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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos da Revista Reformador > São chegados os tempos?

São chegados os tempos?

celcArtigos da Revista Reformador28 de dezembro de 2011 Leave a comment0

JORGE HESSEN

 São chegados os tempos? Para os que em nada crêem, essas palavras não têm qualquer legitimidade e não lhes toca a consciência. Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer coisa de místico e de  sobrenatural, prenunciadoras da subversão das leis da Natureza. Para Kardec, as duas posições são errôneas: “[…] a primeira, porque envolve uma negação da Providência; a segunda, porque tais palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas o cumprimento dessas leis”.1 Afirma Astolfo Olegário de Oliveira Filho no jornal O Imortal: […] O advento do mundo de regeneração não se dá nem se completa em pouco tempo. Que a transição de planeta de provas e expiações para regeneração já começou, não padece dúvida. Na Revista Espírita há inúmeras informações que o atestam. O equívoco é datar, é precisar, é fixar uma época em

 

que tal processo estará concluído”. 2 A rigor, todas as leis da Natureza são obras eternas do Criador, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. “[…] Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus […]”. 3 “O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude

de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento. […]” 4 A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam cada um deles.

Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados como:mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito; mundos de expiação e provas, onde domina o mal entre os Espíritos; mundos de regeneração, nos quais os Espíritos ainda têm o que expiar; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal, e os mundos celestes ou divinos, onde exclusivamente reina o bem.

Na condição de expiação e provas, a Terra viveu “época de lutas amargas, desde os primeiros anos deste século* a guerra se aninhou com caráter permanente em quase todas as regiões do planeta. A Liga das Nações, o Tratado de Versalhes, bem como todos os pactos de segurança da paz, não têm sido senão fenômenos da própria guerra, que somente terminarão com o apogeu dessas lutas fratricidas, no processo de seleção final das expressões espirituais da vida terrestre”. 5 O século XX, recentemente findo, foi, sem dúvida, o século mais sangrento de todos.

Após a Segunda Guerra Mundial, já tivemos 160 conflitos bélicos e 40 milhões de mortos. Se contabilizarmos desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e 187 milhões de mortos, aproximadamente.

Apesar de terroristas agirem em toda parte, tropas se confrontarem em muitas regiões, a economia se  descontrolar, sistemas e valores entrarem em colapso, instituições tradicionais como a Igreja e a Família serem violentamente abaladas, teóricos pregarem o fim da História, não faltam as vozes otimistas que apregoam um porvir renovado sob a luz de uma nova era.

Não há como se desconhecer a violência que assola a Humanidade terrestre. Ela está presente no trânsito, destruindo vidas e mutilando corpos; na prostituição infanto-juvenil, sob o assédio dos malfeitores; em segmentos da polícia, subvertendo suas obrigações patrióticas de proteger e auxiliar o povo; nas drogas, levando os jovens à dependência dessas substâncias alucinógenas; nas religiões, onde fanáticos insanos lutam e se aniquilam, disputando qual o “deus” mais forte e mais poderoso; no lar, pela intolerância dos pais para com os filhos e vice-versa, dispensando o diálogo fraterno, que, se houvesse, faria de suas vidas uma tranqüila experiência de conviver com amor.

Percebemos que há um grande número de pessoas aderindo às sugestões do mal, por simples ignorância.

Estas serão renovadas no desdobramento de suas experiências, particularmente com a magna dor, em reencarnações regeneradoras.

O problema maior está com aqueles em quem o mal predomina nas entranhas de seus corações, o que constitui uma minoria.

Estes, pela lei da seleção natural dos valores morais, serão expurgados do nosso convívio, assim que houver chegado a hora.

Temos a impressão de que os atos violentos, praticados por mentes insanas, banalizam-se no curso do tempo, mas, apesar de essa violência sufocar, confundir, assustar e cercear o homem na sua liberdade  de ir-e-vir, nunca se assistiu a tantas pessoas boas e pacíficas mobilizarem-se em prol de programas assistenciais aos irmãos menos afortunados, trabalhando voluntariamente por um mundo melhor e mais justo, e com total desprendimento e espírito cristão.

