Do Inconsciente ao Consciente, palestra 29.03.23
DO INCONSCIENTE AO CONSCIENTE
CELC – 29.03.23 – Ananda
O conceito de mente é bastante discutido por diferentes áreas do conhecimento, como a psicologia, a filosofia, a neurologia e a psiquiatria, áreas que nem sempre chegam a um consenso, mas, de modo geral, podemos compreender a mente como um estado de consciência que possibilita a expressão da natureza humana.
É esse estado que contempla as funções superiores do cérebro humano, como a cognição, a interpretação, os desejos, os pensamentos, a imaginação, a linguagem, os sentidos, a razão, a memória, a intuição, a inteligência, os sentimentos, a personalidade etc.
No prefácio do livro O ser Consciente, de Joanna de Angelis, psicografado por Divaldo Franco, temos o seguinte trecho:
“Esmagado por conflitos que não amainam de intensidade, o homem moderno procura mecanismos escapistas, em vãs tentativas de driblar as aflições transferindo-se para os setores do êxito exterior, do aplauso e da admiração social, embora os sentimentos permaneçam agrilhoados e ferreteados pela angústia e pela insatisfação. (E olha que esse livro foi publicado em 2002).
As realizações externas podem acalmar as ansiedades do coração, momentaneamente, não, porém, erradicá-las, razão por que o triunfo externo não apazigua interiormente.
Condicionado para a conquista das coisas, na concepção da meta plenificadora, o indivíduo procura soterrar os conflitos sob as preocupações contínuas, mantendo-os, no entanto, vivos e pulsantes, até quando ressumam e sobrepõem-se a todos os disfarces, desencadeando novos sofrimentos e perturbações devastadoras. (Essa busca pela conquista das coisas, as preocupações, a vida louca, na verdade é uma maneira de fugirmos dos conflitos internos, daquilo que realmente deveríamos nos ocupar, mas esses conflitos hão de serem expostos através de novos sofrimentos, obstáculos, enfermidades etc.).
O homem pode e deve ser considerado como sendo sua própria mente.
Aquilo que cultiva no campo íntimo, ou que o propele com insistência a realizações, constitui a sua essência e legitimidade, que devem ser estudadas pacientemente, a fim de poder enfrentar os paradoxos existenciais — parecer e ser —, as inquietações e tendências que o comandam, estabelecendo os paradigmas corretos para a jornada, liberado dos choques interiores em relação ao comportamento externo.
Ignorar uma situação não significa eliminá-la ou superá-la. Tal postura permite que os seus fatores constitutivos cresçam e se desenvolvam, até o momento em que se tornam insustentáveis, chamando a atenção para enfrentá-los.
A complexidade da mente é tanta que tem sido adotada uma classificação para os diferentes estágios da mente humana: consciente, subconsciente e inconsciente. Acredita-se que o famoso psicólogo austríaco Sigmund Freud tenha sido o primeiro a popularizar essa classificação.
A mente consciente é o que a maioria das pessoas associa com quem você é, porque é onde a maioria das pessoas vive dia a dia. Mas não é de modo algum onde toda a ação acontece.
A mente consciente é um pouco como o capitão de um navio parado na ponte dando ordens. Na realidade, é a equipe na sala de máquinas abaixo do convés (o subconsciente e o inconsciente mais profundos) que executam as ordens. O capitão pode estar no comando do navio e dar as ordens, mas é a tripulação que realmente guia o navio, tudo de acordo com o treinamento que eles receberam ao longo dos anos para melhor fazê-lo.
A mente consciente se comunica com o mundo exterior e com o eu interior através da fala, imagens, escrita, movimento físico e pensamento.
A mente subconsciente, por outro lado, é responsável por nossas memórias recentes e está em contato contínuo com os recursos da mente inconsciente.
A mente inconsciente é o armazém de todas as memórias e experiências passadas, tanto aquelas que foram reprimidas através do trauma, quanto aquelas que foram conscientemente esquecidas e não são mais importantes para nós. É a partir dessas memórias e experiências que nossas crenças, hábitos e comportamentos são formados.
O inconsciente se comunica constantemente com a mente consciente através do nosso subconsciente, e é o que nos fornece o significado de todas as nossas interações com o mundo, filtradas por suas crenças e hábitos. Ele se comunica através de sentimentos, emoções, imaginação, sensações e sonhos.
Funções da Mente Consciente, Inconsciente e Subconsciente
A mente consciente é melhor representada pelo teclado e pelo monitor. Os dados são digitados no teclado e os resultados são exibidos na tela do monitor. É assim que a mente consciente funciona – a informação é captada através de algum estímulo externo (ou interno) do ambiente e os resultados são lançados instantaneamente em nossa consciência.
O subconsciente é como a RAM do computador. Para quem não sabe, a RAM é o local em um computador onde os programas e dados que estão em uso no momento são mantidos para que possam ser acessados rapidamente pelo processador do computador. É muito mais rápido que outros tipos de memória, como o disco rígido ou o CD-ROM.
O subconsciente funciona da mesma maneira. Quaisquer memórias recentes são armazenadas lá para uma chamada rápida quando necessário, como o número do nosso telefone ou o nome de uma pessoa que acabamos de conhecer. Ele também mantém nossos programas atuais que executamos todos os dias, como nossos pensamentos recorrentes atuais, padrões de comportamento, hábitos e sentimentos.
O inconsciente é como o disco rígido do computador. É o local de armazenamento a longo prazo para todas as nossas memórias e programas que foram instalados desde o nascimento.
A mente inconsciente (e, finalmente, nossa mente subconsciente) usa esses programas para compreender todos os dados que recebemos do mundo, para nos manter seguros e garantir nossa sobrevivência. A lógica dessas duas mentes é que, se funcionou no passado e a gente sobreviveu, isso nos ajudará a passar por situações semelhantes pelos mesmos meios, não importa quão equivocados, dolorosos e inúteis os resultados possam ser para nós.
Para maior compreensão do assunto, vamos falar um pouquinho da definição de cada um.
A consciência
Uma boa maneira de definir o consciente, é distinguir aquilo que ele pode fazer que o subconsciente e o inconsciente não podem.
Enquanto o subconsciente tem um senso muito mais forte de consciência do nosso entorno do que o consciente (alguns sugerem que é de onde vem o “sexto sentido”) e está sempre ligado, mesmo quando dorme, realmente obedece a ordens do consciente. Se tudo o que fizermos é concentrar nossos pensamentos conscientes em coisas negativas, então o subconsciente entregará obedientemente os sentimentos, emoções e memórias que associamos a esse tipo de pensamento. E como esses sentimentos se tornarão nossa realidade, podemos ser apanhados em um ciclo interminável de negatividade, medo e ansiedade, sempre buscando o mal em todas as situações.
A outra habilidade importante do consciente é o uso da visualização. A mente pode literalmente imaginar algo que é totalmente novo e único – algo que nunca experimentamos fisicamente antes. Por outro lado, nosso subconsciente só pode oferecer versões de quais memórias armazenou de nossas experiências passadas.
