Biologia molecular e Espiritismo
Como lembra Paul Strathern no ensaio Francis Crick, James Watson e o DNA em 90 minutos, faz muito tempo que o homem busca desvendar os mistérios que envolvem a transmissão da herança genética. Nos tempos bíblicos, por exemplo, consta que Jacó manipulava a reprodução dos rebanhos, para ficar com os rebentos mais aptos (Gênesis, 30/32-43). Depois, no correr dos séculos, surgiram inúmeras teorias fundadas em premissas frágeis, diante da absoluta ausência de bases científicas.
Na seqüência histórica, sabe-se que o termo célula foi usado pela primeira vez pelo físico britânico Robert Hooke; que a descoberta do DNA ocorreu em 1869 e foi feita pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher; que o cromossoma foi pioneiramente observado por Karl Wilhelm von Nägeli em 1842, sendo que o seu comportamento foi detalhado por Walther Flemming em 1882, mas que só em 1910 Thomas Hunt Morgan provou que os cromossomas são os portadores dos genes. A estrutura do DNA foi desvendada em 1953 por dois cientistas — o americano James Watson e o inglês Francis Crick —, que receberam o Prêmio Nobel de Medicina por tal façanha científica.
As iniciais DNA e RNA referem-se aos ácidos nucléicos encontrados em todas as células e também são conhecidos em português pelas siglas ADN (ácido desoxirribonucléico) e ARN (ácido ribonucléico). Há 23 cromossomas numa célula germinal humana, sendo que cada cromossoma contém cerca de 100 mil genes, ou hélices duplas de DNA e tal coleção combinada de hélices de DNA contém cerca de três bilhões de pares de bases. O já mencionado cientista James Watson, um dos descobridores da estrutura em hélice dupla do DNA, assumiu inicialmente a direção do Projeto Genoma Humano, que é um consórcio internacional visando mapear todos os genes da espécie humana. Estimava-se que o projeto, quando foi montado na década de 1980, só se completaria em meados do Século XXI, mas com os avanços na tecnologia computacional, a expectativa transferiu-se para 2015. Hoje, antecipando o que se previra, esse projeto já foi concluído. Mas o que é um genoma? É a totalidade dos genes contidos num único conjunto de cromossomas, como o que um dos pais doa ao filho. Há mais de quatro mil doenças humanas hereditárias resultantes de falhas genéticas, inclusive o mal de Alazheimer e certos tipos de esquizofrenia. Dizem os cientistas que tais doenças hereditárias podem até ser tratadas, mas até o momento nenhuma delas pôde ser curada. Do ponto de vista espírita, sobretudo após os trabalhos dos Espíritos André Luiz e Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, publicados a partir da segunda metade do século vinte, é preciso enfatizar que foram consumidos longos séculos no meticuloso preparo das células que embasariam o reino vegetal, com isso possibilitando o desenvolvimento do princípio inteligente no aspecto fisiopsicossomático. Quanto aos fatores da hereditariedade, os cromossomas foram organizados de modo gradual, principalmente por influência magnética, condensando as fórmulas vitais da reprodução. Com isso, as células sofreram profundas alterações ao longo da evolução, até eclodir no reino hominal, especializando os gametas que formam o aparelho reprodutivo com elementos e recursos próprios para o homem e para a mulher, na intimidade do centro genésico. A partir desse momento, o Espírito, assumindo o comando do seu livre-arbítrio, projeta e executa o seu futuro através da mente e da conduta. No que concerne às moléstias genéticas, em sua obra Pensamento e vida, Emmanuel as compara a “sementes de agressivo espinheiro que nós mesmos acalentávamos, no obscuro terreno da culpa disfarçada e dos remorsos ocultos”, ou “plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa, vigilante, com segurança e precisão”. Acrescenta ainda que, “muitas vezes, consoante os programas traçados antes do berço, na pauta da dívida e do resgate, a criatura é visitada por estranhas provações, em plena prosperidade material, ou por desastres fisiológicos de comovente expressão, quando mais irradiante se lhe mostra a saúde”. Mas como não existe quitação sem justas circunstâncias atenuantes, o emérito benfeitor lembra que a “prática do bem, simples e infatigável, pode modificar a rota do destino, de vez que o pensamento claro e correto, com ação edificante, interfere nas funções celulares, tanto quanto nos eventos humanos, atraindo em nosso favor, por nosso reflexo melhorado e mais nobre, amparo, luz e apoio, segundo a lei do auxílio”. Em suma, os avanços da ciência, em especial no campo da biologia molecular, poderão ser complementados com as informações da Doutrina Espírita, que explicam fenômenos genéticos desconhecidos pelos cientistas, com isso facilitando o tratamento e a cura das doenças deles decorrentes. Revista Internacional de Espiritismo 03/2008 – Eliseu Mota Júnior
