Enquanto o braço corre (Cura na Federação)
Trecho sobre espiritismo incluído no livro As Religiões do rio, escrito em 1904 pelo cronista carioca Paulo Barreto, o João do Rio1 Nas rodas mais elegantes, entre sportsmen inteligentes, lavra o desespero das comunicações espíritas, como em Paris o automobilismo. Ainda há alguns meses senhores de tom, ao voltarem do Lírio, encasacados e de gardênia ao peito, comunicaram-se no Hotel dos Estrangeiros com as almas do outro mundo, por intermédio de uma cantora, médium ultra-assombroso. À tarde na Colombo, esses senhores combinavam a partie de plaisir (expressão que significava que combinavam “o que fazer à noite”) e à noite nos corredores do Lírico, enquanto Caruso rouxinoleava corpulentamente para encanto das almas sentimentais, eles prelibavam as revelações sonambúlicas da médium musical. Esses fatos são raros, porém, e as experiências assombrosas multiplicam-se. Os médiuns curam criatura a morrer. Leôncio de Albuquerque, que trata caridosamente a Saúde em peso, anuncia, sem tocar no doente, o primeiro caso de peste bubônica, e cada vez mais aumenta o número de crentes. O meu amigo dizia-me: _ Nunca se viu uma crença que com tal rapidez assombrasse crentes. Se o Figaro dava para Paris cem mil espíritas, o Rio deve ter igual soma de fiéis. O Brasil, pela junção de uma ração de sonhadores como os portugueses com a fantasia dos negros e o pavor indiano do invisível, está fatalmente à beira dos abismos de onde se entrevê o além. A Federação2 publicou uma estatística de jornais espíritas no mundo inteiro. Pois bem: existem no mundo 96 jornais e revistas, sendo que 56 em toda a Europa e 19 só no Brasil. (…) A Federação fica na Rua do Rosário, 97. É um grande prédio, cheio de luz e claridade. Cumprem-se aí os preceitos da ortodoxia espírita; não há remuneração de trabalho e nada se recebe pelas consultas. A diretoria gasta parte do dia a servir os irmãos, tratando da contabilidade, da biblioteca, do jornal, dos doentes. A instalação é magnífica. No primeiro pavimento ficam a biblioteca, a sala de entrega do receituário, a secretaria, o salão de espera dos consultantes e os consultórios. Seis médiuns psicográficos prestam-se duas horas por dia a receitar, e as salas conservam-se sempre cheias de uma multidão de doentes, mulheres, homens, crianças, figuras dolorosas com um laivo de esperança no olhar. A casa está sonora do rumor contínuo, mas tudo é simples, caridoso e sem espalhafato. Quando entramos não se lhe altera a vida nervosa. A Federação parece um banco de caridade, instalado à beira do outro mundo. Os homens agitam-se, andam, conversam, os doentes esperam que os espíritas venham receitar pelo braço os médiuns [sic.], e os médiuns, sob a ação psicográfica, falam e conversam enquanto braço corre. Atravessamos a sala dos clientes, entramos no consultório do Sr. Richard.3 Há uma hora que esse honrado cavalheiro, espírita convencido, escreve e já receitou para 47 pessoas. _ Há curas? _ perguntamos nós, olhando as fileiras dos doentes. _ Muitas. Nós, porém, não tomamos nota. _ Mas o senhor não se lembra de ter curado ninguém? _ A mim me dizem que pus boa uma pessoa da família do general Argollo. Mas não sei nem devo dizer. É o preceito de Deus. Deixamo-lo receitando, já perfeitamente normalizados com aquele ambiente estranho, e interrogamos. Há milhares de curas. A Sra. Georgina, esposa do Sr. César Pacheco, depois de louca e cega, ficou boa em dez dias; D. Jesuína de Andrade, viúva, quase tísica, em trinta dias salva, e outros, outros muitos. Quer valor tem essas declarações? Os doentes enfileirados parecem crer e o Sr. Richard é a fé em pessoa. É o que basta talvez. 1Fonte: Reportagem “O Novo Espiritismo”, de Martha Mendonça, publicada na revista Época, no. 424, de 3 de julho de 20906,p.66-74 2Nota de Reformador: O autor faz referencia à Federação Espírita Brasileira. 3Nota de reformador: Pedro Richard serviu `FEB por cerca de 40 anos Revista Reformador 08/2006
Enfermidades: lições valiosas para os que as adquirem