Mas o truque é que o subconsciente não consegue distinguir entre o que a mente consciente imagina e aquilo que é real, então tudo o que é trazido pela imaginação consciente e focado intensamente, também traz à tona todas as emoções e sentimentos que estão associados com essa imagem em nossa mente para experimentarmos.
Em mais um trecho do livro O Ser Consciente encontramos:
Em uma tentativa simbólica, poderíamos apresentar a consciência da seguinte maneira: em um imenso castelo (psique – mente/alma), com muitos cômodos e empregados, uma rosa plantada em um vaso é colocada à mesa da sala de jantar. Tudo o que a rosa (ego – nossa personalidade) conhece do castelo é a sala de jantar (consciente); tudo o que ela perceber de si mesma é o vaso (consciência); ela e o vaso são praticamente uma única personalidade, uma mesma coisa. A consciência é então a única parte da psique que é diretamente conhecida por nós, onde todas as sensações, imagens, pensamentos, sentimentos e desejos são percebidos, onde podemos observar, analisar e julgar. O ego (rosa) é, pois, o centro da consciência. Mas esse vaso e a terra nele contida não se criaram a si mesmos: a terra é parte da “grande terra”, que é ao mesmo tempo desconhecida, mas sentida como um vir-a-ser da terra contida no vaso.
Carl Gustav Jung afirma que “a consciência não se cria a si mesma; emana de profundezas desconhecidas. Desperta gradualmente na infância e durante toda a vida desperta, a cada manhã, das profundezas do sono, surgindo de uma condição inconsciente.” Com essa afirmação de Jung podemos observar que a personalidade, ao contrário do que alguns teóricos acreditavam, pode e deve modificar-se constantemente.
A consciência amadurece e desenvolve-se a cada nova experiência, a cada novo conflito. Aliás, é através do conflito que uma nova percepção da vida surge. Joanna de Ângelis (O Homem Integral) afirma: “O nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, como decorrência de uma variada gama de conteúdos psíquicos, que formam as impressões arquetípicas ao fazerem contato com o ego, dando surgimento à sua substância psíquica e tornando todo esse trabalho um processo de individuação.” E continua, na mesma obra: “sem essa dualidade de opostos, que leva à reflexão, no processo de individuação, não há aumento real de consciência, que somente se opera entrando em contato com os opostos e os absorvendo”.
O confronto entre opostos ocorre sempre que uma atitude consciente entra em luta com desejos inconscientes, por exemplo: uma pessoa educada com muito rigor emocional e que reprime a raiva, quando adulta em uma situação de atrito com o cônjuge fica muda e não consegue expressar sua indignação e logo depois aparece com manchas arroxeadas pelo corpo. O desejo de expressar a emoção e a atitude consciente de reprimir são opostas, e se a pessoa não encontrar um meio-termo entre guardar a raiva e expressá-la, não conseguirá crescer com essa emoção e tenderá a continuar reagindo como reagia na infância. Só o reconhecimento dos conteúdos reprimidos permite uma expansão da consciência, o que contribui para o nosso processo de individuação. (A importância do autoconhecimento).
Todo o crescimento acontece de dentro para fora, e é na nossa escuridão que encontramos a luz da consciência. E, é nela que está escrita a Lei de Deus (Questão 621 do L.E.), mas, necessário se faz que essa seja a meta da nossa vida, sermos conscientes da nossa realidade como espíritos e tomarmos consciência da nossa realidade psicológica, assim poderemos compreender quem somos e qual o nosso papel nesse mundo. A Lei de Deus está na “grande terra” e a terra contida no vaso sabe que faz parte dela, embora possua sua individualidade e que depende dela para ser plena.
O subconsciente
Como foi dito, a mente subconsciente é um pouco parecida com a RAM do computador (armazenamento da memória de curto prazo em um computador, e seu trabalho é manter os programas e dados que estão atualmente em uso para que possam ser alcançados de forma rápida e fácil pelo processador do computador).
Além da memória de curto prazo, o subconsciente também desempenha um papel importante no nosso dia a dia… ele trabalha duro para garantir que tenhamos tudo o que precisamos para um acesso rápido e quando precisarmos.
O subconsciente também está constantemente trabalhando, ficando muito mais consciente de nosso entorno do que imaginamos. De fato, de acordo com o modelo de comunicação da PNL, somos atacados com mais de 2 milhões de bits de dados a cada segundo. Se nosso consciente tivesse que lidar com tudo, se tornaria sobrecarregado e não seria capaz de fazer nada.
Em vez disso, o subconsciente filtra toda a informação desnecessária e fornece apenas o que é necessário no momento, em torno de 7 pedaços de informação. Ele faz tudo isso nos bastidores para que possamos realizar nosso trabalho diário sem inibições. E faz isso da maneira mais lógica possível, com base nos programas aos quais tem acesso em nosso inconsciente.
As pessoas muitas vezes pensam erroneamente que o subconsciente está no comando e que estamos meramente à sua mercê. Na verdade, é o oposto completo. Nossa mente consciente nos dá a direção, e o subconsciente só irá entregar as emoções e sentimentos do que pensamos continuamente.
No quinto livro da série de André Luiz, No Mundo Maior, cap. 3, Calderaro faz excelentes comentários sobre a Casa Mental, durante um serviço de auxílio à um doente internado em um hospital, que se encontrava unido, entrelaçado por inúmeros fios, a um obsessor desencarnado. Ambos partilhavam dos pensamentos, sentimentos, etc. E então as elucidações são feitas a partir da orientação para que André Luiz observasse o cérebro de ambos.
Ele diz que possuímos apenas um cérebro, que se divide em três regiões distintas, quais sejam, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Ele compara a Casa Mental a um castelo constituído de três andares. No primeiro andar, está situado o subconsciente; no segundo, o consciente; e, no terceiro andar, encontra-se o superconsciente.
No sistema nervoso – diz o querido médico espiritual – temos o cérebro inicial, ou subconsciente. (No gânglio basal, atrás dos olhos, no centro do cérebro). O subconsciente representa e ou contém:
– O repositório dos movimentos instintivos;
– O porão da individualidade;
– O arquivo das experiências;
– O registro dos menores fatos da vida;
– A residência dos nossos impulsos automáticos;
– O sumário vivo dos serviços realizados;
– O hábito e o automatismo, que moram nele;
– Representa e contém o passado, desta e das anteriores reencarnações.
O consciente – prossegue explicando André Luiz – localiza-se na região do córtex motor e também na zona intermediária entre os lobos frontais e os nervos. (Uma pequena faixa no limite posterior do lobo frontal). O consciente consubstancia:
– As energias motoras para as manifestações imprescindíveis no atual momento evolutivo do nosso modo de ser;
– Representa o domicílio das conquistas atuais;
– Nele se erguem e consolidam as qualidades nobres que estamos edificando;
– Nele residem o esforço e a vontade;
– Representa o presente.
No terceiro andar desse castelo, localiza-se o superconsciente, que se encontra nos planos dos lobos frontais; superconsciente este, ainda, silencioso para a investigação científica do mundo, que:
– Guarda materiais de ordem sublime, que a criatura humana conquistará gradualmente;
– Representa a parte mais nobre do nosso organismo divino em evolução;
– Representa a casa das noções superiores, indicando as eminências que nos cumpre atingir;
– Nele, demoram-se o ideal e a meta superior a ser alcançada;
– Representa o futuro.
