Albert Einstein – fatos interessantes
Curiosidades
Era grande a indiferença que Einstein mostrava pelo dinheiro. Certa vez, quando a arrumadeira limpava a sua escrivaninha, encontrou um cheque de $ 1.500.00 dólares que estava sendo usado como marcador de livros com data de vários meses passados.
Quando era pesquisador e professor em Princeton, um grupo de estudantes perguntou-lhe onde se localizava seu laboratório. Einstein tirou do bolso uma caneta e respondeu: – Aqui..
O indiferentismo completo de Einstein por elegância e por etiqueta fez com que ele, em algumas ocasiões solenes, contrastasse berrantemente com o trajar dos demais, o que poderia deixar em apuros qualquer pessoa mais sofisticada. Mas ele se importava tão pouco com o seu traje quanto com o dos outros. Era o traje que melhorava ou piorava o ser Humano? Einstein resmungava quando a esposa costumava adverti-lo por isso, e costumava citar Spinoza: “Mal seria se o saco fosse melhor do que o cereal que nele vai”.
Convidado a dirigir em Oslo um congresso particularmente distinto, sob o mais rígido cerimonial, os amigos descobriram, nos últimos instantes, que Einstein nem sequer tinha casaca. Houve geral consternação, de que não participou o convidado de honra. Tomou ele seu paletó, já meio sovado, escovou-o e vestiu-o dizendo: “Se alguém entender que não estou suficientemente elegante, ponho, em seu proveito, uma etiqueta neste casaco com a advertência de que ele acaba de ser escovado”.
Devido à sua moléstia cardíaca, o fumo que lhe permitiam era rigorosamente dosado. Todas às vezes que a esposa via o marido com o cachimbo à boca, perguntava muito séria: Albert, quantos cachimbos você fumou hoje? E a resposta vinha invariável, como sempre: – “Um”.
A enorme correspondência de Einstein e o aumento do número de visitantes que o procuravam, em sua casa, exigiram o auxílio de uma secretária, colaboradora esta que logo se viu atormentada por uma série de pessoas curiosas em obter uma explicação bem simples da Teoria da Relatividade. A secretária solicitou então ao cientista um auxílio para essas eventualidades. “Como devo definir-lhe a Relatividade?. Perguntou ela . A face de Einstein iluminou-se com um sorriso malicioso, enquanto ele tirava da boca o cachimbo e parecia imerso em meditação. – Diga-lhes, respondeu à secretária, – que quando um homem se senta ao lado de uma moça bonita, durante uma hora, tem a impressão de que se passou apenas um minuto. Deixe-o sentar-se sobre um fogão quente durante um minuto somente e esse minuto lhe parecerá mais comprido do que uma hora. _ Isto é relatividade!.
Cronologia: Albert Einstein nasce 14 de março de 1879
1880 – A família muda-se pra Munique, onde há mais possibilidades de prosperidade econômica.
1882 – Albert apresenta dificuldades para aprender a falar e os pais julgam-no um retardado mental.
1891 – Termina o primário e ingressa do Ginásio Luitpold. Tem seu interesse despertado pela geometria após leitura de alguns tratados sobre o assunto.
1895 – Consegue uma dispensa dos estudos e viaja para a Itália onde permanece o ano todo. Presta admissão na escola politécnica de Zurique, mas é reprovado. Consegue uma vaga na Escola Provincial de Aarau.
1896/1899 – Presta novamente exames na Politécnica de Zurique, sendo aprovado.
1900 – Diploma-se, mas seu pedido de emprego como assistente de ensino na Politécnica é recusado.
1912 – Assume a cátedra de matemática superior na Politécnica de Zurique.
1916 – Em Berlim, publica a Teoria da relatividade Generalizada, em complementação ao manuscrito de 1905. O reconhecimento da comunidade científica mundial é total.
1922/1925 – A perseguição aos judeus acentua-se na Alemanha. Einstein sofre humilhações e violências
1945 – No dia 14 de julho, é experimentada a primeira bomba atômica, no deserto de Alamogordo. Einstein articula um movimento, juntamente com outros cientistas, em prol do não-uso da arma nuclear. Nos dias 6 e 9 de agosto, respectivamente, duas bombas são lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
1955 – Morre na manhã de 18 de abril, deixando incompleta a Teoria do campo Unificado.
Pensamentos
*A ciência sem a religião é paralítica, a religião sem a ciência é cega.
*Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo exacerbado. A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Preferia deixar-me assassinar a participar desta ignomínia.
*O valor do homem é determinado. Em primeira linha pelo grau e pelo sentido em que ele se libertou do seu ego.
*Deus é a lei e o legislador do Universo.
*O meu ideal político é a democracia. Seja cada homem respeitado como um indivíduo e ninguém idolatrado.
*Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis elementares do Universo, o único caminho é o da intuição.
*Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio, e eis que a verdade se me revela.
*A leitura, após certa idade, distrai excessivamente oi espírito humano de suas reflexões criadoras. Todo homem que lê demais e usa o cérebro de menos, adquire a preguiça de pensar.
*A mente avança até o ponto onde pode chegar; mas depois passa para uma dimensão superior, sem saber como lá chegou. Todas as grandes descobertas realizaram esse salto.
*A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a Teologia. Abrangendo os terrenos material e espiritual, essa religião será baseada num certo sentido religioso procedente da experiência de todas as coisas, naturais e espirituais, como uma unidade expressiva, ou como a expressão da Unidade. O budismo corresponde a essa descrição
*Saber que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional, radiantemente belo, algo que compreendemos apenas em forma rudimentar – esta é a experiência que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e neste sentido somente, eu pertenço aos homens profundamente religiosos
*A maioria de nós prefere olhar para fora e não para dentro de si próprio.