Ouvindo isso, seus discípulos, muito espantados, perguntaram: Quem pode então ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse: Impossível é isto para os homens, mas para Deus tudo é possível. (Mateus, 19:25-26.) O diálogo destacado acima, entre Jesus e seus seguidores, também registrado por Marcos (10:26-27) e Lucas (18:26–27), enaltece a essência da misericórdia divina ao dizer que para Deus tudo é possível; confere-nos a certeza de que todos os recursos indispensáveis, para nossa edificação espiritual, serão oferecidos por Ele, facultando-nos condições para vencermos todos os óbices que precisamos superar em nossa marcha evolutiva na Terra. A passagem evangélica nos traz infinitas esperanças e convida-nos a meditar sobre o tema. As doenças físicas são contingência natural da maioria dos seres reencarnados em processo de aprendizado no orbe terreno. Decorreriam elas dos reflexos das mentes que se desajustam? Esses transtornos da mente seriam capazes de impor ao veículo orgânico efeitos doentios indefiníveis, que lhe propiciariam a derrocada ou a morte? Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz (1853-1937), distinto médico e denodado batalhador do Espiritismo, em estudos espirituais sobre o assunto, elucida: Todos os nossos pensamentos definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos. Assim sendo, é indispensável curar de nossas próprias atitudes, na autodefesa e no amparo aos semelhantes, porquanto a cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada percentagem de agentes […], de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós […], suscetíveis de fixar-nos, por tempo indeterminado, em deploráveis labirintos da desarmonia mental. Em muitas ocasiões, nossa conduta pode ser a nossa enfermidade, tanto quanto o nosso comportamento pode representar a nossa restauração e a nossa cura.1 Igualmente, o Espírito Emmanuel, em análise sobre o problema, observa que “ninguém poderá dizer que toda enfermidade, a rigor, esteja vinculada aos processos de elaboração da vida mental”, mas garante “que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças”,2 e reconhece que os descontroles psíquicos geram “zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência”.3 Donde se conclui que os pensamentos residem na base de todas as nossas ações. Os médicos, a partir dos avanços científicos obtidos, no decorrer dos séculos, associaram certas doenças, a exemplo do câncer, às causas psíquicas.4 Ao nos depararmos com o surgimento da doença, somos tomados por sentimentos de incertezas e dúvidas, não querendo aceitar a difícil realidade que nos aguarda, sobretudo nos processos de tratamento indispensáveis para eliminar os seus efeitos e sintomas. Não temos suficiente serenidade para analisar a própria situação e, segundo as leis que nos regem, para vivenciar provas e sofrimentos apropriados às nossas necessidades de melhoria espiritual. O filósofo espírita León Denis (1846-1927), defensor ardoroso na luta em proveito da causa do Espiritismo, identifica na dor “uma lei de equilíbrio e educação”. 5 Diz ele: […] Sem dúvida, as falhas do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições de nosso destino. O sofrimento não é, muitas vezes, mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas, mas sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condições do progresso. Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo, mas somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos. […]5 As provas desenvolvem a inteligência e nos ensinam a exercitar a paciência e a resignação.Ao considerarmos as enfermidades como formas de retificação dos comportamentos desequilibrados, devemos, portanto, aceitar os sofrimentos sem nos lamentar e lutar para suplantar as dificuldades que surgem dos graves problemas de saúde, que não nos sejam possíveis evitar. Algumas vezes, podem ser provas buscadas pelo Espírito com o intuito de ativar o seu progresso espiritual, suportando, sem esmorecer, os reveses da vida material. Hermínio C. Miranda (2008), em seus estudos espíritas, centrado, sobretudo, na análise das curas promovidas pela homeopatia, desenvolve interessante tese sobre a importância da dor, tanto nos males físicos como nos espirituais, e considera que “as mais esclarecidas correntes da medicina moderna admitem hoje a origem psicossomática de inúmeras doenças”.6 É pertinente ressaltar algumas de suas anotações sobre o assunto: Assim como a doença orgânica resulta de abusos que geram desarmonias ou desafinamentos no sistema biológico, assim também as dissonâncias e desarmonias espirituais criam doenças mentais e emocionais gravíssimas resultantes de abusos de natureza ética. […] No caso das mazelas espirituais, o “tratamento”, às vezes um tanto rude, mas sempre justo, que as leis divinas nos prescrevem, consiste em nos fazer experimentar dores, angústias, aflições e carências que impusemos ao semelhante. Somente assim estaremos em condições de avaliar com lucidez a extensão e profundidade do sofrimento que causamos ao nosso irmão, ou seja, sentindo-o na “própria pele”. […]7 