Os 12 Apóstolos e sua Personalidades – palestra 28.12.22
Os 12 Apóstolos e suas personalidades
CEL 28.12.22 – Débora
O que significa PERSONALIDADE
A personalidade deriva do latim persona, que significa máscara.
É um termo abstrato utilizado para descrever e dar uma explicação teórica do conjunto de peculiaridades de um indivíduo que o caracterizam e diferenciam dos outros.
Numa visão psicológica a personalidade é descrita como um conjunto de características marcantes de uma pessoa, como aspectos físicos, psíquicos, sociais, culturais que caracteriza os próprios pensamentos e comportamentos que são diferentes de uma pessoa para outra. Esses conjuntos de características são interligados, determinando o modo como a pessoa se ajusta ao ambiente em que vive.
A personalidade tem várias facetas que são considerados como parte integrante dela, e que influenciam as atitudes de cada pessoa. A forma física pode influenciar na autoestima de maneira positiva ou negativa, alterando o comportamento e a percepção que a pessoa tem de si. O temperamento é responsável pelo comportamento afetivo, à excitação e atenção.
A personalidade também é influenciada pela inteligência e criatividade onde, através dela, consegue-se encontrar soluções diferentes para as coisas, havendo a abertura diante de novas experiências, apresentando uma competência social, onde demonstra capacidade de defender ou impor os seus interesses e a capacidade de construir relacionamentos.
A personalidade é ligada à postura de valores, a tendência de julgar determinados objetivos, como a liberdade, ou disposições de ação como a honestidade, como desejável ou não. As pessoas que tem uma postura curiosa valorizam as novidades, já as ansiosas valorizam a segurança. A personalidade pode ser classificada pelas atitudes, pela autoestima, como o juízo que a pessoa faz de si mesma, o bem-estar, que representa também um traço da personalidade, e que tem a ver com a parte subjetiva da saúde mental.
A medicina entende a personalidade como uma organização exclusiva de traços, características e modos de comportamento de um indivíduo, que o posiciona diferentemente de outros indivíduos. São aspectos mentais em contraste com o físico de um ser.
Na visão espírita, a personalidade está na alma. A nossa personalidade atual resulta da somatória das experiencias reencarnatórias passadas, de onde herdamos tendências instintivas, boas ou más, da educação recebida na atual existência e do grau de influência exercido pelo meio sociocultural, no qual estamos inseridos. Porém temos o livre arbítrio e pelo esforço da vontade, podemos nos transformar em pessoas melhores, em conhecimento e moralidade.
O que significa APÓSTOLOS
O significado da palavra apóstolos deriva do grego que quer dizer “o enviado” ou ainda, aquele que é mandado em missão. Já discípulos deriva do latim que quer dizer “aluno”. Em uma época de sua vida Jesus teve 70 discípulos, além de seus doze apóstolos. O termo discípulo aparece somente nos Evangelhos em Atos dos Apóstolos (Mateus 5:1; Marcos 4:34; Lucas 19:39). Segundo o Evangelho de Lucas, “Ele chamou para si os seus discípulos, e deles escolheu doze, a quem ele chamou de apóstolos” (Lucas 6:13).
Para identificar os doze apóstolos, designa, em geral, a ampla variedade dos seguidores de Jesus. Entretanto, nem todos os seguidores do Cristo se constituíram em seus legítimos discípulos, aceitando a mensagem cristã e colocando-se a serviço de Jesus. Grande parte da população seguia o Mestre em busca de alívio dos problemas que lhes afligiam a existência.
Os apóstolos foram 12 pessoas que acompanharam Jesus e tinham intimidade com Ele. São mensageiros judeus enviados por Jesus para pregar o Evangelho, inicialmente apenas aos judeus e depois também aos gentios, em todo o mundo antigo. Durante a vida e o ministério de Jesus no século I, os apóstolos foram seus seguidores mais próximos e se tornaram os principais pregadores da mensagem de seu evangelho.
O fato de terem sido escolhidos 12 apóstolos parece ter especial importância, pois alguns estudiosos interpretam como uma referência às 12 tribos de Israel, equivalente aos 10 filhos de Jacó e 2 filhos de José. Vale lembrar que de acordo com a árvore genealógica descrita na bíblia, José, marido de Maria e pai terrestre de Jesus Cristo, é descendente direto da tribo de Judá, uma dessas 12 tribos.
No capítulo 39 do livro: Estude e Viva de Chico Xavier, Emmanuel diz que Jesus chamou a equipe dos apóstolos que lhe asseguraram cobertura à obra redentora, não para incensar-se e nem para encerrá-los em torre de marfim, mas para erguê-los à condição de amigos fiéis, capazes de abençoar, confortar, instruir e servir ao povo que, em todas as latitudes da Terra, lhe constitui a amorosa família do coração.
História: O Chamado, a Educação e a Missão dos 12 APÓSTOLOS
Fazia 400 anos que a mensagem, a Profecia, tinha sido esquecida. O povo de Israel acreditava que Deus tinha se esquecido deles. O Império Romano dominava arbitrariamente subjugando seu poder (ter o domínio), sobre o povo.
Israel naquela época estava dividida em tetrarquias e naquela que era a mais pobre, a Galileia, surgiria um homem que comoveria multidões. A mensagem passava entre todos, que desejavam ver aquele homem incomum, estropiados, infelizes, surdos, paralíticos, mudos, leprosos, todos eles desejavam achegar-se a JESUS DE NAZARÉ, filho de José e de Maria.
Uma nova esperança clareava aquela região. Os corações estavam em festa. Jesus vinha trazer sua palavra generosa, a sua mensagem de amor para transformar vidas, mentes e espíritos.
Naquela madrugada, Ele iria se recolher-se no monte, durante toda a noite em oração, elevou seu pensamento a Divindade, viajando para dentro de si mesmo, preparando-se para o acontecimento que se daria pela manhã, junto ao Mar da Galiléia, também chamado Lago de Tiberíades, Lago de Genesaré, onde uma multidão amontoava-se para vê-lo, Jesus resolveu escolher entre seus seguidores, ou seja, seus discípulos, os doze homens, aqueles que ele chamaria de APÓSTOLOS. Ele iria chamando um a um, enumerando-os, para que eles pudessem ajudar, afim de prepará-los para levar a Mensagem de Amor a todas as criaturas. Quando Jesus escolheu os doze apóstolos, proclamou abertamente sua pretensão de eleger, em nome de Deus, um povo novo e espalhar a Boa Nova aos quatro “cantos do mundo.”
Para cumprir sua missão aqui na Terra, Jesus escolheu esses doze companheiros de sua terra natal.
Os 12 apóstolos foram:
1 – Pedro;
2 – Tiago (filho de Zebedeu);
3 – João;
4 – André;
5 – Filipe;
6 – Bartolomeu;
7 – Mateus;
8 – Tomé
9 – Tiago (filho de Alfeu);
10 – Judas Tadeu;
11 – Simão Zelote;
12 – Judas Iscariotes
(Mateus 10:2-4; Lucas 6:13-16).
