Inveja
Inveja
Vivemos num planeta de imensas dificuldades e por isso, às vezes, nosso egoísmo é mais forte que nossa razão.
Tenhamos pois, cuidado com alguns sentimentos que podem nos trazer dissabores. A inveja é um deles. Esse sentimento é definido nos dicionários como: “desgosto, mortificação, pesar causado pela propriedade ou êxito de outrem, acompanhado do desejo violento de possuir os mesmos bens”.
Temos muitas dificuldades em aceitar que em nossos corações ainda existem sentimentos tão pequenos e mesquinhos como o da inveja, mas temos que convir que no estágio evolutivo em que vivemos se não nos auto policiarmos, estaremos sempre querendo apagar as luzes de nossos semelhantes. Esforcemo-nos para banir a inveja de nossos corações, pois a inveja é um sentimento antagônico ao amor. Nunca
nos esqueçamos de que: quem tem luz própria não precisa apagar a luz de ninguém.
Sentimos inveja das pessoas que nos substituem melhor do que nós mesmos o fazemos. Inveja dos que trabalham menos do que nós e no entanto recebem mais. Inveja dos que exercem uma função melhor do que a nossa. Inveja do carro que gostaríamos de ter e não temos.
Enfim, infelizmente ainda invejamos muito uns aos outros. Podemos dizer que a inveja é filha do orgulho. E o orgulho é o nosso maior inimigo, e pior, disfarçado de amigo. Por isto, às vezes, não é fácil identificá-lo. É, pois, a inveja, geradora de calúnias, desarmonias, deslealdade e ambição. Administra ódios, estimula guerras. É inimiga de todo aquele que lhe faz o bem.
O invejoso, ao pedir um favor, cerca-se de atenções, mas atendido, afasta-se logo e alega que apenas lhe pagaram pelo muito que deviam. O poeta português Luiz Vaz de Camões já dizia que: “Onde há inveja não pode haver amizade”.
Cuidemos do nosso viver e deixemos a vida do próximo em paz. Só Deus sabe como é ela em sua intimidade.
Lutemos para a harmonização de nossos sentimentos, procurando nos sentir felizes com a alegria do nosso próximo, aceitando a superioridade do nosso semelhante e sempre que possível, incentivando-o ao crescimento constante.
Fugir da inveja não significa não senti-la. Reconhecer sua força a atuar por dentro, do ainda desconhecido mundo íntimo, é sinal de maturidade.
Procuremos em Cristo encontrar recursos elevados e força moral necessária para vencer a inveja, pois no dizer de André Luiz:
“O grande guerreiro será sempre o que vencer a si mesmo.”
http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/sandalo/sandalo-75.html