Centro Espírita Leocádio Corrêia

Evangelização, Cura e Desobsessão

  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato
  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato

Artigo

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Homeopatia > A Carta de Dr. S. Hahnemann

A Carta de Dr. S. Hahnemann

celcHomeopatia9 de julho de 2014 Leave a comment0

“O delicado engenho humano não foi projetado para o excesso de trabalho. Se algum ser humano assim proceder por ambição, amor ao lucro, ou por qualquer outro motivo pleno de louvor ou de censura, coloca-se em oposição à ordem da Natureza, e sujeita o seu corpo a sofrer dano ou destruição. Tanto mais se o organismo já estiver, por algum motivo, enfraquecido.
Então, meu caro amigo: o que não puderes fazer em uma semana, faze em duas. Teus fregueses podem não estar com paciência para aguardar, mas eles também não podem racionalmente querer que adoeças, ou que morras de tanto trabalhar a fim de satisfazer as vontades deles, transformando tua esposa numa viúva e teus filhos em órfãos. Não é só o aumento do trabalho físico o que está a te prejudicar, mas bem mais a tensão mental concomitante que, por sua vez, novamente afeta o corpo de maneira prejudicial. Se não assumires uma atitude de calma, indiferença, adotando o princípio de viver primeiro para ti mesmo, e só após para os outros, há pouca chance de que te recuperes. Quando estiveres na tua sepultura os homens ainda estarão vestidos, talvez não com tanta elegância, mais ainda toleravelmente bem. Se fores sábio, podes tornar-se saudável e até mesmo atingir uma idade avançada.

Se algo te importuna, ignora-o; se algo te é demais, não te ocupes com isso; se outros tentam manipular o teu tempo, vai devagar e ri dos tolos que queiram te aborrecer. Aquilo que puderes confortavelmente realizar, realiza; não te molestes com o que não puderes fazer, pois as nossas condições materiais não melhoram através da pressão exercida por sobrecarga de trabalho. Tu apenas te desgastarás proporcionalmente mais com teus afazeres domésticos sem aferir qualquer lucro no final.

Economia e limitação de supérfluos (aqueles bens que quem trabalha duro quase sempre não possui) nos coloca em posição de viver com maior conforto – ou seja, de maneira mais racional, mais inteligente, mais de acordo com a Natureza, com mais alegria, maior tranquilidade e melhor saúde. Por conseguinte devemos agir com mais comedimento, sabedoria e prudência, ao invés de trabalharmos em esbaforida correria, submetendo nossos nervos à constante tensão, que destrói os mais preciosos tesouros da vida: paz no pensamento e boa saúde.

Sê mais prudente, considera a ti mesmo em primeiro lugar e deixa que tudo o mais te seja secundário em importância; e, se porventura afirmarem, em nome da honra, que faz parte de teus compromissos produzires mais do que for bom para o teu potencial físico e mental, mesmo assim, por amor a Deus, não te permitas ser conduzido a fazer o que é contrário ao teu próprio bem-estar.

Permanece surdo à corrupção do elogio, acalma-te e segue teu próprio curso lenta e suavemente, como um homem sadio e sensato. Desfrutar com a mente e corpo tranquilos, esta é a razão para a qual o homem está no mundo, e para trabalhar somente o tanto necessário para conquistar os meios desse desfrute – e não, com certeza, para se deixar consumir e fatigar pelo trabalho.
O eterno esforço e empenho dos mortais de curta visão a fim de lucrar mais e mais, de assegurar uma honra ou outra, de prestar um serviço a esta ou àquela personalidade — tudo isso geralmente é fatal ao bem-estar e constitui causa comum de envelhecimento e de morte precoces.
O homem calmo e moderado, que deixa as coisas fluírem suavemente, atinge o mesmo objetivo, vive mais tranquilo e saudavelmente, e conquista uma boa velhice. Em seus momentos de paz pode haver espaço para acolher uma ideia feliz, fruto de um pensamento sábio e original, que dê um ímpeto lucrativo aos seus afazeres temporais. Lucro bem maior do que pode ser obtido pelo homem sobrecarregado que nunca encontra tempo para concentrar seus pensamentos.

