Desobsessão, palestra 25.12.24
DESOBSESSÃO
CELC 25.12.24 – Marcelo
1. Introdução;
a. Visão científica;
b. Visão nas religiões abrâmicas;
2. História e conceitos;
a. Anjos e Demônios;
b. Espíritos imundos;
c. Poltergeist;
3. Classificação, tipos de obsessão;
a. Obsessão telepática;
b. Auto obsessão;
c. Fixação mental;
d. Vampirismo;
e. Infecções fluídicas;
f. Hipnose;
g. Processo alérgico;
4. Tratamentos para obsessão;
a. Magia/encantamentos;
b. Exorcismo;
c. Expulsando demônios na Biblia;
d. Desobsessão no espiritismo;
5. Bases da operação do pensamento
a. Plasma divino;
b. Matéria mental;
c. Correntes de pensamentos;
d. A aura humana;
e. Glândula pineal;
6. Conclusão.
INTRODUÇÃO
Em todos os tempos e em todos os povos, esteve sempre presente a ideia da divindade e a crença em algo invisível que sobrevive à morte do corpo, e que, sob determinadas condições, pode manifestar-se aos sentidos humanos.
Na índia legendária, recolhem-se do mais antigo código religioso de que se tem notícia os Vedas – estes ensinamentos atribuídos ao grande legislador Manou: Os espíritos dos antepassados, no estado invisível, acompanham certos brâhmanes, convidados para as cerimônias em comemoração dos mortos; sob a forma aérea, seguem-nos e tomam lugar ao seu lado, quando eles se assentam.
Do mesmo modo, na China, o culto dos antepassados impôs se, desde a mais remota antiguidade. Quer falando ou agindo, não penseis que estejais sozinhos, que não sois vistos ou ouvidos, os espíritos são testemunhas de tudo, esta máxima foi encontrada por Confúcio, no Templo da Luz, aí difundida, 500 anos antes dele.
Nos templos egípcios das antigas dinastias, discutiam-se os mistérios de elêusis, a concepção dualística do homem e o elo semimaterial que une o corpo ao espírito.
Na Grécia, Sócrates dizia-se guiado por um daimon interior ou espírito familiar, e Platão, seu discípulo, construiu sua doutrina a partir do mundo das ideias, a pátria espiritual primitiva. Heródoto narra a consulta de Penando, o tirano de Corinto, ao espírito de sua esposa, que ele mesmo assassinara. Homero em sua Odisséia descreve as cerimônias forjadas
por Ulisses para uma conversa com a sombra do divino Tirésias.
Plutarco relata a visita de um dos perseguidores desencarnados, a Brutus, em pleno campo de batalha.
O Novo Testamento narra os feitos extraordinários de Jesus, como médium de Deus: entre outros, a transfiguração e a materialização no Monte Tabor; a cura dos possessos, doentes e deficientes de toda sorte, a multiplicação de pães e peixes, a volta ao convívio dos amigos após a morte na cruz.
A cura dos possessos relatada nos Evangelhos chama a atenção para um problema de todos os tempos, a existência de patologias mentais graves, causadas pela interferência de espíritos inferiores.
Emmanuel fez um roteiro indicativo dessas patologias, ao tempo de Jesus, e a interferência terapêutica positiva do Divino Mestre e dos Apóstolos, conforme consta da preciosa mensagem Obsessão e Evangelho:
Nos versículos 33 a 35, do capítulo 4, no Evangelho de Lucas, assinalamos o homem que se achava no santuário, possuído por um Espírito infeliz, a gritar por Jesus, tão logo lhe marcou a presença: que temos nós contigo?. E o Mestre, após repreende lo, conseguiu retirá-lo, restaurando o equilíbrio do companheiro que lhe sofria o assédio. Temos aí a obsessão direta. Nos versículos 2 a 13, do capítulo 5, no Evangelho de Marcos, encontramos o auxílio seguro prestado pelo Cristo ao pobre Gadareno, tão intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um animal feroz, refugiado nos sepulcros.
