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Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > Palestras > Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, palestra 25.01.23

Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, palestra 25.01.23

celcPalestras4 de fevereiro de 20230

BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO.

CEL – 25.01.23 – Plinio

 

Iniciaremos o estudo sobre esse importante tema, com uma assertiva feita por Chico Xavier, pelo Espírito de Emmanuel, fonte a saber:

Livro Plantão de Respostas. Chico Xavier e Emmanuel. Pinga Fogo 1.971.

Capitulo 4.  Brasil.

Pergunta: O Brasil continua sendo o “coração do mundo e pátria do Evangelho”? E atualmente, no Brasil, existe algum Espírito superior que possa levar o país ao desenvolvimento global?

Resposta: Essa denominação foi dada ao Brasil por Jesus e não lhe será tirada. Espíritos de escol têm reencarnado em todas as partes, no seio de todos os povos, para o progresso geral.

O Brasil não está desprovido dessas almas. Cabe a cada um de nós o aperfeiçoamento íntimo, que é a obrigação primeira de todo Espírito encarnado e, juntos, fazendo de nossos corações e lares recantos de paz, teremos um país de grandes realizações.

 

Livro A Caminho da Luz – Chico Xavier e Emmanuel. 1.938.

Cap. XX Renascença do Mundo. –    MISSÃO DA AMÉRICA

O Cristo localiza, então, na América as suas fecundas esperanças. O século XVI alvorece com a descoberta do novo continente, sem que os europeus, de modo geral, compreendessem, na época, a importância de semelhante acontecimento. As riquezas fabulosas da Índia deslumbram o espírito aventureiro daquele tempo, e as testas coroadas do Velho Mundo não entenderam a significação moral do continente americano.

Os operários de Jesus, porém, abstraídos da crítica ou do aplauso do mundo, cumprem os seus grandes deveres no âmbito das novas terras.

Sob a determinação superior, organizam as linhas evolutivas das nacionalidades que aí teriam de florescer no porvir. Nesse campo de lutas novas e regeneradoras, todos os espíritos de boa-vontade poderiam trabalhar pelo advento da paz e da fraternidade do futuro humano, e foi por isso que, laborando para os séculos porvindouros, definiram o papel de cada região no continente, localizando o cérebro da nova civilização no ponto onde hoje se alinham os Estados Unidos da América do Norte, e o seu coração nas extensões da terra farta e acolhedora onde floresce o Brasil, na América do Sul. Os primeiros guardam os poderes materiais; o segundo detém as primícias dos poderes espirituais, destinadas à civilização planetária do futuro.

Livro Emmanuel. Emmanuel e Chico Xavier. 1.937.

Doutrinando a ciência – A civilização Ocidental. Cap. XIX.

  1. É imprescindível não perdermos de vista os aspectos sociais da civilização moderna, para encontrarmos os falsos princípios das suas bases e o fim próximo que a espera inevitavelmente.

As corridas armamentistas e as angustiosas conversações diplomáticas destes últimos tempos, no continente europeu, que representa o cérebro da civilização ocidental, denotam os perigos ameaçadores da guerra. Todo o organismo social da Europa moderna repousa em bases militaristas. Da indústria das armas, mais que da agricultura e isso é lamentável, depende a estabilidade da civilização de todo o Ocidente. Os exércitos compactos, as casas manufatureiras do canhão e da bomba explosiva, as coletividades atentas às atividades bélicas, constituem os elementos vitais da evolução europeia. Um surto de civilização dessa natureza não pode prescindir da guerra e é por essa razão que o perigo iminente da carnificina bate de novo à porta da alma humana, saturada de temores e sofrimentos.

Não bastou ao Velho Mundo a dolorosa experiência de 1914, que lhe custou trezentos bilhões de dólares e mais de trinta milhões de vidas. A guerra quer devorar as derradeiras energias desses povos que não souberam edificar suas leis.

A Europa é um grande vulcão em repouso. Nos gabinetes os estadistas se desenganam à procura de uma solução objetiva, em favor da paz internacional. Há uma pergunta angustiosa e aflitiva em todos os corações. As mentalidades diretoras dos povos tremem ao enunciar as suas sentenças e julgamentos. Ninguém deseja arcar com as responsabilidades da última palavra.

Enquanto isso ocorre, observa-se a decadência da civilização ocidental para orientar o pensamento do mundo.