É claro que não podemos desconsiderar os perigos reais que nos cercam: desastres nucleares; o buraco na camada de ozônio; o desmatamento desordenado de nossas florestas; a poluição das nossas límpidas águas, etc., mas se olharmos o momento em que vivemos sob a ótica da revelação espírita, teremos motivos suficientes para crer que a desesperança, conseqüente do pessimismo que prevalece atualmente entre os homens, precisa ser substituída pela ação eficaz.

A Terra está entrando em uma fase de transição para mundo de regeneração, obedecendo às leis naturais de evolução. Mensagens da Espiritualidade, que nos vêm sendo transmitidas no Movimento Espírita desde o final do século XX, têm confirmado tal fato, e o homem não tem como vetar os Decretos de Deus.

Percebe-se que tudo está se transformando muito rapidamente, trazendo mais conforto e melhor qualidade de vida ao habitante da Terra. A dor física está, relativamente, sob controle; a longevidade, ampliada; a automação da vida material está cada vez maior, em face da tecnologia fascinante, especialmente na área da comunicação e informática. Quando poderíamos imaginar, por exemplo, há 50 anos, o potencial da Internet?

Já no século XIX, Kardec asseverava:

“A Humanidade tem realizado, até o presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. […]”.6 Neste século XXI, o Planeta passa por um processo acelerado de transformação. É com muito otimismo que percebemos, no tecido social contemporâneo, a gestação de vários investimentos, que envolvem cientistas, filósofos, religiosos e educadores os quais se inclinam para a formulação de um mundo renovado. Busca-se um novo conceito do homem e um novo ideal de sociedade, alicerçados em paradigmas revolucionários da Nova Física.

Se atentarmos apenas para a Informática e a Medicina, enquanto fatores de progresso humanos em benefício da Humanidade, perceberemos que Deus autorizou os Espíritos protetores a fazerem aportar, na Terra, os admiráveis avanços científicos que alcançamos.

“O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século [XX] de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos. No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era. […]”. 7 A transição de uma categoria de mundo para outra não se processa sem abalos, pois toda mudança gera conflitos. Há um momento em que o antigo e o novo se confrontam, estabelecendo a desordem e uma aparência de caos. “[…] a vulgarização universal do Espiritismo dará em resultado, necessariamente, uma elevação sensível do nível moral da atualidade.”8 Fugindo-se da paranóia de datação da vinda do mundo de regeneração, se quisermos atuar verdadeiramente,

auxiliando o advento de um mundo melhor, tratemos de trabalhar incansavelmente pela divulgação das idéias espíritas, corrigindo as distorções (facilmente observadas) no rumo do movimento que abraçamos, a fim de que os condicionamentos adquiridos em outros arraiais religiosos não venham a contaminar nossa ação, pela também intromissão de atitudes dogmáticas e intolerantes.

“Não é possível esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados. Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar a esse mundo pelas portas da reencarnação.

Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável – sem os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa – deveremos agir agora, sem perda de tempo.” 9 Para habitarmos um mundo regenerado, mister se faz que o mereçamos. Para tanto, urge que pratiquemos a caridade, não restrita apenas à esmola, mas que abranja todas as relações com os nossos semelhantes. Assim, perceberemos que a caridade é um ato de relação (doação total) para com o próximo.

Desta forma, estaremos atendendo ao chamamento do Cristo, quando disse: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu espírito; este é o maior e o primeiro mandamento.

E aqui tendes o segundo, semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos”.10

 

Referências:

1KARDEC, Allan. A gênese. 50. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. XVIII, item 1.

2Cf. Jornal O Imortal, publicado em outubro de 2006.

3KARDEC, Allan. A gênese. 50. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. XVIII, item 2.

4Idem, ibidem. Item 25.

5XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 34. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. XXIV, item “Lutas renovadoras”, p. 208.

6KARDEC, Allan. A gênese. 50. ed. Rio de

Janeiro: FEB, 2006. Cap. XVIII, item 5.

7XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 34. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. XXV, item “O Evangelho e o futuro”, p. 213-214.

8KARDEC, Allan. Obras póstumas. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978. Primeira Parte, “As aristocracias”.

9Matéria publicada no Boletim SEI – Serviço Espírita de Informações, 30/4/2005.

10Cf. Mateus, 22:34-40.

 

Revista reformador fev. 2007

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