Temos aí a obsessão seguida de possessão e vampirismo.
Nos versículos 32 a 33, do capítulo 9, no Evangelho de Mateus, lemos a notícia de que o povo trouxe ao Divino Benfeitor um homem mudo, sob o controle de um Espírito em profunda perturbação, e afastado o hóspede estranho pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala. Temos aí a obsessão complexa, atingindo alma e corpo. No versículo 2, do capítulo 13, no Evangelho de João, anotamos a palavra positiva do após tolo, asseverando que um Espírito perverso havia colocado no sentimento de Judas a ideia de negação do apostolado. Temos aí a obsessão indireta, em que a vítima padece influência aviltante, sem perder a própria responsabilidade.
Nos versículos 5 a 7, do capítulo 8, nos Atos dos Apóstolos, informando-nos que Filipe, transmitindo a mensagem do Cristo, entre os samaritanos, conseguiu que muitos coxos e paralíticos se curassem, de pronto, com o simples afastamento dos Espíritos que o molestavam. Temos aí a obsessão coletiva, gerando moléstias-fantasmas.
Inúmeras dessas intervenções do além estão consignadas nos Atos dos Apóstolos: Espíritos materializados libertam apóstolos da prisão injusta (5:18-20). O magnetismo curativo era vastamente praticado pelo olhar (3: 4-6) e pela imposição das mãos (9:17). Espíritos sofredores eram retirados de pobres obsediados, aos quais ampirizavam (8:7). Saul o de Tarso desenvolve a clarividência, de um momento para outro, vê o próprio Cristo às portas de Damasco, e lhe recolhe as instruções (9:3-7). Ananias, médium clarividente, é procurado por Jesus que lhe pede intercessão em favor de Saulo (9:10-11). No lar dos cristãos em Antioquia, Agabo, um dos médiuns aí atuantes, incorpora um Espírito benfeitor que realiza, importante premonição (11:28). E, nessa mesma igreja, produz-se voz direta que dá expressiva, incumbência a Paulo e Barnabé (13: 1-4). Em Tróade, Paulo recebe a visita de um varão em espírito a pedir-lhe concurso fraterno (16: 9-10). E todos esses médiuns de ontem, tanto quanto os de hoje, sofreram injustiças e perseguições: Pedro e João foram encarcerados, Estêvão é lapidado; Tiago, o filho de Zebedeu , é morto a golpes de espada. Paulo de Tarso é preso e açoitado várias vezes. E a mediunidade continuou o seu rastro de luz, brilhando entre os cristãos, sacrificados nas festas circenses. Não foram poucos os que se imolaram, perdendo o corpo físico, sob o guante de sevícias cruéis, pela missão de servirem de intermediários entre os dois planos da vida. Joana D’Arc conduziu a França a inúmeras vitórias, guiada por vozes e visões de santos, mas foi queimada viva pela inquisição, em Rouen, após doloroso processo. Apesar de todo o movimento de repressão, os fenômenos surgiram no próprio seio da Igreja, com Francisco de Assis, Teresa de Ávila, Juan de Ia Cruz, Lutero, Antônio de Pádua, José de Anchieta e tantos outros. O próprio papa Urbano VIII observou, espantado, a levitação de José de Copertino. Nos meados do século passado, houve uma grande profusão desses fenômenos na aurora do Espiritualismo Moderno, nos Estados Unidos, acentuando-se na Europa, particularmente na França, com o surgimento do Espiritismo, em 18 de abril 1857, e prosseguindo no continente europeu até o último quartel do século XIX e primeiras décadas deste; despontando, depois, no Brasil, especialmente com o trabalho missionário de Francisco Cândido Xavier. O fato de que em todos os tempos e em todos os povos tenha estado sempre viva a crença em algo invisível, que sobrevive a morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espírita, ressalta Césare Lombroso, eminente criminalista italiano que se convenceu das verdades espíritas, após conversar com sua mãe materializada, graças à mediunidade de Eusápia Paladino.