 

Possibilidades do Oriente

  1. A Europa, na atualidade, é o gigante cansado, à beira do seu túmulo. Infelizmente, o senso arraigado do militarismo envenenou-lhe os centros de força. A Alemanha e a Itália superlotadas apelam para os recursos que a guerra lhes oferece. Não obstante todos os tratados e pactos em favor da tranquilidade europeia, nunca, como agora, foi a paz ali tão vilipendiada. O Tratado de Versalhes e o Pacto de Locarno nada mais foram que fenômenos diplomáticos da própria guerra em perspectiva. Nunca houve um propósito sincero de fraternidade e de igualdade nessas alianças. Em 1928, foi assinado o Pacto Kellogg, como se fora uma esperança para todas as nacionalidades. Entretanto, jamais, como nestes últimos anos, o armamentismo tomou tanto incremento, em todos os países do planeta. Só a França, nas suas estatísticas do ano passado [1936], acusava uma despesa de mais de treze bilhões de francos, investidos nos programas de sua defesa. E, atrás dos grandes vasos de guerra, das metralhadoras de pesado calibre, das granadas destruidoras, escondem-se os novos gases asfixiantes e os terríveis elementos da guerra bacteriológica, que os algozes da ciência engendraram criminosamente para suplício dos povos. O momento é de angústia justificável. A própria Inglaterra, que nunca se encontrou tão poderosa e tão rica quanto agora, sente de perto a catástrofe; a sua missão colonizadora toca, igualmente, o fim. Ao lado dos bens que os ingleses prodigalizaram a diversas regiões do planeta, houve de sua parte lamentável esquecimento: — o de que cada povo tem a sua personalidade independente.

 

Ânsia de domínio e de destruição

  1. Diz-se que todo o Oriente se ocidentaliza na atualidade; todavia, o Oriente apenas aproveita o fruto de experiências que hoje lhe entrega a civilização ocidental, pressentindo o sintoma de sua decadência.

O Cristianismo, deturpado na Europa, degenerado pela influenciação dos bispos romanos, não conseguiu ser o baluarte dessa civilização que, aos poucos, vai desmoronando.

As nações do Velho Mundo apenas cuidaram de dominar os outros países como seus vassalos; mas, é passada a época desses domínios injustificáveis. Os pretextos de expansionismo não se justificam dentro dos princípios da paz internacional e os movimentos de conquista apenas servem para enfraquecer a economia dos povos que se abandonam aos seus excessos. A Europa moderna esqueceu-se de que a Ásia tem a massa considerável de 700.000.000 de almas (hoje 2.441.500.000 habitantes) como elementos de energia potencial, aguardando igualmente o instante de sua necessária expansão; olvidou que a América é consciente, agora, de sua importância e de suas infinitas possibilidades, prescindindo da sua tutela e dos seus estatutos e, no momento atual, o continente europeu reconhece a ineficácia de suas teorias de paz diante da sua necessidade irrevogável de guerra, de destruição. Integrada no conhecimento de seus falsos princípios, edificados, todos eles, na base armamentista, a civilização ocidental reconhece o seu próprio desprestígio; há muitos anos, o vírus do morticínio lhe vem solapando os alicerces, e as épocas de aflição e de crise periodicamente se repetem. A França que, em 1870, foi procurar socorro às portas da Rússia poderosa dos czares, acossada pela Alemanha, volta-se hoje para a união pseudo-comunista de Stalin, pedindo a mesma aliança para conjurar o perigo germânico. A Grã-Bretanha observa, da sua tribuna, o movimento e prepara-se para surpresas eventuais; tentando conservar seu poderio, volve à política de conciliação; todavia, a guerra é inevitável no ambiente dessa civilização de monumentos grandiosos de ciência no Plano material, mas feita de fogos-fátuos no domínio da espiritualidade. Os povos, em virtude da organização de suas leis, têm necessidade da deflagração dos movimentos bélicos. Não poderão viver muito mais tempo sem eles. A destruição lhes é necessária.

A quem caberá então o cetro da cultura, a liderança do pensamento? Sabe-o Deus.

 

O futuro das grandezas materiais.