O autor, contudo, admite que os mecanismos das leis espirituais não exigem o sofrimento a qualquer preço, tornando-se inclementes e inflexíveis. Ao contrário, a comiseração divina haverá de favorecer-nos em todas as ocasiões, concedendo-nos meios de sobrepujar infortúnios e angústias. A carne não prevalece sobre o Espírito, a quem cabe a responsabilidade moral de todos os atos. Os abusos são decorrentes das tendências nocivas que passamos a cultivar ao longo de nossas intermináveis reencarnações, transigindo com os vícios e excessos de toda ordem, em prejuízo do veículo físico. Não devemos, pois, maldizer as doenças do corpo; elas servem para sarar as nossas almas, de modo a não reincidirmos nos mesmos erros cometidos. Além disso, é possível buscar todos os recursos ao nosso alcance para o equilíbrio orgânico, sem prescindir dos médicos e demais equipes da área de saúde, submetendo-nos às orientações clínicas, cirúrgicas ou terapêuticas. O importante é não nos entregarmos ao desânimo, apegados, erroneamente, a um determinismo irremediável, não aceitando as soluções da medicina que nos proporcionariam alívio e bem-estar. Façamos fervorosas preces suplicando a assistência dos benfeitores espirituais para que se tornem conselheiros e mestres dos esculápios terrenos, permitindo-lhes as condições necessárias para bem interpretar as intuições que advenham do Plano Maior, estando aptos, conforme o conhecimento científico que conquistaram, para agirem com competência no tratamento das doenças que adquirimos e, dessa maneira, diminuir ou extinguir os padecimentos que ainda não conseguimos afastar. É preciso desenvolver o nosso esforço, tendo como recurso de êxito, em benefício da cura, o exercício equilibrado do livre-arbítrio. Deus zela por nós; e tudo é possível para aquele que crê na sua infinita compaixão! Referências: 1XAVIER, Francisco C. Instruções psicofônicas. Por diversos Espíritos. 9. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 19, p. 98-99. 2______. Pensamento e vida. 18. ed. 1. reimp. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 28. 3Idem, ibidem. Cap. 15, p. 65-66. 4SERVAN-SCHREIBER, Davi. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. Trad. Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. p. 164. 5DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 3, As potências da alma, item 27, p. 520. 6MARCUS, João (pseudônimo de Hermínio C. Miranda). Candeias na noite escura. 4. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 39, p. 202. 7______. ______. p. 202-203. Reformador Março 2010
Enfermidades e curas (Apóstolo desconhecido)
As enfermidades congênitas ou não, são provas que os culpados devem passar, para ressarcirem seus débitos atuais ou do passado? Os curados foram perdoados ou estavam em fim de dividas?
Embora recebi de Deus o poder de perdoar pecados, seria injustiça curar uns e outros não.
Há enfermidades de <span style="text-decoration
Ecos da Floresta (cura com plantas)
Os hábitos intrigantes dos pajés, com seus rituais de cura. Quando um índio adoecia, quando as feridas da guerra faziam periclitar a vida, quando o caiporismo da sorte punha a caça mais arisca, então era o “feiticeiro” que entrava em cena, buscando no escuro da floresta, já que lhe agradava mais a cabana longe da aldeia, onde pudesse conservar em paz o segredo de suas plantas e de suas rezas. E para espanto do homem branco, os pajés, quando em atividade curadora, muitas vezes retiravam do corpo do enfermo objetos estranhos, como lascas de ossos ou pedaços de carvão. Com freqüência os pajés colavam a boca no corpo do doente, sugavam-no, e depois cuspiam fora o ‘feitiço” materializado na forma daqueles objetos. Todo o Brasil conhece e admira o Professor Ruschi, um cientista que dedicou sua vida ao estudo e à defesa da fauna e da flora de nossa terra. Ora, um homem que se enternece com os reflexos irisados das asas de um colibri, há de ter beija-flores na alma. Pois bem. Toda a imprensa noticiou que o Professor Ruschi estava muito enfermo. Já com mais de 70 anos de idade, vinha sentindo tonturas, mal-estar, inapetência e apresentando freqüentes hemorragias nasais que nem ao menos permitiam-lhe dormir. Todos os recursos da medicina foram tentados, mas os médicos nada garantiam. Só 5% do fígado do cientista funcionavam. O desenlace parecia próximo e não houve quem, conhecendo-o, não se comovesse. Aquela alma, que tanto amou os pássaros, notadamente os beija-flores, parecia querer seguir-lhes o vôo. Foi então que, num momento de feliz inspiração, o nosso Presidente da