alteração do senso da realidade. Perde-se, nesse estado, o contorno do que é real e passa-se ao exagero, tornando-se irresponsável em relação aos próprios atos, já que tudo entende como de fácil manejo e definição.
Em tal situação, quando irrompe a doença, há uma excitação que conduz o paciente às compras, à agitação, à insônia, com dificuldades de concentração.
Certamente que um momento de euforia como outro de mau humor fazem parte do processo de se estar saudável, de comportar-se bem, de encontrar-se em equilíbrio. A PERMANÊNCIA NUM COMO NOUTRO COMPORTAMENTO É QUE DENOTA O DESAJUSTE, A DISFUNÇÃO, A DESARMONIA EMOCIONAL.
Diante de uma pessoa mal-humorada, a primeira ideia que ocorre à família ou aos amigos, é a de proporcionar-lhe divertimento, mudança de clima psicológico, levando-a a sorrir, tentando gerar situação agradável ou cômica, que se lhe apresenta perturbadora, insossa, já que não consegue biologicamente produzir enzimas propiciadoras do bem-estar.
O sujeito mal humorado sente-se pior, em tal circunstância, formulando um conceito de culpa perturbador, ao sentir-se responsável por estar preocupando aqueles que o estimam e o cercam, tornando-se-lhe o lazer proposto uma experiência ainda mais traumática.
Ante o insucesso, familiares e amigos recuam e passam à agressão mediante zombarias, denominando o enfermo como preguiçoso, indiferente ao afeto que lhe é direcionado, como se ele pudesse alterar de um para outro momento o estado de enfermidade.
Somente a paciência familiar e fraternal, o envolvimento afetivo natural, e, concomitantemente a assistência psiquiátrica podem oferecer os resultados que se desejam, e que são logrados com vagar.
A consciência de culpa guardada no Espírito, impõe-lhe uma conduta mal humorada, produzindo organicamente os fenômenos exteriores, que podem ser diluídos mediante uma alteração na conduta do enfermo, que se DEVE ESFORÇAR, CERTAMENTE COM MUITO SACRIFÍCIO, A FIM DE RECUPERAR-SE DOS EQUÍVOCOS, iniciando novos compromissos edificantes, mediante os quais diminuirá a dívida moral, autoliberando-se do fardo esmagador. (…) ALTERANDO O MODO DE ENCARAR A VIDA, O MUNDO E AS PESSOAS, cujo esforço renovará as paisagens íntimas e elaborará novos painéis que lhe darão cor e beleza existenciais.
Por outro lado, a bioenergia (através dos passes) constitui valioso recurso terapêutico, por agir nos tecidos sutis do perispírito do enfermo, auxiliando na reconstrução das suas engrenagens específicas, alterando o campo vibratório, que redundará em modificação expressiva na área neuronal.
A distimia (mau humor) e a euforia são, portanto, doenças da alma, que necessitam de conveniente estudo e tratamento, por assaltarem um número cada vez maior de pacientes, ATINGIDOS POR SI MESMOS e pelos variados fatores externos que a todos envolvem na atualidade.
1.- Mateus 5:4: “Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.”
2.- ESE, Cap. V: BEM AVENTURADOS OS AFLITOS, item 4: CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES: “…Que todos que têm o coração ferido pelas vicissitudes e decepções da vida, interroguem friamente sua consciência; que remontem passo a passo à fonte dos males que os afligem, e verão se, o mais frequentemente, não podem dizer: Se eu houvesse feito ou não tivesse feito tal coisa, eu não estaria em tal situação. A quem, pois, culpar de todas as suas aflições senão a si mesmo? O homem é, assim, num grande número de casos, o artífice dos seus próprios infortúnios; mas, ao invés de reconhecer, ele acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto que sua má estrela está na sua negligência. Os males dessa natureza formam, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida; o homem os evitará quando trabalhar para seu aprimoramento moral, tanto quanto para o seu aprimoramento intelectual.” |
II.XIV. – DA TRISTEZA
Sobre a TRISTEZA o livro JESUS E ATUALIDADE de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, no Capítulo 9: JESUS E ALEGRIA, nos ensina que:
Essa tristeza que te domina, amargurando as tuas horas, é grave enfermidade que deves combater a partir de agora.