*Talvez algum dia a solidão venha a ser adequadamente reconhecida e apreciada como mestra da personalidade. Há muito que os orientais o sabem. O indivíduo que teve experiência da solidão não se torna vítima fácil da sugestão das massas.
*Ninguém pode negar o fato de que Jesus existiu, nem que seus ensinamentos sejam belos. Ainda que alguns deles tenham sido proferidos antes, ninguém os expressou tão divinamente.
*A fama é, para os homens, como os cabelos, cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia.
*Diante de Deus todos somos igualmente sábios e igualmente tolos.
*Minha religião consiste numa admiração humilde ao Espírito Superior e Ilimitado que se revela a si mesmo nos mínimos pormenores, que estamos aptos a captar com nossas fracas e irrelevantes mentes. A profunda certeza de um Poder Superior que se revela no Universo, difícil de ser compreendida, forma a minha idéia de Deus.
*O homem vem à terra para uma permanência muito curta, para um fim que ele mesmo ignora, embora, às vezes, julgue sabê-lo.
*Os gênios religiosos de todas as épocas têm-se distinguidos do comum dos mortais por uma espécie de sentimento religioso cósmico, que não conhece dogmas nem concebe um Deus à imagem do homem. Por isso não pode haver igrejas cujos ensinamentos centrais se apóiem nesse sentir. Será portanto, entre os heréticos de todas as épocas que vamos encontrar homens impregnados do mais elevado sentimento religioso, considerados por seus contemporâneos, oro como ateus, ora como santos. Através desse prisma, homens como Demócrito, Francisco de Assis e Spinoza estão muito próximos uns dos outros.
*Nós cientistas, acreditamos que o que nós e nossos semelhantes fizermos ou deixamos de fazer nos próximos anos determinará o destino de nossa civilização. E consideramos nossa tarefa explicar incansavelmente essa verdade, ajudar as pessoas a perceber tudo o que está em jogo, e trabalhar, não para contemporizar, mas para aumentar o entendimento e consegue, finalmente, a harmonia entre povos e nações de diferentes pontos de vista.
*O homem, como qualquer outro animal, é por natureza indolente. Se nada o estimula, mal se dedica a pensar e se comporta guiado apenas pelo hábito, como um autômato.
*Quanto mais avança a evolução espiritual da humanidade, tanto mais certo me parece que o caminho para a religiosidade genuína não passa pelo medo da vida, nem pelo medo da morte, nem pela fé cega, mas pelo esforço por atingir o conhecimento racional. Neste sentido, creio que o sacerdote tem de se tornar professor, se deseja fazer jus à sua sublime missão educativa.
*O desenvolvimento da capacidade geral de pensamento e livre-arbítrio sempre deveria ser colocado em primeiro lugar, e não a aquisição de conhecimento especializado. Se uma pessoa domina o fundamental no seu campo de estudo e aprendeu a pensar e a trabalhar livremente, ela certamente encontrará o seu caminho e será mais capaz de adaptar-se ao progresso e às mudanças.
*A humanidade se apaixona por finalidades irrisórias que têm por nome a riqueza, a glória, o luxo. Desde moço já as abominava.
*O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um ser de quem esperam benignidade e do qual temem o castigo.
*Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.
*Evidentemente, nós existimos para nossos semelhantes; em primeiro lugar, para as pessoas queridas de cujo bem estar e sorrisos dependem nossa felicidade; depois para todos esses seres que não conhecemos pessoalmente, aos quais, entretanto, estamos ligados pelos laços de simpatia e fraternidade humanas.
*Estou convencido de que os homens, livres de influências exteriores, não se odiariam uns aos outros; se não fossem instigados nesse ódio aos semelhantes, viveriam pacificamente juntos, especialmente agora, já que a ciência e a inteligência dominaram a maioria das moléstias e tornaram possíveis a todos uma vida de abundância, de saúde e de felicidade. Nossa era deveria ser a do paraíso na Terra. A humanidade nunca teve, como agora, melhor ensejo de ser feliz.
*Além das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que nos faz o que somos. Raramente refletimos na quão pequena é a influência de nosso pensamento consciente sobre nossa conduta e convicções quando comparada à poderosa influência da tradição.
*Tudo o que a raça humana tem produzido e imaginado relaciona-se com a satisfação de necessidades vitais e com o alívio das dores. É forçoso conservar isto no espírito sempre que desejarmos compreender os movimentos espirituais e seu desenvolvimento. Sentimento e desejo são as forças causais que existem atrás de todo procedimento e criação humana, por mais exaltada que seja a personificação com que se nos apresentam.
*A Ciência não apenas purifica o espírito religioso do azinhavre de seu antropomorfismo, mas contribui também para uma espiritualização religiosa de nossa compreensão da vida.
*Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo.
*Sem a cultura moral não haverá nenhuma saída para os homens.
*Nossos destinos estarão de acordo com nossos méritos.
*Tenho pouco contato com as pessoas. Não sou muito sociável. Quero minha paz. O que desejo saber realmente é como Deus criou este Universo. Não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Interessa-me vitalmente conhecer os pensamentos de Deus; o resto são detalhes.
Livro “O Pensamento Vivo de Einstein- Ed. Ilustrada – Martin Claret Editores-1984