Árabes e Judeus – Antes do dia seguinte
Li um artigo ditado pelo espírito Joana de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco e publicado na edição de agosto deste ano do Jornal Espírita de Portugal, que me suscitou renovadas reflexões. Digo que li com surpresa esse singular e oportuno trabalho, intitulado Labirintos de Guerra, e o motivo é que sintonizo com os conceitos e previsões alertadoras emitidos por Joana de Ângelis, que, pelo seu nível de santidade e elevação, certamente deve refletir a valiosa opinião de parte dos Espíritos Superiores encarregados da administração do planeta Terra, sobre a égide de Jesus Cristo.
O trabalho é longo e aqui vou transcrever apenas um pequeno trecho do artigo, que contém uma grande advertência de alerta aos poderosos líderes do nosso orbe, referente às já antigas e continuadas guerras entre Israel, Palestina, Líbano, Iraque e o que advirá se o conflito entre Israel e Irã for deflagrado, com uma previsível intervenção dos Estados Unidos. Leiamos o que claramente e sem margem de dúvida adverte o luminoso espírito de Joana de Ângelis: A Terra vive um momento particularmente difícil e extremante perigoso. O palco de todas as batalhas (Jerusalém), encruzilhada de guerras continuadas e de culturas que vieram da época da Babilônia e que mais uma vez treme ao soar dos canhões e das bombas suicidas que buscam, pela violência, conseguir o que a razão e o diálogo nunca conseguiram.
Ao debruçar-nos sobre a problemática Israelita e Palestina ou Israelita e Árabe, é preciso conhecer sua história e, sobre ela, as implicações impensáveis que tal conflito poderá ocasionar para a humanidade terrestre.
Tanto quanto a história judaica alcança Adão e Eva, os protótipos mais evoluídos de uma civilização primitiva, os povos do Oriente Médio nunca se entenderam nem aceitaram mensagens de pacificação. Parece que ali terras e homens caminham interminavelmente se debatendo ou cumprindo uma bíblica maldição, levando em seus corações uma suicida vocação para mútuo extermínio.
Evitando o dia seguinte
Evidente que quem não aceita ou desconhece a lei da reencarnação não entenderá a linha de pensamento de Joana de Ângelis e terá dificuldades para refletir sobre este artigo. Antigos povos ou comunidades que foram oprimidos ou mortos por inimigos cruéis, por via da reencarnação, voltam como vingadores, igualmente cruéis e bárbaros. É o caso de judeus e palestinos, que nunca se perdoaram. Eles só se igualaram na crueldade e no atraso moral. Os árabes na atual conceituação do islamismo, também os cristãos desviados de Jesus desde os cruzados papais do século XI, perseguem a mesma rota que quer conflitar perpetuamente disputas religiosas, tribais e racistas.
Nas linhas a seguir, ponderamos sobre a significação de ser o Oriente Médio o maior produtor de petróleo do mundo, produzindo bilhões de petrodólares que permitem adquirir armas de extermínio em massa. Com toda essa quantidade de dinheiro entrando no mercado clandestino de armas nucleares da Europa, nosso compromisso moral e religioso deve se voltar para Deus, eis que não existe outra saída.
O apóstolo Paulo, em suas cartas aos gentios, diz o seguinte: Tudo me é possível fazer, mas nem tudo me convém. Mais da metade da população humana deste orbe terrestre ainda não acredita na indesviável lei da reencarnação. Estamos falando de lei extrafísica e não de dogmas religiosos que variam conforme os interesses humanos. Evidente também que muitos poderosos de hoje, afundados na ambição e no ódio continuado, não pagarão seus cientistas para estudos investigativos isentos acerca da autenticidade da grande lei da reencarnação.
Tudo começou com os patriarcas Abrahão e Sara que deram à luz ao filho (legítimo) Isaac. Mas como Sara estava custando a dar-lhe esse filho Isaac, Abrahão teve um filho (ilegítimo) com a escrava Agar, o qual ganhou o nome de Ismael, e aí tiveram início os históricos e apaixonados ciúmes na família abraônica, sendo que Ismael, do qual descende a raça árabe, nunca quis aceitar a sua condição de filho ilegítimo.
Desde esse início mal traçado, passadas umas 30 gerações, árabes e judeus nunca mais se amaram nem cooperaram entre si. Deus Criador enviou Jesus para harmonizá-los, mas ambos os povos (desde Abrahão até o sumo sacerdote Caifás) não aceitaram as leis divinas nem Jesus, pelo contrário, torturaram-no e o mataram em uma cruz infamante. E, desde então, escolheram o seu destino.
Na mensagem enviada pelo espírito de luz Joana de Ângelis, ela declara o seguinte: Agora estamos diante do perigo real de confrontação entre Irã e Israel. Velhos inimigos de um passado distante voltam-se para um enfrentamento, desta vez em nível nuclear. Sim, como bem sabem os presidentes e ministros de Israel, Irã e Estados Unidos, o perigo de uma tal guerra é devastadoramente indescritível, para dizer o mínimo. Um conflito enlouquecido que não resultará em vencidos nem vencedores. Que tal não aconteça, mas, se acontecer, porque estava escrito no livro de destino que aconteceria, é previsível concluir que essa será uma guerra de vastas proporções e conseqüências porque não será um conflito com armas convencionais. Atualmente são 6 milhões de judeus contra mais de 300 milhões de árabes, hoje poderosos ou ricos; quadro esse agravado pelas ambições e necessidades petrolíferas e das águas dos rios Jordão e Eufrates. Nessas complicadas condições, quem possuir armas nucleares não deixará de usá-las, já que todos os envolvidos lutarão pela própria sobrevivência.
