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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Filósofos/Ciêntistas/Precursores do Evangelho > Platão – 428/27 a.C. – 347 a.C.

Platão – 428/27 a.C. – 347 a.C.

celcFilósofos/Ciêntistas/Precursores do Evangelho2 de agosto de 2014 Leave a comment0

Detalhe de Platão, n’A escola de Atenas, obra do renascentista Rafael.

Platão de Atenas, 428/27 a.C. – 347 a.C., filósofo grego. Discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. Seu nome verdadeiro era Aristócles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua caracteristica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. ?????? (plátos), em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. Platão ocupou-se com vários temas, entre eles: ética, política, metafísica e teoria do conhecimento

Vida

Platão (em grego ??????) nasceu um ano após a morte do estadista ateniense Péricles. Seu pai tinha como ancestral o rei Codros e sua mãe tinha Sólon entre seus antepassados. Inicialmente, Platão entusiasmou-se com a filosofia de Crátilo, um seguidor de Heráclito. No entanto, por volta dos vinte anos, encontrou o filósofo Sócrates e tornou-se seu discípulo até a morte deste. Pouco depois de 399 a.C., Platão esteve em Mégara com alguns outros discípulos de Sócrates, hospedando-se na casa de Euclides. Em 388 a.C., quando já contava com quarenta anos, Platão viajou para a Magna Grécia com o intuito de conhecer mais de perto comunidades pitagóricas. Nesta ocasião, veio a conhecer Arquitas de Tarento. Ainda durante essa viagem, Dionísio I convidou Platão para ir a Siracusa, na Sicília. Platão parte para Siracusa com a esperança de lá implantar seus ideais políticos. No entanto, acabou por se desentender com o tirano local e retorna para Atenas.

Em seu retorno, funda a Academia. A instituição logo adquire prestígio e a ela acorriam inúmeros jovens em busca de instrução e até mesmo homens ilustres a fim de debater idéias. Em 367 a.C., Dionísio I morre e Platão retorna a Siracusa a fim de uma vez mais tentar implementar suas idéias políticas na corte de Dionísio II. No entanto, o desejo do filósofo foi novamente frustrado. Em 361 a.C. volta pela última vez a Siracusa com o mesmo objetivo e pela terceira vez fracassa. De volta a Atenas em 360 a.C., Platão permaneceu na direção da Academia até sua morte, em 347 a.C.

 

Pensamento platônico

Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: os inteligíveis e os sensíveis. Os primeiros são realidades, mais concretas, permanentes, imutáveis, iguais a si mesmas. As segundas são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens das realidades inteligíveis.

Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Idéias ou Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.

Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do mundo das Idéias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros objetos de sua categoria, de uma Idéia perfeita. Uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho, etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Idéia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta.

A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Idéia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.

O problema que Platão propõe-se a resolver é a tensão entre Heráclito e Parmênides: para o primeiro, o ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento é que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é não pode ser, assim, não há mudança.

Ou seja (por exemplo), o que faz com que determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes? Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação a outra. Para Heráclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e é uma ilusão sua mudança.

Platão resolve esse problema com sua Teoria das Idéias. O que há de permanente em um objeto é a Idéia, mais precisamente, a participação desse objeto na sua Idéia correspondente. E a mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Idéia desse objeto. No exemplo da árvore, o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra coisa), a despeito de sua diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de outras espécies (e mesmo das da mesma espécie) é sua participação na Idéia de Árvore; e sua mudança deve-se ao fato de ser uma pálida representação da Idéia de Árvore.

Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se pode conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao vermos um objeto repetidas vezes, uma pessoa lembra-se, aos poucos, da Idéia daquele objeto, que viu no mundo das Idéias. Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) que diz que, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma Estrela, onde localizam-se as Idéias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é “jogada” para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que viu na Estrela. Mas ao ver um objeto aparecer de diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a alma recorda-se da Idéia daquele objeto que foi vista na Estrela. Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis.

 

A reminiscência

Uma das condições para a indagação ou investigação acerca das Idéias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem desejo nem poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária (para tal investigação) que tenhamos em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as Idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordamos das Idéias por vê-las reproduzidas palidamente nas coisas. Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência. A investigação das Idéias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde contemplavam as Idéias.

 

Obra

Platão escreveu na forma de diálogos. A coleção desses escritos – geralmente tida como autêntica – é a seguinte:

  • Alcibíades (Primeiro): trata da doutrina socrática do auto-conhecimento;
  • Alcibíades (Segundo): trata do conhecimento;
  • Apologia (Platão): relata o discurso de defesa de Sócrates no tribunal de Atenas;
  • Banquete: trata da origem, as diferentes manifestações e o significado do amor sensual;
  • Cármides: diálogo ético;
  • Clítofon: trata da virtude;
  • Crátilo: trata da natureza dos nomes;
  • Crítias: Platão narra aqui mito de Atlântida através de Crítias (seu avô). É um diálogo inacabado;
  • Críton: trata da justiça;
  • Eutidemo: crítica aos sofistas;
  • Eutífron: trata dos conceitos de piedade e impiedade;
  • Fédon: relata o julgamento e morte de Sócrates e trata da imortalidade da alma;
  • Fedro: trata da retórica e do amor sensual;
  • Filebo: versa sobre o bom e o belo e como o homem pode viver melhor;
  • Górgias: trata do verdadeiro filósofo em oposição aos sofistas;
  • Hípias (maior): discussão estética;
  • Hípias (menor): trata do agir humano;
  • Íon: trata de poesia;
  • Laques: trata da coragem;
  • Leis: aborda vários temas da esfera política e jurídica. É o último (inacabado), mais longo e complexo diálogo de Platão;
  • Lísis: trata da amizade/amor;
  • Menêxeno: elogio da morte no campo de batalha;
  • Mênon: trata do ensino da virtude;
  • Parmênides: trata da ontologia. É neste diálogo que o jovem Sócrates, a personagem, defende a teoria das formas que é duramente criticada por Parmênides;
  • Político: trata do perfil do homem político;
  • Protágoras: trata do conceito e natureza da virtude;
  • A República: aborda vários temas, mas todos subordinados à questão central da justiça;
  • Sofista: diálogo de caráter ontológico, discute o problema da imagem, do falso e do não-ser;
  • Teeteto: trata exclusivamente da Teoria do Conhecimento;
  • Timeu: trata da origem do universo.

 

Linha do Tempo

  • 432 a.C. – Início da guerra do Peloponeso.
  • 428/427 a.C. – Nascimento de Platão.
  • 399 a.C. – Condenação de Sócrates à morte pela Assembléia popular de Atenas.
  • 387 a.C. – Platão funda, em Atenas, a Academia.
  • 348/347 a.C. – Morte de Platão em Atenas.
  • 338 a.C. – Felipe da Macedônia vence a batalha de Queronéia e conquista a Grécia.

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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