Principios da Doutrina Cristã – Médiuns Curadores – CELC
PRINCIPIOS DA DOUTRINA CRISTÃ – MÉDIUNS CURADORES E OUTRAS MEDIUNIDADES
O Centro Espírita Leocádio Corrêa vem realizando, e evoluindo a cada dia um trabalho de cura há muito tempo (mais de 40 anos). Este trabalho proporciona e proporcionou benefícios a muitas pessoas, pergunto isso é obra do acaso? Ou de Deus que aqui reuniu todos para a devida reparação e reconciliação, são provas e reparações de pessoas que com mediunidade, precisam se desenvolver e trabalhar em beneficio do próximo, onde é direcionado para o desenvolvimento moral e espiritual de todos que participam, “Os dons são diversos, e há diversidade nos serviços” – 1 corintios 12:1, (Emmanuel confirma no livro Seara dos médiuns), preparando-se a cada dia a própria conversão para o infinito bem.
Allan Kardec cita no livro dos Médiuns (cap. 16, médiuns de cura e médiuns receitistas), e no livro Evangelho 2o. O Espiritismo (cap. 26, dons de curar, cap. 28 -77- 80 doentes), e no livro A Gênese (cap. 13-14-15, curas e passe misto ou mediunizado), e nos livros Revistas Espíritas de 1858 a 1869 (12 volumes, vários casos de curas e de médiuns de cura), e completando o livro Diretrizes de Segurança (Divaldo Franco e Raul Teixeira) Questões: 02-21-22-23, orienta os médiuns de cura como devem proceder, ou seja, que procurem uma casa séria com disciplina e horário determinado para os atendimentos. Não podemos ter mais duvidas desta questão, ou o que faríamos com estas mediunidades, que na sua maioria são de provas, onde resgatamos nosso passado, e que somos compelidos a vivenciar esses fenômenos e crer cada vez mais, porque sentimos e sofremos mais que o comum.
A União das Sociedades Espíritas (USE) e dirigentes contrários a esses trabalhos de cura, será que teriam como se responsabilizar por esses médiuns que procuram cumprir suas provas? E pelos enfermos que precisam se conscientizar do chamamento divino ou despertar para a realidade espiritual, a maioria das enfermidades tem esse objetivo, através do sofrimento provocar a evolução do ser humano (lei da causa e efeito), somente 25% da população desse planeta cumprem suas provas integralmente. Acredito que Deus perguntara a cada um de nós o que fizemos com as oportunidades. (muitos médicos não cumprem suas provas, que é atender enfermos como irmãos, e assim nós sabemos que as pessoas carentes não conseguem tratamentos dignos, e são milhares, este é um dos muitos motivos dessa ajuda dos Espíritos).
Apocalipse 3: 14 – Seja frio, ou seja, quente, nunca morno. Somos cristãos ou não somos.
Talvez por conveniência, preconceito ou falta de conhecimento espiritual essas pessoas pretendem cancelar uma faculdade mediúnica ou impedir uma casa espírita cristã de praticar a caridade. Chico Xavier disse; que não consegue ver a Doutrina espírita sem Jesus e sem a orientação de Allan Kardec (livro Encontro no Tempo). A doutrina foi codificada por Paulo de Tarso (epistolas, novo testamento) e depois por Allan Kardec (na França em 1857, literatura com 20 livros). Sem esta base não é Doutrina espírita, é outra doutrina. Tudo que fazemos responderemos um dia no tribunal de nossa consciência (Paulo diz: Nem tudo que nos é licito nos convém), mas Deus nos da oportunidade da experiência para que aprendemos a respeitar as Leis divinas e a nossa posição evolutiva.
Jesus disse que curemos os enfermos e expulsemos espíritos malignos. E deu inicio a sua própria condenação quando curou no sábado, os judeus Tradicionais e mal influenciados não permitiam “curas” aos sábados (estranha coincidência).
Assim relacionamos alguns fatos ou passagens importantes:
Mateus 12: 22 a 28 – A cura de um endemoninhado –
Então lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e Ele curou, passando o mudo a falar e ver. E toda multidão se admirava e dizia: este porventura é filho de Davi. Mas os fariseus, ouvindo isto murmuravam; Este não expele demônios senão pelo poder de belzebu, maioral dos demônios. Jesus porem conhecendo-lhes os pensamentos, disse, todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistira. Se satanás expele a satanás, dividido esta contra si mesmo; como, pois, subsistira o seu reino? E se eu expulso demônios por belzebu por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos; serão os vossos juizes. Se, porém, eu expulso demônios pelo espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.
