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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > Palestras > Sexo e Destino – 25.05.21 palestra

Sexo e Destino – 25.05.21 palestra

EmersonPalestras28 de maio de 20212

Sexo e Destino

 

CELC 25.5.21 – Flavio

O Céu e o Inferno – Cap. 07 A carne é fraca

Há tendências viciosas que são evidentemente próprias do Espírito, porque se apegam mais ao moral do que ao físico.

A carne só é fraca porque o Espírito é fraco, o que inverte a questão deixando àquele a responsabilidade de todos os seus atos. A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o Espírito, que é o ser pensante e de vontade própria.

A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta; mas a razão nos diz que as consequências dessa responsabilidade devem ser proporcionais ao desenvolvimento intelectual do Espírito. Assim, quanto mais esclarecido for este, menos desculpável se torna, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto.

 

No mundo maior – Cap. 11 Sexo

O portador da sabedoria, cercado de viva lumi­nosidade, prelecionava sem afetação. Palavra bem timbrada, penetrando-nos o íntimo pela inflexão da sinceridade, falava, simples:

— No exame das causas da loucura, entre in­dividualidades, sejam encarnadas, sejam ausentes da carne, a ignorância quanto à conduta sexual é dos fatores mais decisivos.

A incompreensão humana dessa matéria equi­vale a silenciosa guerra de extermínio e de pertur­bação, que ultrapassa, de muito, as devastações da peste referidas na história da Humanidade. Vocês sabem que só a epidemia de bubões, no século 6º de nossa era, chamada “peste de Justiniano”, eli­minou quase cinquenta milhões de pessoas na Eu­ropa e na Asia… Pois esse número expressivo constitui bagatela, comparado com os milhões de almas que as angústias do sexo dilaceram todos os dias. Problema premente este, que já ensande­ceu muitos cérebros de escol, não podemos atacá-lo a tiros de verbalismo, de fora para dentro, à moda dos médicos superficiais, que prescrevem longos conselhos aos pacientes, tendo, na maioria das vezes, absoluto desconhecimento da enfermidade.

Agora, que nos distanciamos das imposições mais rijas da forma, sem nos libertarmos, contudo, dos ascendentes fundamentais de suas leis, que ainda nos subordinam as manifestações, compreen­demos que os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores fisiológicos. Não resultam de auto­matismos nos campos de estrutura celular, quais aqueles que caracterizam os órgãos genitais mas­culinos e femininos, em verdade substancialmente idênticos, diferençando-se unicamente na expressão de sinalética…

Mais adiante, neste mesmo capítulo do livro, André Luiz continua:

Devidos à incompreensão sexual, incontáveis crimes campeiam na Terra, determinando estranhos e perigosos processos de loucura, em toda parte.

De quando em quando, uma que outra vítima procura os hospitais de alienados, submete-se ao tratamento médico, como o operário que traz àoficina de consertos seu instrumento danificado; nos hospícios encontramos, porém, tão somente aqueles que desgalgaram até ao fundo do abismo, amargurados e vencidos. Milhões de irmãos nos­sos se conservam semiloucos nos lares ou nas ins­tituições; são os companheiros incapazes do devo­tamento e da renúncia, a submergirem, pouco a pouco, no caliginoso tijuco das alucinações… De mente desvairada, fixa no socavão da subconsciên­cia, perdem-se no campo dos automatismos infe­riores, obstinando-se no conservarem deprimentes estados psíquicos. O ciúme, a insatisfação, o de­sentendimento, a incontinência e a leviandade alas­tram terríveis fenômenos de desequilíbrio.

 

Nosso Lar – Cap. 30 Herança e Eutanásia

Eram vinte e uma horas. Ainda não havíamos descansado, senão em momentos de palestra rápida, necessária à solução de problemas espirituais.

Aqui, um doente pedia alívio; ali, outro necessitava passes de reconforto.

Quando fomos atender a dois enfermos, no Pavilhão 11, escutei gritaria próxima. Fiz instintivo movimento de aproximação, mas Narcisa deteve-me, atenciosa:

– Não prossiga – disse -; localizam-se ali os desequilibrados do sexo. O quadro seria extremamente doloroso para seus olhos. Guarde essa emoção para mais tarde.

Não insisti. Entretanto, fervilhavam-me no cérebro mil interrogações.