República expediu uma ordem aparentemente disparatada: mandou convocar o cacique txucahamãe Raoni e o pajé camaiurá Sapaim, pedindo-lhes que salvassem o cientista. É que, ao que consta, em 1974 o Professor Ruschi, aproveitando-se de uma de suas incursões pela floresta amazônica, andou colhendo alguns sapos, os (agora) famosos dendrobatas ou dendróbatas, a pedido de um outro cientista, seu amigo. O dendróbata é um sapinho multicolorido, bonito mesmo, mas altamente venenoso. Tão venenoso que os índios aproveitam sua peçonha para envernizar as pontas das flechas. O professor teria, pois, sido contaminado e isso o estaria, agora, matando. Há quem conteste semelhante hipótese: o veneno do dendróbata deveria ter morto o professor em muito menos tempo, e não ficaria retido no organismo para matá-lo aos poucos. Mas não importa: o professor estava doente e, segundo os jornais noticiaram, praticamente desenganado pelos médicos. O cacique Raoni, sem saber da história, diz ter sonhado com o professor, que se debatia numa lagoa cheia daqueles batráquios. Ao índio isto bastou para o diagnóstico: o professor fora envenenado pelos sapos. Mais tarde, ao avistar o cientista, Raoni encontrou até um apoio anatômico para confirmar suas suspeitas: – o véio já tá com cara de sapo – disse ele. Para encurtar a história, a pajelança foi feita: com o uso de uma planta chamada atorokom, de outra denominada tokuperam, com baforadas de petam, com cânticos e rezas em língua nativa, os dois pajés gastaram três dias tentando salvar o cientista. Mas não apenas cantos, fumo e banhos herbáceos foram aplicados. O jornal O Estado de São Paulo, em sua edição de 24/01/86, mostra na primeira página uma foto de Raoni claramente aplicando no professor aquilo que chamaríamos de passe. E agora vejam: o repórter Rogério Medeiros, o próprio Ruschi e sua esposa testemunharam que, enquanto os índios faziam seu ritual, do corpo desnudo do cientista foi sendo exsudada uma substância escura, gosmenta e mal cheirosa que, atingindo o tamanho de uma bola de gude, era colhida pelos pajés e depois desaparecia ante o sopro da fumaça do petam. – “Foi impressionante”- disse aquele jornalista. Segundo os aborígenes, aquela substância era o veneno dos sapos. Ora, muito bem. O ritual, dissemos, durou três dias. Mas após o primeiro, tão logo ele terminou, já o professor estava sem tonturas, sem sangramento nasal, sem mal-estar e com uma tremenda fome. Quando os índios deram seu trabalho por findo (a substância eliminada pelos poros do professor foi se tornando mais escura e mais mal cheirosa a cada dia), Ruschi de nada mais se queixava. Voltou para casa e está de novo a escrever seus livros e a observar seus pássaros. É claro que, tendo mais de setenta anos e havendo já contraído muitas doenças, como a malária, em suas longas permanências nas florestas do Brasil, um dia terá que nos deixar. Mesmo assim, quando sua alma tiver que partir, há de ser conduzida pelos beija-flores e não arrastadas pelos sapos, aos corcovos. O que importa é que agora ele está bom. Com muito apetite, com a mesma disposição para o trabalho e dormindo bem, cessadas que foram as contínuas hemorragias nasais. Mas como em toda história bonita sempre há, ali pelo meio, um trecho que a entristece, esta o tem, igualmente. É que muitos médicos criticaram o nosso presidente, dizendo que ao chamar os pajés ele desrespeitaria a medicina oficial, instituindo o curandeirismo. E mais: disse o Dr. Carlos Bacelar,
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Dor Evolução
Desde as mais remotas épocas, o homem foi sempre vitimado pela dor e, incansavelmente, buscou entender as suas causas. Adotou práticas místicas e cabalísticas, elaborou teorias de formas de vida e de crença no intuito de se livrar ou minimizar as conseqüências da dor. Seitas, religiões e filosofias vêm buscando na vida material, e fora dela, explicações para as catástrofes, flagelos, doenças, aleijões humanos e outras perturbações que promovem a aflição. Expiação dos pecados; provação para o exercício da fé; conseqüências dos desvarios da humanidade na busca do prazer vulgar e imediato, e aguilhão necessário ao progresso tecnológico e moral do homem têm sido explicações adotadas para justificar a razão do sofrimento.
O entendimento da natureza e do papel que a dor ocupa na história da humanidade passam pela abordagem dos traços culturais e antropológicos dos homens atingidos por esse fenômeno tão complexo, não aceito com naturalidade pela maioria de todos nós. Daí a diversidade de interpretação sobre ela.