Primeiro houve um período em que conheceram Jesus (João 1:35-51), depois passou para um período de companhia constante (Marcos 1:16-20) e na sequência a escolha para serem emissários oficiais (Lucas 6:12-16; Marcos 3:13-19).
Na verdade, a escolha dos doze apóstolos foi fruto da observação contínua de Jesus junto à multidão que o seguia, os seus discípulos, reconhecendo neles a predestinação para, juntamente com ele, participar da tarefa missionária da evangelização daquele povo tão sofrido, devido às guerras constantes com os seus vizinhos, pela posse das terras.
Jesus escolheu dentre seus discípulos os 12 apóstolos após uma noite de oração, o que fazia quando tinha que tomar uma decisão. Depois da escolha, levou eles para o meio da multidão para que entendessem o que deveriam fazer para ajudar o povo, estando junto dele, e assim fossem pregar, tendo autoridade para expulsar demônios. Jesus passou muito tempo com os doze preparando e instruindo para esse trabalho. A escolha dos doze apóstolos nos mostra a intenção que Jesus teve de formar o novo povo de Deus, livre dos males de uma cultura de violência, de doença e de toda a espécie de mal físico e espiritual. Os apóstolos viajavam para muitas cidades, ensinando o evangelho e curando pessoas. Depois eles voltavam e contavam o que tinham feito a Jesus. Os apóstolos foram educados por Jesus, que lhes ensinou as virtudes da renúncia, da humildade, do trabalho e da abnegação, proferindo muitos discursos que os apóstolos assimilaram com sofrimentos, a fim de prepará-los para a missão evangélica que com o tempo percorreria o mundo.
Durante três anos e meio aproximadamente, conforme nos conta os historiadores, esses doze homens que foram apóstolos de Jesus, seguiram suas pegadas, trabalhando em seu nome e aprendendo sua lição valorosa e onde quer que o mestre estivesse eles também estavam.
Conta também a Bíblia Sagrada, através dos Evangelistas (Lucas, Mateus, João e Marcos), que Jesus por diversas vezes aconselhou, advertiu, censurou, repreendeu com brandura os seus apóstolos.
Assim nós vamos notando que durante a trajetória de Jesus na terra, ele foi preparando um a um para que eles pudessem depois continuar o trabalho.
No ano em que Jesus foi crucificado, logo após a sua morte, no terceiro dia como houvera prometido, regressara para viver com os seus, durante cinquenta dias, Jesus apareceria para prepará-los, ainda mais para o trabalho que iriam empreender. No dia conhecido como “Pentecostes”, que era uma comemoração, logo após a Páscoa, eles estavam todos no Monte, quando Jesus apareceu a multidão e depois do sermão da montanha, este foi o mais belo discurso de Jesus, para aqueles que desejavam segui-lo.
Jesus disse a todos:
IDE E PREGAI, LEVAI A MINHA MENSAGEM A TODOS OS POVOS, CURAI OS ENFERMOS, LIMPAI OS LEPROSOS, RESSUSCITAI OS MORTOS, EXPULSAI OS DEMÔNIOS. HAJAM EM NOME DO MEU PAI, QUE ESTÁ NOS CÉUS. NÃO POSSUIRÁS OURO, NEM TÚNICAS, NEM ALPARCAS (SANDÁLIAS) PARA O CAMINHO, MAS SOMENTE AQUILO QUE TE É NECESSÁRIO.
EU VÓS ENVIO COMO OVELHAS EM MEIO AOS LOBOS, SEDE PRUDENTE COMO AS SERPENTES E MANSOS COMO AS POMBAS. ACALTELAI-VOS, PORÉM, DOS HOMENS; PORQUE ELES VOS PERSEGUIRÃO, AÇOITARÃO POR MIM, EM NOME DA CAUSA, MAS SAIBAM QUE EU ESTAREI CONTIGO, “POIS MATAM O CORPO, MAS O ESPÍRITO VIVIFICA”.
A pregação dos apóstolos, começou na palestina, a partir daquele dia eles sairiam de dois a dois levando a mensagem de Jesus onde se fizesse necessário. Mais tarde essa mensagem iria se estender a outros países. Foi um marco na história, o exemplo de amor, trabalho e caridade, um exemplo para todos nós que buscamos nos aperfeiçoar e trabalhar em nome de Jesus.
História de vida, morte de personalidade de cada Apóstolo
Veremos a seguir uma síntese da vida e pontos da personalidade dos discípulos de Jesus e como se deu a morte de cada um.
1 – Pedro: Era pescador, nascido em Betsaida, uma aldeia de pescadores (João 1:44). Filho de Jonas e irmão do apóstolo André (Mateus 4:18; 16:17). Pedro vivia com sua mulher e sua sogra em Cafarnaum (Lucas 4:38-39). Pedro e seu irmão André receberam um convite de Jesus enquanto estavam pescando no mar da Galiléia para serem seus discípulos (Marcos 1:16). Mais tarde, o apóstolo Pedro foi um dos primeiros discípulos a ser chamado, e também era um dos três que sempre estavam mais próximos do Senhor (Marcos 5:37; 9:2; 14:33). Jesus o chamou de Cefas, do aramaico Kefa, que significa “rocha” ou “pedra”, que em sua forma grega é Petros, ou seja, Pedro (João 1:42). O significado desse título se refere ao fato de que Pedro se tornaria firme como uma rocha, ao invés de uma pessoa com temperamento inconstante. Na Bíblia também aparece como Simeão e Simão.
Foi o primeiro a reconhecer Jesus como o messias, filho de Deus (Mateus 16: 13-17). Pedro foi o discípulo que pediu para encontrar Jesus andando sobre as águas (Mateus 14:28). Também aparece de forma bastante ativa durante a narrativa dos últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Juntamente com o apóstolo João, Pedro recebeu a incumbência de organizar a última ceia em Jerusalém (Lucas 12:8). O apóstolo Pedro também foi o discípulo que, conforme Jesus havia dito, o negou três vezes antes que o galo cantasse duas vezes na ocasião que envolve a prisão e crucificação do Senhor. Na verdade, essa sua negação contrasta diretamente com o comportamento valente e violento que ele demonstrou ao cortar a orelha direita de Malco, servo do sumo sacerdote, durante a prisão do Senhor. Diante do olhar de Jesus, ao lembrar-se das palavras do Mestre, Pedro se arrependeu profundamente (Mateus 26:34-75; Marcos 14:30-72; Lucas 22:34-62; João 18:10-27).
Na visão espírita, todos nós podemos encontrar iludidos pelos usos e costumes da nossa sociedade, distantes dos verdadeiros objetivos da nossa programação reencarnatória. Pedro negou a Jesus, mas depois arrependido consegue compreender sua missão e viver uma existência de espiritualidade e religiosidade com o Mestre. Precisamos fazer nossa autoanálise para também verificar se não estamos negando a Jesus e para enfim vivenciar toda fraternidade que o Mestre nos chamou.