Abrira-se um mundo novo à minha pesquisa intelectual. Era indispensável recordar o conselho da genitora de Lísias, a cada momento, para não me desviar da obrigação justa.

 

Os mensageiros – Cap.05 – Ouvindo Instruções.

“As transições essenciais da existência na Terra encontram a maioria dos homens absolutamente distraídos das realidades eternas. A mente huma­na abre-se, cada vez mais, para o contato com as expressões invisíveis, dentro das quais funciona e se movimenta. Isto é uma fatalidade evolutiva. Desejamos e necessitamos auxiliar as criaturas ter­restres; todavia, contra a extensão de nosso con­curso fraterno, operam dilatadas correntes de in­compreensão”

“E, como dizíamos, a Humanidade terre­na aproxima-se, dia a dia, da esfera de vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos os sentidos. Mas, segundo reconhecemos, esmagadora percentagem de habitantes da Terra não se preparou para os atuais acontecimentos evo­lutivos. E os mais angustiosos conflitos se veri­ficam no sendal humano. A Ciência progride ver­tiginosamente no planeta, e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos do corpo, multipli­cam-se aflições da alma. Os jornais do mundo estão cheios de notícias maravilhosas, quanto ao progresso material. Segredos sublimes da Natureza são surpreendidos nos domínios do mar, da terra e do ar; mas a estatística dos crimes huma­nos é espantosa. Os assassínios da guerra, apre­sentam requintes de perversidade muito além dos que foram conhecidos em épocas anteriores. Os homicídios, os suicídios, as tragédias conjugais, os desastres do sentimento, as greves, os impulsos re­volucionários da indisciplina, a sêde de experimen­tação inferior, a inquietação sexual, as moléstias desconhecidas, a loucura, invadem os lares huma­nos. Não existe em país algum preparação espiri­tual bastante para o conforto físico. Entretanto, esse conforto tende a aumentar naturalmente. O homem dominará, cada vez mais, a paisagem ex­terior que lhe constitui moradia, embora não se conheça a si mesmo. Atendido, porém, o corpo re­velará as necessidades da alma e vemos agora a criatura terrestre assoberbada de problemas gra­ves, não só pelas deficiências de si própria, senão também pela espontânea aproximação psíquica com a esfera vibratória de milhões de desencarnados, que se agarram à Crosta planetária, sequiosos de renovar a existência que menosprezaram, sem maior consideração aos desígnios do Eterno.”

 

Libertação – Cap.02 – A palestra do instrutor

Prestimoso e digno, Gúbio continuou:

—    Nossa mente é uma entidade colocada en­tre forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser comparado aos pólos de um aparelho magneto-elétrico.

O espírito encarnado sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo pro­cedentes de almas não sublimadas, através do cora­ção e do cérebro. Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja.

 

Missionários da luz – Cap. 02  – A epífise

É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O neurologista comum não a conhece bem. O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos. Os psicólogos vulgares ignoram-na. Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da libido, no estudo da indisciplina congênita da Humanidade. Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.

Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.

Achava-me profundamente surpreendido.

Findo o intervalo que impusera à exposição do ensinamento, Alexandre continuou:

– Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida.

– Deus meu! – exclamei – e as glândulas genitais, onde ficam?

O instrutor sorriu e esclareceu:

– São demasiadamente mecânicas, para guardarem os princípios sutis e quase imponderáveis da geração. Acham-se absolutamente controladas pelo potencial magnético de que a epífise é a fonte fundamental. As glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, mas a glândula pineal, se me posso exprimir assim, segrega «hormônios psíquicos» ou «unidades-força» que vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras. Os cromossomos da bolsa seminal não lhe escapam a influenciação absoluta e determinada.

Alexandre fez um gesto significativo e considerou:

– No entanto, não estamos examinando problemas de embriologia. Limitemo-nos ao assunto inicial e analisemos a epífise, como glândula da vida espiritual do homem.

Dentro de meu espanto, guardei rigoroso silêncio, faminto de instruções novas.

