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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Histórias para Crianças > O Descuido Impensado

O Descuido Impensado

celcHistórias para Crianças18 de julho de 2014 Leave a comment0

No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter. Era meiga, devotada, diligente.   Daquela boca educada não saíam más palavras.  Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:

— Tenhamos compaixão…

Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.   Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.   Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa vontade de trabalhar e servir para o bem.

— Irmã Clara – dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.

Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:

— Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.

— Irmã – intervinha uma das criadas -, e o avental?

— Amanhã será entregue – dizia Clara sorrindo.

Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.

Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de costurar.    Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.    Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.   Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.   Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.   Amparava sem alarde.   Auxiliava sem preocupação de recompensa.    Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.  Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.  Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.   Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada.   Cumprimentou-a, reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:

— Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas.

— Oh! por quê? – interrogou a valorosa missionária.

— Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo – esclareceu o mensageiro.

— Como assim?

O anjo fitou-a bondoso, e respondeu:

— A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, por alhear-se de aproveitamento, davam para costurar milhares de vestidos para crianças desamparadas.

— Oh! Oh! Deus me perdoe! – exclamou a santa desencarnada – e como resgatarei a dívida?

O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:

— Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal.

 

Neio Lúcio  DA OBRA: “Alvorada Cristã” PSICOGRAFADA POR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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