  1. Dentro de alguns séculos, os colossos de Paris, de Roma e de Londres serão contemplados com o embevecimento histórico das recordações; a torre Eiffel a Abadia de Westminster será como as ruínas do Coliseu de Vespasiano e das construções antigas do Spalato. Os ventos tristes da noite hão de soluçar sobre os destroços, onde os homens se encontraram para se destruírem, uns aos outros, em vez de se amarem como irmãos. Os raios da luz deixarão ver, nas margens do Tâmisa, do Tibre e do Sena o local onde a civilização ocidental suicidou-se à míngua de conhecimentos espirituais. O império britânico conhecerá então, como a península ibérica a recordação dos seus domínios e das suas conquistas. A França sentirá, como a Grécia antiga, um orgulho nobre por ter cooperado na enunciação dos Direitos do homem e a Itália se lembrará melancolicamente de suas lutas.

De cada vez que os homens querem impor-se, arbitrários e despóticos, diante das leis divinas, há uma força misteriosa que os faz cair, dentro dos seus enganos e de suas próprias fraquezas. A impenitência da civilização moderna, corrompida de vícios e mantida nos seus maiores centros, à custa das indústrias bélicas, não é diferente do império babilônico que caiu, apesar do seu fastígio e da sua grandeza.

 

Livro Emmanuel. Chico Xavier e Emmanuel. 1.937.

O Evangelho e o futuro – Cap. 2 Ascendência do Evangelho;

… O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspiração contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas, é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente se ouvirão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade, e a vida.

 

Livro Transição Planetária. Divaldo P. Franco e Manoel Philomeno de Miranda.

O impositivo do progresso, porém, é inarredável, apresentando-se como necessidade de libertação das amarras  vigorosas que o retêm na retaguarda, ante o deotropismo que o fascina e termina por arrebatá-lo. Colocado, pela força do determinismo, na conjuntura do  livre-arbítrio, nem sempre lógico, somente ao impacto  do sofrimento desperta para compreender quão indispensável lhe é a aquisição da paz, a conquista do bem-estar… Infelizmente, esse despertar da consciência tem-se feito muito lentamente, dando lugar aos desmandos que se  repetem a todo momento, às lutas sangrentas terríveis.

O egrégio codificador do Espiritismo, assessorado pelas Vozes do Céu, deteve-se, mais de uma vez, na análise dos trágicos acontecimentos que sacudiriam a Terra e os seus habitantes, a fim de despertar os últimos para as responsabilidades para consigo mesmos e em relação à primeira. Em O Livro dos Espíritos, no capítulo dedicado à Lei de destruição, o insigne mestre de Lyon estuda as causas e razões dos desequilíbrios que se dão no planeta com frequência, ensejando as tragédias coletivas, bem como aquelas produzidas pelo ser humano, e constata que é necessário que tudo se destrua, a fim de poder renovar-se. A destruição, portanto, é somente produzida para a transformação molecular da matéria, nunca atingindo o Espírito, que é imortal. Na questão 85, do Livro dos Espíritos, Kardec pergunta:¨ Qual dos dois, o mundo espirita ou o mundo corpóreo, é principal na ordem das coisas? ¨ R. O mundo espirita que preexiste e sobrevive a tudo. ¨, e na 86. O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita? R – “Decerto. Eles são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos, porquanto um sobre o outro incessantemente reagem.” Grifo nosso.

 Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade. As dores que defluem desses fenômenos denominados como flagelos destruidores, objetivam fazer a “Humanidade progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento?  Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos. (1) Eis, portanto, o que vem ocorrendo nos dias atuais. As dores atingem patamares quase insuportáveis e a loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem  caráter pandêmico, ao lado dos transtornos depressivos, da drogadição, do sexo  desvairado, das fugas psicológicas espetaculares, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e à ética, da desconsideração pelos direitos humanos, animais e da Natureza… Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente. Contribuindo na grande obra de regeneração da Humanidade, Espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, afim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o estabelecimento do  Reino de Deus  nos corações. Reconhecemos que essa nossa informação poderá causar estranheza em alguns estudiosos do Espiritismo, e mesmo reações mais severas noutros… Nada obstante, permitimo-nos a licença  de apresentar o nosso pensamento após a convivência com nobres mentores que trabalham no elevado programa da grande transição… Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta  sofrido, a fim de contribuir em favor das mudanças que devem operar-se,  atendendo aqueles que se encontram excruciados pela  desencarnação violenta, inesperada, ou padecendo o jugo de obsessões cruéis,  ou fixados em  revolta injustificável, considerando-se adversários da Luz, membros da sanha do Mal, afim de melhorar a psicosfera  vigente, desse modo, facilitando o trabalho dos Mensageiros de Jesus.1O Livro dos Espíritos,  de Allan Kardec. Parte 3a. Capítulo VI, questão 737, 29a edição da FEB. Nota do autor espiritual.