ALGUNS CONCEITOS
Mas, sem dúvida, foi com o advento da Doutrina Espírita que esses fenômenos foram demonstrados cientificamente, catalogados, explicados e estudados, de modo a se constituírem em um instrumento valioso do progresso humano e a base explicativa para inúmeros fatos da vida psíquica, até então, insondáveis.
Todo aquele que sente, em um grau qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium, ensina Kardec. E aduz: Essa faculdade é inerente ao homem, não constitui, portanto, um privilégio exclusivo.
Em O Livro dos Médiuns, o benfeitor espiritual Lammenais explicou a Kardec que o períspirito é o agente intermediário de todo o intercâmbio entre os seres. Através dele, os Espíritos comunicam-se entre si, quer indiretamente, pelo nosso corpo ou períspirito, quer diretamente, através da nossa alma; daí as infinitas modalidades de médiuns e de comunicações.
O codificador classificou em duas espécies os fenômenos espiritas: os de efeitos físicos e os de efeitos inteligentes. Mais tarde, os metapsiquistas, e, depois, os parapsicólogos, confirmaram o acerto dessa classificação.
É preciso distinguir também os fenômenos anímicos dos espiríticos. Na mediunidade propriamente dita, os médiuns são verdadeiros intermediários entre os dois mundos, agindo como ponte de ligação entre o plano físico e o espiritual, por isso, esses fenômenos são chama dos espiríticos ou mediúnicos.
Mas, por sua constituição, a alma do encarnado também pode produzir os mesmos tipos de comunicações mediúnicas que os desencarnados. Graças às qualidades existentes no seu períspirito, o médium ou sensitivo pode adquirir as propriedades de Espírito livre e agir produzindo os fenômenos. Nesse caso, quando as manifestações são atribuídas ao períspirito do médium, temos o animismo.
Para o exercício das funções mediúnicas, a aura é elemento importante. Como já observara Kardec: o perispírito é impregnado das qualidades do pensamento do Espírito e irradia-as e m torno do corpo.
a. VISÃO CIENTÍFICA
A possessão demoníaca não é um diagnóstico psiquiátrico ou médico válido e reconhecido pelo DSM-V e CID-11. Aqueles que professam a crença em possessões demoníacas por vezes descrevem sintomas que são comuns a várias doenças mentais, como histeria, mania, psicose, síndrome de Tourette, epilepsia, esquizofrenia ou transtorno dissociativo de identidade. Em casos de transtorno dissociativo de identidade em que a personalidade é questionada quanto à sua identidade, 29% são relatados como possessões de demônios. Além disso, há uma forma de monomania denominada “demoniomania” ou “demonopatia” em que o paciente acredita que está possuído por um ou mais demônios.
A alegação de que o exorcismo funciona em pessoas com sintomas de possessão é atribuída por alguns ao efeito placebo e ao poder da sugestão.[12]
O psiquiatra M. Scott Peck pesquisou exorcismos e alegou ter realizado dois rituais do tipo em si mesmo. Ele concluiu que o conceito cristão de posse foi um verdadeiro fenômeno. Ele derivou critérios diagnósticos pouco diferentes dos utilizados pela Igreja Católica Romana. Ele também afirmou ter visto as diferenças nos processos de exorcismo e de progressão. Depois de suas experiências e na tentativa de validar a sua pesquisa, ele tentou, sem sucesso, convencer a comunidade psiquiátrica para adicionar a definição de “Evil” para o DSM-IV. Embora os trabalhos anteriores ao de Peck tenham recebido aceitação popular generalizada, sua pesquisa sobre os temas do mal e possessões gerou um forte debate. Muito foi feito em tentar associar a imagem de Peck ao do polêmico Malachi Martin, um padre católico romano e um ex-jesuíta, apesar do fato de Peck tê-lo chamado de “mentiroso” e “manipulador”. Outras críticas levantadas contra Peck incluem diagnósticos errôneos baseados na falta de conhecimento sobre o transtorno dissociativo de identidade (anteriormente conhecido como distúrbio de personalidade múltipla) e afirmações de que ele havia transgredido os limites da ética profissional, ao tentar persuadir seus pacientes a aceitar o cristianismo.
