Por que sou médium? – palestra 24.11.21
Por que sou médium?
CELC 24.11.21 -Geisa Lobato
O que é Mediunidade?
O Consolador, questão 382.
Qual a verdadeira definição da mediunidade?
R: a mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda carne prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra. A missão mediúnica, se tem os seus percalços e as suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos.
História da Mediunidade
Estudando as civilizações da Terra, vamos observar que a mediunidade tem-se manifestado, em todos os tempos e em todos os lugares, desde as mais remotas épocas. A crença na imortalidade da alma e a possibilidade da comunicação entre os “vivos” e os “mortos” sempre existiu.
Livro Médiuns e Mediunidades (*), capítulo 4 e Livro Evolução para o Terceiro Milênio (**), Parte 1, Base Doutrinária, capítulo 2 (Manifestações: Antiguidade, Bíblia, Idade Média).
(*) Na antiguidade oriental, era comum a prática da evocação dos mortos, em todas as culturas, na intimidade dos templos, celebrizando os adivinhos, oráculos e sacerdotes, profetas e pítons (pitonisas, sacerdotisas) que logravam traduzir-lhes o pensamento, por meio de cuja sensibilidade retornavam ao contato humano.
Na Grécia, tornaram-se notáveis os santuários, nos quais se davam as evocações dos deuses, especialmente o de Delfos, que permaneceu na condição de marco histórico da legitimidade das comunicações dos seres desencarnados com os homens.
No antigo testamento Moisés, entre outros, foram exemplos de missionários que atingiram as mais elevadas expressões do intercâmbio espiritual em favor da Humanidade. Moisés, no monte Sinai, por via mediúnica, recebe os 10 mandamentos.
(**) O Cristianismo primitivo assentou suas bases espirituais no intercâmbio com as divindades, que se apresentavam espontaneamente, conduzindo as mentes e sustentando os homens nos seus elevados empreendimentos. Manifestações mediúnicas eram práticas usuais entre os cristãos primitivos, tanto que em 1 Tessalonicenses 5:20 – Não desprezeis as profecias. Em 1 Coríntios 14:39 – Paulo suspende a proibição de Moisés dizendo: Não proibais o uso do dom das línguas.
(*) Esse intercâmbio reinou-se com Jesus, cujo advento foi anunciado pelos Espíritos nobres e a vida toda assinalada pela incessante comunicação com os desencarnados, prosseguindo, Ele próprio, após a morte, inúmeras vezes, e culminado no inesquecível, aparecimento ao jovem Saulo, a quem convocou, às portas de Damasco, para o ministério inigualável.
(*) Paulo de Tarso, viu Jesus. João Batista e João Evangelista se fizeram expoentes da mediunidade gloriosa, demonstrando o poder da imortalidade sobre as vicissitudes humanas.
São João Crisóstomo afirmava que, ao escrever a interpretação das cartas paulinas, o Apóstolo dos Gentios as ditava aos seus ouvidos, São Basílio, Orígenes, Constantino, entre inumeráveis, foram excelentes médiuns que as forças do Mais-Além conduziam com facilidade, inscrevendo, nas páginas da história, os seus depoimentos honestos a respeito da vida transcendental e da interferência dos seres espirituais em suas vidas. (Santos da Igreja Católica).
(**) Na idade Média domina a fulgurante figura de Joana D´Arc, a grande médium que foi levada a fogueira, por não querer renegar as vozes espirituais que ouvia e das quais recebia as orientações. […] Durante os séculos medievais, toda pessoa suspeita de atividade mediúnica era declarada sumariamente discípula do demônio, torturada para confessar isso e apontar cumplices e executada para que sua alma pudesse ser salva.
Na época moderna, a fenomenologia espiritual começou lentamente a tomar corpo, encaminhando-se em certa direção, tendente a demonstrar a existência do Espírito mediante suas manifestações ostensivas entre os homens; foi-se difundido a faculdade humana necessária a essas: a mediunidade.
Andrew Jackson Davis – notável médium americano que viveu entre 1826 e 1910, dedicando-se à prática do bem por meio da sua mediunidade. No dia 31 de março de 1848, acordou sentindo um hálito fresco perpassar pelo rosto e ouviu uma voz tenra e segura dizer: irmão, começou o bom trabalho, contempla a demonstração viva que se inicia. De fato, Davis participou ativamente do movimento espírita que se iniciava na América. Era homem justo, caridoso e tranquilo, sempre pobre; deveu muito ao seu guia espiritual, o citado Swedenborg.