Para vencer a corrida, só velocidade não é suficiente. Empenha-te em permanecer um pouco indiferente, em ser calmo e tranquilo e então chegarás a ser aquilo que eu desejo que tu sejas. Experimentará coisas maravilhosas; verás quão saudável te tornarás se seguires o meu conselho.

E teu sangue correrá calmo e serenamente em tuas veias, sem esforço ou agitação. Nenhum sonho terrível perturba o sono daquele que se deita para repousar com nervos calmos, e o homem que está livre de preocupações acorda pela manhã sem ansiedade a respeito dos múltiplos afazeres que o aguardam durante o dia.

Para que se preocupar? A alegria da vida lhe é mais importante do que qualquer outra coisa. Com fresco vigor inicia moderadamente teu trabalho e durante tuas refeições nada, nem ebulições de sangue, nem preocupações, nem ansiedade te impeçam de saborear o que o Beneficente Provedor da Vida coloca diante de ti; e assim, um dia se segue a outro em tranqüila sucessão, até que, finalmente, com uma idade avançada, chegues ao término de uma vida bem vivida, e repouses serenamente noutro mundo, como neste calmamente viveste.

Isto não é mais racional, mais sensato?

Deixa que os homens insaciáveis e autodestrutivos hajam tão irracional e danosamente contra si mesmos quanto o quiserem; deixa que sejam tolos, mas tu deves ser mais sábio.

Não me deixes revelar esta sabedoria a respeito da vida em vão. Quero-te bem.
Adeus. Segue meu conselho e quando tudo estiver bem contigo, lembre-se do Dr. S. Hahnemann.

PS: Ainda que te vejas reduzido ao teu último centavo, permaneça alegre e de bom ânimo. A Providência olha por nós e uma boa oportunidade deixa tudo certo de novo. Quanto necessitamos para viver, para restaurar nossas forças com alimentos e líquidos sadios, ou para nos defendermos do frio e do calor? Pouco mais do que coragem. Quando nós a possuímos, podemos obter o essencial sem muito problema. O sábio não necessita senão de pouco. A energia conservada não precisa ser renovada por remédios”.

Essa carta foi escrita por volta do ano de 1800, Hahnemann (na época, com 45 anos) recebeu uma carta escrita por um alfaite de 42 anos, que era portador de estrutura orgânica delicada e lhe pedia orientação medicamentosa para se tratar de estafa. Naquela época um profissional daquele ofício geralmente era homem culto e ele recorreu ao auxílio de Hahnemann após ter sido desenganado pelos médicos de sua região. Aparentemente sua consulta não foi em vão: consta que viveu ainda por mais de 50 anos após ter recebido a resposta de Hahnemann.

“Hahnemann viveu 88 anos (1755-1843) numa época onde a esperança de vida era bem mais baixa que os tempos atuais.”

 

Share This Post!

Leave a Reply

Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

AS LÁGRIMAS DE CHICO

Curiosidades sobre o Dr. Zerbini

Pesquisar Assunto

Categorias

Tópicos recentes

  • Glândula Pineal – Epífise – palestra 27.08.25
  • Estudo Sobre A Revista Espírita 1861, palestra 25.06.25
  • Fé Raciocinada, palestra 29.01.25
  • Livre arbítrio e responsabilidade, palestra 26.02.25
  • Bem-aventurados os que tem os Olhos Fechados, palestra 30.04.25

Arquivos

  • agosto 2025
  • julho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • setembro 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • outubro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • janeiro 2022
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • janeiro 2021
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • agosto 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • fevereiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • maio 2019
  • março 2019
  • janeiro 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • março 2017
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • setembro 2013
  • junho 2013
  • maio 2013
  • março 2013
  • fevereiro 2013
  • janeiro 2013
  • dezembro 2012
  • outubro 2012
  • junho 2012
  • abril 2012
  • março 2012
  • fevereiro 2012
  • janeiro 2012
  • dezembro 2011
  • novembro 2011
  • outubro 2011
  • setembro 2011
  • junho 2011
  • maio 2011
  • abril 2011
  • fevereiro 2011
  • janeiro 2011
  • dezembro 2010
  • setembro 2009
  • março 2009
  • fevereiro 2009
  • agosto 2008
  • março 2008
Conhecer o Passado, Trabalhar no Presente e Construir o Futuro
O espiritismo não será a religião do futuro, e sim o futuro das religiões.
Copyright CELC