Nenhuma complacência (concordância) para com ela, nem justificativa enganosa para aceitá-la. Os argumentos de infelicidade quanto de insatisfação não passam de mecanismos de evasão da realidade.
PROBLEMAS TODOS OS TÊM, com um imenso universo de apresentação. A FALTA DELES GERARIA, POR ENQUANTO, DESMOTIVAÇÃO PARA A LUTA, PARA O PROGRESSO.
Essa nostalgia deprimente que te aliena e consome é adversária cruel, a que te entregas livremente sem reação, ampliando-lhe o campo de domínio, à medida que lhe cedes espaço.(…)
A tristeza é morbo (enfermidade) prejudicial ao organismo, peste que consome a vida.
Tudo, em tua volta, é um hino de louvor, de alegria, de gratidão a Deus. Observa-o bem.
Somente o homem, porque pensa, se permite empolgar pela tristeza, descambando para os surdos conflitos da rebeldia.
Essa tristeza pode resultar de dois fatores, entre outros: REMINISCÊNCIAS DO TEU PASSADO ESPIRITUAL E PERTURBAÇÃO COM REPERCUSSÃO OBSESSIVA.
No primeiro caso, as impressões pessimistas devem ser eliminadas, alijando-as do inconsciente, sob pressão de ideias novas, agradáveis, positivas, que te cumpre cultivar, insistindo em fixá-las nos painéis mentais.
SE TE ACOSTUMAS A PENSAR BEM, SUPERARÁS AS LEMBRANÇAS MÁS. Os hábitos se enraízam, porque se repetem, dominando os automatismos da mente e do corpo.
Na segunda hipótese, A HOSPEDAGEM MENTAL E EMOCIONAL DE ENTIDADES DESENCARNADAS, MALÉVOLAS, ocorre porque encontram sintonia nas tuas faixas psíquicas, estabelecendo contato hipnótico que se agrava com o tempo.
Em ambos os casos te encontras incurso em débitos para com as soberanas Leis da Vida.
Não te reencarnaste porém, apenas para pagar, antes, sim, para ressarcir com amor, liberando-te dos compromissos negativos mediante as ações relevantes.
És candidato aos cumes da montanha, e não um condenado às galés (embarcações de guerra) nas sombras do remorso inútil ou no charco das lágrimas perdidas.
SE PERMANECES NA SITUAÇÃO INFELIZ, TORNAS-TE VÍTIMA DE TI MESMO. TODAVIA, SE TE RESOLVES POR SAIR DO CAOS, TRANSFORMAS-TE EM TEU PRÓPRIO PSICOTERAPEUTA.(…)
Renascimento é vitória sobre a morte. E alegria que procede da libertação.
Rasga, portanto, essa mortalha de sombras sob a qual ocultas todas as tuas possibilidades de triunfo, e sai a semear fraternidade na grande vinha que te aguarda.
Realiza UM NOVO, UM ATUAL ENCONTRO CONTIGO MESMO E EXAMINA-TE MELHOR, sem lastimares a situação em que te encontras, e vai na direção do êxito. Isto é fundamental, não como um pagamento, porém como um dever que te falta cumprir, a fim de te recuperares. (…)
Provavelmente sofres pressões, que são uma falta de humanidade, mas tua é a submissão a essa força constritora que aceitas. Se, em verdade, queres sair da tristeza, podes. Em caso contrário, és responsável por ela, assim te comprazendo, o que é séria enfermidade.
“Alegrai-vos”, propôs Jesus, “é chegado até vós o reino de Deus.”
Este reino está dentro de nós, esperando ser descoberto e habitado. Aguarda-te, desafiador. Chegou até onde estás. Dá o teu passo em sua direção, penetra-o, deixa-te por ele preencher e alegra-te para sempre, como herói que concluirá a luta.
III.- DA CONCLUSÃO
Carlos Toledo Rizzini, na obra EVOLUÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO, Parte II, Capítulo 5, DESEQUILÍBRIOS (ENFERMIDADES), item 18: Impulsos; impulsos compulsivos, subitem 9, pág. 113, nos explica que:
O QUE CRIAMOS PARA NÓS MESMOS FICARÁ CONOSCO, ATÉ QUE AS LUTAS REDENTORAS CONSIGAM RENOVAR-NOS MENTALMENTE.