Nada obstante, em todos os momentos, procuramos demonstrar a providencial misericórdia de Jesus, sempre atento com os Seus mensageiros a todas as ocorrências planetárias, minimizando as aflições humanas e abrindo espaço ao dia radioso de amanhã, que se aproxima, rico de bênçãos e de plenitude.

 

Livro Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho.

Prefácio por Emmanuel.

… O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a fornecer ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada, representando o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro. Nestes tempos de confucionismo amargo, nossa tarefa visa esclarecer o ambiente geral do país, argamassando as suas tradições de fraternidade com o cimento das verdades puras, porque, se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e espanhol se alastrou quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento, no relógio que marca os dias da evolução da humanidade.

Por isso é que eu vos declaro que ser-vos-á tirado o Reino de Deus e será dado a um povo que faça os frutos dele. Mateus:21:43.

9 Se outros povos atestaram o progresso, pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz. 1 Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro e que, nesta hora amarga, em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres. 12 E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material.

 

Livro Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho.

Capitulo 1 – O Coração do Mundo.

O mundo político e social do Ocidente encontra-se exausto. Desde as pregações de Pedro, o Eremita,  até a morte do rei Luís IX,   diante de Túnis, acontecimento que colocara um dos derradeiros marcos nas guerras das Cruzadas, as sombras da idade medieval haviam confundido as lições do Evangelho, ensanguentando todas as bandeiras do mundo cristão.

2 Foi depois dessa época, no último quartel do século XIV, que o Senhor desejou realizar uma de suas visitas periódicas à Terra, a fim de observar os progressos de sua doutrina e de seus exemplos no coração dos homens.

Anjos e Tronos firmavam-lhe a corte maravilhosa. Dos céus à terra, foi colocado outro símbolo da escada infinita de Jacob, formado de flores e de estrelas cariciosas, por onde o Cordeiro de Deus transpôs as imensas distâncias, clarificando os caminhos cheios de treva. 3 Mas, se Jesus vinha do coração luminoso das Esferas superiores, trazendo nos olhos misericordiosos a visão dos seus impérios resplandecentes e na alma profunda o ritmo harmonioso dos astros, o planeta terreno apresentava-lhe ainda aqueles mesmos caminhos escuros, cheios da lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas, e repleto dos espinhos da ingratidão e do egoísmo… 4 Embalde procuraram os seus olhos compassivos o ninho doce do seu Evangelho; em vão procurou o Senhor os remanescentes da obra de um de seus últimos enviados à face do orbe terrestre. No coração da Úmbria haviam cessado os cânticos de amor e de fraternidade cristã. De Francisco de Assis só haviam ficado as tradições de carinho e de bondade, e os pecados do mundo, como novos lobos de Gúbio, haviam descido novamente das selvas misteriosas das iniquidades dos homens, roubando-lhes a paz e aniquilando lhes a vida.

5 — “Helil, — disse a voz suave e mansa do Mestre a um dos seus mensageiros encarregado dos problemas sociológicos da Terra, — meu coração se enche de profunda amargura, vendo a incompreensão das criaturas, no que se refere às lições do meu Evangelho. Por toda parte, é a luta fratricida, como um polvo de infinitos tentáculos, destruindo todas as esperanças; enquanto que recomendei aos homens se amassem como irmãos, vejo-lhes os movimentos impetuosos, aniquilando-se uns aos outros como Cains desvairados…”

6 — “Mas, — replicou o emissário solícito, como se desejasse desfazer a impressão dolorosa e amarga do Mestre, — esses movimentos, Senhor, intensificaram as relações dos povos da Terra, aproximando-se o Oriente e o Ocidente, para aprenderem a lição da solidariedade nessas experiências penosas; novas utilidades da vida foram descobertas; o comércio progrediu além de todas as fronteiras, reunindo as pátrias do orbe. E, sobretudo, devemos considerar que os príncipes cristãos, empreendendo as iniciativas dessa natureza, guardavam a nobre intenção de velar pela paisagem suave dos Lugares Santos.”

7 — “Contudo, — retornou tristemente a voz compassiva do Cordeiro, — qual o lugar da Terra que não é santo? Em todas as partes do mundo, por mais recônditas que sejam, paira a bênção de Deus, convertida na luz e no pão de todas as criaturas. Era preferível que Saladino guardasse, para sempre todos os poderes temporais da Palestina, a cair um só dos fios de cabelo de um soldado, numa guerra incompreensível por minha causa, que, em todos os tempos, deve ser a do amor e da fraternidade universal.”