Pedro foi o primeiro a pregar o Evangelho no dia de Pentecostes, cerca de 3 mil pessoas se converteram naquela ocasião. “Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirado que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus …” (At 10:44-46). Nessa passagem podemos observar a mediunidade poliglota. Após o desencarne do mestre, curou um coxo de nascença (Atos 2:14; 3: 1-10). Foi preso pelo rei Herodes Agripa, juntamente com João e liberto, por causa do povo (Atos 4:1-22; 12:1-19). A respeito da libertação de Pedro da cadeia podemos observar que é organizada por um Anjo do Senhor que nada mais é que um espírito superior materializado. Ele o conduz pelos obstáculos e pelos guardas sem que haja qualquer dificuldade. Chega a libertá-lo das correntes que o prendiam. De repente, sobreveio o Anjo do Senhor e uma Luz brilhou no cubículo. Tocando a parte de Pedro, o Anjo fê-lo erguer-se, dizendo: ”levanta- te depressa!” E caíram-lhe as correntes das mãos. (Ato dos Apóstolos 12:7).
Curou um paralítico chamado Enéias e ressuscitou Tabita (Atos 9:32-43).
Segundo as escrituras foi martirizado em Roma por volta de 68 d.C., foi morto com idade avançada e teria sido crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por se sentir indigno de morrer da mesma forma que o seu Senhor havia morrido.
Pedro foi um típico homem do campo, uma pessoa simples e direta. Era conhecido por todos os seus amigos como um companheiro impulsivo, tinha sentimentos fortes, era de decisão súbita e de ação rápida, com um perfil ativador, tinha o senso do fazer rápido (urgente), ação e resultados era o que lhe motivava, tinha iniciativa, prático, o mais impulsivo de todos os discípulos, vencer desafios era com ele, autossuficiente. Suas qualidades eram fazer acontecer, de fácil motivação e fazer o que for necessário. Seus pontos fracos eram: explosivo, temperamento difícil, fazia do modo mais fácil, impaciente, ansioso, inquieto, agia e depois pensava. Se motivava a resolver os problemas do seu jeito.
2 – Tiago: Nasceu doze anos antes de Jesus, na Galiléia. Também chamado como Tiago, o Maior. Era um pescador de profissão antes de seguir o Jesus. Filho de Zebedeu e Salomé, irmão do apóstolo João (Marcos 3:17). Estava com o irmão nas margens do mar da Galiléia, consertando as redes, quando Jesus os chamou (Mateus 4:18-22). Em certa ocasião Jesus apelidou Tiago e João de “Boanerges”, que significa “filhos do trovão”, provavelmente porque que os dois irmãos tinham um comportamento intempestivo. Isto parece ficar claro quando eles se ofereceram para orar pedindo que Deus destruísse uma vila samaritana (Lucas 9:54). Testemunhou na cura da sogra de Pedro (Marcos. 1:29), na ressurreição da filha de Jairo (Marcos 5:37), a transfiguração de Jesus (Marcos 9:2-13) e na agonia de Jesus, no Getsêmani (Mateus 26:37 e Marcos 14:33).
Depois da ressurreição de Jesus, Tiago seguiu para a Espanha e foi de norte a sul, evangelizando. Quando voltou para Jerusalém, onde também converteu muitas pessoas pregando o Evangelho com muito zelo, caiu em uma emboscada, prepararam uma cilada, fazendo explodir um motim como se fosse ele o culpado. Assim, foi preso e acusado de causar rebelião entre o povo. Foi interrogado e condenado e a pena para esse crime era a morte. Tiago foi responsabilizado por isso e recebeu a sentença de morte pelo rei Herodes Angripa, que perseguia cristãos. Era o sucessor de Herodes Ântipas.
O denunciante, diante da atitude serena do mártir, arrependeu-se de tal forma que, enquanto conduziam Tiago para a execução, se declarou também cristão, sendo condenado a morrer com ele. Durante o trajeto, pediu a Tiago que o perdoasse. Tiago voltou-se para ele e num gesto sublime, o beijou, chamando-o de irmão e lhe desejando paz.
O apóstolo Tiago foi o primeiro dos apóstolos a sofrer martírio, derramando seu sangue por sua fé. Ele foi executado à espada por ordem de Herodes Agripa I, em aproximadamente 44 d.C., sendo o único apóstolo cuja morte vem narrada na Bíblia, (Atos 12:1,2).
Tenhamos a fé de Tiago em aceitar o chamado de Jesus. Tenhamos a sua coragem para beber do cálice da incompreensão como ele fez, seguindo o exemplo do Mestre.
Conhecido como ambicioso, tinha um perfil idealizador, era um pensador com comportamento criativo e intuitivo, mas sempre bem equilibrado e flexível.
Curiosidade: No século VIII, quando a Palestina caiu em poder dos muçulmanos, um grupo de espanhóis trouxe o esquife onde repousavam os restos de são Tiago, o Maior, à cidade espanhola de Iria. Segundo uma antiga tradição da cidade, no século IX o bispo de lá teria visto uma grande estrela iluminando um campo, onde foi encontrado o túmulo contendo o esquife do apóstolo padroeiro. E a Espanha, que nesta ocasião lutava contra a invasão dos bárbaros muçulmanos, conseguiu vencê-los e expulsá-los com a sua ajuda invisível. Mais tarde, naquele local, o rei Afonso II mandou construir uma igreja e um mosteiro, dedicados a são Tiago, o Maior, com isso a cidade de Iria passou a chamar-se Santiago de Compostela, ou seja, do campo da estrela. Desde aquele tempo até hoje, o santuário de Santiago de Compostela é um dos mais procurados pelos peregrinos do mundo inteiro, que fazem o trajeto a pé. Essa rota, conhecida como “caminho de Santiago de Compostela”, foi feita também pelo papa João Paulo II em 1989. Acompanhado por milhares de jovens do mundo inteiro, foi venerar as relíquias do apóstolo são Tiago, o Maior, depositadas na magnífica catedral das seis naves, concluída em 1122.
3 – João: Dizem que era o mais novo dos apóstolos. Filho do pescador Zebedeu e de Salomé (Mateus 27:56; Marcos 15:40) e também era pescador. Irmão do apóstolo Tiago, o Maior. Nascido em Betsaida, na Galiléia. Antes de se tornar um dos discípulos de Jesus, o apóstolo João era um seguidor de João Batista (João 1:35-37). João teve um primeiro encontro com Jesus, e depois de um pequeno intervalo de tempo, se tornou um de seus discípulos regular (Marcos 1:16; Lucas 5:10).
Ele caminhou com Jesus diariamente, e na grande noite da instituição Ceia do Senhor, na celebração da última Páscoa, foi ele quem se reclinou sobre o peito de Jesus e lhe perguntou pessoalmente sobre a identidade do traidor (João 13:23). Conhecido como “o discípulo amado”, ou seja, o apóstolo que mais conhecia Jesus, o único apóstolo que acompanhou Jesus até a morte na cruz, ao lado de Maria, mãe de Jesus, ocasião em que lhe foi confiada a tarefa de cuidar dela (João 19:26). O apóstolo João foi um dos principais líderes da igreja em Jerusalém (Atos 15:6; Gálatas 2:9). Autor do quarto evangelho (o Evangelho de João que enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus), das epístolas (três cartas) e o livro do Apocalipse.