Marcos 7: 32 a 35 – A cura de um surdo e gago –
Então, Lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele. Jesus, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a língua com saliva: E depois, erguendo os olhos aos céus, suspirou e disse: Efatá, quer dizer: Abre-te! Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente.
Lucas 9: 37 a 43 – A cura de um jovem possesso –
No dia seguinte, ao descerem eles do monte, veio ao encontro de Jesus grande multidão. E eis que, dentre a multidão surgiu um homem, dizendo em alta voz: mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é único; um espírito se apodera dele, e, derrepente, o menino grita, e o espírito o atira por terra, convulsiona-o até espumar; e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado. Roguei aos teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam. Respondeu Jesus: ó geração incrédula e perversa! até quando estarei convosco e vos sofrerei? Traga o teu filho. Quando ia aproximando o demônio o atirou no chão e convulsionou; mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou a seu pai. E todos ficaram maravilhados ante a majestade de Deus.
Lucas 14: 1 a 6 – A cura de um hidrópico –
Aconteceu, que ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que o estavam observando. Ora diante dele se achava um homem hidrópico. Então, Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da lei e aos fariseus. Perguntou-lhes: é ou não é licito curar no sábado? Eles porem, nada disseram. E, tomando-o, curou e o despediu. A seguir, lhes perguntou: qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado? A isto nada responderam.
Quem de nós na necessidade não levará o filho enfermo a uma reunião de cura espírita? Muitas enfermidades a medicina não pode curar, porque são de fundo espiritual ou provocadas por espíritos maléficos, e muitas pessoas receberam alívio, orientação, e cura numa casa espírita cristã. Não somos contra a ciência médica e nem poderíamos, porque é obra de Deus, um dia a ciência aceitará esta realidade, que é permitida por Deus para acréscimo, auxilio e exercício de caridade. Allan Kardec no livro Obras Póstumas – pág. 45, item 12 – Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispirito (corpo espiritual) desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e patológicos. Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las.
A medicina surgiu na Grécia com Hipócrates (460 a 370 A.C) que por intuição e inspiração utilizava a imposição das mãos, ervas e outras fontes da natureza, para curar, como os indígenas até hoje, e a doutrina espírita estuda e disciplina estas práticas que foram e é permitido por Deus, visando o benefício para todos necessitados sem distinção.
Os espíritas aceitam a ciência e sua evolução, e muito contribui para isto, a própria doutrina começou no meio científico (com homens descrentes), na França em 1854 numa época de muito ceticismo, justamente para que não houvesse mais dúvidas a respeito da influência que os espíritos exercem no mundo material, (era previsto que no futuro haveria muitas duvidas por isso assim aconteceu com cientistas ), e o que é mais importante os espíritas não esquecem o principio de tudo e o devido respeito a Deus e a suas Leis (amar a Deus acima de tudo e o próximo como a si mesmo ), onde o lema é Fora da Caridade não há Salvação, é uma doutrina de lógica e bom senso.
Allan Kardec no livro Revista Espírita de 1868 – pag. 87- São três ramos da arte de curar, destinados a se suplementar e se completar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito de se julgar a panacéia universal do gênero humano. Assim são: a medicina oficial, a medicina homeopática, e a medicina fluídica. A medicina oficial é inoperante em todas as doenças causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode opor-se a matéria, mas a um fluido mal há que opor um fluido melhor e mais poderoso, a medicina fluídica por sua vez falha onde há que opor matéria a matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve ter êxito nas afecções que poderiam chamar-se mistas. (ver o comentário completo).
Obs: Hoje os cientistas americanos (E.U.A.) que representam os laboratórios mais importantes do mundo estão na Amazônia em estudos com os índios, conhecendo as ervas, raízes e cascas de arvores, para levar a humanidade medicamentos para doenças ditas incuráveis, como Câncer, AIDS e outras, e isso já faz muito tempo e os resultados sabemos, a maioria dos medicamentos são originários dos conhecimentos indígenas, é importante lembrar que os índios recebem o conhecimento dos seus antepassados ou espíritos sábios. Através do mediunismo, melhor dizendo um homem com percepção e sensibilidade, ou seja, um médium (intermediário) que desde jovem é preparado para isso (e isso ocorre com os nativos do mundo todo).