As iniciais DNA e RNA referem-se aos ácidos nucléicos encontrados em todas as células e também são conhecidos em português pelas siglas ADN (ácido desoxirribonucléico) e ARN (ácido ribonucléico). Há 23 cromossomas numa célula germinal humana, sendo que cada cromossoma contém cerca de 100 mil genes, ou hélices duplas de DNA e tal coleção combinada de hélices de DNA contém cerca de três bilhões de pares de bases. O já mencionado cientista James Watson, um dos descobridores da estrutura em hélice dupla do DNA, assumiu inicialmente a direção do Projeto Genoma Humano, que é um consórcio internacional visando mapear todos os genes da espécie humana. Estimava-se que o projeto, quando foi montado na década de 1980, só se completaria em meados do Século XXI, mas com os avanços na tecnologia computacional, a expectativa transferiu-se para 2015. Hoje, antecipando o que se previra, esse projeto já foi concluído. Mas o que é um genoma? É a totalidade dos genes contidos num único conjunto de cromossomas, como o que um dos pais doa ao filho. Há mais de quatro mil doenças humanas hereditárias resultantes de falhas genéticas, inclusive o mal de Alazheimer e certos tipos de esquizofrenia. Dizem os cientistas que tais doenças hereditárias podem até ser tratadas, mas até o momento nenhuma delas pôde ser curada. Do ponto de vista espírita, sobretudo após os trabalhos dos Espíritos André Luiz e Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, publicados a partir da segunda metade do século vinte, é preciso enfatizar que foram consumidos longos séculos no meticuloso preparo das células que embasariam o reino vegetal, com isso possibilitando o desenvolvimento do princípio inteligente no aspecto fisiopsicossomático. Quanto aos fatores da hereditariedade, os cromossomas foram organizados de modo gradual, principalmente por influência magnética, condensando as fórmulas vitais da reprodução. Com isso, as células sofreram profundas alterações ao longo da evolução, até eclodir no reino hominal, especializando os gametas que formam o aparelho reprodutivo com elementos e recursos próprios para o homem e para a mulher, na intimidade do centro genésico. A partir desse momento, o Espírito, assumindo o comando do seu livre-arbítrio, projeta e executa o seu futuro através da mente e da conduta. No que concerne às moléstias genéticas, em sua obra Pensamento e vida, Emmanuel as compara a “sementes de agressivo espinheiro que nós mesmos acalentávamos, no obscuro terreno da culpa disfarçada e dos remorsos ocultos”, ou “plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa, vigilante, com segurança e precisão”. Acrescenta ainda que, “muitas vezes, consoante os programas traçados antes do berço, na pauta da dívida e do resgate, a criatura é visitada por estranhas provações, em plena prosperidade material, ou por desastres fisiológicos de comovente expressão, quando mais irradiante se lhe mostra a saúde”. Mas como não existe quitação sem justas circunstâncias atenuantes, o emérito benfeitor lembra que a “prática do bem, simples e infatigável, pode modificar a rota do destino, de vez que o pensamento claro e correto, com ação edificante, interfere nas funções celulares, tanto quanto nos eventos humanos, atraindo em nosso favor, por nosso reflexo melhorado e mais nobre, amparo, luz e apoio, segundo a lei do auxílio”. Em suma, os avanços da ciência, em especial no campo da biologia molecular, poderão ser complementados com as informações da Doutrina Espírita, que explicam fenômenos genéticos desconhecidos pelos cientistas, com isso facilitando o tratamento e a cura das doenças deles decorrentes. Revista Internacional de Espiritismo 03/2008 – Eliseu Mota Júnior