O Inconsciente
Inconsciente é o termo normalmente preferido pelos Psicólogos e Psiquiatras para se referirem aos pensamentos que temos “fora do alcance” de nossa consciência.
Freud foi quem nos deu a ideia que existe o inconsciente, podemos dizer que foi o terceiro grande golpe da raça humana. Primeiro foi Copérnico dizendo que o Planeta Terra não era o centro do Universo, depois veio Darwin dizendo que não éramos seres criados à parte, e sim um macaco evoluído e então Freud que nos diz: “ Você não é quem pensa que é, que é seu inconsciente que manda em você. ”
Porém, importante lembrar, que quando Freud tinha penas um ano de idade, Kardec lançou o Livro dos Espíritos, onde já continha toda a noção do inconsciente, sem chamar de inconsciente como vamos constatar na questão 410 mais pra frente do nosso estudo.
Em termos simples, o inconsciente é o local de armazenamento para todas as nossas memórias que foram reprimidas ou que não desejamos recordar. Um evento traumático em nossa infância que foi bloqueado é um exemplo, mas não precisa ser tão sério assim. Poderia ser algo muito distante como o que comemos no primeiro dia de aula ou o nome de uma amiga de infância.
É uma memória que não podemos tirar da nossa escolha. Está lá, mas não podemos nos lembrar, não importa o quanto tentemos. Certos métodos psicanalíticos podem trazer de volta essas memórias (como a hipnose) ou podem ser desencadeadas por um evento em particular (um perfume, um lugar familiar, etc.).
O ponto importante a ser lembrado aqui é que, por opção, não podemos nos lembrar de nada em nosso inconsciente sem algum evento ou técnica especial. Este é o inconsciente.
O subconsciente, por outro lado, é quase o mesmo, mas a principal diferença é que podemos escolher lembrar. As memórias estão mais próximas da superfície e mais facilmente acessíveis com um pouco de foco.
Em muitos aspectos, o inconsciente lida com as mesmas tarefas que o subconsciente – memória, hábitos, sentimentos, emoções e comportamentos. A diferença entre as duas mentes, no entanto, é que o inconsciente é a fonte de todos esses programas que o subconsciente usa.
É o lugar onde todas as memórias e experiências desde o nascimento foram armazenadas. É a partir dessas memórias que as crenças, hábitos e comportamentos são formados e reforçados ao longo do tempo.
Freud, que só esteve com doentes, acreditava que no inconsciente só tinha coisa ruim, uma espécie de lixo psíquico, onde tudo o que você experienciou de ruim no passado foi recalcado e fica sujando a consciência. E tornar isso consciente, estudar e ressignificar, liberta.
Segundo Jung não, no nosso inconsciente só tem coisas boas que vão aparecendo, conforme amadurecemos, para serem trabalhadas, e quando recusamos, vira uma sombra (não algo ruim) que começa a “assombrar”, cutucar em forma de patologias chamando atenção para aquilo que precisamos desenvolver. Portanto o acesso cuidadoso ao inconsciente gera uma conscientização, fortalecimento da vontade, instruções, para aproveitar tal informação.
Jung se utiliza de símbolos para acessar o inconsciente e descobrir a causa dos nossos conflitos e sentimentos negativos. Percebeu que nossa vida é resultado do nosso inconsciente, onde compara a relação do consciente e do inconsciente com um iceberg. Quando o vemos, notamos apenas a parte que está acima das águas, referente a 5% do volume total dele (consciente), portanto 95% estão submersos (inconsciente), concluímos então que somos seres quase inconscientes. Os fenômenos que ocorrem em nossa vida que são automáticos (digestão, circulação do sangue, respiração, reações nervosas…), são inconscientes, ocorrem sem a contribuição do nosso consciente. Já os nossos arquivos estão divididos em 2 patamares, as lembranças, próximas do subconsciente, o primeiro porão abaixo da consciência, e as reminiscências mais profundas da nossa infância, da idade adulta estão bem abaixo do subconsciente, essa área, Freud e uma elite de pesquisadores denominaram como inconsciente.
Jung dividiu o inconsciente em dois grupos:
- Inconsciente individual: É a área em que estão nossas memórias esquecidas e nossos pensamentos reprimidos. Esse inconsciente foi estudado por Freud. Ele pode se manifestar em nossos sonhos ou até mesmo como sintomas psíquicos e físicos. Começa no momento da fecundação e em determinados estados alterados de consciência, afloram essas lembranças e podem produzir estados patológicos (depressão, angustia, ansiedade, distúrbio do pânico, autismo, esquizofrenia), como efeito natural de reminiscências marcantes.
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Inconsciente coletivo: Esse inconsciente ao contrário do pessoal, não se trata só do que vivenciamos, e sim de tudo que a humanidade teve como experiência. E foi nesse estudo que Jung começou a ter divergências com Freud, mas essa também foi sua maior contribuição na psicologia. Essa teoria aponta que nós nascemos também com uma herança psicológica além da biológica, ou seja, que nós sabemos tudo o que aconteceu no mundo desde os primórdios, mas que são arquivados em símbolos em nosso inconsciente. Assim, nosso corpo e mente são depósitos de histórias do passado. É uma explicação para os conhecimentos que temos mas não sabemos explicar de onde eles foram extraídos, mas na verdade eles são provenientes de uma sabedoria coletiva que foi transmitido para nós através da evolução humana e estavam armazenados em nosso mais profundo eu.
Arquétipos
Jung estabeleceu a doutrina dos arquétipos, mas essa palavra foi utilizada pelos cristãos primitivos, principalmente Santo Irineu e significa marcas antigas; todos nós temos marcas antigas. Por exemplo, você chega em casa e seu filho vem correndo trazer um presente, mas você não aceita, diz “Não quero esse presente”… ele introjeta e cria um conflito a partir disso, de que a gentileza não corresponde à verdade.
Então terá uma timidez que um dia vai se revelar como sendo uma pessoa rude, fria ou indiferente. Se tiver uma área repetitiva, vai virar uma depressão e mais tarde, na adolescência ou quando ocorrer algo que remonte aquele passado através de uma associação (a perda de um afeto, uma traição, ser despedido do emprego, uma perda) joga-o no estado de infância, (ou no estado de debito de vidas passadas – de acordo com a doutrina), fazendo a viagem para dentro, entrando em depressão.
Os arquétipos representam um dos melhores meios para o acesso ao inconsciente, porque são símbolos através dos quais o inconsciente se revela e também por intermédio das associações, repetição de palavras que estão associadas aos seus conflitos. Onde o bom terapeuta consegue descobrir onde estão as faltas, falhas e desequilíbrios do paciente.
Jung criou vários arquétipos, alguns dos mais importantes:
O indivíduo é constituído de dois arquétipos: O ego (aquilo que apresentamos) e o self (aquilo que somos).