b. RELIGIÕES ABRAÂMICAS
Religiões abraâmicas são as religiões monoteístas cuja origem comum é reconhecida em Abraão[1] ou o reconhecimento de uma tradição espiritual identificada com ele.[2][3][4] Essa é uma das três divisões principais em religião comparada, junto com as religiões indianas (Darma) e as religiões da Ásia Oriental. As religiões abraâmicas se espalharam globalmente através do Cristianismo sendo adotado pelo Império Romano no século IV e o islamismo pelos impérios islâmicos do século VII. As principais religiões abraâmicas em ordem cronológica de fundação são o judaísmo (a base das outras duas religiões) no século VII a.C., cristianismo no século I e o islamismo no século VII.
Cristianismo, islamismo e judaísmo são as religiões abraâmicas com o maior número de adeptos. Religiões abraâmicas com menos adeptos incluem a Drusa (às vezes considerada uma parte do islamismo), a Bahá’í e a Rastafári.
No início do século XXI havia 3,8 bilhões de seguidores das três principais religiões abraâmicas e estima-se que 54% da população mundial se considere adepta de uma dessas religiões, cerca de 30% de outras religiões e 16% é não religiosa.[5][6]
1. CRISTIANISMO
a. Catolicismo
O Exorcismo Maior[5] é um ritual litúrgico em que a Igreja Católica pede, com a autoridade de Jesus Cristo, a libertação ou proteção de alguém ou algo contra a ação do maligno, do Demónio. Esse Sacramental só pode ser realizado por uma Padre nomeado para tal pelo Bispo,[6] o Exorcista.
Trata-se de uma ação constituída de palavras e gestos (imposição das mãos, sinal da cruz, aspersão de água benta), pela qual a Igreja Católica, liberta e protege do mal em nome de Deus. Não se trata de um sacramento, mas de um sacramental, aplicado a pessoas ou coisas, transmitindo o poder e a vitória pascal de Jesus, libertando-as da influência das força demoníacas.[7]
Tendo em conta a grande variedade de doenças e distúrbios de ordem psíquica que podem numa primeira fase ser confundidos com uma possessão, o acompanhamento e discernimento sobre a real da condição da pessoa é uma responsabilidade enorme do Padre Exorcista que deve avaliar o caso se necessário com ajuda de profissionais da Psiquiatria. Sinais que podem comprovar uma possessão demoníaca, como listados no Ritual dos Exorcismos são: “dizer muitas palavras de língua desconhecida ou entender quem assim fala; revelar coisas distantes e ocultas; manifestar forças acima da sua idade ou condição natural. Estes sinais podem fornecer algum indício. Como, porém, os sinais deste gênero não são necessariamente atribuíveis à intervenção do diabo, convém atender também a outros, sobretudo de ordem moral e espiritual, que manifestam de outro modo a intervenção diabólica, como p. ex. a aversão veemente a Deus, ao Santíssimo Nome de Jesus, à Bem-aventurada Virgem Maria e aos Santos, à Igreja, à palavra de Deus, a objetos e ritos, especialmente sacramentais, e às imagens sagradas. Finalmente, por vezes é preciso ponderar bem a relação de todos os sinais com a fé e o combate espiritual na vida cristã, porque o Maligno é principalmente inimigo de Deus e de tudo o que relaciona os fiéis com a ação salvífica.”.
b. Pentecostalismo e neopentecostalismo
Nos movimentos cristãos pentecostal e neo-pentecostal, há também um grande número de relatos de casos de exorcismo. Contrariamente ao ritual católico, não há uma liturgia rígida, embora seja considerado que não deva ser qualquer crente, que, embora tendo aceitado e confessado previamente Jesus como senhor e salvador, se pode tornar um exorcista, uma vez que, segundo a interpretação do Novo Testamento da Bíblia, Jesus deu autoridade apenas aos apóstolos para dominarem os espíritos imundos. Consideram-se os sacerdotes (presbíteros, pastores, bispos, etc.) como os apóstolos da atualidade. Mar 16:17 – E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Sendo todo crente em Cristo Jesus capaz e autorizado por Cristo a expulsar Demônios.