Existem vários meios para que isso ocorra, o mais comum é o médium sob influência dos Espíritos (mediunizado) curar, e também em desdobramento entra em contato com os espíritos no plano espiritual onde recebe o conhecimento, não é tão simples, requer muito preparo, muito tempo e boa vontade para ser útil ao próximo (porque existem boas e más influencias), os índios são próprios para este trabalho pelo respeito à natureza, pela pureza de sentimentos e por tratar das coisas espirituais com naturalidade e sem ambições (nada cobram por isso), Como podemos negar uma realidade desta, que desde a antigüidade e até hoje é realizada, trazendo benefícios, só temos que respeitar e procurar estudar mais o assunto, pois hoje não precisamos de misticismo, símbolos, ritos e nem mitos e sim conhecimento cientifico e disciplina, como diz Paulo de Tarso: seja tudo feito para a edificação.
João 9: 1 a 7 – A cura de um cego de nascença –
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego. Respondeu Jesus: nem ele nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele às obras de Deus. É necessário que façamos as obras Daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar (influencias negativa). Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego. Dizendo-lhe: vai, lava-te no tanque de Siloé (enviado). Ele foi lavou-se e voltou vendo.
INSTRUÇÕES –
Marcos 9:38 Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem, que em teu nome, expelia demônios, O qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir possa falar mal de mim, pois quem não é contra nós é por nós.
“Eu sou o Caminho, A Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão pôr mim”.
O Caminho era Jesus. Assim os Apóstolos fundaram em Jerusalém a Igreja ou CASA DO CAMINHO ou Casa de Jesus. A qual foi planejada no mundo espiritual e depois pelos apóstolos. A finalidade principal era a divulgação do Evangelho. Sob a administração dos seguidores fiéis do Cristo, cuidava dos enfermos da alma e do corpo. Em dias predeterminados, exercia as atividades de doutrinação aos Espíritos perturbados e aos obsedados, aplicação de passes e fluidificação de água, doutrinações evangélicas para o público, abrigo para velhos e crianças desamparados. Em seu recinto realizaram-se históricas assembléias com presenças de Estevão, Paulo, Silas, Timóteo, Tiago, André, Pedro e outros, todos com objetivo de acertarem os rumos da Boa Nova do Evangelho.
Enquanto por um lado a Casa do Caminho era perseguida e desprezada pelos judeus fanáticos, por outro lado era amada e respeitada pelos aflitos que dela recebiam assistência material, conforto espiritual e orientação moral.
Mateus 10: 8 Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Daí gratuitamente o que gratuitamente recebestes.
No Evangelho 2o. O Espiritismo – cap. 26 – itens 1, 7, 10: “Daí gratuitamente o que gratuitamente recebestes” disse Jesus aos seus discípulos; por esse preceito, prescreve não se fazer pagar por aquilo que nada pagou; ora, o que eles tinham recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e expulsar os demônios, quer dizer, os maus Espíritos; esse dom lhes fora dado gratuitamente por Deus para o alivio daqueles que sofriam, e para ajudar a propagação da fé, e lhes disse para dele não fazerem em tráfico, nem objeto de especulação, nem um meio de vida.
Médiuns modernos – porque os apóstolos também tinham mediunidade – igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem os intérpretes dos Espíritos para instrução dos homens, para mostrar-lhes o caminho do bem e conduzi-los à fé, e não para vender-lhes palavras que não lhes pertencem, porque não são os produtos de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal. Deus quer que a luz alcance a todos; não quer que o mais pobre dela seja deserdado e possa dizer: Eu não tenho fé porque não pude paga-lá; não tive a consolação de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição daqueles que choro, porque sou pobre. Eis porque a mediunidade não é um privilégio, e se encontra por toda à parte; fazê-la pagar seria, pois, desviá-la da sua finalidade providencial.
A mediunidade é uma coisa santa que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requer essa condição de forma ainda mais absoluta, é a mediunidade curadora, O médico dá o fruto dos seus estudos, que fez ao preço de sacrifícios, freqüentemente penosos; o magnetizador dá o seu próprio fluido, freqüentemente mesmo a sua saúde: eles podem a isso pôr um preço; o médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; ele não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, conquanto pobres, não faziam pagar as curas que operavam.