Self = si mesmo, espírito, é o consciente e inconsciente se completando para formar uma totalidade.
Ego = ele é o arquétipo da personalidade, daquilo que somos nessa encarnação e a soma das personalidades de nossas encarnações é que resultam no caráter do nosso Espírito (Self).
Procuramos através do ego, disfarçar para sermos simpáticos, mesmo com o prejuízo do self.
Persona = aparência, a máscara, é a forma que nos apresentamos para a sociedade. Ela possui diversos aspectos negativos, ela pode esconder quem realmente você é por conta de estereótipos. Mas por outro lado ela te protege de atitudes sociais externas que procuram de alguma forma te derrubar. Também é muito importante para a comunicação.
Anima e Animus = é um arquétipo do inconsciente da parte sexual, sendo Anima para os homens e Animus para as mulheres. Ele é o principal regulador de comportamento, ele filtra o que é feminino e masculino e alimenta seu animus ou anima assim definindo suas características pessoais.
Sombra = Todos nós temos a sombra, nosso ego tem sombra, é a imperfeição que trazemos do passado, pode ser densa (más inclinações) ou superficial (uma tendência) e através do conhecimento do self podemos lutar contra as más inclinações, clareando a nossa sombra. É tudo o que a consciência descartou por não fazer parte de sua persona ou não se encaixar no que é sociavelmente aceitável.
No livro O Homem e seus Símbolos de Jung, ele relata que:
“O ato de esquecer, por exemplo, é um processo normal, em que certos pensamentos conscientes perdem a sua energia específica devido a um desvio da nossa atenção. Quando o interesse se desloca deixa em sombra as coisas de que anteriormente nos ocupávamos, exatamente como um holofote ao iluminar uma nova área deixa uma outra mergulhada em escuridão. Isto é inevitável, pois a consciência só pode conservar iluminadas algumas imagens de cada vez e, mesmo assim, com flutuações nesta claridade. Os pensamentos e ideias esquecidos não deixaram de existir. Apesar de não se poderem reproduzir à vontade, estão presentes num estado subliminar — para além do limiar da memória — de onde podem tornar a surgir espontaneamente a qualquer momento, algumas vezes anos depois de um esquecimento aparentemente total.
Refiro-me aqui a coisas que vimos e ouvimos conscientemente e que, a seguir, esquecemos. Mas todos nós vemos, ouvimos, cheiramos e provamos muitas coisas sem notá-las na ocasião, ou porque a nossa atenção se desviou ou porque, para os nossos sentidos, o estímulo foi demasiadamente fraco para deixar uma impressão consciente. O inconsciente, no entanto, tomou nota de tudo, e estas percepções sensoriais subliminares ocupam importante lugar no nosso cotidiano. Sem o percebermos, influenciam a maneira por que vamos reagir a pessoas e fatos.
Um exemplo, que considero particularmente significativo, foi-me dado por um professor que estivera passeando no campo, com um dos seus alunos, absorvido em uma séria conversação. De repente, verificou que seus pensamentos estavam sendo interrompidos por uma série de inesperadas lembranças da sua infância. Não conseguia justificar tal distração. Nada do que até então estivera discutindo tinha qualquer ligação com aquelas lembranças. Olhando para trás do caminho percorrido, viu que haviam passado por uma fazenda, quando surgira a primeira destas recordações da sua infância. Propôs ao aluno que retornassem ao local onde se haviam iniciado aquelas fantasias. Chegando lá, sentiu um cheiro de gansos e, imediatamente, percebeu que este cheiro desencadeara a série de recordações.
Na sua juventude, ele vivera numa fazenda onde criavam gansos e o seu odor característico lhe deixara uma impressão duradoura, apesar de adormecida. Ao passar pela fazenda naquela caminhada, registrar a subliminarmente aquele cheiro, e esta percepção inconsciente despertou experiências da sua infância há muito esquecidas. A percepção foi subliminar porque a atenção estava concentrada em outra coisa qualquer e o estímulo não fora bastante forte para desviá-la, alcançando diretamente a consciência. No entanto, trouxe à tona “esquecidas” lembranças.
Os sonhos
Como foi dito, o sonho também é uma maneira de acessarmos o inconsciente. Vamos falar um pouco sobre isso com base no Cap. 4 do livro Evolução para o Terceiro Milênio de Carlos Toledo Rizzini.
“Durante o sono, o espírito desprende-se do corpo; a noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Apenas o corpo físico dorme, o espírito não tem essa necessidade. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho. Outros se movimentam no plano espiritual, mas suas atividades e compreensão dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, por meio da afinidade vibratória ou sintonia. O espírito será atraído para regiões e companhias que se harmonizam com os seus desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Ali com elas, procurará e achará satisfação adequada ao seu gosto, bem como lições concordes com as intenções manifestadas. Haverá intercâmbio de emoções, aprendizado de doutrinas, acerto de trabalhos, sugestões variadas, etc. pois entrará em contato com espíritos semelhantes a ele. Subirá mais ou se degradará mais, conforme queira. Assim, o lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios rendosos usando a astúcia, a esposa queixosa encontrará conselhos contra o marido, e assim por diante. Inimigos entram em luta; amigos reforçam amizades, aprendizes fazem cursos, cooperadores trabalham nos campos prediletos; e vai por ai.
Para a Doutrina Espírita, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Ao invés de tolice, revela o que somos na realidade profunda. Não dizem isso os fisiologistas. Para eles, que têm realizado pesquisas sobre a fase de sonho do sono e não sobre o sonho em si mesmo, o sonho é uma experiência alucinatória. O “conteúdo alucinatório dos sonhos” parece-lhes apenas a “expressão de um tipo grosseiro de atividade executada pelo córtex cerebral”, o sonho é uma “manifestação de pensamento de nível inferior”. O importante é que os investigadores científicos afirmam que “todos sonham repetidamente toda noite”; admitem que muitos não se recordam e dizem não terem sonhado; quanto mais dorme o sonhador, terminado o sonho, menos lembrará dele. Informam que quase sempre o sonho começa 1 hora depois de iniciado o sono, poderá haver de três a cinco períodos de sonho durante 20 a 35 minutos cada um e com intervalo de 90 minutos; nestes, o sono é mais profundo. Experiências consistentes em acordar pessoas durante o sonho deram em resultado distúrbios emocionais, como ansiedade, irritabilidade, aumento de apetite e de peso, logo curados cessando a interrupção. Foi criado um indicador de sonho, aparelho que registra graficamente os movimentos dos globos oculares e as ondas cerebrais; o sonho acompanha-se de um traçado característicos, sabendo-se quando o sujeito começa a sonhar e termina.