– Segregando delicadas energias psíquicas -prosseguiu ele -, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos. Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são extensas e fundamentais. Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta. De modo geral, todos nós, agora ou no pretérito, viciamos esse foco sagrado de forças criadoras, transformando-o num imã relaxado, entre as sensações inferiores de natureza animal. Quantas existências temos despendido na canalização de nossas possibilidades espirituais para os campos mais baixos do prazer materialista? Lamentavelmente divorciados da lei do uso, abraçamos os desregramentos emocionais, e daí, meu caro amigo, a nossa multimilenária viciação das energias geradoras, carregados de compromissos morais, com todos aqueles a quem ferimos com os nossos desvarios e irreflexões. Do lastimável menosprezo a esse potencial sagrado, decorrem os dolorosos fenômenos da hereditariedade fisiológica, que deveria constituir, invariavelmente, um quadro de aquisições abençoadas e puras. A perversão do nosso plano mental consciente, em qualquer sentido da evolução, determina a perversão de nosso psiquismo inconsciente, encarregado da execução dos desejos e ordenações mais íntimas, na esfera das operações automáticas. À vontade desequilibrada desregula o foco de nossas possibilidades criadoras. Daí pro­cede a necessidade de regras morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas nos domínios do Espírito. Renúncia, abnegação, continência sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de feição religiosa. São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade.

Neste mesmo capítulo, André Luiz, prossegue:

– Compreende, agora, as funções da epífise no crescimento mental do homem e no enriqueci­mento dos valores da alma? – indagou-me o orientador.

– Sim… – respondi sob impressão forte. – Segregando «unidades-força» – continuou -, pode ser comparada a poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada, no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade e não relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe. Refocilar-se no charco das sensações inferiores, à maneira dos suínos, é retê-la nas correntes tóxicas dos desvarios de natureza animal, e, na despesa excessiva de energias sutis, muito dificilmente consegue o homem levantar-se do mergulho terrível nas sombras, mergulho que se prolonga, além da morte corporal. Em vista disso, é indispensável cuidar atentamente da economia de forças, em todo serviço honesto de desenvolvimento das faculdades superiores. Os materialistas da razão pura, senhores de vastos patrimônios intelectuais, perceberam de longe semelhantes realidades e, no sentido de preservar a juventude, a plástica e a eugenia, fomentaram a prática do esporte, em todas as suas modalidades. Contra os perigos possíveis, na excessiva acumulação de forças nervosas, como são chamadas às secreções elétricas da epífise, aconselharam aos moços de todos os países o uso do remo, da bola, do salto, da barra, das corridas a pé. Desse modo, preservavam-se os valores orgânicos, legítimos e normais, para as funções da hereditariedade. A medida, embora satisfaça em parte, é, contudo, incompleta e defeituosa. Incontestavelmente, a ginástica e o exercício controlados são fatores valiosos de saúde; a competição esportiva honesta é fundamento precioso de socialização; no entanto, podem circunscrever-se a meras providências, em benefício dos ossos, e, por vezes, degenera-se em elástico das paixões menos dignas. São muito raros ainda, na Terra, os que reconhecem a necessidade de preservação das energias psíquicas para engrandecimento do Espírito eterno. O homem vive esquecido de que Jesus ensinou a virtude como es­porte da alma, e nem sempre se recorda de que, no problema do aprimoramento interior, não se trata de retificar a sombra da substância e sim a substância em si mesma.

Ouvia-lhe as instruções, entre a emotividade e o assombro.

– Entende, agora, como é importante renunciar? Percebe a grandeza da lei de elevação pelo sacrifício? A sangria estimula a produção de células vitais, na medula óssea; a poda oferece beleza, novidade e abundância nas árvores. O homem que pratica verdadeiramente o bem vive no seio de vibrações construtivas e santificantes da gratidão, da felicidade, da alegria. Não é fazer teoria de esperança. É princípio científico, sem cuja aplicação, na esfera comum, não se liberta a alma, descentralizada pela viciação nas zonas mais baixas da Natureza, porque observasse que as instruções lhe tomavam demasiado tempo, Alexandre concluiu:

– De acordo com as nossas observações, a função da epífise na vida mental é muito importante.

– Sim – considerei -, compreendo agora a substancialidade de sua influenciação no sexo e entendo igualmente a dolorosa e longa tragédia sexual da Humanidade. Percebo, nitidamente, o por­quê dos dramas que se sucedem, ininterruptos, as aflições que parecem nunca chegar ao fim, as ansiedades que esbarram no crime, o cipoal do sofri­mento, envolvendo lares e corações.

