Entrevista Divaldo – Lei, Kardec, sono
Entrevista concedida por Divaldo Franco a José Lucas, integrante da Associação dos Divulgadores do Espiritismo de Portugal.
- E o caso do atentado em Bali, na Indonésia? Seriam seres violentos atraídos a uma situação em que terroristas iriam agir, por uma lei de afinidade vibratória?
DIVALDO: É claro que não estamos diante da Lei de Talião, através da qual se paga da mesma forma como se sacrifica a vítima. Não padece dúvida, porém, que todas as vítimas do Terrorismo, em qualquer lugar do mundo, ou de outras ocorrências nefastas, encontram-se sob os camartelos da recomposição moral, experimentando o retorno agitado ao Mundo Espiritual, como processo reparador e expiatório, decorrente de atos cruéis anteriormente praticados, não necessariamente iguais àqueles de que se tornaram vítimas.
- Curiosamente entre tantas mensagens espirituais, por que Kardec não se comunica de vez em quando?
DIVALDO: Acredito que Allan Kardec tem-se comunicado periodicamente, não só no Brasil como em diferentes países do mundo, às vezes usando ou não pseudônimo. Também acredito que a razão do seu grande silêncio se explica pelo fato de haver deixado a Doutrina perfeitamente estruturada, não necessitando de novas adendas. Se isto ocorresse (novas mensagens) não faltariam pessoas que considerariam inautênticas as comunicações, desde que fossem diferentes dos enfoques a que se vinculam, como sempre ocorrem em relação a outros Mentores.
- No evangelho no lar, por vezes a pessoa sente sono, abre muito a boca. Por quê? Que fazer nessas alturas?
DIVALDO: O espírita é pessoa que vive do trabalho e para o trabalho do ganha-pão. As horas que dedica às suas atividades espirituais são as do cansaço, do tédio, e raramente as do bem-estar. É natural que a estafa gere sono ou indisposição, o relaxamento produza a eliminação de toxinas acumuladas durante o dia. Por outro lado, ocorre que, Espíritos perversos interessados em preservar a ignorância dos indivíduos ou a psicosfera intoxicada do lar, interfiram negativamente, em tentativas de impedimento da providência libertadora. A oração e o esforço pessoal são os recursos terapêuticos para tal situação.
- Temos visto a doença das vacas loucas, a febre aftosa, que dizimaram muitos animais este ano na Europa. Como o Espiritismo vê esta calamidade?
DIVALDO: A Lei de destruição, conforme exarada em O Livro dos Espíritos, explica-nos que tudo morre para dar lugar a novas formas de vida, tudo se destrói, a fim de facultar novo ressurgimento. Os animais, por sua vez, em processo evolutivo como nós outros, experimentam essas calamidades, sejam por fenômenos naturais ou provocados pela ambição desmedida da criatura humana, obedecendo ao processo da evolução, sendo recambiados os princípios espirituais à Terra, por automatismo, sob o gerenciamento de Entidades nobres encarregadas desse mister. Não trazem qualquer tipo de carma, por não possuírem discernimento, portanto, não o havendo gerado.
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