A fórmula utilizada nas igrejas evangélicas é simples, baseando-se na utilização de “O nome de Jesus“. A pessoa que apresenta sintomas de possessão ou infestação por demónios ou espíritos imundos ficaria libertada após a imposição de mãos e declaração verbal por parte do pastor ou autoridade equivalente na igreja, para que as entidades estranhas à pessoa se retirem.
Atualmente, algumas denominações evangélicas defendem e praticam o exorcismo, de entre as, a Igreja Universal do Reino de Deus, com práticas consideradas não tão ortodoxas, como o “corredor de sal”, a Igreja Pentecostal Deus é Amor, a Igreja Maná, a Igreja Renascer em Cristo entre outras.
2. JUDAÍSMO
O judaísmo considera-se como a religião dos descendentes de Jacó,[nota 1] um neto de Abraão. Ele tem uma visão estritamente unitária de Deus e o seu livro sagrado central para quase todos os ramos é a Bíblia Hebraica, como elucidado na lei oral. O judaísmo também tem um pequeno número de denominações, das quais as mais significativas são os ortodoxos, conservadores e reformistas.[7]
a. As Escrituras registram que parte dos seres angelicais não guardaram seu primeiro estado (Jd 6). Eles são conhecidos como os anjos que pecaram ao se rebelarem contra Deus (2Pe 2.4). São designados de espíritos malignos ou imundos, principados, potestades, governadores e maldades espirituais (Ef 6.12). A queda de Satanás e dos anjos rebeldes se deu pelo exercício da soberba que ainda mantém o homem afastado de Deus (1Tm 3.6). As táticas de Satanás e dos seus demônios são a mentira (Jo 8.44), o engano (Ap 12.9), o homicídio (Jo 8.44) e a cegueira espiritual (2Co 4.4). Satanás e os demônios afligem os homens com problemas físicos e mentais (Mc 1.21), podem possuir um homem e dominá-lo (Mt 5.1-21), inspiram heresias (1Tm 4.1), são agentes de idolatria, imoralidade e iniquidade (1Co 10.20; Ap 9.2021), e podem falar pela boca dos homens (Mc 3.11). Os demônios também são numerosos e sua atuação é extremamente maléfica (Ap 12.4). A influência de Satanás aparece no diálogo entre Eva e a serpente, que resultou em pecado contra Deus (Gn 3.13-14). No entanto, a história de Jó retrata que o poder de Satanás era limitado, ele podia fazer somente o que Deus lhe permitia (Jó 1.12; 2.6). Todavia, o
povo de Israel constantemente pecava contra Deus adorando deuses falsos e fazendo sacrifícios aos demônios (Dt 32.16-17). Apesar desta vasta influência do maligno na era antes de Cristo, o Antigo Testamento registra apenas uma expulsão de demônios. É o caso de Davi, que quando tocava sua harpa o espírito maligno se retirava da vida do rei Saul (1Sm 16.23). Assim, quando Jesus veio expulsando demônios, as pessoas ficaram perplexas e se perguntavam: “Que nova doutrina é esta?”. E ainda diziam admirados: “Com autoridade ele ordena os espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” (Mc 1.27). Cristo explicou que o Seu poder sobre os demônios era a prova cabal da inauguração do domínio do Reino de Deus na Terra (Mt 12.28,29). Jesus triunfou sobre os principados e potestades e os expôs a vergonha publicamente (Cl 2.15). Esta autoridade sobre os demônios, Jesus as estendeu aos doze apóstolos (Mt 10.8). Em seguida, aos setenta discípulos, que, eufóricos, relataram: “Senhor, os demônios se nos submetem pelo seu nome!” (Lc 10.17). Depois de ressurreto, Jesus concedeu este poder à Igreja. Ele disse: “Estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios” (Mc 16.17). Esta autoridade conferida à Igreja caracteriza que o ministério em nome de Jesus na nova aliança é comprovado pelo triunfo sobre os poderes de Satanás, algo inexistente antes de Cristo, pois “para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do Diabo” (1Jo 3.8).