Chegamos ao momento crucial da história da mediunidade, momento em que os espíritos se manifestam as claras por toda a parte. Sobressaem em importância o episódio de Hydesville, com a família Fox, onde 3 meninas Kate de 11 anos, Margaret 14 anos e Leah, já professora de piano. A casa deles era conhecida por ser mal assombrada. Durante o mês de março de 1848 a família foi bastante incomodada por variados ruídos de origem desconhecida que começaram a aumentar de intensidade, ora um golpe, ora arrastar dos móveis que chegava a sacudir as camas e no dia 31 de março de 1848 teve início formalmente a comunicação ostensiva dos desencarnados com os encarnados, travando um diálogo por meio de batidas (tiptologia) e o espírito declara que havia sido assassinado por dinheiro há cinco anos ali mesmo e estava enterrado na adega a 3 metros de profundidade….
Vários outros médiuns, adeptos e investigadores começam a brotar, gente socialmente importante aderiu ao novo movimento espiritualista. […] Em 1852, a Sra. Hayden introduz na Inglaterra os novos fenômenos espirituais (golpes), que haveriam de se desenvolver muito, sobretudo com os médiuns Florence Cook e Daniel Douglas Home.
Na França as manifestações surgem como movimentos de pequenas mesas que levantam e batem no chão, sob o nome de mesas girantes ou dançantes. As manifestações invadem os salões elegantes tornando-se moda durante alguns anos. Era um divertimento e no meio aparente fútil vinha os espíritos mostrando e ensinando o que podiam em condições tão inadequadas, mas o objetivo central estava sendo cumprido: atrair a atenção do homem inteligente para a Espiritualidade […].
Nessa situação, Hippolyte Léon Denizard Rivail teve a atenção despertada pra o fato mediúnico. Um amigo o levou a sessões e ele já conhecia o magnetismo. Rivail era um educador, discípulo de Pestalozzi e autor de numerosos livros didáticos de valor. Tinha excelente formação cientifica, era observador atento e pensador profundo, espírito sereno e firme. Logo percebeu que atrás da vulgaridade, as mesas girantes ocultavam grandiosas mensagens para quem soubesse investigá-las e decidiu-se a isso.
[…] Tinha 50 anos quando deu início aos trabalhos regulares de pesquisas no campo da mediunidade e análise das mensagens oriundas dos espíritos. Estabeleceu-se um intercâmbio regular por meio de três jovens médiuns (as duas irmãs Baudin e a srta Japhet) e Rivail pôde fazer suas próprias perguntas aos muitos instrutores espirituais que correram a auxiliá-lo.
Aliando as repostas que obteve aos dados que lhe cederam teve ele farto material a disposição para resolver múltiplas questões de interesse primordial ao homem terreno e em 18 de abril de 1857, publica O Livro dos Espíritos e coloca não o seu nome, mas Allan Kardec como autor, nome que teria tido numa vida anterior, considerando que o livro fora, realmente escrito pelos espíritos, trabalha incansavelmente objetivando complementar a edificação do Espiritismo e publica: O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e Inferno, A Gênese, Revistas Espíritas, O Que é O Espiritismo e Obras Póstumas.
(*) Allan Kardec estudou a mediunidade à saciedade, estabelecendo critérios justos de avaliação e técnicas próprias para a sua compreensão, análise e desdobramento de suas possibilidades psíquicas. As suas inquirições abrem espaços científicos e culturais para um conhecimento lógico dessa faculdade, desvestindo-a de todas as superstições, fantasias e acusações de que tem sido vítima. Mediante linguagem clara e fácil ao entendimento de todos, examinou a mediunidade sob os pontos de vista orgânico, psicológico, psiquiátrico e sociológico, estabelecendo diretrizes morais para o seu exercício.
O que é um médium?
A palavra médium é uma expressão latina que significa “meio” ou “intermediário” e Allan Kardec apropriou-se dessa expressão para designar as pessoas que são portadoras da faculdade mediúnica.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 28 (Pelos Médiuns), item 9
Os médiuns são os intérpretes encarregados de transmitir aos homens os ensinamentos dos Espíritos; ou melhor, são os órgãos materiais pelos quais se exprimem os Espíritos para se tornarem inteligíveis aos homens. Sua missão é santa, porque tem por finalidade abrir os horizontes da vida eterna.
O Livro dos Médiuns, capítulo 14 (Dos Médiuns), item 159
Toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por isso mesmo, médium. Essa faculdade é inerente ao homem, e, por conseguinte não é, de nenhum modo, um privilégio exclusivo. Também são poucos nos quais não se encontra em alguns rudimentos dela. Pode-se, pois, dizer que todo mundo é, mais ou menos, médium. Todavia essa qualificação não se aplica senão aqueles nos quais a faculdade medianímica está nitidamente caracterizada, e se traduz por efeitos mais patentes de uma certa intensidade, o que depende, pois de um organismo mais ou menos sensível. De outra parte, deve-se anotar que esta faculdade não se revela em todos do mesmo modo.