Foi preso, juntamente com Pedro e liberto, por causa do povo (Atos 4:1-22). Foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o livro Apocalipse (Apocalipse 1:9-20). Morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos, o único que não foi martirizado, sendo o último dos apóstolos a deixar a terra e chegar ao céu.
Com um perfil comunicador, tinha um comportamento sensível e de bom relacionamento foi considerado o discípulo amado pelo Mestre, acompanhou Jesus em todos os seus momentos era confiável, humilde, recebeu a incumbência de cuidar da mãe de Jesus, manipulador através dos sentimentos, precisava da aceitação e do reconhecimento do grupo.
Trabalhou, sofreu, chorou muito, sem que tivesse imposto a ninguém qualquer dor, qualquer sofrimento. Ao contrário, ocultava suas lágrimas pessoais, quando se tratava de atender a terceiros. Ele conhecia e convivia com o Espírito do Cristo, mas entendia que o semelhante deveria ver o Cristo por meio das suas ações amorosas.
Curiosidade: No ocaso do século XII, João retorna ao cenário do mundo, na figura de Francesco Bernardone, para se tornar o pobre de Assis. Francisco, ao largo da sua trajetória corporal, tudo de si investiu para que o modelo crístico fosse a sua referência, na sede que demonstrava de segui-lo, de imitá-lo.
4 – André: Era pescador, nascido em Betsaida, as margens do Mar da Galileia (João 1:44). Filho de Jonas e irmão do apóstolo Pedro (Mateus 4:18; 16:17). Era discípulo de João Batista, quando apresentou seu irmão Pedro para Jesus (João 1:40-42). Estava pescando no mar da Galileia, com seu irmão, quando Jesus lhes disse para o seguir, que faria deles ”pescadores de homens” (Marcos 4:18-22).
Geralmente o Apóstolo André é menciona entre os quatro primeiros discípulos, entretanto em algumas ocasiões ele não é citado. Alguns questionamentos são levantados acerca de tais ausências. Há quem defenda que ele seria mais jovem do que seu irmão Pedro e os filhos de Zebedeu, sendo então preterido nessas ocasiões. Outros argumentam que André possa ter sido designado por Jesus como o líder do restante dos apóstolos. Considerando as referências do livro de Atos dos Apóstolos (1:3; 6:2; 8:1), podemos concluir que o Apóstolo André desempenhava um papel ativo na Igreja Primitiva. Após a difusão do Espírito, pregou em Patras, regiões próximas ao Mar Negro, cidade da Grécia, e em Acaia. Teria sofrido martírio em Acaia, após ter evangelizado a esposa do Procônsul local, sendo crucificado em um tipo de cruz chamada “crux decussata“, que trata-se de uma cruz em forma de “X”, popularmente conhecida por conta dessa tradição como “Cruz de Santo André“.
André foi líder do corpo apostólico do Reino, era o mais velho dos apóstolos, com um perfil organizador, tinha um comportamento baseado na organização, planejamento, metódico e previsível, tinha certeza e compreensão exata das regras sem erros. Queria ver o projeto do Reino realizado, cumpriu seu ministério cabalmente tendo início, meio e fim.
Curiosidade: André pregou na Ásia Menor e na Cítia, ao longo do mar Negro, chegando até o rio Volga e Kiev – daí que se tenha tornado padroeiro da Romênia e da Rússia. De acordo com a tradição, teria fundado a sede de Bizâncio (Constantinopla), em 38, e instaurado Estácio como bispo. Esta diocese iria posteriormente se transformar no patriarcado de Constantinopla, do qual André é reconhecido como santo padroeiro. É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio.
5 – Filipe: Era pescador, nascido em Betsaida, uma cidade perto do mar da Galileia (João 1:44). Estava com vinte e sete anos quando começou a seguir Jesus. Foi o quinto apóstolo a ser escolhido. Foi ele quem apresentou Jesus a Natanael, chamado também de Bartolomeu (João 1:43-51).
Ele é mencionado nos três primeiros Evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos sempre ocupa a quinta posição nas listas onde registram a relação dos Apóstolos (Mateus 10:3; Marcos 3:18; Lucas 6:14; Atos dos Apóstolos 1:13). Embora os relatos sobre Filipe sejam escassos no Novo Testamento, ele aparece de forma mais destacada no Evangelho de João.
Esteve presente na multiplicação dos pães, João o destaca como o homem da logística a quem o Mestre, para prová-lo, pergunta: “Onde compraremos pão, para estes comerem?” (João 6:5-7). Filipe foi aquele que se atreveu a pedir a Jesus que lhes mostrasse o Pai e isso seria suficiente para eles (João 14:8). Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (João 14:9). Embora o pedido de Filipe possa parecer imprudente, o resultado dela foi uma grande afirmação teológica sobre a essência divina de Cristo. Depois do desencarne do Mestre ficou em Jerusalém até a dispersão dos Apóstolos. No caminho de Jerusalém para Gaza Filipe converteu um Eunuco (Atos 8:26-40). Indo, segundo a tradição, pregar o Evangelho na Frígia, recanto da Ásia Menor ao sul da Bitinia. Provavelmente morreu no primeiro século, possivelmente por volta de 80 d.C. No entanto, as tradições apontam formas diferentes sobre sua morte. A mais comum é que ele morreu crucificado de cabeça para baixo, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano. É considerado um dos primeiros mártires da igreja cristã.
Com um perfil organizador, foi escolhido como intendente (administrador), cuidava da logística do grupo, de comportamento detalhista, organizador e metódico, tinha um jeito sistemático de cumprir suas funções. Ele era um homem de fatos e números, um homem prático que era guiado pelas regras, e não era propenso a pensar sobre o que estava à frente. Ele era pessimista, às vezes incapaz de ver o quadro geral. Sua predisposição era ao pragmatismo e cinismo, e às vezes ao derrotismo em vez de ser um visionário.
Curiosidade: Filipe teria sido obrigado a reverenciar o deus Marte, ascendendo-lhe um incenso. Naquele instante, surgiu de trás do altar pagão uma cobra, que matou o filho do sacerdote-mor e mais dois comandados seus. Mas o apóstolo, com um gesto, os fez ressuscitar e matou a cobra. Esse e outros milagres de Filipe foram responsáveis pela conversão de muitos pagãos ao cristianismo.
6 – Bartolomeu: Nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia distante 14 quilômetros de Nazaré. Filho do agricultor Tholomai era também conhecido como Natanael, que significa “Deus deu” ou “dom de Deus”.
Bartolomeu e Filipe eram companheiros no grupo que também era liderado por Filipe. Ao se encontrar com Bartolomeu, Filipe lhe disse com muito entusiasmo que havia encontrado o Messias de quem Moisés e os profetas testificam. Quando Filipe acrescentou que se tratava de Jesus, o filho de José de Nazaré, Bartolomeu fez a conhecida pergunta: “Pode sair alguma coisa boa de Nazaré?” (João 1:46). Essa pergunta indica que até aquele momento Bartolomeu nunca havia percebido alguma profecia messiânica relacionada aquela cidade. Embora de fato houvesse esse preconceito contra a cidade de Nazaré, é bem pouco provável que Bartolomeu tivesse isto em mente. Em outras palavras, talvez ele apenas estava dizendo: “Será que Moisés e os profetas realmente falaram de Nazaré numa categoria messiânica?”. Filipe nem se propôs a discutir esse questionamento com Natanael. Sua resposta foi a mais esclarecedora possível: “Venha e veja”.