3. ISLAMISMO
O islamismo surgiu na Arábia[nota 4] no século VII, com uma visão estritamente unitária de Deus.[nota 5] Os muçulmanos (seguidores do islamismo) tipicamente apontam o Alcorão como a autoridade máxima de sua religião, como revelado e esclarecido através dos ensinamentos e práticas[nota 6] de um central, mas não divino, profeta, Maomé. A fé muçulmana abarcou elementos tanto do judaísmo quanto do cristianismo, mas nunca foi considerado uma ramificação de nenhum deles. O islamismo tem dois ramos principais (sunitas e xiitas), cada uma tendo várias denominações.[7]
a. No Islã , a crença de que entidades espirituais — particularmente, gênios — podem possuir uma pessoa (ou uma coisa ou local), [ 1 ] é generalizada; assim como a crença de que os gênios e demônios podem ser expulsos da pessoa possuída (ou coisa/local) por meio do exorcismo . Esta prática é chamada al-jinn (expulsão de demônios/espíritos), [ 3 ] ou ruqya feitiço, encanto, magia, encantamento), [ 4 ] e os exorcistas são chamados raqi .
b. O 72º capítulo do Alcorão, intitulado Al-Jinn (O Jinn), o próximo capítulo,
intitulado al-Muzzammil (O Envolto).
c. A crença no sobrenatural — bruxaria ,
feitiçaria, magia , fantasmas e demônios — no mundo muçulmano não é marginalizada como excêntrica ou um produto da ignorância, mas é prevalente entre todas as classes sociais. A crença em criaturas sobrenaturais como Jinn são parte integrante da crença islâmica, [ 5 ] e uma explicação comum na sociedade “para o mal, doença, saúde, riqueza e posição na sociedade, bem como todos os fenômenos mundanos e inexplicáveis entre eles”.
d. Acredita-se que os gênios são capazes de entrar e possuir fisicamente as pessoas por vários motivos, enquanto os demônios ( shayāṭīn ) atacam o coração ( qalb ) e tentam transformar suas vítimas em mal. [ 6 ]
Posse no Islã
A maioria dos estudiosos muçulmanos acredita na possibilidade de que os gênios possam possuir fisicamente as pessoas. [ 7 ] Apenas uma minoria nega a possessão demoníaca e argumenta que os gênios podem simplesmente sussurrar para uma pessoa. [ 8 ] A preocupação com a vida cotidiana pode variar. Alguns consideram a possessão puramente teórica, sem aplicação prática, outros consideram a interferência dos gênios apenas em raras circunstâncias, por exemplo, quando convocados por um feiticeiro, outros ainda levam isso a sério e atribuem eventos cotidianos a atividades demoníacas. [ 9 ]
Transtornos mentais, como epilepsia , esquecimento, esquizofrenia , [ 10 ] falta de energia e medos mórbidos, são frequentemente atribuídos a possessões demoníacas e bruxaria. [ 11 ] No entanto, nem todas as doenças mentais são atribuídas a demônios, mas acredita-se que os demônios causam tais sintomas. [ 12 ] : 54 A crença na possessão de Jinn não é prevalente apenas em países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita , [ 13 ] mas também entre os muçulmanos na Grã-Bretanha . [ 14 ] A crença na possessão demoníaca também prevalece entre pessoas educadas. [ 15 ] [ 16 ] [ 17 ]
HISTÓRIA E CONCEITOS (anjos e demônios)
O tema da demonologia bíblica é vasto e complicado. A razão disso é que o assunto está, quase que invariavelmente, conectado a um tema maior, como autoridade e soberania de Deus, angelologia, cristologia e reino de Deus, só para citar alguns. Do ponto de vista do desenvolvimento histórico do tema, as idéias1 de demônio, possessão e práticas que visam a afastar ou expulsar demônios, como as entendemos no Novo Testamento, têm seu progresso mais acentuado durante o chamado período interbíblico, com uma percepção mais aguçada da realidade do conflito entre as forças das trevas e da luz, em