Aos desventurados irmãos enraizados na senda do vicio
Senhor de misericórdia!
Tende compaixão de todos nos, os exilados filhos rebeldes que abandonamos o caminho traçado por nosso Pai, optando pelas veredas tortuosas do sofrimento, caindo nos abismos profundos da loucura.
Ontem, fascinados pelo poder e desestruturados emocionalmente para vivenciá-lo, comprometemo-nos terrivelmente com muitas vidas que ceifamos com crueldade com existências que desencaminhamos ao sabor do nosso orgulho, com corações que despedaçamos na ânsia de submetê-los aos nossos caprichos, com os irmãos de jornada que transformamos em escravos desditosos, hoje retornamos carregando culpas indescritíveis e profundas, tormentos inextricáveis, porque filhos do remorso, procurando fugir da responsabilidade mediante os anestésicos da ilusão …
E ao fazê-lo, pensando em aliviar as angustias que ferem os sentimentos, mergulhamos nos pântanos pastosos da autodestruição e das obsessões que nos são impostas pelas vitimas que nos aguardam alem do pórtico do corpo transitório…
Eis nos aqui, em deplorável situação sem conseguirmos recuperar-nos dos crimes, mais piorando a própria situação em face do desprezo pelas vossas leis de complacência, mas também de justiça.
Neste conúbio de dementados pelo ódio e pelo medo, perdemos o rumo, onde começam as nossas opções, desde que viemos sob os camartelos daqueles que se nos associam desde aqueles dias infelizes, desesperados procurando fazer justiça… Como, porem, fazê-la, se todos eles são tão inditosos quanto nos outros, os responsáveis pela sua desventura?
Apiedai-vos, Clemente e Justiceiro, permitindo que o Vosso amor ultrapasse os limites das leis estabelecidas e nos alcance, a fim de podermos reabilitarmo-nos, seguindo as Vossas lições de vida eterna e de compaixão…
Socorrei-nos, Senhor dos desvairados e dos esquecidos pelo mundo!
Repeti a Vossa estada entre nos, desde que a dois mil anos, quando todos nos haviam abandonados e nos resgates pelo Vosso incomparável amor, vindo ter conosco nos antros da miséria!
Ajudai-nos a auxiliar com a Vossa sublime compaixão.
Dr. Bezerra – Amanhecer de uma Nova Era . Cap. 17.– Divaldo P. franco/Manoel Philomeno de Miranda