Estava embaixo de uma figueira, quando conheceu Jesus (João 1:43-51). Bartolomeu acompanhou Filipe até o Senhor Jesus. Ao ver Bartolomeu se aproximando, Jesus disse: “Vejam, aí está um israelita em quem não há falsidade” (João 1:47). Com isto Jesus não estava indicando que Bartolomeu era perfeito, mas que em seu caráter honesto, ele se diferenciava da maioria dos judeus.
Ao ouvir as palavras de Jesus, Bartolomeu sinceramente lhe perguntou: “Como me conheces?”. É possível que naquele instante Bartolomeu tivesse suspeitado que Filipe já havia falado sobre ele. Mas logo Jesus tratou de acabar com qualquer suspeita: “Antes que Filipe o chamasse, quando você estava debaixo da figueira, eu o vi” (João 1:48). Diante de tal declaração, Bartolomeu reconheceu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (João 1:49).
Depois do testemunho de Bartolomeu, Jesus lhe fez uma promessa de que coisas maiores ainda lhe seriam reveladas. Jesus lhe prometeu que ele iria ver o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem (João 1:51).
Depois do registro de sua convocação para ser apóstolo do Senhor Jesus, sabe-se que Bartolomeu foi um dos discípulos a quem Jesus apareceu ressuscitado junto ao mar da Galileia (João 21:2). Mais tarde ele também é mencionado na companhia dos apóstolos na reunião da Igreja em Jerusalém (Atos 1:13). Bartolomeu pregou o Evangelho em diversas regiões. Esteve na Arábia, na Pérsia, na Etiópias e depois na Índia, no Irã, na Síria e na Armênia, donde regressou para a Liacônia passando depois a outros países. Converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, sua esposa e muitos outros homens. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais. No ano de 51, foi perseguido por aqueles que não aceitavam a Boa-Nova de Cristo, e teria sido esfolado vivo e, depois, decapitado, por ordem do irmão do rei Polímio. A data comemorativa de São Bartolomeu é 24 de agosto e é conhecido como o santo protetor da pele por conta do seu martírio.
Tinha um perfil honesto e sincero, era bom comunicador, com um comportamento tradicionalista, sensível, de fácil relacionamento, buscava sempre harmonia no grupo, sempre divertido e a felicidade acima dos resultados, tinha o reconhecimento do grupo pelos seus serviços sociais aos familiares de todos os apóstolos. Um pouco idealizador, pela descontração e falta de atenção para o aqui agora, distraído e levado a liberdade de expressão. A ausência de controles rígidos eram fatores que o motivavam.
7 – Mateus: Em hebraico Mateus significa dom de Deus. Era filho de Alfeu. Nasceu na Galileia, era publicano, ou seja, cobrador de impostos a serviço do Império Romano. Essa classe de trabalhadores era desprezada pelos demais judeus que os reputavam praticamente como traidores de seu próprio povo.
Como o nome “Levi” não é mencionado em nenhuma das listas de discípulos de Jesus é amplamente aceito que Mateus e Levi tenham sido a mesma pessoa. Nos Evangelhos de Marcos (2:14) e Lucas (5:27), lemos que Jesus ordenou que Levi o seguisse, numa descrição muito semelhante ao registro do Evangelho de Mateus (9:9) onde o apóstolo foi convocado.
O apóstolo Mateus provavelmente era uma das pessoas mais cultas entre o grupo dos discípulos de Jesus. Pelo cargo que possuía, muitos estudiosos concordam que ele teria sido uma pessoa instruída e alfabetizada. A maioria das pessoas na época não sabia ler e escrever.
Jesus encontrou Mateus “sentado na coletoria”, ou seja, na alfândega, nas proximidades de Cafarnaum, e lhe ordenou que o seguisse (Mateus 9:9). Esse local em que o apóstolo Mateus estava eram postos fiscais geralmente estabelecidos em estradas, pontes, canais ou nas margens dos lagos para coletar taxas e impostos.
Na ocasião em que começa a seguir Jesus, o apóstolo Mateus aparece dando uma festa, ou oferecendo “um grande banquete em sua casa” (Lucas 5:29; Marcos 2:15; Mateus 9:10). Essa festa contou com a presença de muitos publicanos e pecadores, e o fato de Jesus ter sentado à mesa com eles foi censurado pelos escribas e fariseus.
Após o Pentecostes descrito em Atos dos Apóstolos capítulo 2, a Bíblia não nos fornece mais nenhuma informação sobre o apóstolo Mateus. Pregava na Judéia e nos países vizinhos, até a dispersão dos Apóstolos, aproveitando os momentos de folga para escrever o seu Evangelho, primitivamente escrito em aramaico. Algumas tradições, sem qualquer comprovação histórica, sugerem que em algum momento após o Pentecostes, dizem que Mateus havia partido para o Oriente, pregando a nova Doutrina na Pérsia, Macedônia, Síria, Etiópia e outras localidades.
Uma dessas tradições defende que o apóstolo Mateus morreu de causas naturais estando ou na Macedônia ou na Etiópia. Por outro lado as tradições gregas e romanas, afirmam que o apóstolo sofreu martírio, onde teria sido apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia.
Com um perfil comunicador, tinha bons relacionamentos, foi um grande contribuinte financeiro do grupo pela sua generosidade, tinha qualidades de manter com facilidade uma comunicação harmoniosa com todos, buscava a aceitação social e tinha o reconhecimento dos demais.
8 – Tomé: Era judeu, filho de pescador, nasceu na Galileia. Em algumas passagens bíblicas ele é chamado de Dídimo, que significa “gêmeo” (João 11:16; 20:24; 21:2). E a origem do seu nome é aramaica que também significa “gêmeo”.
Foi ele que perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14:5-6). Ficou conhecido por ser um apóstolo incrédulo, pois quando os apóstolos lhe contaram que Jesus havia aparecido, ele não acreditou. “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.” (João 20:25). Foi por causa dessa passagem que surgiu a expressão popular “só acredito vendo”. Oito dias depois, estando os discípulos reunidos, Jesus apareceu no meio deles, mesmo com as portas e janelas do lugar onde estavam, trancadas. Então, Ele se dirigiu a Tomé e o convidou a tocar em suas feridas, exortando-o a não ser incrédulo, mas crente (João 20:27). Tomé também estava presente junto aos discípulos que pescavam num barco no mar da Galileia, quando Jesus novamente apareceu a eles (João 21).
Além dos relatos bíblicos, pouca coisa se sabe sobre o restante da vida de Tomé. Julga-se que Tomé foi pregar, após a dispersão, o Evangelho aos persas, hindus e árabes, ignorando-se as particularidades que salientariam o ministério desse Apóstolo. Foi perseguido por líderes religiosos. Conquistou muitos seguidores e em Malabar surgiu uma fervorosa comunidade cristã. Teria sido morto pelo rei Milapura, na cidade indiana de Madras, por lanças de soldados.