 

Missionários da luz – Cap. 03  – Desenvolvimento Mediúnico

Dirigindo-se, de maneira especial, para os circunstantes, o instrutor recomendou:

– Observemos.

Postara-se ao lado de um rapaz que esperava, de lápis em punho, mergulhado em fundo silêncio. Ofereceu-me Alexandre o seu vigoroso auxílio magnético e contemplei-o, com atenção. Os núcleos glandulares emitiam pálidas irradiações. A epífise principalmente semelhava-se à reduzida semente algo luminosa.

– Repare no aparelho genital – aconselhou-me o instrutor, gravemente.

Fiquei estupefato. As glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam as movimentações sob a bexiga urinária e vibravam ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas, nas vesículas seminais, na próstata, nas massas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estava assombrado. Que significava aquele acervo de pequeninos seres escuros? Pareciam imantados uns aos outros, na mesma faina de destruição. Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?

Enunciando semelhante indagação íntima, explicou-me Alexandre, sem que eu lhe dirigisse a palavra falada:

– Não, André. Não temos sob os olhos a espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos das torturas sexuais, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras, que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com frequência, à maneira de imperceptíveis vampiros. O pobrezinho ainda não pôde compreender que o corpo físico é apenas leve sombra do corpo perispiritual, não se capacitou de que a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida e, recebendo as nossas advertências sobre a temperança, acredita ouvir remotas lições de aspecto dogmático, exclusivo, no exame da fé religiosa. A pretexto de aceitar o império da razão pura, na esfera da lógica, admite que o sexo nada tem que ver com a espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si. Esquece-se de que tudo é espírito, manifestação divina e energia eterna. O erro de nosso amigo é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo físico, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual.

 

Sexo e Destino – 2º Parte – Cap. 09

…Fomos defrontados pelo instituto que deman­dávamos, O “Almas Irmãs”, assim chamado pelos fundadores que o levantaram em socorro dos ir­mãos necessitados de reeducação sexual, ocupan­do 4 km quadrados de edifícios e arruamentos, parques e jardins.

…Indaguei de Belino se conhecia a média geral de aproveitamento na comunidade e ele informou que sim, acentuando que, em oitenta e dois anos de existência, o “Almas Irmãs”, que detinha habitualmente uma população oscilante de cinco a seis mil pessoas, apontava, no coeficiente de cada cem estudantes, dezoito vitoriosos nos compromissos da reencarnação, vinte e dois melhorados, vinte e seis muito imperfeitamente melhorados e trinta e qua­tro onerados por dívidas lamentáveis e dolorosas…

…Os salões de aula comoviam pelas revelações, e os professores pela simpatia. O sexo, por tema central, merecendo o maior apreço.

Os alunos contemplavam gravuras e croquis que configuravam implementos do sexo, com o interesse carinhoso de quem se enternece ante o colo maternal e com a atenção de quem agradece con­cessões divinas.

Todos nos acolhiam denotando cordialidade, sem que a nossa passagem lhes alterasse a aplicação; contudo, é de salientar a emoção que me empolgava ao observar o crescendo de veneração com que o sexo era homenageado nas diversas fa­culdades de ensino, pesquisado e enobrecido em ca­deiras diferentes. Matérias professadas em regime de especialização. Cada qual atendida em constru­ção apropositada. Sexo e amor. Sexo e matrimô­nio. Sexo e maternidade. Sexo e estímulo. Sexo e equilíbrio. Sexo e medicina. Sexo e evolução. Sexo e penalogia. E outras discriminações.

Disse Andrade que todas as disciplinas são freqüentadas por grande cópia de alunos, e, ten­tando saber em quais delas se inscrevia o número mais extenso, viera a saber que os assuntos de «sexo e maternidade, e «sexo e penalogia» reti­nham proeminência franca. O primeiro reúne centenas de criaturas que se endereçam aos ajustes de lar, na Terra, e o segundo enfeixa enorme quan­tidade de Espíritos conscientes que examinam a melhor maneira de infligirem a si próprios deter­minadas inibições, para se corrigirem de hábitos deprimentes no curso da reencarnação a que se dirigem. Muitos chegam a deixar escritas nos ar­quivos da casa as sentenças que lavram contra si mesmos, antes de se envolverem nas provações que consideram necessárias ao aperfeiçoamento e feli­cidade que demandam.