Livro Emmanuel, capítulo 11 (Mensagem aos Médiuns).
Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das Leis divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. […]Quase sempre são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude.
O Consolador, questão 383.
É justo considerarmos todos os homens como médiuns?
R: todos os homens tem o seu grau de mediunidade, nas mais variadas posições evolutivas, e esse atributo do espírito representa, ainda, a alvorada de novas percepções para o homem do futuro, as criaturas humanas verão alargar-se a janela acanhada dos seus cinco sentidos. Na atualidade, porém, temos de reconhecer que no campo imenso das potencialidades psíquicas do homem, existem médiuns com tarefa definida, precursores das novas aquisições humanas […]
Evolução para o Terceiro Milênio, parte 2, capítulo 4, item d, subitem 2
“Mediunidade de tarefa é a que vemos em ação, é a faculdade concedida a espíritos seriamente endividados como recursos da Misericórdia Divina para ajuda-los a resgatar dívidas e necessidade de desenvolvimento pelo exercício metódico, geralmente difícil; não raro, suas manifestações são violentas”.
Perispírito ou Corpo Espiritual
Dentro das teorias evolutivas das espécies, admite-se que o princípio psíquico do homem, em sua origem, foi uma centelha que transmigrou pelas espécies minerais, vegetais e animais inferiores até atingir a racionalidade. Em seu ciclo evolutivo, desde as escalas mais inferiores, o Espírito mune-se de um corpo fluídico que acompanha o ser em toda a sua evolução, ao qual convencionou-se dar o nome de Perispírito, por analogia com o conhecido perisperma que envolve o gérmen da maçã. Pela sua essência imaterial, o Espírito é um ser indefinido, cuja ligação com a matéria densa que constitui o corpo animal, não seria possível sem a existência de um envoltório intermediário. Sua existência possibilita ao Espírito quando encarnado, atuar sobre a matéria servindo de veículo ao pensamento.
Obras Póstumas, primeira parte, perispírito, principio das manifestações, itens 11, 12 e 13.
Importa considerar que o perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo, como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força da vontade podem dilatar mais ou menos. Tal propriedade, chamada expansibilidade, permite que as pessoas se comuniquem entre si e permutem, à revelia, impressões, sentimentos e até pensamentos. É por meio da perispírito que os Espíritos atuam sobre a matéria inerte e produzem os diversos fenômenos mediúnicos. Da mesma forma, comunicam-se com os encarnados, transmitem-lhes bons ou maus pensamentos, de acordo com o grau de moralidade que possuem, ou transmitem informações corretas ou equivocadas, segundo o conhecimento que tenham. Produzem obsessões e são capazes de se imiscuir na vida dos que vivem no plano físico. É por intermédio do perispírito que os Espíritos agem sobre a matéria inerte e produzem os diferentes fenômenos das manifestações.
1 Coríntios, capítulo 15:40: “E há corpos celestes e corpos terrestres. São, porém diversos o brilho dos celestes e o brilho dos terrestres”.
Centros de Força, Centros Vitais, Chacras.
O perispírito está intimamente regido por vários centros de força, ou centros vitais ou chacras, que trabalham vibrando uns em sintonia com os outros, sob o poder da nossa mente. A mente é que determina o funcionamento mais ou menos equilibrado destes centros de força ou chacras e são eles que dão condições para que o perispírito desempenhe as suas várias funções.
A denominação chacra vem do sânscrito que significa “roda”, pois eles têm forma circular com mais ou menos 5cm de diâmetro, possuem vários raios de ação que giram, incessantemente, com a passagem da energia, lembrando um ventilador em movimento. Cada um tem as suas cores próprias, características.
Quanto mais evoluída a pessoa, mais brilhantes são essas cores, alcançam maior diâmetro e os seus raios giram com maior desenvoltura. São eles que distribuem, controlam e dosam as energias que o nosso corpo físico necessita, como também regulam e sustentam os sentimentos, as emoções, e alimentam as células do pensamento.
É através dos centros de força que são levadas as sensações do corpo físico para o Espírito, pois são eles que captam as energias e as influências exteriores. Hábitos, conduta e ações nocivas, todos os atos contrários às Leis Divinas, tornam os chacras desequilibrados e comprometem o funcionamento harmonioso do conjunto.
Glândula Pineal
O Livro dos Médiuns, capítulo 20, item 226
P: O desenvolvimento da mediunidade guarda relação como o desenvolvimento moral do médium?
R: Não, a faculdade propriamente dita se radica no organismo não depende da moral.