8    E, como se a sua visão devassasse todos os mistérios do porvir, continuou a falar:

— “Infelizmente, não vejo senão o caminho do sofrimento para modificar tão desoladora situação… Aos feudos de agora, seguir-se-ão as coroas poderosas e, depois dessa concentração de autoridade e de poder serão os embates da ambição e da carnificina, da inveja e da felonia, pelo estabelecimento do mais forte…”

9 A amargura divina empolgara toda a formosa assembleia de querubins e de arcanjos. Foi quando Helil, para renovar a impressão ambiente, dirigiu-se a Jesus com brandura e humildade:

— “Senhor, se esses povos infelizes, que procurarão na grandeza material uma felicidade impossível, marcham irremediavelmente para os grandes infortúnios coletivos, visitemos os continentes ignorados, onde espíritos jovens e simples aguardam a semente de uma vida nova. Nessas terras, para além dos grandes oceanos, poderíeis instalar o pensamento cristão, dentro das doutrinas do amor e da liberdade.”

10 E a caravana fulgurante, deixando um rastro de luz nas imensidades dos espaços, encaminhou-se ao continente que seria, mais tarde, o mundo americano.

O Senhor abençoou aquelas matas virgens e misteriosas. Enquanto as aves homenageavam-lhe a inefável presença com seu cântico harmonioso, as flores inclinavam-se nas árvores ciclópicas, aromatizando-lhe os eterizados caminhos. O perfume do mar casava-se ao oxigênio agreste da selva bravia, impregnando todas as coisas de um elemento de força desconhecida. No solo, eram os silvícolas humildes e simples, aguardando uma era nova, com o seu largo potencial de energia e de bondade.

11 Cheio de esperanças, emociona-se o coração do Mestre, contemplando a beleza do sublimado espetáculo.

— “Helil, — perguntou Ele, — onde fica, nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção humana?

— “Esse lugar de suaves encantos, Mestre, de onde se vê do mundo as homenagens dos céus aos vossos martírios na Terra, fica mais para o sul.”

12 E, quando no seio da paisagem repleta de aroma e de melodia, contemplavam as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro, as maravilhas daquela terra nova, que seria mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado de estrelas maravilhosas, no jardim das constelações de Deus, o mais suave de todos os símbolos.

13 Mãos erguidas para o Alto, como se invocasse a bênção de seu Pai para todos os elementos daquele solo extraordinário e bendito, exclama então Jesus:

— “Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoadas as hosanas mais doces à misericórdia do Pai Celestial… 14 Tu, Helil, serás corporificado na Terra, no seio do povo mais pobre e mais trabalhador do Ocidente; instituirás um roteiro de coragem, para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários, que separam o velho do novo mundo… Instalaremos aqui uma tenda de trabalho para a nação mais humilde da Europa, glorificando os seus esforços na oficina de Deus. 15 Aproveitaremos o elemento simples de bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da brandura, entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade desse povo fraterno que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir… Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o Coração do Mundo!…”

16 E, consoante a vontade piedosa do Senhor, todas as suas ordens foram cumpridas integralmente.

Daí a alguns anos, o seu mensageiro se estabelecia na Terra, em 1394, como filho de D. João I e de D. Filipa de Lancastre, e foi o heroico Infante de Sagres, que operou a renovação das energias portuguesas, expandindo as suas possibilidades realizadoras para além dos mares. 17 O elemento indígena foi chamado a colaborar na edificação da pátria nova; almas bem-aventuradas pelas suas renúncias corporificaram-se nas costas da África, flagelada e oprimida, e, juntas a outros Espíritos em prova, formaram a falange abnegada que veio escrever na Terra de Santa Cruz, com os seus sacrifícios e com os seus sofrimentos, um dos mais belos poemas da raça negra em favor da humanidade.

18 Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje com todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas que veio fixar as balizas das possessões espanholas, trazia já, nos seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo.

 

Livro Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho.

Capitulo 2 – A Pátria do Evangelho.