É preciso gastar tempo e energia para desenvolver as capacidades humanas e não competir por ambições (posses, posições e prestígio), lançar mão da cordialidade, solidariedade e cooperação para estabelecer uma relação produtiva com o mundo exterior e desempenhar atividades; seguir a regra áurea do Evangelho – SÓ FAÇAS AOS OUTROS O QUE QUERES QUE TE FAÇAM ELES; ORAR PARA ATRAIR O AUXÍLIO DO ALTO. A BUSCA É DE AUTORREALIZAÇÃO E DE RELACIONAMENTO SADIO, BASEADO NA FRATERNIDADE PURA.
E, ainda, o mesmo livro na Parte IV: RENOVAÇÃO MENTAL, Capítulo 6: NECESSIDADE DA AUTOEDUCAÇÃO, item 5, pág. 288, nos explica que:
Dificuldades há e não poucas. NÃO SE ILUDA O CANDIDATO À REFORMA ÍNTIMA QUANTO À RAPIDEZ DA COLHEITA. O QUE LEVOU SÉCULOS PARA ALOJAR-SE NO ESPÍRITO DAÍ NÃO SAIRÁ DE UM DIA PARA O OUTRO A GOLPES DE VONTADE.
As pessoas que, a meio caminho do aperfeiçoamento, se empenham por se melhorar moralmente, muitas vezes vêem seus esforços frustrados porque o passado ainda exerce grande domínio e submete-as à sua tirania.
Sucede que impulsos possantes as levam a agir de maneira diversa da que desejariam. Essas quedas rápidas e imprevisíveis causam aborrecimento ou perturbação, MAS EXIGEM PACIÊNCIA E HUMILDADE PARA QUE, NO CURSO DOS ANOS POSSAM IR RAREANDO. É AQUELE CONFLITO MORAL ENTRE O QUE SOMOS E O QUE DEVERÍAMOS SER.
Temos ai o bom combate contra si mesmo. Em seguida a séculos de luta contra o semelhante, um dia O SER HUMANO COMEÇA A ENFRENTAR O SEU PRÓPRIO MUNDO ÍNTIMO; é a guerra intestina
São oportunas as elucidações do livro NO MUNDO MAIOR, do Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier, no Capítulo 1: ENTRE DOIS PLANOS, Calderaro fala a André Luiz que:
“A MODIFICAÇÃO DO PLANO MENTAL DAS CRIATURAS NINGUÉM JAMAIS A IMPÕE: É FRUTO DE TEMPO, ESFORÇO, DE EVOLUÇÃO;”- pág 19.
Emmanuel, na obra O CONSOLADOR, psicografia de Chico Xavier, na resposta à questão 254, nos ensina que: “a disciplina antecede a espontaneidade”.
Jesus é o nosso modelo supremo, Livro dos Espíritos, 625: “Qual é o tipo mais perfeito, que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo? – Vede Jesus.”
O livro “O MÉDICO JESUS”, de Autoria de José Carlos De Lucca, no Capítulo 1, pág. 13/15, traz uma mensagem do Doutor Bezerra de Menezes, da qual é extraído o seguinte trecho:
“… jamais olvidemos de consultar o médico Jesus em nossas dificuldades no campo da saúde e da harmonia íntima.
Se procurarmos pela paz, Jesus é a fonte inexaurível.
Se nos encontrarmos perdidos, Jesus é o caminho de portas abertas.
Se estivermos aflitos, Jesus é a consolação para agora.
Se a tristeza nos visitar, Jesus é a esperança de um novo amanhã.
Se a doença nos abater, Jesus é o remédio acessível a todos os corações.
Meus filhos, não procureis Jesus apenas para a cura de vossas desarmonias físicas, procurai-O também como médico sublime de vossas almas, pois em toda doença física o que encontraremos sempre é um espírito enfermo necessitado de amor.
Jesus continua sendo o nosso divino médico, receitando o amor por solução das nossas dores, pois somente o amor é remédio capaz de enfrentar a doença do egoísmo para bem longe do nosso caminho.
Que as bênçãos do Cristo em favor da saúde encontrem nosso coração sintonizado nas frequências do amor.”