Conhecido com o perfil de cético, ansioso, desconfiado, mas também organizado, sempre movido pela ordem, controle e segurança, tinha um comportamento detalhista e analítico, organizava e planejava o itinerário dos apóstolos era um bom executivo, um excelente homem de negócios, metódico leal e responsável, era do tipo lógico e tinha um conhecimento específico do seu trabalho no grupo apostólico.
Curiosidade: Em 26 de dezembro de 2004, houve um arrasador tsunami no Oceano Índico, com ondas de até 30 metros de altura, que matou mais de 230 mil pessoas. A Índia também foi atingida pelo tsunami, mas a igreja na qual são veneradas as relíquias de São Tomé permaneceu intacta, enquanto que todas as construções adjacentes ruíram pelo impacto das águas. Uma tradição local conta que São Tomé fincou um poste em frente ao local onde fica a igreja, afirmando que as águas do mar jamais ultrapassariam aquela marca. O poste se conserva até hoje e fica em frente do local onde, mais tarde, construiu-se a igreja dedicada a ele. Por causa disso, alguns sacerdotes hindus da região decidiram não mais perseguir os cristãos do local.
9 – Tiago: Também chamado como Tiago, o Menor que literalmente significa o pequeno. Essa descrição pode ser em referência a sua estatura ou um indicativo de que ele era mais jovem que o outro apóstolo Tiago. Era filho de Alfeu e de Maria Cleofas, que era prima-irmã de Maria, mãe de Jesus. Irmão do apóstolo Judas Tadeu. Alguns estudiosos consideram que ele e Tiago o Justo, irmão do Senhor, (citado em Marcos 6: 3; Gálatas 1:19) sejam a mesma pessoa. Portanto, consideram-no o autor da epístola do novo testamento, que traz o seu nome (Tiago). Antes de subir aos céus, Jesus, numa aparição, deu a Tiago o dom da ciência como recompensa por sua bondade e santidade. Escreveu uma epístola. Teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado e pisoteado até a morte mais ou menos 62 d.c., por ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo sacerdote Ananias II.
Tiago e Judas Tadeu segundo historiadores eram dois apóstolos gêmeos e tinham perfis idênticos de comunicadores, tinham um coração grande, bom e generoso. Buscavam sempre a harmonia no grupo, eram muito queridos por todos, tinham uma sensibilidade e simplicidade muito grande, evitavam conflitos, eram prestativos e sempre prontos a ajudar a todos a trabalhar em equipe, construíram um consenso entre os discípulos e tinham a aceitação social do povo, se sujeitavam compreensivamente a autoridade dos líderes.
10 – Judas Tadeu: Nascido em Caná de Galileia, na Palestina, irmão do apóstolo Tiago (Lucas 6:16), filho de Alfeu e Maria Cleofas, que era prima-irmã de Maria, mãe de Jesus. Era agricultor por profissão. O nome “Judas” era bastante comum entre os judeus do primeiro século. Este nome é uma variante grega do nome hebraico Judá, que deriva de uma raiz que significa “render graças”. Já o nome “Tadeu” provavelmente tem origem em um termo aramaico que sugere um sentido de “afeto materno”, mas podemos dizer que seu nome é reconhecido como “Deus Seja Louvado”. O apóstolo João faz questão de distingui-lo do traidor (João 14:22). Ainda nessa mesma passagem, lemos sobre a pergunta que Judas, o Tadeu, fez ao Senhor Jesus: “Senhor, por que razão que estás para manifestar-te a nós, e não ao mundo?” (João 14:22b).
Naquele momento Judas não havia entendido que Jesus estava prometendo se manifestar em Espírito àquele que o ama (João 14:21). Por isso ele fez tal pergunta pensando numa manifestação pública de Jesus com o objetivo de mostrar seu poder ao mundo. Aqui vale lembrar que os discípulos demoraram em se desprender de seus objetivos terrenos e nacionalistas (Atos 1:6).
Pouco se sabe sobre Judas Tadeu, mas contam que após a difusão do Espírito, anunciou o Cristianismo aos povos da Líbia, aos da Pérsia e Armênia. Deixou uma epístola exortativa, que faz parte do Novo Testamento, em que convida seus discípulos a pelejarem pela fé e se armarem de obras boas que deem sinal de purificação.
Além destas poucas passagens bíblicas sobre Judas Tadeu, nada mais se sabe acerca de sua história. Existem algumas tradições confusas que o relacionam a algumas missões evangelísticas e a um possível martírio. Porém, nenhuma delas fornece elementos que realmente comprovem tal especulação.
Dizem que propagou a fé cristã pela Síria, Armênia, Palestina e outros países.
Afirmam que em 28 de outubro, 70 d.C., Judas Tadeu foi martirizado a machadadas pelas autoridades persas e pela multidão instigada por sacerdotes zoroastristas juntamente com Simão, o Zelote. Devido à forma como foi martirizado, sempre é representado em suas imagens segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio.
Tiago e Judas Tadeu segundo historiadores eram dois apóstolos gêmeos e tinham perfis idênticos de comunicadores, tinham um coração grande, bom e generoso. Buscavam sempre a harmonia no grupo, eram muito queridos por todos, tinham uma sensibilidade e simplicidade muito grande, evitavam conflitos, eram prestativos e sempre prontos a ajudar a todos a trabalhar em equipe, construíram um consenso entre os discípulos e tinham a aceitação social do povo, se sujeitavam compreensivamente a autoridade dos líderes.
11 – Simão Zelote: Era nascido na Galileia e chamado de Zelote ou Cananeu(Lucas 6:15). Zelote tem origem grega e significa “zeloso” no sentido de “fanático”. Era pescador. Aparece sendo chamado de “o nacionalista” ou “o cananeu” (Mateus 10:4; Marcos 3:18). Todas essas designações se referem ao fato de que ele era integrante do grupo separatista chamado Zelotes, um grupo radical que pregavam a libertação de Israel do domínio romano.
Diz que ele percorreu o Egito, a Cirenaica e a África, que anunciou a Boa Nova na Mauritânia e em toda a Líbia e depois nas ilhas Britânicas que fez muitos milagres, isto é, que era dotado de faculdades psíquicas, com o auxílio das quais produzia curas e outros fenômenos, que apoiavam suas prédicas.
O apóstolo Simão Zelote teria sofrido seu martírio durante o império de Trajano, contando já com a avançada idade de 120 anos. As versões sobre seu martírio são duvidosas, teria ele morrido na cruz ou teria sido queimado em uma fogueira, na Armênia. Porém, a tradição católica diz que Simão teria sido serrado vivo. É representado por uma imagem segurando um livro aberto na mão direita e um longo serrote na mão esquerda e a Igreja Católica festeja o dia de São Simão em 28 de outubro.