… Jesus, confiante, por sua vez, na proteção de seu Pai, não hesita na sua certeza e na sua alegria: — “Helil, abandona essas preocupações e esses inúteis receios. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração… As injunções políticas terão, aí dentro, atividades secundárias, porque, no fundo de todas as coisas, sobre o seu solo abençoado e exuberante, estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os Espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o sinal da minha assistência compassiva, e a mão prestigiosa e imperecível de Deus repousará sobre a terra de minha cruz, com a sua infinita misericórdia… As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre junto à luz de suas claridades divinas n e das suas ciclópicas realizações. Antes de o estar aos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada eternamente…”

17 Nos céus imensos, havia clarões estranhos de uma bênção divina. No seu sólio de estrelas e de flores, o supremo Senhor sancionara, por certo, as doces promessas de seu Filho.

18 E foi assim que o minúsculo Portugal, através de três longos séculos, embora preocupado com as fabulosas riquezas das Índias, pôde conservar, contra flamengos e ingleses, franceses e espanhóis, a unidade territorial de uma pátria com oito milhões de quilômetros quadrados e com oito mil quilômetros de costa marítima. Nunca houve um exemplo como esse em toda a história do mundo. As possessões espanholas se fragmentaram, formando cerca de vinte repúblicas diversas. Os Estados americanos do Norte devem a sua posição territorial às anexações e às lutas de conquista. A Luisiana, o Novo México, o Alasca, a Califórnia, o Texas, o Oregon, surgiram depois da emancipação das colônias inglesas. Só o Brasil conseguiu guardar-se uno e indivisível na América, entre os embates políticos de todos os tempos. É que a mão do Senhor paira sobre a sua longa extensão e sobre as suas extraordinárias riquezas. O coração geográfico do orbe não se podia fracionar.

 

Livro Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho.

Capitulo 3 – Os degredados.

Todos os Espíritos edificados nas lições sublimes do Senhor reuniram-se, logo após o descobrimento da nova terra, celebrando o acontecimento, nos espaços do Infinito. Grandes multidões elegantes e aéreas formavam imensos hifens de luz entre a Terra e o Céu.

Afigurava-se que a região dos pescadores humildes, que conheceu, com mais intensidade, os passos do Divino Mestre, se havia transplantado igualmente para o continente novo, dilatada em seus suaves contornos.

Uma alegria paradisíaca reinava em todas as almas que comemoravam o advento da pátria do Evangelho, quando se fez presente, na assembleia augusta, a figura misericordiosa do Cordeiro.

Um sorriso complacente pairava nos seus lábios angélicos e as suas mãos líricas seguravam um largo estandarte branco, como se um fragmento de sua alma radiosa estivesse ali dentro, transubstanciado naquela bandeira de luz, que era o mais delicioso dos símbolos de perdão e de concórdia.

Dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros na face do orbe terrestre, em meio do divino silêncio da multidão espiritual, a sua voz falou com doçura:

— “Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado de minha seara, como o recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do Nosso Pai. Reúne as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento. Para aí transplantei a árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo… Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades, que os homens aniquilaram, na sua sede de carnificina. Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um caminho novo, com a sagrada revivescência do Cristianismo…”

Ismael recebe o lábaro bendito das mãos compassivas do Senhor, cheio de lágrimas de reconhecimento, e, como se estivesse em ação o impulso secreto de sua vontade, eis que a bandeira suave tem agora uma insígnia. 14 Na sua branca substância uma tinta celeste insculpira o lema imortal: “Deus, Cristo e Caridade”.

 

Amanhecer de uma Nova Era. Divaldo Pereira Franco e Manoel Philomeno de Miranda.

O grandioso Espirito de Manoel Philomeno de Miranda, nos traz ensinamentos e esclarecimentos preciosos, a respeito dos acontecimentos que irão ocorrer no Sistema Planetário, a saber:

Nestes dias da grande transição planetária ocorrem e sucederão muitos fenômenos aterradores, que são os frutos apodrecidos da conduta social das criaturas terrestres, cada vez mais degradada, chamando a atenção para a mudança que se dará, propiciando harmonia e legítima alegria de viver.

Ninguém se escuse à cooperação em favor do mundo melhor, porque as leis cumprem-se com ou sem a anuência dos homens e até mesmo apesar da sua negada cooperação.

A barca terrestre segue o seu curso no oceano sideral, sofrendo algumas injunções tempestuosas, mas Jesus está no leme, não nos esqueçamos.

— As divinas leis não são aplicadas em cobranças indébitas, mas sim em forma de mecanismos de reabilitação e de reequilíbrio.