que o ambiente de batalha é este mundo onde estamos situados. Uma referência bem conhecida sobre a expulsão de espíritos imundos neste período é a história descrita em Tobias, em que um demônio chamado Asmodeu é derrotado e afastado por meio de um ritual estranho em que a fumaça exalada do fígado e coração de um peixe, que é posto no incensário, põe o demônio em fuga para o Egito, onde, finalmente, é preso pelo anjo Rafael (cf. Tobias 3.16-17; 6.2-17; 8.2-4). Também não podemos deixar de lembrar o conceito, ainda que dualístico, presente nos escritos da comunidade de Qumran sobre o conflito entre os filhos das trevas, também designados de filhos de Belial, e os filhos da luz, em que os dois grupos antagônicos são orientados pelos espíritos da Luz e das Trevas, respectivamente (cf. Regra 1 QS 4.18s; Rolo da Guerra 1 QM 1.8- 16).1 Daí se deduz que o tema não era de forma alguma estranho à sociedade e religião judaica do período do segundo templo, do período contemporâneo ao ministério de Jesus, na Galiléia e Judéia, e do período apostólico.
O nome Belzebu (ou suas possíveis variações) aparece na boca dos fariseus que, segundo a descrição dos evangelhos sinóticos (cf. Mateus 12.24 e paralelos), acusavam Jesus Cristo de ser possuído por Satanás.2 Outros nomes aparecem ao longo dos escritos do Novo Testamento, tais como: demônio (cf. Lc 11.1), espírito maligno ou impuro (cf. Lc 11.24; At 19.13), diabo (cf. Mt 4.1), príncipe deste mundo (cf. Jo 16.11), dragão, antiga serpente, Satanás (cf. Ap 20.2), acusador (cf. Ap 12.9-10), espírito que atua nos filhos da desobediência, príncipe da potestade do ar (cf. Ef 2.2), principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso, forças espirituais da maldade (cf. Ef 6.12) e pai da mentira (cf. Jo 8.44), dentre outros.
ESPÍRITOS IMUNDOS
Na Bíblia, os espíritos imundos são espíritos malignos, inimigos de Deus e de seu povo, que promovem a corrupção, a malícia e a depravação. Todos esses termos se referem aos demônios, que são seres espirituais que se opõem à vontade de Deus. Deus criou anjos para servi-Lo. Quando o diabo se rebelou contra Deus, alguns dos anjos também se rebelaram e foram expulsos do céu. Acredita-se que demônios e espíritos malignos são esses “anjos caídos”.
ANJOS E DEMÔNIOS
Os anjos são figuras comuns em quase todas as doutrinas religiosas, mesmo que recebam nomes diferentes. A maioria das culturas antigas e modernas, em suas mitologias ou em suas religiões, fala de seres celestes, que são intermediários entre os homens e as divindades e que trazem em si a representação do bem ou do mal.
A palavra ‘anjo’, procedente do latim ‘angelus’ e do grego ‘ággelos’, tem o sentido de mensageiro.4 Quando uma pessoa ouve a palavra anjo, evoca uma figura com asas, portadora de muita luz, bondade, suavidade e beleza.
Na doutrina judaico-cristã tradicional, estas entidades celestiais teriam nascido perfeitas, mas algumas delas teriam se rebelado contra o Criador e se convertido em seguidoras de Satanás, o primeiro anjo caído. Ao longo do desenvolvimento histórico da civilização judaico-cristã, a imagem do demônio foi sendo construída, ligada essencialmente à representação do mal. Inicialmente, o diabo não tinha uma função necessariamente maligna e era apenas a representação de um dos intermediários entre o reino divino e a humanidade. A palavra demônio vem do grego daímon (em latim, daemon) e se traduz por gênio, inteligência e se aplicava aos seres incorpóreos, bons ou maus, indistintamente e a palavra diabo deriva do grego, diabolos (dia – atirar + bolos – espalhar) aquele que espalha – no sentido moral, caluniador, que afasta as pessoas.
