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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Espírita - França 1858/1869 > Poder curativo do magnetismo espiritual

Poder curativo do magnetismo espiritual

celcArtigos da Revista Espírita - França 1858/186919 de maio de 2014 Leave a comment0
 
Revista Espírita, abril de 1865
 
Em nosso artigo do mês passado sobre o Dr. Demeure, prestamos uma justa homenagem às suas eminentes qualidades como homem e como Espírito. O fato seguinte é uma prova de sua benevolência, ao mesmo tempo que constata o poder curativo do magnetismo espiritual.
Escrevem-nos de Montauban:
“O Espírito do bom pai Demeure, vindo engrossar o número de nossos amigos invisíveis, que nos cuidam da moral e do físico, quis manifestar-se desde os primeiros dias por um benefício. A notícia de sua morte ainda não era conhecida dos nossos irmãos de Montauban, quando ele empreendeu espontânea e diretamente a cura de um deles por meio do magnetismo espiritual, apenas pela ação fluídica. Vedes que ele não perdia tempo e continuava como Espírito, assim como dizeis, sua obra de alívio da humanidade sofredora. Entretanto, há aqui uma importante distinção a fazer. Certos Espíritos continuam dados às suas ocupações terrenas, sem consciência de seu estado, sempre se julgando vivos. É próprio das Espíritos pouco adiantados, ao passo que o Sr. Demeure se reconheceu imediatamente e age voluntariamente como Espírito, com a consciência de, neste estado, ter maior força.
Tínhamos ocultado a morte do Sr. Demeure à Sra. G., médium vidente e sonâmbula muito lúcida, para poupar sua extrema sensibilidade. E o bom doutor, percebendo nosso ponto de vista, sem dúvida tinha evitado manifestar-se a ela. A 10 de fevereiro último, estávamos reunidos a convite de nossos guias que, diziam eles, queriam aliviar a Sra. G. de um entorse de que sofria cruelmente desde a véspera. Não sabíamos mais que isto, e estávamos longe de esperar a surpresa que nos preparavam. Apenas caída em sonambulismo, a dama soltou gritos lancinantes, mostrando o pé. Eis o que se passava:
A Sra. G. via um Espírito curvado sobre sua perna, mas as suas feições ficavam ocultas. Operava fricções e massagens, fazendo de vez em quando uma fração longitudinal sobre a parte doente, absolutamente corno teria feito um médico. A operação era tão dolorosa que a paciente por vezes vociferava e fazia movimentos desordenados. Mas a crise não teve longa duração. Ao cabo de dez minutos todo o traço de entorse havia desaparecido, não mais inflamação, o pé tinha tomado sua aparência normal. A Sra. G. estava curada.
Quando se pensa que para curar completamente uma afecção deste gênero, os mais dotados magnetizadores, os mais exercitados, sem falar da medicina oficial, que disto não cura, é necessário um tratamento cuja duração nunca é de menos de trinta e seis horas, consagrando três sessões espiritual, pode bem ser considerada como instantânea, como tanto mais razão, como diz o próprio Espírito numa comunicação que se encontra a seguir, que era de sua parte uma primeira experiência feita visando uma aplicação posterior, em caso de êxito.
Entretanto o Espírito continuava desconhecido do médium e persistia em não mostrar suas feições; dava mesmo a impressão de querer fugir, quando, de um pulo, nossa doente, que minutos antes não polia dar um passo, se lança no meio da sala para apertar a mão do seu médico espiritual. Neste momento a Sra. G. solta um grito e cai extenuada: acabava de reconhecer o Sr. Demeure no Espírito curador. Durante a síncope recebeu os cuidados dedicados de vários Espíritos simpáticos. Enfim, readquirida a lucidez sonambúlica, conversou com os Espíritos, trocando fortes apertos de mão, principalmente com o Espírito do doutor, que respondia a seus testemunhos de afeição, penetrando-a de um fluído reparador.
Não é uma cena empolgante e dramática, na qual parecia serem vistas todas as personagens representando seu papel na vida humana? Não é uma prova entre mil que os Espíritos são seres reais, tendo um corpo e agindo como faziam na terra? Estávamos felizes por encontrar o nosso amigo espiritualizado, com seu excelente coração e sua delicada solicitude. Em vida ele tinha sido médico do médium; conhecia sua extrema sensibilidade e a tinha conduzido como se sua filha. Esta prova de identidade dada aqueles a quem o Espírito amava não é tocante e apta para fazer encarar a vida futura sob seu aspecto mais consolador? Eis a comunicação recebida do Sr. Demeure, no dia seguinte a esta sessão:
“Meus bons amigos, estou ao vosso lado e vos amo sempre como no passado. Que felicidade poder comunicar-me com os que me são caros! Como fui feliz, ontem à noite, por me tornar útil e aliviar nosso caro médium vidente! É uma experiência que me servirá e que porei em prática no futuro, sempre que se apresentar uma ocasião favorável. Hoje seu filho está muito doente, mas espero que logo o curaremos. Tudo isto lhe dará coragem para perseverar no estudo do desenvolvimento de sua faculdade. (O filho da Sra. G. realmente foi curado de uma angina inflamatória, com medicação homeopática, ordenada pelo Espírito).