ANTIGUIDADE
Os sábios da Antiguidade grega teorizaram sobre a natureza da dor e formas de evitá-la ou minimizar a sua ação. Platão (427-347 a.C.) afirmou que “A dor ocorre quando a proporção ou a harmonia dos elementos que compõem o ser vivo é ameaçada ou comprometida”. Assim, segundo o discípulo de Sócrates, vivendo em harmonia consigo mesmo e com a Natureza o homem se livra da dor. Epicuro (341-270 a.C.) admitia que a dor era uma conseqüência da busca do prazer vulgar e desmesurado. Zenon de Cicio (334-262 a.C.), fundador do estoicismo, ensinava que as paixões são as causas do sofrimento e que, para evitá-lo, deveria o homem seguir a natureza, aceitando o destino e conservando a serenidade em qualquer circunstância. O judaísmo, por sua vez, entendia a dor como um castigo divino pela desobediência, resquício de um impiedoso atavismo do “pecado original”. Quando Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, Jeová castigou a mulher a dar à luz com dor e ao homem a ganhar o pão com o suor de seu rosto. A história de Jó, no Antigo Testamento, é forte testemunho desse complexo de culpa. Jesus desenvolveu esforços para desfazer essa concepção de dor-castigo, quando bem-aventurou os aflitos, assinalando que o sofrimento seria oportunidade de purificação da alma.
IDADE MÉDIA E MODERNIDADE
Durante a Idade Média, os homens, interpretando mal a dinâmica da vida, aplicavam a dor como instrumento de justiça e de repressão, submetendo os condenados a sessões de torturas públicas, acreditando que assim educaria o povo a obedecer às ordens emanadas do Estado e da Igreja. Fortalecida pela Igreja, a cultura judaico-cristã insistia que a doença era um castigo divino ou forma de advertência ao povo pecador. Doenças incuráveis à época, tal como a lepra, e as epidemias que assolavam milhares de vidas, enquadravam-se na visão de um deus antropomórfico caprichoso e vingativo que refletia as características morais do homem medieval, que não via as causas daqueles flagelos na falta de saneamento básico, na alimentação inadequada e no descuido com a higiene pessoal. No início do século XVIII houve um salto e o filósofo inglês Alexander Pope (1688-1744) ensinava que se deveria considerar a dor individual como um sofrimento parcial a serviço de um bem universal, alertando, sem dúvida, para os cuidados que se deveriam ter no alastramento das infecções. O Arquidiácono William Paley (1743-1805) pensava da mesma forma: administrava aos estudantes de Cambridge que a dor de um era um mal menor, destinado a proteger a humanidade de um mal muito maior. Exemplificava que uma doença nos dedos dos pés era uma advertência providencial para reduzir o consumo de álcool, que posteriormente poderia provocar uma crise de gota. Aqui, nos parece uma referência à dor-auxílio, de que André Luiz vem conceituar muito bem.
A DOR E O ESPIRITISMO
Como a dor, algo tão negativo, do ponto de vista humano, pode ser um benefício para a criatura que Deus criou pare ser feliz? E aqui grifo o termo criatura, porque não é somente o ser racional que experimenta o sofrimento, mas também os irracionais.
A Doutrina Espírita veio trazer a resposta a essa interrogação. A pluralidade das existências é a solução racional que se coaduna com a Justiça e Bondade divinas, para justificar a existência da dor, cujas causas podem ser encontradas na atual existência ou em outras. A dor não é castigo, não é capricho e nem ira do Criador com a sua criatura. “Por mais admirável que possa parecer à primeira vista, a dor é apenas um meio de que usa o Poder Infinito para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, tornar-nos mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura”.
Mais recentemente, o Espírito André Luiz nos trouxe valiosas contribuições que aprofundam-nos compreensão exata do sofrimento humano, quando nos ensina que a dor tem naturezas e papéis diferenciados no processo de nosso progresso moral e espiritual, existindo, portanto, dor-expiação, dor-auxílio e dor-evolução. Explica ele que “[…] a dor-expiação, que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça […].” Quanto à dor-auxílio adianta que “[…] pela intercessão de amigos devotados à nossa felicidade e à nossa vitória, recebemos a bênção de prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais freqüentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição da morte. O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na Vida Espiritual.” Parece-nos que William Paley já fazia referência a essa modalidade de dor…
A DOR-EVOLUÇÃO
Há quem pense, mesmo entre espíritas, que o sofrimento é sempre uma punição, que a criatura está enfrentando adversidades por que merece… Mas nem sempre é assim. Será imprudência generalizar a natureza da dor de cada um. “A dor é ingrediente dos mais importantes na economia da vida em expansão. O ferro sob o malho, a semente na cova, o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável ou semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofrem a dor-evolução, que atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso”.