No livro A Gênese de Allan Kardec, cap. 13- item 12: Os médiuns nada produzem de sobrenatural; por conseguinte, nenhum milagre fazem. As próprias curas instantâneas não são mais milagrosas, do que os outros efeitos, dado que resultam da ação de um agente fluídico, que desempenha o papel de agente terapêutico, cujas propriedades não deixam de ser naturais por terem sido ignoradas até agora.
Curas cap. 14- item 31: como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas depende da energia da vontade que, quanto maior for, tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substância medicamentosas alteradas.
São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder, que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos, ou até, exclusivamente por ato de vontade. Entre os dois pólos extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas desse gênero são variedades do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e cujo efeito se acha subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.
A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
1º. Pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;
2º. Pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito; (Exemplos: revista Espírita 1863, 1865).
3º. Pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veiculo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.
É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional. No entanto, em épocas diversas e no seio de quase todos os povos, surgiram indivíduos que a possuíam em grau eminente. Nestes últimos tempos, apareceram muitos exemplos notáveis, cuja autenticidade não sofre contestação. Uma vez que as curas desse gênero assentam num princípio natural e que o poder de operá-las não constitui privilégio, o que se segue é que elas não se operam fora da Natureza e que só são miraculosas na aparência.
O Espiritismo, igualmente, pelo bem que faz é que prova a sua missão providencial. Ele cura os males físicos, mas cura, sobretudo, as doenças morais e são esses os maiores prodígios que lhe atestam a procedência. (cap. 15- 28)
Médiuns Curadores – Livro Obras Póstumas – pág.66 itens – 52, 53, 54, 55 – Consiste a mediunidade desta espécie na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo simples contacto, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento. Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princípio na força magnética; difere desta, entretanto, pela energia e instantaneidade da ação ao passo que as curas magnéticas exigem um tratamento metódico, mais ou menos longo. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, se sabem proceder convinientemente; dispõem da ciência que adquiriram. Nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido falar de magnetismo.
A faculdade de curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus; numa palavra: todas as qualidades morais. A força magnética é puramente orgânica; pode, como a força muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem perverso; mas só o homem de bem se serve dela exclusivamente para o bem, sem idéias ocultas de interesse pessoal, nem de satisfação de orgulho ou de vaidade. Mais depurado, o seu fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras, que não pode ter o do homem vicioso ou interesseiro.
Todo efeito mediúnico, como já foi dito, resulta da combinação dos fluidos que emitem um Espírito e um médium. Pela sua conjugação esses fluidos adquirem propriedades novas, que separadamente não teriam, ou, pelo menos, não teriam no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons Espíritos sempre solícitos em secundar os esforços do homem bem intencionado; o fluido benéfico dos primeiros se casa facilmente com o do segundo, ao passo que o do homem vicioso se junta ao dos maus Espíritos que o cercam.
O homem de bem, que não dispusesse da força fluídica, pouca coisa conseguiria fazer por si mesmo, só lhe restando apelar para a assistência dos Espíritos bons, pois quase nula seria a sua ação pessoal; uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de qualidades morais, pode operar, em matéria de curas, verdadeiros prodígios.
A ação fluídica, ao demais, é poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé, concedendo-lhe o bom êxito.
OBS. Somente a superstição pode emprestar qualquer virtude a certas palavras e unicamente Espíritos ignorantes ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, para pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de uma fórmula de prece ou de determinada prática contribua a lhes infundir confiança. Nesse caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia e sim na fé que aumentou com a idéia ligada ao emprego da fórmula.
Não se deve confundir os médiuns curadores com os médiuns receitistas, que são simples médiuns escreventes, cuja especialidade consiste em servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas; absolutamente mais não fazem que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem, de si mesmos, nenhuma influência.
No Livro O Consolador de Emmanuel – Q. 102 – Podem os Espíritos amigos atuar sobre a flora microbiana, nas moléstias incuráveis, atenuando os sofrimentos da criatura? – R. As entidades amigas podem diminuir a intensidade da dor nas doenças incuráveis, bem como afastá-la completamente, se esse benefício puder ser levado a efeito no quadro das provas individuais, sob os desígnios sábios e misericordiosos do plano superior. (ou seja, se tiver merecimento).
Mateus 9: 37 E então se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos.
FUNDAMENTOS –
1Corintios 3: 10 – Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porem cada um veja como edifica porque ninguém pode lançar outro fundamento, alem do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.