Há três maneiras lógicas de interpretar sonhos: a freudiana, a adleriana e a espírita. A interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, declarando que ele significa a satisfação fantasiosa e no plano mental de um impulso recalcado, que provém dos instintos primitivos com os quais o indivíduo nasce. Para Freud, o sonho satisfaz de algum modo desejos e intenções não expressos e serve para impedir que o impulso acorde o adormecido. É como se fosse uma “mensagem cifrada do inconsciente”, que, decifrada pela interpretação do sonho, revela um aspecto da personalidade. (Uma realização disfarçada de um desejo reprimido, Freud explicou os sonhos como sendo manifestações dos desejos e ansiedades mais profundos, muitas vezes relacionados a memórias ou obsessões reprimidas da infância. Além disso, ele acreditava que praticamente todos os tópicos sobre sonhos, independentemente de seu conteúdo, representavam a liberação da tensão sexual.). Essa interpretação concerne ao reconhecimento da significação dos símbolos, por meio dos quais o sonho exprime a satisfação impulsiva.
A maneira adleriana considera o sonho como voltado para o futuro, encarando-o como uma tentativa de manter ou reforçar o estilo de vida de uma pessoa quando surgem contradições com a realidade ou com o senso comum. Adler, defini o inconsciente como algo social, com pulsões derivadas não apenas do indivíduo, mas da necessidade social. O sonho julgava Adler, sendo uma criação do estilo de vida, ajuda a solucionar problemas ligados a ele e tem papel de agitar sentimentos.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida – com a diferença fundamental de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. Como apreciamos acima, o espírito, livre, temporariamente, dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se constituir apenas de satisfação de baixos impulsos ou de justificativas de modo de viver, segundo os citados psicólogos. Mas, poderão ser também de natureza mais elevada e nobre. O sonho é um fragmento de memória
disso.
Essa concepção da doutrina em pauta vem de ser confirmada com experiências feitas em cobaias humanas, submetendo-as, antes de dormir, a uma série de condições externas, estímulos, como fome, sede, frio, excitação sexual, carência afetiva, fadiga, filmes de ficção, etc. sem que fosse possível induzir quaisquer alterações significativas nos sonhos. Parece que estes são mesmo produtos das experiências vividas pessoalmente, como se exarou acima. Os estímulos que poderão modificar os sonhos de alguém vêm a ser
apenas aqueles relevantes emocionalmente para o próprio, porquanto, mesmo pessoas em crise real (cirurgia, v.gr.) nada revelaram em matéria de ter sonhos específicos.
Nem sempre os sonhos são nítidos ou coerentes. Há uma série de fatores que interferem, tornando-os obscuros ou incoerentes. No momento em que o espírito retorna ao corpo para acordar, ocorre intensidade maior ou menor de perturbação da consciência, o que ocasiona vários graus de esquecimento. A intromissão nos sonhos dos elementos conscientes da vida comum é frequente, especialmente quando há preocupação. Entram em jogo ainda as dificuldades do próprio espírito para compreender o que se passou durante a noite; daí nasce interpretações pessoais baseadas em preconceitos e noções errôneas. Outro fator a considerar é composto das lembranças de vidas anteriores, que emergem do inconsciente e encaixam-se no sonho
fazendo-o confuso; note-se que há sonhos formados inteiramente de tais recordações, os quais podem ser muitos lúcidos. Por fim, não se deve ignorar o simbolismo usado por mentores espirituais objetivando fazer sugestões e advertências ao encarnado sem violar o livre arbítrio, o que a Lei não permitiria monstram-lhe uma montanha árida e pedregosa, sobre cuja encosta ele ascende penosamente, simbolizando provas dificultosas próximas. Tudo isso explica as distorções e disfarces, tão mencionados na literatura psicológica.
Em suma, o sonho é uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse período de liberdade relativa. Conforme o grau, o tipo de sintonia gerado pela afinidade moral com outros, encaminha-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça seus objetivos, ainda que implícitos; aí conta com colegas, sócios, desafetos, “mestres”, etc.
Há mais dois tipos de sonho. Um é o sonho premonitório, que podemos entender através de um relato contido nesse mesmo livro e cap.
“Na véspera de embarcar, após a Guerra da Coréia, para a pátria, o marechal compareceu a uma festa em sua homenagem. Estava conversando com um amigo quando ouviu dois ingleses trocando impressões e um deles manifestava grande surpresa por vê-lo vivo. Forçado a dar explicações, declarou ao marechal que sonhara a noite passada que o avião em que ele viajava caíra. E fez minuciosa descrição dos passageiros, da tripulação, da praia rochosa sobre a qual o aparelho caíra e da tempestade de nove. O marechal sentiu-se aliviado: embora o seu fosse o avião do sonho, não levaria passageiros… Mas, nas horas subsequentes, viu-se obrigado a aceitar os três passageiros referidos pelo sonhador… Bem, partiram. Depois de horas, veio à nevasca e a ameaça de acúmulo de gelo nas asas. Afinal, foram forçados a aterrissar porque a pouca gasolina não permitiria continuar a viagem com um tempo tão desfavorável. E surgiu a praia rochosa, onde conseguiram descer sem maior perigo. Sonhos desse tipo, menos dramáticos, têm aparecido na vida de muita gente para dar um aviso. O que sucede inúmeras vezes é que, durante a liberdade induzida pelo sono, o espírito lembra-se de um fato programado para suceder em breve e, ao acordar, tem a impressão de ter sonhado com um “aviso”, algumas vezes, os espíritos amigos são o aviso realmente. ”
E aqui gostaria de contar uma experiência minha ocorrida há alguns anos…
O outro é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o medo. É também uma experiência real, porém, penosa, o sonhador vê-se acossado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofre castigos, etc. que, de fato, são vivências provocadas por agentes voltados ao mal ou por desafetos desta ou de outras vidas. ”
No Cap. 5 o autor nos esclarece: “Os espíritos interferem também nos sonhos, para o bem e para o mal. Instrutores e amigos advertem. Ao lado disso, inúmeros pesadelos são produzidos pelos discípulos das sombras. Alguém sonha que teve uma entrevista desagradável com um morto a quem ofendera certa feita. Acorda suando frio e tremendo, o coração disparado (ansiedade). Passado o susto, atribui sorridente o fato a um jantar indigesto. Na realidade, houve um acerto de contas no baixo mundo espiritual, para onde o sonhador foi atraído e encontrou o outro. Alguém sonha com cenas terrificantes, das quais quer fugir sem conseguir, lá esteve ele, realmente, sofrendo em espírito uma experiência penosa. ”
Aí aqui vamos falar daquela questão 410 do L. E. que comentei um pouco acima:
Dá-se também que, durante o sono, ou quando nos achamos apenas ligeiramente adormecidos, acodem-nos ideias que nos parecem excelentes e que se nos apagam da memória, apesar dos esforços que façamos para retê-las. Donde vêm essas ideias?
R. “Provêm da liberdade do Espírito que se emancipa e que, emancipado, goza de suas faculdades com maior amplitude. (Ou seja, acessamos nosso inconsciente, aquilo que nosso espirito sabe) também são, frequentemente, conselhos que outros Espíritos dão. ”
a) – De que servem essas ideias e esses conselhos, uma vez que se perde a lembrança e não e pode aproveitá-los?