Na cura do cego de Siloé (Jo 9:1-41), Jesus responde aos que lhe desafiavam a sabedoria e o poder, que nem o cego nem os seus pais haviam pecado para que se justificasse sua condição de cego de nascença, mas que ali estava para que nele se manifestassem as obras de Deus, permitindo inferir que haja quem sofra sem está em débito com a contabilidade divina. Interrogado a respeito dessa passagem evangélica, o Espírito Vianna de Carvalho confessa acreditar realmente no que ficou registrado pelo apóstolo de Patmos. Na mesma linha de raciocínio, o Codificador, com sua peculiar lucidez e bom-senso, admite, no caso, que “se não era uma expiação do passado, era uma provação apropriada ao progresso daquele Espírito, porquanto Deus, que é justo, não lhe imporia um sofrimento sem utilidade”. (Grifamos) Embora tenhamos a certeza que muitos Espíritos sem carma reencarnam na Terra por amor a alguém ou por algum ideal e submetendo-se às leis da matéria sofram sem merecerem, raros são os registros que nos permitem afirmar com convicção esse ou aquele caso. Mas o Espírito Emmanuel nos revela dois desses casos. Quem ler os livros Ave Cristo e Renúncia pulando o 1º capítulo de cada um deles, vai admitir que as dores por que passaram Quinto Varro e Alcíone foram expiações por faltas do passado. Mas não foi bem isso. No Ave Cristo, Quinto Varro solicita a Clódio – entidade de esfera superior – seu regresso à Terra para auxiliar Taciano, que fora seu filho na última existência e que não conseguira conduzi-lo ao Cristo como pretendera, e a resposta foi:
“- Mas, por quê? Conheço-te o acervo de serviços, não somente à causa da ordem, mas igualmente à causa do amor. No mundo patrício, as tuas derradeiras romagens foram as do homem correto até ao extremo sacrifício e os teus primeiros ensaios na edificação cristã foram dos mais dignos. Não será aconselhável o prosseguimento de tua marcha, acima das inquietantes paisagens da carne” . (Grifamos) No Renúncia, Alcíone, Espírito de elevada hierarquia, prestando serviços no sistema de Sírius, dirige-se a Antênio, seu mentor, que cumpria as ordenações de Jesus, solicitando sua volta à Terra, para cooperar com Pólux, seu eterno amor. Depois de muito argumentar, não concordando com seu retorno, já que não acreditava que Pólux estivesse pronto para merecer seu sacrifício, diz-lhe:
“- Recorda que as leis planetárias não afetam somente os espíritos em aprendizado ou reparação, mas, também, os missionários da mais elevada estirpe. Experimentarás, igualmente, o olvido das tuas conquistas, sentirás o mesmo desejo de compreensão e a mesma sede de afeto que palpitam nos outros mortais.” (Grifamos.)
Diante dessas revelações, podemos concluir que a dor não é somente produto da consciência culpada. “Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação.” Nos casos de Quinto Varro e Alcíone, foram eles provados na sua grandeza moral, alcançando patamares mais elevados do progresso espiritual pelos seus sacrifícios em nome do amor.
“Pela dor – afirma Denis -, descobre-se com mais segurança o lugar onde brilha o mais belo, o mais doce raio da verdade, aquele que não se apaga”. E, nessa linha, lapidou o poeta Francisco Otaviano de Almeida Rosa (1825 – 1889): “Quem passou pela vida em branca nuvem, E em plácido repouso adormeceu; Quem não sentiu o frio da desgraça, Quem passou pela vida e não sofreu; Foi espectro de homem, não foi homem, Só passou pela vida, não viveu.”