Missionários da Luz, capítulos 1 e 2
[…] “No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a pineal desempenha o papel mais importante. André Luiz observa: – Reconheci que a glândula pineal do médium expedia luminosidade cada vez mais intensa… a glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e ao redor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes.
Pensamento e Mediunidade
Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 1.
Instrutor Albério diz: “Cada mundo possui o campo de tensão eletromagnética que lhe é próprio, no teor de força gravítica em que se equilibra, e cada alma se envolve no círculo de forças vivas que lhe transpiram do “hálito” mental, na esfera de criaturas a que se imana, em obediência às suas necessidades de ajuste ou crescimento para a imortalidade.
[…] Agimos e reagimos uns sobre os outros, através da energia mental em que nos renovamos constantemente, criando, alimentando e destruindo formas e situações, paisagens e coisas, na estruturação dos nossos destinos. Nossa mente é desse modo, um núcleo de forças inteligentes, gerando plasma sutil que, a exteriozar-se incessantemente de nós. […] A ideia é um ser organizado por nosso Espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção. Do conjunto de nossas ideias resulta a nossa própria existência”.
“Onde há pensamentos, há correntes mentais e onde há correntes mentais, existe associação”. (Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 14)
***Exemplo: Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 19 (Dominação Telepática) – Caso Anésia**.
Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 1(Estudando a Mediunidade)
Em mediunidade, não podemos esquecer o problema da sintonia. Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá. Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os característicos em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós, das Esferas Mais Altas. Procederam acertadamente aqueles que comparam nosso mundo mental a um espelho. Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos.
Desenvolvimento da Mediunidade
Evolução para o Terceiro Milênio, parte 2 (Fundamentos do Espiritismo), item 3
Raramente a mediunidade se desenvolve espontaneamente e sem tropeços. Na grande maioria dos casos, ela começa com perturbações nervosas e mentais, própria do estado inferior do encarnado ou que servem de advertência.
Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 1 (Estudando a Mediunidade)
“Mediunidade, por si só não basta. É necessário sabermos que tipo de onda mental assimilamos, para conhecer a qualidade do nosso trabalho e julgar nossa direção. É perigoso possuir sem saber usar.”
O Livro dos Médiuns, capítulo 31, item 15, mensagem do Espírito de Verdade
“Todos os médiuns são incontestavelmente chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida da sua faculdade[…]”
Etapas do Desenvolvimento Mediúnico
Não se deve forçar o desenvolvimento da mediunidade, assim em se falando de mediunidade toda a espontaneidade é necessária. Então, como proceder ao desenvolvimento mediúnico? Allan Kardec e vários benfeitores espirituais nos orientam que, no desenvolvimento mediúnico, temos de vencer três etapas: intelectual – material – moral.
a. Etapa Intelectual: é representada pela necessidade do estudo.
O Livro dos médiuns, capítulo 17, item 211
“…O estudo preliminar da teoria é indispensável, se quisermos evitar inconvenientes inseparáveis da inexperiência.” ou seja, o estudo da faculdade mediúnica e o conhecimento da Doutrina Espírita são bases essenciais e indispensáveis para o desenvolvimento correto e seguro da mediunidade.
b. Etapa Material: Seria uma forma de treinamento da faculdade mediúnica, uma familiarização com as técnicas envolvidas no processo da mediunidade.
O Livro dos Médiuns, capítulo 17, item 200
[…] “Infelizmente, não há, até o presente, nenhum, diagnóstico que possa indicar, mesmo aproximadamente, que se possui esta faculdade; os sinais físicos pelos quais certas pessoas acreditaram ver indícios, nada tem de certos. Ela se encontra nas crianças e nos velhos, entre homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Não há senão um meio para lhes contatar a existência que é o experimentar.”
c. Etapa Moral: a diferença de um bom médium e um médium desajustado, não está na mediunidade, mas no caráter de um e de outro; na formação moral está a base de todo desenvolvimento mediúnico.
Alguns cuidados devem ser tomados por todos aqueles que aspiram ao desenvolvimento mediúnico:
* Evangelho no Lar: através do estudo do Evangelho no lar temos o saneamento do ambiente espiritual da residência, o fortalecimento diante das dificuldades, a melhoria no relacionamento familiar, além da orientação e esclarecimento a espíritos desencarnados que estão ao nosso redor. Emmanuel diz: Quando o Evangelho penetra o Lar, o coração abre mais facilmente a porta ao Mestre Divino.
* Prática da Caridade, servir ao próximo, desinteressadamente, se colocar no lugar de servidor.
* Frequência ao Centro Espírita: aprenderemos a viver em grupos que nos permitirão o exercício da humildade.
*Evitar sessões mediúnicas nos lares; organização espiritual não se improvisa.