Sem dúvida, a insânia por ela perpetrada é muito grave, mas não lhe cabe o direito de fazer justiça porque o seu é um critério caprichoso e cheio de rancor, empurrando-o para a vingança insana. Deus não necessita do nosso apoio a fim de fazer que as leis de amor sejam respeitadas e aqueles que se comprometem recebam o necessário corretivo. Para tanto, existem as enfermidades depuradoras, as circunstâncias do destino, os fenômenos-problemas da afetividade e do relacionamento, os acidentes, as anomalias orgânicas e mentais, enfim, uma infinidade de métodos eficazes para a recuperação.

Neste grave período de transição planetária para mundo de regeneração, aperta-se o cerco do sofrimento às criaturas humanas e os espíritos resistentes no mal percebem que não poderão continuar nas façanhas infelizes a que se entregam. Em consequência, enfurecidos e revoltados, agridem com maior ferocidade aqueles que se lhes emaranham nos ardis, como se esperassem driblar os planos divinos.

Todo o planeta está envolto por dificuldades crescentes, decorrência natural da incúria e do egoísmo da própria criatura humana ao longo dos milênios.

Antes, tinha-se a impressão de que o poder das armas solucionaria qualquer dificuldade entre as nações, mas agora, as graves problemáticas são internas em todos os países, resultando nos desconcertos inumeráveis que vêm produzindo prejuízos inesperados nos povos que, infelizmente, ainda não despertaram para a verdadeira fraternidade.

A fome dizima multidões na África sofredora, em guerras tribais sem-fim, assim como em quase todos os países, as revoluções internas sacodem aqueles vitimados pelas ditaduras impiedosas, as religiões fanáticas estremecem, as finanças internacionais sofrem o impacto da incompetência de muitos administradores e as enfermidades de etiologia variada despedaçam corpos, mentes e corações confrangidos.

No sermão profético, narrado pelo evangelista Marcos, no capítulo XIII, quando Jesus se refere aos grandes fenômenos referentes ao fim dos tempos morais desditosos, declara que se não fosse pelos eleitos que (o Pai) escolheu, as dores seriam muito mais terríveis.

Esses Seus eleitos são todos aqueles que se permitiram por Ele eleger em razão da sua conduta e da sua dedicação e respeito às soberanas leis.

Nesse painel de desafios e padecimentos, a Pátria do Evangelho experimenta igualmente os efeitos danosos das desigualdades sociais, das minorias sofridas e abandonadas, da indiferença dos poderosos, da corrupção absurda e da indébita utilização dos recursos públicos, que deveriam ser aplicados a benefício do povo necessitado…

Medidas paternalistas e eleitoreiras são tomadas, sem que as causas da miséria sejam removidas pela educação das novas gerações, cada vez mais abandonadas na formação do caráter e no respeito aos direitos humanos, mediante leis justas e devidamente cumpridas…

O abençoado reduto doméstico perdeu o rumo e a alucinação tomou conta de quase todos os segmentos sociais.

Claro está que não nos compete censurar os infelizes administradores, mas sim lamentá-los, tendo em vista que eles volverão ao proscênio terrestre para recolher os calhaus e pedrouços que deixaram aguardando-os, vestidos de dor e merecendo compaixão, ou quiçá, irão expungir a culpa em dimensão inferior à Terra que desonraram e agrediram com a sua indiferença e crueldade…

Como sempre, os instrumentos de que nos utilizaremos nas atividades desenhadas pelos nossos mentores, serão sempre aqueles que se encontram no Evangelho de Jesus: o amor, a bondade, a compaixão, a esperança, a caridade…

Não fomos eleitos para o reproche, a reclamação nem o revide, e sim, para a compreensão e o sentimento de solidariedade em qualquer circunstância e condição.

Muitas armadilhas nos esperam, situações complexas e embaraçosas estarão à nossa frente, no entanto, em todos os momentos o Senhor estará amparando-nos e inspirando-nos a melhor diretriz.

Em nossa programação seremos convocados a momentos muito difíceis, no entanto, confiando em Deus, não tombaremos na tentação de resolver todas as dificuldades, compreendendo que as leis se cumprem conforme foram desencadeadas por cada um.

As informações a seguir, estão contidas no livro Caderno de Mensagens, Capitulo 14. Nesse livro, “Caderno de mensagens”, serão afixadas entrevistas e mensagens avulsas de (ou relacionadas a) Francisco Cândido Xavier que foram publicadas em outros órgãos da imprensa que não nos livros desta compilação ou que sejam inéditas.

Esta entrevista foi publicada na Folha Espírita de maio de 2011.