R. “Essas ideias, algumas vezes pertencem, algumas vezes, mais não mundo dos Espíritos quer ao mundo corporal; mas, com mais frequência, se o corpo esquece, o Espírito se lembra, e a ideia revive no instante necessário, como uma inspiração do momento. ”
Numa entrevista, Divaldo Franco explica que em desdobramento, parcialmente desligado do corpo, o espirito realiza experimentos notáveis no mundo causal, (de onde ele veio) e que muitos desses sonhos têm o caráter de premonição, evocação de cenas passadas, recordações de existências anteriores, proporcionando através desses sonhos a liberação de cargas emocionais que muito nos afligem (problemáticas que procuramos escamotear, ignorando… o que Jung denominou como as sombras perturbadoras), ao evitarmos dar oportunidade de transformar-se em luz, essas sombras permanecem no nosso inconsciente gerando situações embaraçosas. E então naturalmente pelos sonhos é que liberamos e diminuímos os transtornos de natureza comportamental.
E fala também sobre quando sonhamos com desencarnados, que muitas vezes após o choque traumático da morte de um ser querido, o inconsciente arquiva imagem perturbadoras e nos estados posteriores a morte, essas imagens vem através do sonho nos atormentar, dando a impressão de que estão sofrendo, perseguindo… apresentando-se uma maneira deturpada, pois são imagens entorpecidas no inconsciente que se apresentam conflitivamente.
No entanto na maioria das vezes são encontros com seres queridos, o que se denota muito confortador, enseja a oportunidade de termos a certeza de que a vida continua.
E diferencia os sonhos como:
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Sonhos fragmentados: são arquétipos conflitivos da sombra, inquietações não digeridas do cotidiano, são sonhos em preto e branco.
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Sonhos pesados: são os sonhos da libido sob outros aspectos.
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E os sonhos tecnicolor é o encontro real, a grama era verde, etc. conseguimos descrever a indumentária. Trazemos de volta e imprimimos na memória atual a lembrança desses encontros espirituais.
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Sonhos repetitivos, uma espécie de catarse (purificação) do inconsciente que vem a liberar muitas vezes certas preocupações. Jung fala sobre isso nesse trecho do livro:
“O sonho recorrente é um fenômeno digno de apreciação. Há casos em que as pessoas sonham o mesmo sonho, desde a infância até a idade adulta. Este tipo de sonho é em geral uma tentativa de compensação para algum defeito particular que existe na atitude do sonhador em relação à vida; ou pode datar de um traumatismo que tenha deixado alguma marca. Pode também ser a antecipação de algum acontecimento importante que está para acontecer. ”
E nos dá um exemplo:
“Não é apenas o lado da “sombra” de nossas personalidades que dissimulamos, desprezamos e reprimimos. Podemos fazer o mesmo com nossas qualidades positivas. Um exemplo que me ocorre é o de um homem aparentemente modesto, apagado e de maneiras encantadoras. Parecia contentar-se com um lugar nas últimas filas de qualquer reunião, mas insistia discretamente com a sua presença. Quando convidado a falar tinha sempre uma opinião correta a dar, a despeito de nunca intrometer-se. Algumas vezes dava a entender que determinado assunto poderia ser tratado de melhor forma e num nível mais elevado apesar de nunca explicar como fazê-lo. Nos seus sonhos, no entanto, tinha encontros frequentes com figuras históricas célebres, como Napoleão e Alexandre, o Grande. Estes sonhos compensavam, claramente, um complexo de inferioridade. Mas tinham ainda outras implicações. Que tipo de homem devo ser, perguntava o sonho, para receber a visita de personalidades tão ilustres? Neste particular o sonho assinalava uma secreta megalomania, que compensava o sentimento de inferioridade do paciente. Esta ideia inconsciente de grandeza isolava-o da realidade do seu ambiente, mantendo-o afastado de uma série de obrigações que se riam prementes para muitos outros. Não sentia necessidade alguma de provar — ou a si mesmo ou a outras pessoas — que a superioridade do seu autojulgamento estivesse fundamentada em méritos igualmente superiores. Na verdade, jogava inconscientemente um jogo insano e os sonhos buscavam, de uma maneira curiosa e ambígua, dar-lhe consciência disto. Ser íntimo de Napoleão e dar-se muito bem com Alexandre, o Grande é exatamente o tipo de fantasia produzido por um complexo de inferioridade. Mas por que, podemos perguntar, não pode o sonho ser mais direto e aberto, dizendo o que tem a dizer sem tanta ambiguidade? Várias vezes já me fizeram esta pergunta. E eu também já a fiz a mim mesmo. Fico surpreso com os caminhos tortuosos que os sonhos seguem para evitar informações precisas ou omitir algum ponto decisivo. Freud supôs que existiria uma função especial da psique, a que ele chamou “censura”. A censura, segundo ele, é que deformava as imagens do sonho tornando-as irreconhecíveis a fim de enganar a consciência que está sonhando sobre o objetivo real do sonho. Ocultando do sonhador o pensamento crítico, a “censura” protegeria o seu sonho do choque provocado por reminiscências desagradáveis. ”
E aqui nos lembramos do respeito ao nosso livre arbítrio, e da questão 393 do livro dos espíritos que trata do esquecimento do passado.
“Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com justiça de Deus?
R. Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer. Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, se esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que frequentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência, se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles. ”
A.K.: Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores.
Gostaria de relatar uma entrevista que ouvi no Youtube , que Herculano Pire deu na rádio, na década de 70. Era o caso de uma ouvinte que dizia que o marido não acreditava no Espiritismo, que achava que os médiuns eram pessoas recalcadas (que reprimem coisas no inconsciente) que desabafavam nas sessões ou que eram mistificadores, afirmações essas que Herculano diz que estavam sendo feitas por psicólogos da época, na tentativa de explicar o problema da mediunidade, fugindo da realidade da manifestação dos Espíritos. E Herculano prossegue explicando que o problema dos recalques implica no problema do inconsciente (armazém de ideias, emoções, sentimentos e de experiências que estão arquivados, e num momento qualquer que uma ideia ou emoção do consciente se sintonize com uma ideia ou emoção do inconsciente é possível que esta ideia ou emoção pela lei de afinidade se manifeste no consciente ou pode explodir no inconsciente numa forma de ração desagradável e até violenta. Sabemos que existe a técnica da catarse, onde o psicólogo tenta arrancar do inconsciente as ideias traumáticas que o perturbam e o prejudicam, mas, devemos nos lembrar o que que o problema do inconsciente já havia sido tratado por Kardec muito antes de Freud nos trazer a Psicanálise, portanto para esses psicólogos que acham que os Espiritas não sabem do problema do Inconsciente estão muito enganados, pois há mais de meio século antes de Freud isso já nos é falado. E então fala do livro que Frederick Mayer (famoso psicólogo inglês e espírita) lançou, “A personalidade humana, sua sobrevivência e sua comunicabilidade”, em apoio com mais 2 cientistas famosos faz um estudo científico, muito importante sobre o problema do inconsciente nas manifestações mediúnicas. Ele estuda sobre a inspiração, a recepção de mensagens psicográficas à luz do Espiritismo e da Psicologia e mostra que temos uma catarse muito mais profunda do Inconsciente do que a catarse psicanalítica, porque no espiritismo não tratamos apenas os traumas da infância dessa vida, mas sim do arquivo do Inconsciente de vidas passadas, ao que Kardec chama de instintos espirituais, tendências, vocações, impulsos. E continua a entrevista explicando sobre a questão da mistificação, que não é o assunto que nos interessa por hora.