* Estudo Coletivo: reunidos aos companheiros para o estudo das obras espíritas, trocando experiencias, conhecimento correto das obras.
* Reforma Íntima: mudança nos hábitos ruins que ainda trazemos (comportamentais – falar palavrão, maledicência), trocando os vícios pelas virtudes cristãs.
O Livro dos Médiuns, capítulo 17, item 216
Suponhamos uma faculdade medianímica completamente desenvolvida, seria um grande erro, de sua parte crer-se dispensado de qualquer outra instrução, não venceu senão uma resistência material, e é agora que começam para ele as verdadeiras dificuldades, ou seja vencer a etapa moral. Não é só admirar os ensinamentos espíritas, mas sim praticá-los.
Mediunidade – Enfermidades e Desequilíbrios
Livro Você e a Mediunidade, capítulo 3.
Na importante obra mediúnica ditada por André Luiz denominada Mecanismos da Mediunidade, o autor nos explica que o espírito encarando ou desencarnado provoca desequilíbrios, que denomina de descompesação vibratória. Em função dessa descompensação vibratória, dá-se certa desfocagem entre o corpo carnal e o espiritual. Interessante que o fenômeno pode ocorrer em virtude de duas causas completamente diferentes: por irregularidade de vivência ou por sublimidade de vivência.
Mecanismos da Mediunidade, capítulo 8
[…] “Sem obstáculo, reconhecemos que a mediunidade ou capacidade de sintonia está em todas as criaturas, porque todas as criaturas são dotadas de campo magnético particular, campo esse que é sempre mais pronunciado nas pessoas que estejam temporariamente em regime de “descompensação vibratória”, seja de teor purgativo ou de elevada situação, a transparecer no trabalho expiatório da alma que se rendeu à delinquência ou na ação missionária dos Espíritos de eleição que se entregam à bem-aventurança do sacrifício por amor, em estágios curtos ou longos na reencarnação terrestre, com o objetivo de trazerem das Esferas Superiores mais alta contribuição de progresso ao pensamento da Humanidade” .
Livro Médiuns e Mediunidades, capítulo 7
As vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica por meio de desequilíbrios e doenças ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua constituição fisiológica. Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos Espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que este se reveste.
Mecanismos da Mediunidade, capítulo 24, (Obsessão -reencarnação de enfermos)
Dos abismos expiatórios, volvem a reencarnação quantos se mostram inclinados a recuperação dos valores morais em si mesmos.
Transportados a novo berço, comumente entre aqueles que os induziram a queda, quando não se vêem objeto de amorosa ternura por parte de corações que por eles renunciam a imediata felicidade nas Esferas Superiores são resguardados no recesso do lar. Contudo, renascem no corpo carnal espiritualmente jungidos às linhas inferiores de que são advindos, assimilando-lhes, facilmente, o influxo aviltante.
Reaparecem, desse modo na esfera física. Mas, via de regra, quando não se mostram retardados mentais, desde a infância, são perfeitamente classificáveis entre os psicopatas amorais, segundo o conceito da “moral insanity”, vulgarizado pelos ingleses, demostrando manifesta perversidade, na qual se revelam constantemente brutalizados e agressivos, petulantes e pérfidos, indiferentes a qualquer noção da dignidade e da honra, continuamente dispostos a mergulhar na criminalidade e no vício. Aqueles Espíritos relativamente corrigidos nas escolas de reabilitação da Espiritualidade desenvolvem-se no ambiente humano, enquadráveis entre os psicopatas astênicos e abúlicos, fanáticos e hipertímicos ou identificáveis como representantes de várias doenças e delírios psíquicos, inclusive aberrações sexuais diversas. Tais enfermos da alma, tantas vezes submetidos, sem resultado satisfatório, a insulina e a convulsoterapia, quando recomendados ao auxílio dos templos espíritas, poderão ser tidos como médiuns? Sem dúvida, são médiuns doentes, afinizados com os fulcros de sentimento desequilibrado de onde ressurgiram para novo aprendizado entre os homens. Por certa quota de tempo, são intérpretes de forças degradadas, às quais é preciso opor a intervenção moral necessária, do mesmo modo que se prescreve medicação aos enfermos. Trazendo consigo as sequelas ocultas da internação na província purgatorial, de onde volvem pela porta do berço terrestre, exteriorizam ondas mentais viciadas que lhes alentam as disfunções dos implementos físicos, ondas essas pelas quais recolhem os pensamentos das entidades inferiores a lhes constituírem a cobertura da retaguarda.
Livro Emmanuel, capítulo 11 – Mensagem aos Médiuns.