Revista Internacional de Espiritismo 05/2008 – Waldehir Bezerra de Almeida
Diferença entre os Médicos e os Médiuns Curadores
ALZHEIMER – MAL ESPIRITUAL
O mal de “Alzheimer”, assim chamado por ter sido descrito, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, é uma doença degenerativa com profundas causas espirituais. À semelhança de outras patologias psiquiátricas – diria, com maior propriedade, espirituais! –, como, por exemplo, a esquizofrenia, o mal de “Alzheimer”, cujo gene desencadeante, mais cedo ou tarde, a Ciência terminará por descobrir, tem no espírito a sua origem. Ousaria dizer, nesta rápida análise, que a referida enfermidade, que, sem dúvida, vem, dia a dia, crescendo nas estatísticas médicas, longe de ser causa de prejuízo para o espírito reencarnado, surge justamente em seu auxílio, neste período decisivo para todos os que se encontram vinculados à Evolução do planeta. Não mais se constitui em novidade para os estudiosos do Espiritismo que muitos, de alguns lustros para cá, estão tendo as suas últimas oportunidades sobre a Terra, aonde vem ocorrendo o mesmo fenômeno que provocou em Capela o êxodo de milhões e milhões de espíritos recalcitrantes. Em maioria, as vítimas do “Alzheimer” são espíritos vitimados por processos de “auto-obsessão”, necessitados de ajuste com a consciência em níveis que nos escapam a qualquer tentativa de apreciação imediata. Não fosse assim, não se justificaria que o espírito reencarnado, por vezes, permanecesse no corpo com as suas faculdades intelectuais suspensas por tempo indeterminado – muitos enfrentam tal prova por mais de 10, 15 ou 20 anos! –, quais mortos-vivos cuja existência carnal parece ter perdido o sentido. Não vamos aqui trazer à baila a questão das provas compartilhadas com os seus demais familiares consanguíneos, mesmo porque, infelizmente, tais familiares (existem exceções) costumam se livrar dos parentes atacados pelo “Alzheimer”, confiando-os aos cuidados de uma clínica ou, simplesmente, trancafiando-os num dos cômodos isolados da casa, insensibilizando-se. O objetivo, porém, destas nossas considerações, que muitos amigos vêm nos solicitando, é dizer que o doente, total ou parcialmente, desmemoriado, está entregue a si mesmo para um ajuste de contas com o cristalizado personalismo de outras eras – às vezes, não tão distante assim –, com o seu despotismo inconsciente, com o seu excessivo moralismo… Temos, neste Outro Lado da Vida, tido a oportunidade de acompanhar a muitos que se retiram do corpo, pela desencarnação, que, sem que sejam considerados insanos, se mostram completamente alheios a si mesmos, esquecidos do que foram e do que são, à mercê de reencarnações à distância das situações sócio-econômico-culturais, inclusive religiosas, em que se perderam do Cristo! Estes espíritos, por ação da Misericórdia Divina, mergulhados num esquecimento, que não é o provocado pelo choque biológico da reencarnação, antes que, em definitivo, entrem na lista dos desterrados, terão oportunidade de recomeçar alhures, com a mente não mais obsessivamente fixada nas ideias equivocadas que vêm ruminando a muitas existências, vivendo num círculo vicioso difícil de ser rompido. Portanto, a nosso ver, o “Alzheimer”, é uma doença-auxiliar do espírito, que se, aparentemente, o desmorona intelectualmente, o faz ressurgir dos escombros de si mesmo com uma nova perspectiva existencial – bênção diante do qual alguns lustros de alienação do espírito, mergulhado em semelhante processo de “reconstrução íntima”, nada significam! INÁCIO FERREIRA Uberaba – MG, 11 de junho de 2012.
Alergia e Obsessão
Quem se consagra aos trabalhos de socorro espiritual há de convir, por certo, em que a obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente.
Sabemos que a palavra «alergia» foi criada, neste século, pelo médico vienense Von Pirquet, significando a reação modificada nas ocorrências da hipersensibilidade humana.
Semelhante alteração pode ser provocada no campo orgânico pelos agentes mais diversos, quais sejam os alimentos, a poeira doméstica, os polens das plantas, os parasitos da pele, do intestino e do ar, tanto quanto as bactérias que se multiplicam em núcleos infecciosos.
As drogas largamente usadas, quando em associação com fatores protéicos, podem suscitar igualmente a constituição de alérgenos alarmantes.
Como vemos, os elementos dessa ordem são exógenos ou endógenos, isto é, procedem do meio externo ou interno, em nos reportando ao mundo complexo do organismo.