Com um perfil ativador, tinha a sua índole inflamada, um revolucionário radical, impulsivo e prático, era um rebelde iconoclasta (que destrói imagens religiosas), sempre se identificou com o partido do protesto, era um homem de lealdade intensa, um Judeu nacionalista e um entusiasta da salvação, vencer desafios era com ele, com um senso de urgência em tudo, era de fácil motivação e fazia tudo de modo mais fácil, era motivado a resolver as questões do seu jeito.
12 – Judas Iscariotes: Nascido em Kerioth, localidade da Judéia. Filho de Simão Iscariotes (João 6:71, 13:26).
Judas Iscariotes servia como tesoureiro no grupo apostólico (João 13:29). Mas no exercício dessa atividade, ele é chamado de “ladrão” no Evangelho de João. O texto bíblico diz que Judas Iscariotes furtava a arrecadação que ficava guardada na bolsa que ele era o responsável por guardar (João 12:6).
Durante o ato de profunda adoração de Maria de Betânia, a irmã de Lázaro, a qual ungiu o Senhor Jesus quebrando um vaso de alabastro que continha um precioso unguento, Judas fez duras críticas a tal atitude. Inclusive, ele conseguiu influenciar os demais discípulos em sua crítica (Mateus 26:6-13; Marcos 14:3-9; João 12:1-8).
Apesar de Judas Iscariotes inicialmente argumentar que aquele unguento poderia ser vendido e o valor arrecado ser distribuído aos pobres, na verdade ele não estava preocupado com isto. Na verdade, além de ele não reconhecer a significativa ação daquela mulher que, inclusive, foi elogiada por Jesus, Judas Iscariotes ficou frustrado por não ter conseguido enriquecer seu próprio bolso com a venda do nardo puro (João 12:5,6).
Curiosamente os evangelistas posicionaram, logo após esse episódio em Betânia, a narrativa sobre quando Judas Iscariotes se dirigiu aos principais sacerdotes para acertar um acordo com relação à traição de Jesus (Mateus 26:14-16; Lucas 22:3-6; Marcos 14:10).
O apóstolo Mateus, escritor do Primeiro Evangelho, foi quem mais forneceu detalhes acerca do acordo entre Judas Iscariotes e os principais sacerdotes a fim de trair Jesus (Mateus 26:14-16).
A narrativa bíblica também nos informa que Judas Iscariotes esperou o momento mais oportuno para poder trair o Senhor (Lucas 22:6). Isto acabou acontecendo na noite em que Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos no cenáculo, e institui o sacramento da Ceia do Senhor. Aqui nos recordamos das conhecidas palavras do apóstolo Paulo: “Na noite em que foi traído” (1 Coríntios 11:23).
Judas estava na mesa juntamente com Jesus e os outros discípulos. Depois de Jesus ter dado a ele o bocado molhado, a Bíblia diz que “entrou nele Satanás”, e Jesus lhe disse: “O que fazes, faze-o depressa” (João 13:27).
Saindo dali, Judas Iscariotes pôs em prática o plano da traição. Já no jardim do Getsêmani, enquanto o Senhor Jesus orava, Judas Iscariotes consumou seu ato beijando Jesus, e assim os soldados o prenderam (Marcos 14:43-46). Profecias do Antigo Testamento apontavam justamente para esse momento (Salmos 41:9; 55:12-14; Zacarias 11:12).
Traiu Jesus ao entregá-lo para as autoridades judaicas e romanas em troca de 30 moedas de prata. Antes de morrer ele esboçou um tipo de arrependimento, procurou os principais dos sacerdotes e os anciãos a fim de devolver as trinta moedas de prata. Porém escutou que ele era o responsável pelo que havia feito. Diante disto, ele acabou atirando as moedas no Templo antes de retirar-se para ir se enforcar (Mateus 27:4,5). Os sacerdotes não colocaram as moedas no cofre das ofertas, visto que eram pelo preço de sangue. Porém, eles acabaram comprando o campo de um oleiro, para servir de sepultura dos estrangeiros. Esse campo foi chamado “Campo de Sangue”, assim como havia sido profetizado pelo profeta Jeremias. Na verdade, indiretamente, foi o próprio Judas quem comprou aquele campo ao devolver as moedas aos sacerdotes e anciãos.
Mateus apenas relata que Judas saiu para se enforcar. Já o evangelista Lucas, no livro de Atos, fornece alguns detalhes sobre esse momento de acordo com a descrição dada pelo apóstolo Pedro. Ele diz que Judas Iscariotes, “precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas suas entranhas se derramaram” (Atos 1:18). Sob o peso do remorso, devolveu o dinheiro e enforcou-se, ou seja, suicidou-se após ter traído Jesus.
Matias foi escolhido para ocupar o lugar deixado por Judas Iscariotes.
Pior do que a sua trágica e assombrosa morte, é a sentença que lemos sobre o seu fim: “[…] Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar” (Atos 1:25). Esse “lugar” é claramente indicado nas palavras de Jesus orando ao Pai: “Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles pereceu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura” (João 17:12).
A história de Judas Iscariotes é um retrato vívido de como o homem, em sua própria natureza, é completamente depravado e perverso, apto a ser instrumento nas mãos do diabo (João 6:70,71). É impossível separar a pergunta sobre quem foi Judas Iscariotes das conhecidas palavras de Jesus sobre ele: “Mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído” (Mateus 26:24).
Podemos perceber Judas Iscariotes com um perfil que reunia em si a hipocrisia, o egoísmo, a soberba, a avareza, a inveja e a cobiça. Era idealizador, criativo, intuitivo e com pensamento no futuro, um dos mais instruídos entre os apóstolos, tinha dificuldade de entender a si próprio e não era sincero ao lidar consigo mesmo. Também tinha um lado organizador acentuado, eficiente, habilidoso e com muito tato e paciência apurada, desempenhou com eficiência a função árdua de tesoureiro do grupo apostólico, era um grande executivo, um financista capaz e previdente, era de uma organização persistente, nenhum dos doze apóstolos jamais criticou Judas. Ele acreditava em Jesus, mas talvez não tenha amado o Mestre de todo o seu coração como os demais. O caso de Judas ilustra a verdade daquele versículo: ” Há um caminho que parece justo para o homem, mas o fim dele é a morte”. O seu sentido de valores e lealdade era imperfeito.
Conclusão
Aprendermos um pouco sobre a vida dos apóstolos, podemos aprender o quanto eram pessoas com muitas falhas na maneira de viver, em suas personalidades, como eram homens arrogantes, bravos, com o espírito de dúvida, muitas vezes. Observamos que durante o período que Jesus ensinava entre os homens, muitas vezes eles entendiam menos do que outras pessoas. Apesar de todas as suas falhas e problemas, após receberem o Espírito Santo, vemos que atuaram em um único objetivo, coesos, unidos e, já então com suas deficiências aperfeiçoadas em Jesus, pregavam o evangelho por toda a Terra. O que mais impressiona é o fato de amarem tanto a Palavra, que levavam a mensagem de salvação sem temer a morte. As maneiras em que foram mortos, as dificuldades que enfrentaram, podemos analisar o quanto cada um de nós seria capaz de enfrentar e passar por amor à obra de Deus. Eles foram importantíssimos para que o evangelho se espalhasse de forma organizada, orientada, dentro dos padrões por Jesus ensinado. Então eu pergunto, o quanto vocês amam o Cristo? O que vocês são capazes de enfrentar por amor à palavra de Deus? Que cada um de nós tenhamos a convicção de que quando estamos no centro da vontade de Deus, mesmo numa ilha aprisionados, mesmo em um deserto, saibamos que Deus tem coisas maravilhosas para nos revelar.