Como podemos buscar estar mais conscientes então?
No livro O Ser Consciente, de Joana De Angelis peguei alguns trechos interessantes:
“ …Os conflitos psicológicos, estão presentes no homem, que, invariavelmente, não lhes dá valor, evitando deter-se neles, analisar a própria fragilidade, de modo a encontrar os recursos que lhe facultem diluí-los. (até poucos dias existia preconceito quando se falava em terapia, psicólogo, psiquiatra)
Enraizados profundamente, apresentam-se na consciência sob disfarces diferentes, desde os simples complexos de inferioridade, os narcisismos, a agressividade, a culpa, a timidez, até os estados graves de alienação mental.
Todo conflito gera insegurança, que se expressa multifacetadamente, respondendo por inomináveis comportamentos nas sombras do medo e das condutas compulsivas.
Suas vítimas padecem situações muito afugentes, tombando no abandono de si mesmas, quando as resistências disponíveis se exaurem.
O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar.
Somente consegue essa lucidez aquele que se autoanálise, disposto a encontrar-se sem máscara, sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem se culpa. Apenas descobre-se.
À identificação segue-se o trabalho da transformação interior para melhor, utilizando-se dos instrumentos do auto amor, da autoestima, da oração que estimula a capacidade de discernimento, da relaxação que libera das tensões, da meditação que faculta o crescimento interior.
O auto amor ensina-o a encontrar-se e desvela os potenciais de força íntima nele jacentes.
A autoestima leva-o à fraternidade, ao convívio saudável com o seu próximo, igualmente necessitado.
A oração amplia-lhe a faculdade de entendimento da existência e da Vida real.
A relaxação proporciona-lhe harmonia, horizontes largos para a movimentação.
A meditação ajuda-o a crescer de dentro para fora, realizando-se em amplitude e abrindo-lhe a percepção para os estados alterados de consciência.
O autoconhecimento se torna uma necessidade prioritária na programática existencial da criatura. Quem o posterga, não se realiza satisfatoriamente, porque permanece perdido em um espaço escuro, ignorado dentro de si mesmo.
Foi necessário que surgissem a Psicologia Transpessoal e outras áreas doutrinárias com paradigmas bem definidos a respeito do ser humano integral, para que se pudesse propor à vida melhores momentos e mais amplas perspectivas de felicidade.
A contribuição da Parapsicologia, da Psicobiofísica, da Psicotrônica, ampliou os horizontes do homem, propiciou-lhe o encontro com outras dimensões da vida e possibilidades extrafísicas de realização, que permaneciam soterradas sob os escombros do inconsciente profundo, ou adormecidas nos alicerces da Consciência.
Um adendo para falar um pouquinho sobre as pesquisas que fiz sobre os termos Psicobiofísica e Psicotrônica.
A Psicobiofísica trata do estudo das inter-relações da mente com o corpo, da energia com a matéria, do espírito com o físico, dentro do contexto da vida humana. Pesquisando sobre esse assunto, descobri que o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas Foi fundado em 13 de dezembro de 1963 pelo parapsicólogo espírita Hernâni Guimarães Andrade em SP, porém foi transferido para Bauru alguns anos depois, onde o mesmo veio residir e desencarnou por volta dos 90 anos. Entre as pesquisas parapsicológicas realizadas pelo IBPP destacam-se aquelas sobre o corpo espiritual, a reencarnação e os fenômenos de “poltergeist”- barulho de espírito, mediunidade, experiências de quase-morte, experiência fora do corpo e Transcomunicação Instrumental. Em 1976 o IBPP publicou o primeiro trabalho referente aos casos de reencarnação pesquisados no Brasil, uma monografia intitulada: “Um Caso que Sugere Reencarnação: Jacira & Ronaldo”. O IBPP, ao longo dos anos, reuniu cerca de sessenta ocorrências, devidamente catalogadas, que sugerem reencarnação, enquadrando-se no que se convencionou chamar-se Espiritismo Científico, fundamentado na Doutrina Espírita e estruturado com base na investigação dos fenômenos paranormais, particularmente os mediúnicos, complementada pelas informações extraídas de obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, especialmente as de autoria de André Luiz. Certa vez lhe perguntaram: “Se você fosse para uma ilha deserta, qual livro espírita levaria consigo?” Ele respondeu: “Eu levaria a coleção toda da série ‘Nosso Lar’, de André Luiz, psicografia de nosso querido Chico Xavier. Por quê? Bem, como simpatizante da linha científica do Espiritismo, considero-a maior contribuição deste século, obtida por via mediúnica, para a solução do problema da natureza do homem, hoje tão focalizada pela parapsicologia. Fica aqui consignada, a título de registro e endossada por mim, a seguinte previsão: As obras de André Luiz psicografadas por Chico serão futuramente objeto de estudo sério e efetivo nas maiores universidades do mundo, e consideradas como a mais perfeita informação acerca da natureza do homem e da sua vida após a morte do corpo físico”. (Cf. “A Matéria Psi”, livro de autoria de Hernani Guimarães Andrade.) Seu primeiro livro, Teoria Corpuscular do Espírito, recebeu crítica severa do professor José Herculano Pires, que no livro A Pedra e o Joio, colocou-se contrário à tese do mesmo, dizendo que a tentativa de materializar, de corporificar o Espírito estava completamente em desacordo com os princípios esposados por Allan Kardec na Codificação. E dessa discussão, restou seu isolamento, por conta de preconceitos e incompreensões, principalmente no movimento espírita, que marcaria toda a sua vida.
A Psicotrônica foi iniciada através de um na União Soviética em que cientistas relatavam que o cérebro humano poderia receber e transmitir um certo tipo de radiação eletromagnética de alta frequência que poderia influenciar outros objetos e também estimular o sistema imunológico das plantas e dos humanos. Armas psicotrônicas foram testadas para ver se elas tinham a capacidade de alterar a mente das pessoas, há alguns anos essas pesquisas deixaram de ser secretas e calcula-se que foram gastos mais de 1 bilhão de dólares pelo governo soviético)
Antes, porém, de todas essas disciplinas psicológicas e doutrinas parapsíquicas, o Espiritismo descortinou para a criatura a valiosa possibilidade de ser consciente, concitando-a ao auto encontro e à autodescoberta a respeito da vida além dos estreitos limites materiais.
Perfeitamente identificado com os elevados objetivos da existência terrestre do ser humano, Allan Kardec questionou os Espíritos Benfeitores. “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”
Eles responderam: “— Um sábio da Antiguidade vo-lo disse. Conhece-te a ti mesmo.”