A medicina moderna, analisando a engrenagem do fenômeno, admite que a ação do anticorpo sobre o antígeno, na intimidade da célula, liberta uma substância semelhante à histamina, vulgarmente chamada substância «H», que agindo sobre os vasos capilares, sobre as fibras e sobre o sangue,
atua desastrosamente, ocasionando variados
A Medicina e o Espiritismo
O que é saúde e o que é doença à luz da doutrina espírita? Doença e saúde se referem ao estado em que se encontram as pessoas e não ao estado de órgãos ou partes do corpo. O corpo físico nunca está só doente ou só saudável, já que nele se expressam realmente as informações da consciência. O corpo de um ser humano vivo deve seu funcionamento ao espírito que o habita. Quando as várias funções corporais se desenvolvem em conjunto dentro de uma harmonia, ele se encontra num estado que denominamos de saúde. Se uma função falha, ela compromete a harmonia do todo e então falamos que ele se encontra em um estado de doença. A doença é a perda relativa da harmonia. Essa perturbação da harmonia acontece à nível de consciência, que é a parte espiritual do ser, enquanto o corpo é a forma de apresentação dessa desarmonia. O nosso “não consciente” envia mensagens ao nosso “consciente”, sob a forma de tensões ou sofrimentos físicos e emocionais. Procurando “silenciar” essa tentativa de comunicação, utilizamos medicamentos para acabar com os sintomas, sem perceber o que gerou os mesmos. Por que médicos e pacientes precisam aprender a perceber onde está a causa inicial? Médicos porque têm o papel de orientar. Se não souberem a causa, irão tratar apenas a conseqüência. Pacientes porque são os principais interessados e responsáveis por sua cura. Origem da desarmonia no perispírito Sabemos todos que o perispírito: É preexistente e sobrevivente à morte do corpo material, transmitindo suas vontades ao corpo físico e as impressões do corpo físico ao espírito; Que o envoltório carnal se modela e as células se agrupam de acordo com a forma perispiritual; Que as qualidades ou defeitos, faltas, abusos e vícios de existências passadas registrados no perispírito reaparecem no corpo físico como enfermidades e moléstias. Inúmeras almas já renascem “adoecidas”, ou seja, com os componentes psíquicos enfermiços. Em grande parte dos casos o componente inicial dessa enfermidade é a falta de auto-amor. O amar a si mesmo ainda é uma lição que todos temos que aprender. Muitas reencarnações têm como objetivo precípuo restabelecer o desejo de viver e recuperar a alegria de sentir-se em paz. Uma conseqüência da falta do auto-amor é a depressão. O que é depressão? Como se pode conceituar depressão à luz do conhecimento espírita? Depressão é cansaço de viver, é não aceitar a vida como ela é. É a “doença prisão” que cassa a liberdade da criatura rebelde, viciada em ter seus caprichos atendidos. É uma intimação de leis da vida convocando a alma a mudanças inadiáveis. Em tese, depressão é a reação da alma que não aceitou sua realidade pessoal como ela é, estabelecendo um desajuste interior que a incapacita para viver plenamente. No capítulo “Receituário oportuno” do livro “Escutando os Sentimentos” de Wanderley S. de Oliveira, Ermance Dufaux nos diz ser necessário ingerir três medicações com freqüência: 1.Acreditar que merece a felicidade, assim como todos os seres humanos (ser feliz é contentar-se com o que se é, sem que isso signifique estacionar; é o amor a si); 2.Parar de encontrar motivos externos para suas dores, encontrando-lhes as causas íntimas (dentro de cada um está a cura para todos os seus males); 3.Parar de pensar em felicidade para depois da morte e tentar ser feliz ainda em vida (a felicidade resulta da habilidade de consolidar o sentido da vida a partir do “olhar de impermanência”). As emoções e os chakras Sabemos quando a consciência de uma pessoa está desequilibrada, pois a mesma torna visível e palpável na forma de sintomas físicos ou psicológicos o seu desequilíbrio. Existem desarmonias registradas a nível perispiritual. É o ser humano que está doente (espírito) e não o seu corpo físico. Como os chakras fornecem energia sutil aos diversos órgãos do corpo, os bloqueios e conflitos emocionais podem resultar num fluxo energético anormal para diversos sistemas fisiológicos. Com o tempo, esses fluxos anormais de energia podem produzir doenças de maior ou menor gravidade em qualquer órgão do corpo. O stress emocional é um importante fator no processo de produção das doenças. Os conflitos emocionais, os sentimentos de impotência e a falta de amor por si próprio podem ter efeitos nocivos sobre o funcionamento dos principais chakras. A falta de amor a si ou auto-imagem ruim pode causar bloqueio no chakra cardíaco, o qual, secundariamente, afeta o funcionamento do timo, debilitando o sistema imunológico. Também pode afetar os pulmões contribuindo para as doenças respiratórias. A forma inadequada de expressar verbalmente o que sente ou a não expressão verbal dos sentimentos internos pode interferir na função do chakra laríngeo. Essa pode ser a causa de muitos casos de amigdalites ou transtornos de tireóide. Nossas doenças são freqüentemente um reflexo simbólico dos nossos estados internos de intranqüilidade emocional, bloqueio espiritual e desconforto. Isso sugere que a prescrição de medicamentos de efeito rápido, que aliviem apenas temporariamente os sintomas agudos da doença, não é a solução ideal para minorar os problemas do paciente, dentro de uma perspectiva reencarnacionista. A medicina do futuro deverá ensinar os pacientes a reconhecerem os fatores emocionais e energéticos sutis que podem predispô-los a determinados estados mórbidos. Assim, terá mais facilidade em detectar disfunções nos chakras, corpos emocional, etérico e mental. Hereditariedade
Por que ficamos
A Doença, a Cura e a Prevenção.
Considerações Iniciais: Aparecida_Cruz – Amados amigos, que possamos nessa manhã, com muita alegria, estudarmos os temas propostos em torno da doença, da