“Daqui a algum tempo poderemos fornecer-vos ocasião de testemunhar fenômenos que ainda não conheceis, e que serão de grande utilidade para a ciência espírita. Serei feliz em poder contribuir a essas manifestações, que teria tido tanto prazer de ver quando vivo. Mas, graças a Deus, hoje as assisto de maneira muito particular e que me prova evidentemente a verdade do que se passa entre vós. Crede, meus bons amigos, que sinto sempre um verdadeiro prazer em me tornar útil aos meus semelhantes, e os ajudar a propagar estas belas verdades, que devem mudar o mundo, trazendo-o a melhores sentimentos. Adeus, meus amigos; até a vista”.
Antoine Demeure
Não é curioso ver um Espírito, já sábio na terra, como Espírito fazer estudos e experiências para adquiri mais habilidade no alívio de seus semelhantes? Há nesta confissão uma louvável modéstia que confere o verdadeiro mérito, ao passo que os Espíritos pseudo-sábios geralmente são presunçosos.
O último número da Revista cita uma comunicação do Sr. Demeure, como dada em Montauban a lº de fevereiro. Foi a 26 de janeiro que ela foi ditada. Em minha opinião a data tem uma certa importância, porque foi ao dia seguinte à sua morte. No segundo parágrafo diz ele: … “Gozo de uma lucidez rara nos Espíritos há pouco desprendidos da matéria.” Com efeito, essa lucidez prova um rápido desprendimento, só peculiar a Espíritos moralmente muito adiantados.
A cura referida acima é um exemplo da ação do magnetismo espiritual puro, sem qualquer mistura do magnetismo humano. Por vezes os Espíritos se servem de médiuns especiais, como condutores de seu fluído. Aí estão os médiuns curadores propriamente ditos, cuja faculdade apresenta graus muito diversos de energia, conforme sua aptidão pessoal, e a natureza dos Espíritos, pelos quais são assistidos. Conhecemos em Paris uma pessoa há oito meses atingida de exostoses na nuca e no joelho, que lhe causam grandes sofrimentos e a prendem ao leito. Um de seus jovens amigos, dotado desta preciosa faculdade, lhe deu cuidados pela simples imposição das mãos, durante alguns minutos, sobre a cabeça e pela prece, que o doente acompanhava com fervor edificante. Este experimentava, no momento, uma crise muito dolorosa, análoga à sentida pela Sra. G., logo seguida de uma calma perfeita. Então sentia a impressão enérgica de várias mãos, que massageavam e estiravam a perna, que se via alongar-se de 10 a 12 centímetros. Nele já há uma melhora muito sensível, porque começa a andar; mas a antigüidade e a gravidade do mal necessariamente tornam a cura mais difícil e demorada que um simples entorse.
Fazemos observar que a mediunidade curadora ainda não é apresentada, ao que saibamos, com caracteres de generalidade e de universidade, mas, ao contrário, restrita como aplicação, isto é, que o médium tem uma ação mais poderosa sobre certos indivíduos do que sobre outros, e não cura todas as doenças. Compreende-se que assim deva ser, quando se conhece o papel capita1 que representam as afinidades fluídicas em todos os fenômenos de mediunidade. Algumas pessoas mesmo só o gozam acidentalmente e para um determinado caso.
Seria pois, um erro crer que, por isso que se obteve uma cura, mesmo difícil, podem ser obtidas todas, pela razão que o fluído próprio de certas doenças é refratário ao fluído do médium; a cura é tanto mais difícil quanto a assimilação dos fluidos se opera naturalmente. Assim, é surpreendente que algumas pessoas frágeis e delicadas exerçam uma ação poderosa sobre indivíduos fortes e robustos. Então é que essas pessoas são bons condutores do fluido espiritual, ao passo que homens vigorosos podem ser maus condutores. Tem seu fluido pessoal, fluido humano, que jamais tem a pureza e o poder reparador do fluido depurado dos bons Espíritos.
De acordo com isto, compreendem-se as causas maiores que se opõem a que a mediunidade curadora se torne uma profissão. Para dela fazer ocupação, seria preciso ser dotado de uma faculdade universal. Ora, só Espíritos encarnados da mais elevada ordem poderiam possuí-la nesse grau. Ter essa presunção, mesmo exercendo-a com desinteresse e por pura filantropia, seria uma prova de orgulho que, por si só, seria um sinal de inferioridade moral. A verdadeira superioridade é modesta: faz o bem sem ostentação e apaga-se em vez de procurar o brilho; o renome vai buscá-la e a descobre, ao passo que o presunçoso corre à busca do renome que muitas vezes lhe escapa. Jesus dizia aos que havia curado: “Ide, daí graças à Deus e não o digais a ninguém.” É uma grande lição para os médiuns curadores.
Lembraremos aqui que a mediunidade curadora está exclusivamente na ação fluídica mais ou menos instantânea; que não deve ser confundida com o magnetismo humano, nem com a faculdade que tem certos médiuns de receber dos Espíritos a indicação de remédios. Estes últimos são apenas médiuns medicais, como outros são médiuns poetas ou desenhistas.    
 

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