Jesus conhece nossas fraquezas e cicatrizes, e as luta com nossa identidade. Ele forma amorosa e pacientemente nosso caráter até que seja como o Dele. O trato de Jesus com os seus doze apóstolos e conosco é comovedor:
“Talvez tivéssemos esperado que Jesus buscasse os homens mais qualificados. Mas, ele escolheu um pequeno grupo de homens comuns. E ele disse: ‘Eles vão dar certo’. Tudo o que esperava deles era disposição. Ele os atrairia até Ele, lhes capacitaria e lhes daria poder para servi-Lo.”
Essas verdades bíblicas nos encorajam a seguir na obra, a render-nos aos Seus propósitos e vontade, e a crescer em amor por Ele e por Seu reino (Mateus 6:33). Aquele que começou a boa obra em vós, a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus”.
“Eis que vos envio como ovelhas ao Meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” – Jesus. (MATEUS, 10:16.)
Neste capítulo, o Evangelista Mateus apresenta o discurso de Jesus sobre a missão dos Apóstolos de anunciar a boa nova do reino.
Em particular neste versículo apresenta, para desenvolvimento deste mister, as duas qualidades que reputa essenciais, quais sejam: a prudência e a simplicidade. Isto porque compartilhar o Evangelho pode implicar em algumas atribulações e às vezes, incompreensões. Vejamos:
Do Contexto
Jesus fala para os seus doze Apóstolos. Mas fala o quê? Jesus fala da missão de cada um deles, os Apóstolos, ou seja, apresenta-os ao labor que lhes caberia desenvolver para divulgar a boa nova do reino, o Evangelho.
E qual é a missão? A missão é a de anunciar que é chegado o reino dos céus, de curar os enfermos, de limpar os leprosos, de ressuscitar os mortos e expulsar os demônios. Sabidamente, eram os apóstolos, todos eles, grandes médiuns.
Anunciar a quem? Jesus quer que os Apóstolos levem o Evangelho àqueles que, por óbvio, ainda o desconheciam e àqueles que ele sabia, reagiriam paradoxalmente, com violência e ódio ao seu exemplo de convivência pacífica e amor fraterno.
Comando
“Eis que vos envio…”. Jesus falava para os Apóstolos e os enviava; envia para onde? para cumprirem a sua missão…
“… como ovelhas…”. No sentido figurado, ovelhas quer dizer mansos, pacíficos, humildes (não possuais ouro, nem prata… digno é o operário do seu alimento) – ir em missão de paz, levar a boa nova aos perdidos da Casa d’Israel…
“…ao meio de lobos…”. Os lobos eram todos aqueles que, por desconhecerem a boa nova, levavam uma vida desregrada, desprovida dos valores da fraternidade e caridade (eram os cruéis, os impiedosos, os maus de coração)…
“… portanto sede prudentes como as serpentes…”. Para que pudessem, os Apóstolos, lograrem êxito em sua missão (a de levar a boa nova), era, portanto, necessário e indispensável que agissem com prudência, com cautela, com astúcia. A prudência os tornaria capazes de se prevenirem das armadilhas dos homens. Em sentido figurado, as serpentes são animais que se cercam de todos os cuidados diante de seus predadores e também de suas presas…
“… e simples como as pombas…”. Que sejam simples, que ajam sem maldade, que sejam puros, que sejam íntegros. A simplicidade contribuiria para alimentar a confiança na mensagem recebida. Figuradamente, as pombas são animais que retratam esta mansidão e que tem grande mobilidade, pois podem voar…
Em Conclusão
Este versículo nos indica como deve será atitude do cristão diante do mundo: estar atento e aproveitar as oportunidades (astuto como a serpente) de levar aos nossos irmãos de caminhada, a boa nova do evangelho de Jesus (simples como as pombas). O exemplo é o melhor modelo!
Compreensão Sob a Perspectiva Espírita
Se, quando Jesus chama os doze Apóstolos e lhes revela a missão que cada um deve cumprir, há que se pressupor que, eles, os Apóstolos, já houvessem recebido a revelação quanto à boa nova, afinal, ninguém pode transmitir mensagem alguma sem dela ter conhecimento prévio.
Outrossim, não se pode imaginar que alguém possa sair pelo mundo a pregar uma nova filosofia moral, sem estar devidamente habilitado para tal. Ora, Jesus, os formou, os Apóstolos, com os seus ensinamentos e, sobretudo, com os seus exemplos de amor ao próximo, carinho, fraternidade e caridade.
Assim somos nós hoje: privilegiados por conhecermos os seus ensinamentos e o seu exemplo; contudo, o privilégio de conhecermos a divina lição, nos chama à responsabilidade de praticá-la… e de forma irrestrita, afinal “A quem muito foi dado, muito será cobrado”
Também, nós outros, hoje, somos enviados, como ovelhas ao meio de lobos. Nós, espíritas cristãos, somos chamados a dar o nosso testemunho e a exemplificar. Como? Praticando a caridade junto aos nossos irmãos de caminhada que trafegam em duras provas e pesadas provações, e que, por isso, ainda vivem em desalinho e embrutecidos. Esses irmãos, por ainda não haverem travado o contato renovador com a boa nova trazida pelo Divino Mestre, são aqueles a quem ele denominou de ovelhas perdidas da Casa d’Israel. Lembremo-nos: “Fora da caridade, não há salvação!”
Sejamos então, prudentes como as serpentes, ou seja, estejamos preparados. Estar preparado é carregar em nossa bagagem espiritual as práticas no bem e em favor do próximo; é também estudar a sua sublime Doutrina, o Evangelho.
Ajamos, então, com simplicidade, como as pombas: sem maldade, com caridade e com a verdadeira integridade cristã – o amor incondicional aos nossos irmãos de caminhada.
(1) Lucas, 12:48.
(2) Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XV.
Os Doze e sua missão, por José Márcio de Almeida; do livro Semeando o Evangelho, p. 27-32.
Fonte: https://divulgandoadoutrinaespirita.wordpress.com/2013/02/01/os-doze-e-sua-missao/
Referencias:
http://www.passatempoespirita.com.br/aulas/aula-19-os-doze-apostolos
Os Doze e sua missão
https://www.passatempoespirita.com.br/aulas/aula-19-os-doze-apostolos/
Bíblia Sagrada
Boa Nova – Chico Xavier, Espírito: Humberto de Campos
Estude e Viva – Chico Xavier e Waldo Vieira, Espíritos: André Luiz e Emmanuel
Francisco de Assis – João Nunes Maia, Espírito: Miramez
O Consolador – Chico Xavier, Espírito: Emmanuel
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Plenitude – Divaldo Franco, Espírito: Joanna de Angelis