André Luiz, no livro BUSCA E ACHARÁS, psicografia de Chico Xavier, no Capítulo 26: DRÁGEAS DE SAÚDE, nos diz:
Obstáculos? Trabalhe sempre.
Problemas? Ação discreta.
Provações? Aceite-as.
Ofensas? Perdoe.
Tribulações? Paciência.
Mágoas? Esqueça.
Discórdias? Pacifique.
Males? Persevere no bem.
Incompreensões? Entendamos.
Fracasso? Recomece.
Conflitos no lar? Tolerância.
Solidão? Ampare alguém.
Dificuldades? Siga adiante.
Maledicência? Silêncio.
Perturbações? Mais calma.
Cansaço? Renove-se.
Perigo iminente? Oração.
Reclamações? Servir mais.
Tempestades na vida? Confie em Deus.
FONTES:
– BÍBLIA SAGRADA: Mateus 5:38-44; 5:4; 6:25-34; 9-35; 10:8; 26:41; Lucas 22:26-27; João 5:1-15, Filipenses 2:14, Carta de Tiago 5:16; 1ª Carta João 4:18; 4:20.
– LIVRO DOS ESPÍRITOS, ALLAN KARDEC, questões 465, 625 e 919.
– EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, ALLAN KARDEC, Cap. V: BEM AVENTURADOS OS AFLITOS, item 4: CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES; Cap. X. BEM AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS, item 15; Cap. XII: AMAI OS VOSSOS INIMIGOS, item 7: SE ALGUÉM TE FERIR NA FACE DIREITA;
– A GÊNESE, ALLAN KARDEC, Capítulo XVII: Predições do Evangelho, item 1. NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA.
– O CONSOLADOR, de Autoria Espiritual de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, questão 183, questão 254.
– EVOLUÇÃO PARA O TERCEIRO MILÊNIO, Parte II, Capítulo 5, DESEQUILÍBRIOS (ENFERMIDADES), item 18: Impulsos; impulsos compulsivos, subitem 9, pág. 113; e item 19: Moléstias Mentais, “a”: Causas, subitem 3, pág. 181 e seguintes. Parte IV: RENOVAÇÃO MENTAL, Capítulo 6: NECESSIDADE DA AUTOEDUCAÇÃO, item 5, pág. 288.
– AMOR, IMBATÍVEL AMOR, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Capítulo 45: DOENÇAS DA ALMA, Capítulo 46: MAU HUMOR, Capítulo 47: SUSPEITAS INFUNDADAS, Capítulo 49: SEDE DE VINGANÇA.
– LEIS DO AMOR, de Autoria Espiritual de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, Capítulo 1: Causas Espirituais das Doenças e Capítulo 7: O Tratamento das Doenças e o Espiritismo.
– NO MUNDO MAIOR, de Autoria de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, Capítulo 1: ENTRE DOIS PLANOS; Capítulo 3: A CASA MENTAL; Capítulo 16: ALIENADOS MENTAIS.
– CONFLITOS EXISTENCIAIS, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Capítulo II: PREGUIÇA, Capítulo III: RAIVA, Capítulo IV: MEDO Capítulo VII: CIÚME; Capítulo VIII: ANSIEDADE; Capítulo IX: CRUELDADE.
– O SER CONSCIENTE, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Capítulo 19: INVEJA.
– AUTODESCOBRIMENTO: UMA BUSCA INTERIOR, de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Capítulo 10: CONTEÚDOS PERTURBADORES.
– O MÉDICO JESUS, de Autoria de José Carlos De Lucca, Capítulo 1: O MÉDICO JESUS; Capítulo 9: SEM RECLAMAÇÃO.
– NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA, de Autoria Espiritual de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco.
– VOZES DO GRANDE ALÉM, de Autores Espirituais diversos, psicografia de Chico Xavier, Capítulo 46: LOUCURA E RESGATE, de Autoria do Espírito Raimundo Teixeira.
– JESUS E ATUALIDADE de Autoria Espiritual de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Capítulo 9: JESUS E ALEGRIA
– BUSCA E ACHARÁS, de Emmanuel e André Luiz, psicografia de Chico Xavier, Capítulo 26: DRÁGEAS DE SAÚDE de Autoria Espiritual de André Luiz.