 

Sexo e Vida – Cap. 06 –  Compromisso Afetivo

A guerra efetivamente flagela a Humanidade, semeando terror e morticínio, entre as nações; entretanto, a afeição erradamente orientada, através do compromisso escarnecido, cobre o mundo de vítimas. Quem estude os conflitos do sexo, na atualidade da Terra, admitindo a civilização em decadência, tão-só examinando as absurdidades que se praticam em nome do amor, ainda não entendeu que os problemas do equilíbrio emotivo são, até agora, de todos os tempos, na vida planetária.

As Leis do Universo esperar-nos-ão pelos milênios afora, mas terminarão por se inscreverem, a caracteres de luz, em nossas próprias consciências. E essas Leis determinam amemos os outros qual nos amamos.

Para que não sejamos mutilados psíquicos, urge não mutilar o próximo. Em matéria de afetividade, no curso dos séculos, vezes inúmeras disparamos na direção do narcisismo e, estirados na volúpia do prazer estéril, espezinhamos sentimentos alheios, impelindo criaturas estimáveis e nobres a processos de angústia e criminalidade, depois de prendê-las a nós mesmos com o vínculo de promessas brilhantes, das quais nos descartamos em movimentação imponderada. Toda vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo neste sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em regime de reciprocidade.

Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razão justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso venha a ser efetuado. É dada a ruptura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em pânico, sem que se lhe possa prever o descontrole que, muitas vezes, raia na delinquência. Tais resultados da imprudência e da invigilância repercutem no agressor, que partilhará das consequências desencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao caminho a sementeira partilhada de conflitos e frustrações que carreará para o futuro. Sabemos que a Justiça Humana comina punições para os atos de pilhagem na esfera das realidades objetivas, considerando a respeitabilidade dos interesses alheios; no entanto, os legisladores terrestres perceberão igualmente, um dia, que a Justiça Divina alcança também os contraventores da Lei do Amor e determina se lhes instale nas consciências os reflexos do saque afetivo que perpetram contra os outros. Daí procede a clara certeza de que não escaparemos das equações infelizes dos compromissos de ordem sentimental, injustamente menosprezados, que resgataremos em tempo hábil, parcela a parcela, pela contabilidade dos princípios de causa e efeito. Reencarnados que estaremos sempre, nesse sentido, até exonerar o próprio espírito das mutilações e conflitos hauridos no

clima da irreflexão, aprenderemos no corpo de nossas próprias manifestações ou no ambiente da vivência pessoal, através da penalogia sem cárcere aparente, que nunca lesaremos a outrem sem lesar a nós.

 

O Livro dos Espíritos – Questões 200 a 202

200 – Os Espíritos têm sexos?

– Não como o entendeis, pois, os sexos dependem do organismo. Entre eles há amor e simpatia baseados na identidade de sentimentos.

201 – O Espírito que animou o corpo de um homem, em nova existência, pode animar o de uma mulher, e vice-versa?

– Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.

202 – Quando se é Espírito, prefere-se encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?

– Isso pouco importa ao Espírito; ele escolhe segundo as provas que deve suportar.

Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres porque eles não têm sexos. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes oferece provas e deveres especiais, além da oportunidade de adquirir experiência. Aquele que fosse sempre homem não saberia senão o que sabem os homens.

 

O Livro dos Espíritos – Questões 698 e 699

698 – O celibato voluntário é um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus?

– Não, e os que vivem assim por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todo mundo.

699 – O celibato não é, da parte de certas pessoas, um sacrifício com o objetivo de se devotar mais inteiramente ao serviço da Humanidade?

– Isso é bem diferente. Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório, quando é para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.

Deus não pode se  contradizer,  nem achar mau o que fez; não pode ver mérito na violação de sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, o mesmo não ocorre quando constitui, pela renúncia às  alegrias  da  família, um sacrifício feito em proveito da Humanidade. Todo sacrifício pessoal com objetivo do bem, e sem dissimulação do egoísmo, eleva o homem acima de sua condição material.

 

O consolador – Questão 184

184 –Como devemos efetuar nossa autoeducação, esclarecida pela luz do Evangelho, nos problemas das atrações sexuais, cujas tendências egoístas tantas vezes nos levam a atitudes antifraternais?

-Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e no sacrifício.

Toda vez que experimentardes disposições antifraternais em seu círculo, isso significa que preponderam em vossa organização psíquica as recordações prejudiciais, tendentes ao estacionamento na marcha evolutiva.

É aí que urge o esforço da auto-educação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios valores.

Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guias os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.

Examinando-se, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obrigados a ponderar que, se muitos contraem débitos penosos, entre os excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o fazem pelo sexo, abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de sua vida.

É por esse motivo que observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor divino.

Depreende-se, pois, que ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.

 

Evolução em Dois Mundos – André Luiz / Chico Xavier – Cap. 12 (2 Parte) Diferenciação dos Sexos:

Não podemos esquecer, porém, que o trabalho evolutivo no aperfeiçoamento fisiológico das criaturas terrestres ainda não foi terminado, prosseguindo, como é natural, no espaço e no tempo.

Quanto à perda dos característicos sexuais, estamos infor­mados de que ocorrerá, espontaneamente, quando as almas hu­manas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador.

É imperioso reconhecer, contudo, que não podemos, ainda, em nossa posição evolutiva, formular qualquer pensamento concreto acerca da natureza e dos atributos dos Anjos, nem ajui­zar quanto ao sistema de relações que cultivam entre si.

 

Caminho, Verdade e Vida – Cap. 92 – Madalena

 “Disse-lhe Jesus: Maria! — Ela, voltando-se, disse-lhe: Mestre!” – (JOÃO, capítulo 20, versículo 16.)

Dos fatos mais significativos do Evangelho, a primeira visita de Jesus, na ressurreição, é daqueles que convidam à meditação substanciosa e acurada.

Por que razões profundas deixaria o Divino Mestre tantas figuras mais próximas de sua vida para surgir aos olhos de Madalena, em primeiro lugar?

Somos naturalmente compelidos a indagar por que não teria aparecido, antes, ao coração abnegado e amoroso que lhe servira de Mãe ou aos discípulos amados…

Entretanto, o gesto de Jesus é profundamente simbólico em sua essência divina.

Dentre os vultos da Boa Nova, ninguém fez tanta violência a si mesmo, para seguir o Salvador, como a inesquecível obsidiada de Magdala. Nem mesmo Paulo de Tarso faria tanto, mais tarde, porque a consciência do apóstolo dos gentios era apaixonada pela Lei, mas não pelos vícios. Madalena, porém, conhecera o fundo amargo dos hábitos difíceis de serem extirpados, amolecera-se ao contato de entidades perversas, permanecia “morta” nas sensações que operam a paralisia da alma; entretanto, bastou o encontro com o Cristo para abandonar tudo e seguir-lhe os passos, fiel até ao fim, nos atos de negação de si própria e na firme resolução de tomar a cruz que lhe competia no calvário redentor de sua existência angustiosa.

É compreensível que muitos estudantes investiguem a razão pela qual não apareceu o Mestre, primeiramente, a Pedro ou a João, à sua Mãe ou aos amigos. Todavia, é igualmente razoável reconhecermos que, com o seu gesto inesquecível, Jesus ratificou a lição de que a sua doutrina será, para todos os aprendizes e seguidores, o código de ouro das vidas transformadas para a glória do bem. E ninguém, como Maria de Magdala, houvera transformado a sua, à luz do Evangelho redentor.

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. Itens 3 e 5 – A porta estreita

3. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. – Quão pequena é a porta da vida! Quão apertado o caminho que a ela conduz! E quão poucos a encontram! (S. MATEUS, cap. VII, vv. 13 e 14.)

5. Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as más paixões e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. E estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. E o complemento da máxima: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.”

 

Referências:

  • O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
  • O Céu e o Inferno – Allan Kardec
  • Missionários da Luz – André Luiz / Francisco Cândido Xavier
  • Nosso Lar – André Luiz / Francisco Cândido Xavier
  • Sexo e Destino – André Luiz / Francisco Cândido Xavier
  • O Consolador – Emmanuel / Francisco Cândido Xavier
  • Caminho, Verdade e Vida – Emmanuel / Chico Xavier
  • Sexo e Vida – Emmanuel / Chico Xavier
  • Libertação – André Luiz / Francisco Cândido Xavier

 

 

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