Até agora tomamos precauções contra epidemias, através da medicina preventiva, dos cuidados e higiene. Doravante os homens saberão que não existem somente os bacilos visíveis ao microscópio, mas perturbações oriundas de natureza espiritual que se transmitem de um centro humano a outro centro. Se para o homem comum isto é uma realidade, o médium está em situação mais difícil, pois que, conforme vimos, ele possui uma arcabouço aberto e sensível as correntes espirituais ou ultrafísicas. Consequentemente se existe um ser que deve cuidar-se onde, como e com quem anda é o médium.
O Livro dos Médiuns, capítulo 18, item 5
Não mais do que todas as outras coisas, quando não há predisposição pela fraqueza do cérebro. A mediunidade não produzirá a loucura quando o princípio não exista; mas, se o princípio existe, o que é fácil de se reconhecer pelo estado moral, o bom-senso diz que é preciso usar de cautela sob todos os aspectos, porque toda causa de agitação pode ser nociva.
Mediunidade e Obsessão
[…] “A obsessão entre desencarnados ou encarnados, sob qualquer prisma que se mostre, é uma enfermidade mental”. (Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 19)
O Consolador, questão 393.
P Como entender a obsessão: É prova, inevitável, ou acidente que se possa afastar facilmente, anulando-se os efeitos?
-A obsessão é sempre uma prova, nunca um acontecimento eventual. No seu exame, contudo, precisamos considerar os méritos da vítima e a dispensa da misericórdia divina a todos os que sofrem.
Para atenuar ou afastar os seus efeitos, é imprescindível o sentimento do amor universal no coração daquele que fala em nome de Jesus. Não bastarão as fórmulas doutrinárias. É indispensável a dedicação, pela fraternidade mais pura. Os que se entregam à tarefa da cura das obsessões precisam ponderar, antes de tudo, a necessidade de iluminação interior do médium perturbado, porquanto na sua educação espiritual reside a própria cura. Se a execução desse esforço não se efetua, tende cuidado, porque, então, os efeitos serão extensivos a todos os centros de força orgânica e psíquica. O obsidiado que entrega o corpo, sem resistência moral, as entidades ignorantes e perturbadas, é como o artista que entregasse seu violino precioso a um malfeitor, o qual, um dia, poderá renunciar à posse do instrumento que lhe não pertence, deixando-o esfacelado, sem que o legítimo, mas imprevidente dono, possa utiliza-lo nas finalidades sagradas da vida.
O Livro dos Médiuns, capítulo 23 (Da Obsessão), item 254, subitem 6
P: a subjugação corporal, levada a certo grau, poderia ter por consequência a loucura?
R: sim, uma espécie de loucura, cuja causa é desconhecida do mundo, mas que não tem relação com a loucura comum. Entre aqueles que são tratados por loucos há muitos que não são senão subjugados; ser-lhes-ia necessário um tratamento moral, ao passo que os tornam loucos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as a duchas.
Livro Médiuns e Mediunidades, capítulo 16
Não é a mediunidade que responde pela eclosão do fenômeno obsessivo, aliás por meio do cultivo correto das faculdades mediúnicas é que se dispõe de um dos antídotos eficazes para esse flagelo, porquanto por meio delas se manifestam os perseguidores desencarnados, que se desvelam e vem esgrimir as falsas razões nas quais se apoiam, buscando justificar a insânia. Será, todavia, a transformação pessoal e moral do paciente que lhe concederá a recuperação da saúde mental, libertando-o do cobrador desnaturado. A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir, e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade, voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações.
Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 8 (Ataque Epilético)
[…] Presenciamos um ataque epilético segundo a definição da medicina terrestre, entretanto, somos constrangidos a identificá-lo sendo um transe mediúnico de baixo teor, porquanto verificamos aqui a associação de duas mentes desequilibradas, que se prendem as teias do ódio recíproco.
[…]podemos considerar Pedro da categoria de um médium? Pela passividade com que reflete o inimigo desencarnado, será justo tê-lo nessa conta, contudo, precisamos considerar que, antes de ser um médium na acepção comum do termo, é um Espírito endividado a redimir-se. Curar-se-a, contudo, em tempo breve? Quem sabe? Isso dependerá muito dele e da vítima com quem se encontra endividado. A assimilação de princípios mentais renovadores determina mais altas visões da mente enfermiça.
[…] Ninguém pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de ontem. Por esse motivo, Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação. É da Lei que ninguém se emancipe sem pagar o que deve.
Os médiuns que hoje se enlaçam a tremendas provas, se persistirem na plantação de melhores destinos, transformar-se-ão em valiosos trabalhadores no futuro que a todos aguarda em abençoadas reencarnações de engrandecimento e progresso.
Nos Domínios da Mediunidade, capítulos 10 e 13.