O Livro dos Espíritos, na questão 919, comentando a resposta, Santo Agostinho, Espírito, entre outras considerações explicitou: “… O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar asfaltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis se praticada por outra pessoa… “ “E prosseguiu: “… dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros, e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.” Na análise diária e contínua dos atos, o auto e o alo-amor serão decisivos para a avaliação. A oração e a meditação irão constituir recurso complementar para afixação das conquistas. Quem ora, fala; quem medita, ouve, dispondo dos recursos para exteriorizar-se e interiorizar-se. Há, no entanto, estruturas psicológicas muito frágeis ou assinaladas por distúrbios de comportamento grave. Nesses casos, urge o concurso da Ciência Espírita, com as terapias profundas que dispõe; e, de acordo com a intensidade do distúrbio, torna-se necessária a ajuda do psicoterapeuta, conforme a especificidade do problema, que será equacionado pela Psicologia, pela Psicanálise ou pela Psiquiatria. Em muitos conflitos humanos, entretanto, ocorrem interferências espirituais variadas, gerando quadros de obsessões complexas, para os quais somente as técnicas espíritas alcançam os resultados desejados, por se tratarem, esses agentes perturbadores, de Entidades extracorpóreas, porém portadores dos mesmos potenciais das suas vítimas: sentimentos e emoções, inteligência e lucidez, experiências e vidas.
Uma frase que me chamou atenção, mas sinceramente já não me lembro onde li:
“O que emerge até à consciência é pouco em relação ao preço do que resta sepultado embora agindo. A personalidade consciente não é jamais senão uma fraca parte da personalidade psíquica. “ Lembremos do iceberg (enxergamos apenas 5% dele, porção consciente)
Então, eu concluo que devemos nos concentrar em valorizar as situações conflitivas, pois elas estão tentando nos dizer algo, como foi dito nesse estudo. É a maneira como vamos agir diante de nossas sombras que vão determinar nossa evolução, nossa conscientização.
Tive uma sequencia de sonhos relacionados com doenças, pessoas que estavam doentes…ou algo assim.
E após um bom tempo foi fazer sentido pra mim, pois eu não imaginava que eram sonhos premonitórios e foi assim com o pai de uma outra amiga que mora em SP, mas que é minha mais antiga amiga, desde a pré escola, nos víamos esporadicamente ate ela se casar, pois ela me hospedava em sua casa nas minhas idas a SP. Porem conversávamos muito por whats app, inclusive sobre a doutrina, ela me procurava para esclarecimentos, sabendo que eu frequentava o centro quase todos os dias da semana e estava bem envolvida com a doutrina…
Um dia sonhei que estava numa festa, parecia ser na casa dela, com a família toda dela e com a minha filha alana mas isso seria impossível, pois ela morava num ap… e a festa era num lugar maior. E nessa festa a irma dela veio e colocou uma bebe grande, linda, no meu colo. Eu até assustei. E sem mais nem menos, nesse mesmo sonho, de repente eu estava no meio da rua de SP, com as minhas meias de dormir (me lembro das bolinhas da meia e td) gritando pela alana, eu a tinha perdido, não sabia onde estava. Eu estava desesperada!!
Eu sabia que a irma dela estava grávida, de pouco tempo…mas ela nem namorando estava ainda. Fui e contei pra ela…nossa amiga sera que vai ser menina…sonhei isso, isso, isso… contei da alana, de td.
Ficou gravado la o áudio no whats app do meu sonho, que tratei de contar logo que acordei pra não esquecer.
Meses depois, ela me manda um convite de casamento. E novamente eu sonho, porém agora com o pai dela, que ele estava doente e via a família toda, as filhas, esposa e mais gente…fazendo uma reunião, se mobilizando para resolver o que fariam com ele, com o tratamento e etc.
Lá fui eu perguntar como estava o pai dela, mas com muita cautela, pois eu sabia que ela poderia se impressionar. Haja visto que a irma dela teve uma menina mesmo… ela me ligou toda animada pra contar que meu sonho tinha sentido e tal. Dito e feito, ela me disse que ele estava bem, mas ficou me questionando porquê? Mas eu não falei que sonhei, perguntei por perguntar. E tentei disfarçar.
Ai passou os meses, casamento , convite so pra mim, fiquei muito sem graça e pedi na cara de pau para convidar a alana pq eu não queria irt sozinha.
Achei estranho não chamar ela, mas ai ela me explicou que a festa seria no salão de festas do prédio, pouquíssimas pessoas e etc.
Sentadas na festa, há 3 anos, do nada veio a irma e jogou a criança no meu colo. Olha minha filha… tipo a irma dela mora na Itália… anos que não a via. Naquele momento, eu tive a lembrança repentina do sonho… não deu tempo de pensar. Ela colocou a neném no meu colo e eu viajei pro sonho… que eu já tinha me esquecido…fazia praticamente um ano que tinha sonhado. E então, fiquei meio abobada e lembrei da festa, do sonho, que era na casa dela, alana, a família toda reunida. Cara nem ela sabia que ia se casar quando eu sonhei.
Fiquei branca e contei td pra alana ali mesmo na festa, mostrei ate o áudio que mandei no whats app
Mulher falou do Plínio e depois lembrei do sumiço da alana.
Ap frei caneca, augustas e paulista, tava me enchendo na festa porque queria ir passear na paulista após o casamento..e eu morta dizendo que queria descansar e ela falando que queria ir sozinha mesmo e eu dizendo que não.
Depois confirmei com ela o ocorrido, na volta da lua de mel
Também sonhei uma única vez com a mãe de uma amiga, mas foi bem nítido, ela estava doente, debilitada e todos se mobilizando para leva-la ao hospital. Foi tao nítido que procurei minha amiga pra saber como estava a mãe dela… e ela me disse que estava bem… então imaginei que era viagem minha, um sonho aleatório. E algum tempo depois , recentemente, ela descobriu um câncer e esta ate hj fazendo tratamento.
Fiquei por muito tempo tendo sonhos repetitivos com a família de uma tia da minha mae, que me acolhia em sua casa em Presidente Prudente em quase todas as minhas férias escolares. Eu não sonhava com ninguém doente, não me lembrava exatamente do sonho. Só me lembrava de estar com eles, tios e seus filhos e que não era muito leve… nada aterrorizante, tinha algo errado, mas não entendia pq sonhava tao frequentemente.
, e recentemente, a tia da minha mae desencadeou o mal de Alzheimer, e nem preciso explicar como isso afetou e tem afetado toda a família, a discórdia, e desunião se instalou por lá, pude constatar o ano passado quando os visitei após muitos anos sem ir pra la.
Referências bibliográficas
– O Consolador – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel
– Evolução para o Terceiro Milênio – Carlos Toledo Rizzini
– O evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
– O livro dos Espíritos – Allan Kardec
– O Ser Consciente – Divaldo Franco pelo espirito Joanna de Angelis
– No Mundo Maior – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz
– O Homem e seus símbolos – Carl G. Jung
-https://www.correioespirita.org.br/categoria-de-materias/artigos-diversos/1113-a-consciencia?Itemid=1422
-https://opas.org.br/o-que-e-estar-inconsciente-subconsciente-e-consciente/#:~:text=A%20mente%20consciente%20se%20comunica,os%20recursos%20da%20mente%20inconsciente.
-https://conexoesclinicas.com.br/wp-content/uploads/2015/04/jung-c-o-homem-e-seus-simbolos.pdf1302