1Corintios 12: 1 a 11 – A cerca dos dons espirituais –
A respeitos de dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados. Por isso, vos faço compreender que ninguém, que fala pelo espírito de Deus afirma anátema, Jesus. (contrario a Jesus) por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, Senão pelo espírito santo. Ora, os dons são diversos, mas o espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos, a manifestação do espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. Porque a um e dada mediante o espírito, a palavra de sabedoria: e a outro segundo o mesmo espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo espírito, a fé e a outro, no mesmo espírito, dons de curar a outro, operações de milagres; a outro profecias, a outro, discernimento de espíritos; a um variedade de línguas; e a outro capacidade para interpretá-las, mas um só e o mesmo espírito realiza todas estas cousas. Distribuindo-as como lhe apraz, a cada um individualmente.
1Corintios 14: 20 a 21- Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim se criança; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos, na Lei esta escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão diz o Senhor .
1Corintios 14: 26 – Ordem no culto –
Que fazer, pois irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua e ainda outro, interpretação, seja tudo feito para edificação. No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais que do que dois ou quanto muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas não havendo interprete fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
Fica bem claro o que é a doutrina cristã, sabemos os desvios que vem sofrendo ao longo do tempo, mas cabe a cada um de nos que somos candidatos a cristãos sermos fieis a este testamento. Allan Kardec no livro Obras póstumas (pág.259) disse; O Espiritismo não é uma concepção pessoal, nem um resultado de um sistema preconcebido. É a resultante de milhares de observações feitas sobre todos os pontos do globo e que convergiram para um centro que os coligiu e coordenou. Todos os seus princípios constitutivos, sem exceção de nenhum, são deduzidos da experiência. Esta precedeu sempre a teoria.
INFLUENCIAS –
Mateus 16: 18 a 19 – Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra terá sido ligado nos; céus e o que desligares na terra terá sido desligado no céu.
Mateus 16: 21 – Desde esse tempo começou Jesus a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém, e sofrer muitas cousas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no 3o. dia. E Pedro, chamando-o à parte começou a reprová-lo, dizendo: tem compaixão de ti, Senhor: isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: arreda, satanás!. Tu és para min pedra de tropeço, porque não cogitas das cousas de Deus e sim das dos homens.
Gálatas 2: 11 – Quando porem, Céfas ( Pedro ) veio a Antioquia resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível.
Pedro pretendia que somente os judeus fossem cristãos, passagem importante do cristianismo onde Paulo perseverou e graças a isso o cristianismo se tornou universal (ver Livro Paulo e Estevão de Emmanuel e Novo Testamento). Fica claro que um dos apóstolos mais importante sofreu influencias para tentar desviar o cristianismo, mas isto é para que vigiemos os nossos pensamentos e atos. E também tomar cuidado com as nossas preocupações com as coisas da matéria, e dar mais importância às coisas espirituais, principalmente o que se pensa, o que se fala, e o que se faz.
Esse artigo tem o propósito de chamar a atenção dos espíritas para não esquecerem os princípios e não agir com preconceito para com a própria doutrina que a tudo estuda, e visa o beneficio da maioria. Todas essas passagens do novo testamento nos mostram a lógica do que era e do que é, e a codificação de Alan Kardec confirma, não podemos negar ou vamos negar e esquecer de um exemplo como Francisco Cândido Xavier, (90 anos) médium honesto, serio e desapegado, que pratica a caridade com todos que a visita, não medindo esforço, mas sim colocando a sua mediunidade a disposição de nosso mestre Jesus. Quantas Receitas, quantas Curas, quantos Benefícios. (também foi criticado pelo que faz), Uma coisa é certa por mais exemplos que temos ainda não é o suficiente, certas pessoas descrentes (e isto ocorre em todas as religiões), o dia que tiverem suas experiências como estas que citamos entenderão o que é uma assistência espiritual. Como disse Jesus: Tem olhos e não vê, tem ouvidos e não ouve.