[..] Não podemos esquecer as causas do suplício de hoje a se enraizarem nas sombras de ontem. Os templos espíritas vivem repletos de dramas comoventes, que se prendem ao passado remoto e próximo. […] A mediunidade torturada não é senão o enlace de almas comprometidas em aflitivas provações, nos lances do reajuste.
Em pesquisa realizada por Frederico Leão e Francisco Lotufo, médicos psiquiatras da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, constatou-se uma melhora dos aspectos clínicos e comportamentais de “650 pacientes portadores de deficiências mental e múltiplas” ao submetê-los a um tratamento espiritual realizado através de reuniões mediúnicas. Como resultado do estudo, os autores sugerem a “aplicação do modelo de prática das comunicações mediúnicas como terapias complementares”.
Fonte: ALMEIDA, Alexander Moreira de. Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas.
O que é o Espiritismo, capítulo Escolho dos Médiuns, item 76
Um fato importante a considerar é que a obsessão, qualquer que seja sua natureza, é independente da mediunidade, e é encontrada em todos os graus, principalmente a última, em uma multidão de indivíduos que jamais ouviram falar de Espiritismo.
Mau Uso da Faculdade Mediúnica
“A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos: faltando estes, já não há mediunidade”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 26, item 9)
Livro Emmanuel – Capítulo 11 (Mensagem aos Médiuns), item 11.6 (Apelo aos Médiuns)
Médiuns, ponderai as vossas obrigações sagradas! preferi viver na maior das provações a cairdes na estrada larga das tentações que vos atacam, insistentemente, em vossos pontos vulneráveis. Recordai-vos de que é preciso vencer, se não quiserdes soterrar a vossa alma na escuridão dos séculos de dor expiatória. Aquele que se apresenta no Espaço como vencedor de si mesmo é maior que qualquer dos generais terrenos, exímio na estratégia e tino militares. O homem que se vence faz o seu corpo espiritual apto a ingressar em outras esferas e, enquanto não colaborardes pela obtenção desse organismo etéreo, através da virtude e do dever cumprido, não saireis do círculo doloroso das reencarnações.
O Consolador, questão 402
P: Seria justo aceitar remuneração financeira no exercício da mediunidade?
R: Quando um médium se resolva a transformar suas faculdades em fonte de renda material, será melhor esquecer suas possibilidades psíquicas e não se aventurar pelo terreno delicado dos estudos espirituais. A remuneração financeira, no trato das questões profundas da alma, estabelece um comércio criminoso, do qual o médium deverá esperar no futuro os resgates mais dolorosos. A mediunidade não é ofício do mundo […]
Livro Médiuns e Mediunidades, capítulo 23
A utilização da mediunidade assinala-a com bençãos e desalinhos, de acordo com a conduta do medianeiro, bem como daqueles entre os quais este se movimenta. Descuidada, a mediunidade torna-se veículo de sofrimento; utilizada em espetáculos, concorre para o desequilíbrio e o ridículo; vendida, tomba nos perigosos meandros da mentira a serviço da irresponsabilidade; posta em favor do bem, converte-se em portal de luz, abrindo espaços libertadores para os homens e os Espíritos.
O que é o Espiritismo, capítulo qualidade dos médiuns, item 88
Aquele que dela se serve com um fim útil, para o seu próprio adiantamento e o dos seus semelhantes, cumpre uma verdadeira missão, da qual terá a recompensa. Aquele que dela abusa a emprega em coisas fúteis ou no objetivo do interesse material, e desvia do seu fim providencial, suportando disso, cedo ou tarde, as consequências, como aquele que faz um mau uso de uma faculdade qualquer.
O Livro dos Médiuns, capítulo 20, item 226
P: Sempre foi dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor; por que, pois, não é privilégio dos homens de bem, e por que se veem pessoas indignas que dela são dotadas no mais alto grau e que dela fazem mau uso?
R: todas as faculdades são favores dos quais se devem render graças a Deus, pois há homens que delas são privados. […] Ocorre o mesmo com a mediunidade, pessoas indignas dela são dotadas porque tem mais necessidade do que os outros para se melhorarem. Judas o traidor, não fez milagres e curou os enfermos como apóstolo? Deus permitiu que tivesse esse dom para tonar a sua traição mais odiosa.
O Consolador, questão 389
A mediunidade pode ser retirada em determinadas circunstâncias da vida?
R: os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio divino é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara da verdade e do amor. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bençãos divinas; todavia, se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade ou da exploração inferior, pode deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos.
Mediunidade com Jesus→
Livro Mecanismo da Mediunidade, capítulo 26 (Jesus e Mediunidade).