Revelações de Chico Xavier a Geraldo Lemos Neto em 1986 sobre o futuro da Terra. Marlene Nobre.

1 Em razão da gravidade do assunto, trazemos aos leitores da Folha Espírita a revelação feita pelo mais importante médium da história humana, Francisco Cândido Xavier, a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG), e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte (MG), em 1986, sobre o futuro que está reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos próximos anos.

“Estou aqui na condição de um carteiro, ou melhor dizendo, de um mensageiro de um cartório de notas a quem fosse confiada a tarefa de entregar determinada notificação por ordem de uma autoridade superior. Consciente da importância do que me foi confiado às mãos, entrego-o hoje em sua completude aos nossos irmãos em humanidade, na certeza de que estou cumprindo um dever e nada mais. O seu conteúdo não foi lavrado por mim e sim pelo maior médium que a humanidade conheceu desde os tempos do Cristo, que é Chico Xavier. Guardo a certeza de que o médium, por sua vez, o recebera por parte da Grande Comunidade dos Praticantes do Evangelho de Jesus no Mais Além.”

Tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus”, recorda.

Foi em uma dessas conversas habituais, lembrando o livro de sua psicografia, Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, escrito pelo Espírito Humberto de Campos, que Lemos Neto externou ao médium sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados da década de 1980, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico, sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.

“Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo: “Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!”, esclareceu.

— Na sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos: “Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel, A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa de nosso benfeitor, no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições? Nele, Emmanuel afirmara que os Espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo.

“Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua; fato que se materializou em 20 de julho de 1969. Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.

“O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora.” [v. Mateus 20.1-16].

Extremamente curioso com o desenrolar do relato de Chico Xavier, perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: “Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo mais regenerado, ao final desse período. Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração.

 

III – Guerra Mundial.

Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear? “Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) consequentes; veríamos as explosões de vulcões há muito extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os polos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”

Em ocorrendo a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes.

“A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos.”

— Segundo Chico Xavier, esses fluxos migratórios seriam pacíficos?

Geraldinho — Infelizmente não. Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a “mano militare”, não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.

Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás e ao Distrito Federal. Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores.

— O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, estaria imune aos movimentos telúricos da Terra?

Geraldinho — Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.

A reunião da comunidade celeste teria decidido algo mais, segundo a exposição de Chico Xavier?

Geraldinho — Sim. Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os Espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos Espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o Espírito Emmanuel, que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no coração do Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na evolução espiritual de nosso orbe.

Todos os demais Espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os Espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom.

 

Livro O Consolador. F. Xavier e Emmanuel.

238 – Para acelerar o esforço de iluminação, a Humanidade necessitará de determinadas inovações religiosas?

– Toda inovação é indispensável, mesmo porque a lição do Senhor ainda não foi compreendida. A cristianização das almas humanas ainda não foi além da primeira etapa.

Alguns séculos antes de Jesus, o plano espiritual, pela boca dos profetas e dos filósofos, exortava o homem do mundo ao conhecimento de si mesmo. O Evangelho é a luz interior dessa edificação. Ora, somente agora a criatura terrestre prepara-se para o conhecimento próprio através da dor; portanto, a evangelização da alma coletiva, para a nova era de concórdia e de fraternidade, somente poderá efetuar-se, de modo geral, no terceiro milênio.

É certo que o planeta já possui as suas expressões isoladas de legítimo evangelismo, raras na verdade, mas consoladoras e luminosas. Essas expressões, porém, são obrigadas às mais altas realizações de renúncia em face da ignorância e da iniquidade do mundo. Esses apóstolos desconhecidos são aquele “sal da Terra” e o seu esforço divino será respeitado pelas gerações vindouras, como os símbolos vivos da iluminação espiritual com Jesus Cristo, bem-aventurados de seu Reino, no qual souberam perseverar até o fim.

 

Fontes:

1 – Livro – Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho. Xavier e Humberto de Campos.

2 – Livro Emmanuel – F. Xavier e Emmanuel.

3 – Livro A caminho da Luz. F. Xavier e Emmanuel.

4 – Livro dos Espíritos. Allan Kardec.

5 – Livro O Consolador – F. Xavier e Emmanuel.

6 – Livro Transição Planetária. Divaldo P. Franco e Manoel Philomeno de Miranda.

7 – Livro Amanhecer de uma Nova Era. Divaldo P. Franco e Manoel Philomeno de Miranda.

 

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