A literatura Espírita esta repleta desse assunto, as Revistas espíritas (sociedade Parisiense de estudos espíritas- 12 volumes de 1858 a 1869) comentam as Curas como muitas outras obras. O Dr. Batuíra (Antônio Gonçalves da Silva), ficou conhecido como o médico dos pobres (em 1873 em São Paulo), titulo que depois passou para o Dr. Bezerra (Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti – em 1891 no Rio de Janeiro), Batuíra foi um grande espírita, estudou a Homeopatia, trabalhou na divulgação da doutrina (fundou um jornal) e foi médium de cura (livro Grandes espíritas do Brasil), e hoje é o responsável por uma grande equipe de médicos espirituais que trabalham para aliviar os que sofrem. Se algumas pessoas não alcançam esta realidade é porque não se aprofundaram corretamente nesta doutrina, que é ciência, filosofia e religião – (livro Consolador de Emmanuel), não perceberam que estamos vivendo num mundo de provas e expiação, onde a maioria ainda não evoluiu moralmente e espiritualmente, como diz Dr. Bezerra de Menezes: A evolução é lenta, mas progressiva.
O Evangelho 2º O Espiritismo no 3º capitulo diz que os mundos são classificados da seguinte forma: Mundos Divinos – Mundos Felizes – Mundos Regeneradores – Mundos de Provas e Expiações – Mundos Primitivos. Estamos na 4ª classe por isso que o homem nela é alvo de tantas misérias. Não vamos mais nos iludir e sim trabalhar para evoluirmos e passarmos para outra classe, nos resta seguir os passos de Jesus e aliviar os necessitados e daqui alguns milênios quando em outra posição evolutiva não mais será preciso socorrer os enfermos e sim viver em equilíbrio tanto psíquico quanto físico. Muitas pessoas que por viverem com um certo conforto facilmente esquecem a sua verdadeira posição na evolução, por isso tantas advertências no Evangelho.
Então antes de lançar opiniões deve-se estudar esta doutrina completamente e não parcialmente, como infelizmente vem acontecendo ao longo da história da humanidade.
Basta o que a Igreja católica com a sua “Inquisição” fez por 1260 anos, o atraso e o prejuízo que causou, que até hoje traumatiza pessoas, justamente por não admitir a mediunidade (ver a historia da França, ano 1430; Joanna D’arc – jovem médium sem nenhum interesse pessoal, foi mal interpretada e condenada à fogueira da inquisição, passado 500 anos a Igreja transformou-a em Santa). Mais um erro confirmado, precisamos admitir a nossa pequenez perante Deus.
O mal surgiu quando o homem passou a acreditar mais nele próprio do que em Deus, então vigiemos. Porque uma mentira não passa a ser verdade porque 500 pessoas acreditam nela. Será sempre mentira, por isso antes de tomarmos atitudes devemos estudar, e nos comunicarmos com Deus, através da oração e com caridade, saberemos a melhor atitude a tomar.
Livros utilizados:
– Novo testamento (ver Atos dos apóstolos, as Cartas de Paulo).
– Livro dos Espíritos – Q. 556 (cura espiritual), Q. 221
– Livro dos Médiuns – cap. 5, cap. 8 (cura), cap. 14, cap. 16 (mediunidade).
– Evangelho 2o. O espiritismo – introdução -19, cap. 8 -20, cap. 15 -3 (caridade), cap. 19-5, cap. 20 – (beneficio a maioria), cap. 26 – (dom de curar), cap. 28 -77-80- (doentes).
– Gênese – cap. 13, cap. 14, cap. 15 (curas).
– Obras póstumas – pág. 45 item 12 (medicina)
– Revistas Espíritas ano – 1860 – 1862 – 1864 – 1866 – 1867- 1868 – 1869 – (curas) 1865 (pág. 249 mediunidade curadora, pág. 255 (Cura de uma fratura).
– Diretriz de Segurança – Q. – 02, 21, 22, 23 – (médiuns curadores).
– Você e a Mediunidade – cap. 7 – (mediunidade de cura) – cap. 12 (receitista) – cap. 13 (psicocirurgia)
– Consolador – Q. 102 – 103- 104 – 105 (receita) – Q. 410 – (o maior escolho do apostolado Mediúnico).
– Seara dos Médiuns – (Emmanuel fala das mediunidades)
– Dr. Antônio Gonçalves da Silva – BATUIRA (ver a vida deste médium de cura – Livro Grandes Espíritas do Brasil)
– Francisco Cândido Xavier (ver a vida deste médium psicografo, receitista e outras mediunidades)
– Caibar Schutel (ver a vida deste médium receitista)
Emerson Luccas V. da Cunha – 06/2000 – Bauru -S.P – Centro Espírita Leocádio Correa