Queira a misericórdia Divina que, se tal emergência estiver muito próxima de eclodir, algo aconteça, como aconteceu na crise dos foguetes soviéticos de 1962, em Cuba. Ainda não compreendi porque os sociólogos, embaixadores, estrategistas e jornalistas cristãos não estão debatendo com intensidade um assunto tão grave que interessa a toda raça humana. O extraordinário tema não pode ser deixado só nas mãos dos atuais candidatos a cavaleiros do apocalipse. A destruição de Beirute é apenas uma singela demonstração do que poderá acontecer a alguns povos.
Deus, Nosso Pai de Misericórdia, sabemos que não deixarás os teus filhos humanos em abandono e impossível solidão.
Se ainda houver Tempo
Milênios atrás no Deuteronômio, entregue aos filhos de Israel, o profeta Moisés exclamava: Ouvi, oh povo de Israel. Escutai-me!… Ao descer do Monte Sinai, Moisés entregou aos seus conterrâneos as tábuas da Lei com os Dez Mandamentos de Deus. Mas quem os escutou? Séculos e séculos de guerras e matanças foram a resposta de árabes e israelenses, sem esperança e sem clemência só na Lei de Talião que não oferece perdão. Presentemente, segundo fontes oficiais, Israel, além de aviões e foguetes, tem mais de 50 ogivas nucleares. Quanto ao Irã, esse país dispõe de muitos bilhões de petrodólares para aquisição de armas nucleares no mercado clandestino europeu. E cada uma das nações quer riscar do mapa-múndi a sua adversária. Esse é o atual impasse da aldeia global.
O que disse Chico Xavier
Certo dia na década de 1980, ao visitar enfermos do fogo selvagem no hospital do pênfigo de Uberaba (MG), o médium Chico conversava com a fundadora deste hospital, irmã aparecida, e nessa ocasião disse o seguinte, a respeito de algo que estava no futuro da humanidade: Os espíritos dizem que o clarão virá do Oriente. E milhões de sobreviventes das irradiações ocuparão a Amazônia brasileira, ali fundando uma nova nação. O Brasil não será atingido pelo conflito, mas Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), afundará no mar. Quem me falou dessa previsão que os espíritos de luz fizeram através de Chico Xavier foi exatamente a irmã Aparecida, pessoa altamente confiável.
O tabuleiro político mundial está montado. Mas, para melhor entendermos as milenares raízes deste interminável conflito, vamos recorrer a Bíblia Sagrada, no capítulo a seguir citado; que é muito esclarecedor acerca dessas divergências histórico-religiosas. Em Deuteronômio, capítulo 1, versículos 1-5 e 6-18, conforme estas escrituras sagradas, Javé (Deus) ordenou que Moisés dissesse aos filhos de Israel o seguinte: Desçam a montanha, serão 11 dias de marcha, sigam no outro lado do Jordão e, após vencerem os amorreus, sigam para a terra dos Cananeus e ao Líbano, até o grande rio, o Eufrates. Essa é a terra que eu dei a vocês, filhos de Israel, a vocês filhos descendentes de Abrahão, Isaac e Jacó. Essa é a Terra prometida.
Quem lê o trecho acima e não se liga no que está acontecendo desde Israel até o Irã, não vai entender a antiguidade religiosa do estopim que estão querendo acender naquela vital região do mundo. Grande parte das pessoas sabe que o enorme rio Eufrates da antiga Babilônia se localiza no Irã, mas a previsão da Terra prometida inclui também o Líbano. No Irã, seu atual presidente declarou que os povos árabes deverão varrer Israel do mapa-múndi. Reparemos com atenção que os israelenses nunca deixaram de pretender que o grande Israel inclui todas estas terras prometidas por Javé. Então, de acordo com a antiga promessa de Deus aos israelenses, o território da terra prometida inicia no Mar Mediterrâneo e termina nas cabeceiras do rio Eufrates, no Irã. A ala ortodoxa radical dos rabinos judeus em Israel não quer abrir mão dessa promessa divina. Que o isento leitor, portanto, tire suas conclusões sobre o que ambos os países, Israel e Irã, estão preparando um para o outro para desgosto da humanidade. Resta a nós, cristãos, orar e vibrar positivamente para que os desajuizados líderes terrestres entendam que se esse conflito nuclear acontecer, eles também não sobreviverão.
Como escritor, entendo que devo contribuir com estas intuições alertadoras para que não se diga que determinadas vozes silenciaram em hora cruciante da aldeia global. Eles esqueceram Jesus e seus mandamentos de amor e perdão, que se multiplicam setenta vezes sete vezes.
Fernando O. (Folha Espírita 12/2006) folhaespirita.com.br.