Em Jesus e em seus primitivos continuadores, porém, encontramo-la pura e espontânea, como deve ser, distante de particularismos inferiores, tanto quanto isenta de simonismo. Neles, mostram-se os valores mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, na qual os regulamentos divinos, em todos os mundos, instituem a responsabilidade moral segundo o grau de conhecimento, situando-se, desse modo, a Justiça Perfeita, no íntimo de cada um, para que se outorgue isso ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras. O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus-Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus.
Atos dos Apóstolos, capítulo 2
As línguas de fogo estão sobre vossas cabeças […] isto é o que foi predito pelo profeta Joel: Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.
Livro Médiuns e Mediunidades, capítulo 30
Todo aquele que consegue exercer a mediunidade com elevação, engradecendo-se e alçando-a aos nobres cimos da vida, no cumprimento da gloriosa missão de ser instrumento do Divino Pensamento, alcança, na Terra, a excelência do mediunato. […] Com o espiritismo o exercício do mediunato tornou-se mais acessível, em se considerando as diamantinas claridades que projeta nos emaranhados e sombrios mistérios da vida especialmente sobre a realidade do Além-túmulo onde nascem as estruturas do ser e se encontram a sua origem e o seu destino final.
Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 15
[…] Muitas vezes, é possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas dominadas, subjulgadas por entidades sombrias e delinquentes, com as quais se afinam de modo perfeito, servido ao escândalo e a perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem. Por isso é que não basta a mediunidade para a concretização dos serviços que nos competem. Precisamos da Doutrina do Espiritismo, do Cristianismo Puro, a fim de controlar a energia mediúnica e mobilizá-la em favor da sublimação espiritual na fé religiosa, tanto quanto disciplinamos a eletricidade, a benefício do conforto na Civilização.
Conclusão
Livro À Luz do Consolador, capítulo O Grande compromisso
Ser médium não é apenas receber Espíritos. Os obsediados também o recebem, e frequentemente, assim dominados, se curvam a prática de crimes […] Ser médium é, acima de tudo, ser discípulo do bem, habilitando-se, dia a dia, no intercâmbio regenerador com o Alto a proveito da reforma geral da humanidade, do planeta e de si próprio. E para se compenetrar de tal responsabilidade será necessário conhecer as leis mecânicas, morais e espirituais em que a mediunidade se firma e enobrece a fim de elevá-la a missão.
Médium
– Deverá adestrar a mente e purificar o coração.
– Cultivar o silêncio interior e o recolhimento favorece a educação mediúnica,
– Hábito da Prece constante.
– Se a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos temos que preencher a nossa mente e o nosso coração do Evangelho do Cristo.
– Aprender sem desanimar e servir ao bem sem esmorecer
– Faculdade que exige esforço, sacrifício, renúncia, coragem, devotamento e amor.
– Não há bom médium sem homem bom (Emmanuel)
Evangelho de Mateus 20-25 a 28
“Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
Devassando o Invisível, Yvonne Pereira, página 47
“Nenhuma conquista humana, nenhum prazer ou alegria deste mundo se poderá comparar a felicidade de um médium que já se viu envolvido em tarefa deste gênero. O consolo que ele próprio recebe, se sofre, a doçura inefável de que se sente invadir, ao verificar que conseguiu auxiliar um desses pequeninos a quem Jesus ama e recomenda, ultrapassa todas as venturas e triunfos terrenos. É como se ele próprio, o instrumento mediúnico, houvesse mergulhado em vibrações celestes, por meio das lágrimas do sofredor do Invisível, as quais procurou enxergar”.
A mediunidade, sem si mesma, não é boa nem má, antes, apresenta-se em caráter de neutralidade (Livro Médiuns e Mediunidade, capítulo 7).
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Observa os próprios Impulsos
Desejando, sentes.
Sentindo, pensas.
Pensando, realizas.
Realizando, atrais.
Atraindo, refletes.
E, refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo
com que te afinas. (Emmanuel. Livro Seara dos Médiuns, capítulo 2)
Bibliografia
- O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
- O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
- O que é o Espiritismo – Allan Kardec
- Obras Póstumas – Allan Kardec
- O Consolador – Chico Xavier, Espírito: Emmanuel
- Livro Emmanuel – Chico Xavier, Espírito: Emmanuel
- Nos Domínios da Mediunidade – Chico Xavier, Espírito: André Luiz
- Mecanismos da Mediunidade – Chico Xavier e Waldo Vieira, Espírito: André Luiz
- Missionários da Luz – Chico Xavier, Espírito: André Luiz
- Médiuns e Mediunidades – Divaldo Franco, Espírito: Vianna de Carvalho
- Evolução Para o Terceiro Milênio – Carlos Toledo Rizzini
- Você e a Mediunidade – M. B. Tamassia
- Á Luz do Consolador – Yvonne A. Pereira
- Bíblia Sagrada