Em outras religiões, também existem os conceitos de anjos e demônios. No Budismo e no Hinduismo, são seres divinos denominados “devas” que apresentam uma personalidade “quase” humana. São invisíveis, mas sua proximidade pode ser sentida por pessoas que conseguiram abrir o terceiro olho, um dom extra sensorial que permite enxergar seres de outros planos. Seu nome deriva da raiz sânscrita “div”, que significa “brilhar”, que significa, então, os “seres brilhantes” ou “autoluminosos”. Para eles, os devas podem construir formas ilusórias para se manifestarem, são capazes de voar, operar milagres e muitas vezes trazer mensagens aos humanos.
Na Grécia antiga, a crença era que os “daimones” se situavam entre os deuses e os humanos e essa palavra não tinha uma conotação negativa e nem era a representação do mal. A função dos daimones era dividida em:
1. Fazer a intermediação entre os deuses e os seres humanos: interpretar e transmitir aos deuses o que vem dos homens, como os deuses não podem se misturar com os homens, os daimones atuariam como mensageiros e intérpretes.
2. Condutores de almas: cada alma escolhe o daímon que a acompanhará, quanto a vida que levará. A responsabilidade pelas duas escolhas será atribuída inteiramente a ela e nenhum dos deuses poderá ser acusado de interferir nesse processo.
3. Protetores de homens e lugares: cada homem era obrigado a conduzir a sua própria vida, sendo, portanto, responsável pelas suas consequências, fossem boas ou más, porém, a infelicidade surgia somente quando os homens se orientavam por si mesmos, não percebendo a orientação direta do seu “daímon”.
Na Religião Cristã, existem os relatos de que um anjo anunciou o nascimento de Jesus a Maria e José, bem como orientou a fuga para o Egito para preservar sua vida. O Evangelho traz várias passagens em que Jesus promoveu curas através da expulsão dos demônios de pessoas doentes e consta que, na sua trajetória pessoal, foi tentado por Satanás, no deserto.
A igreja católica divide os anjos em sete hierarquias, de acordo com as suas funções, algumas mais próximas a Deus e outras mais próximas aos homens e acredita que os demônios seriam anjos que se rebelaram contra a autoridade de Deus.11
Anjos e Demônios à Luz do Espiritismo
Para o Espiritismo,5 anjos e demônios não são seres à parte, são todos espíritos. Essencialmente, trata-se de uma nomenclatura. Os que já atingiram elevado grau de pureza, são denominados anjos. Aqueles renitentes no mal, são chamados demônios, embora tal denominação seja pouco usual no meio espírita, haja vista que termos como espíritos imperfeitos representem melhor a transitoriedade do estado de maldade, pois que todos os espíritos serão puros um dia, ou seja, todos, inclusive os demônios, seremos “anjos”, percorrendo a senda da purificação por meio das reencarnações.
Deus criou a todos os espíritos, inclusive aos anjos, simples e ignorantes, para que estes pudessem se esclarecer e evoluir gradativamente. Quando percorrerem as diferentes fases da jornada, todos os espíritos se tornarão perfeitos – mas na perfeição relativa da criatura, que não se confunde com a perfeição absoluta do Criador. Os que hoje são anjos, já tiveram a sua própria jornada evolutiva e chegaram ao grau de espíritos puros.
O bem e o mal são praticados em virtude do livre arbítrio,² sem que o espírito seja fatalmente impelido para um ou outro sentido. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza alcançados.
As tendências que uma pessoa apresenta são reflexos dessas imperfeições que ainda não foram despojadas. Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em uma existência, será na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Cada um de nós trabalha no próprio adiantamento com
maior ou menor atividade, com mais ou menos negligência, acelerando ou retardando o progresso e, por conseguinte, a própria felicidade. É um fruto do esforço individual.5 Didaticamente, dividimos essas fases de adiantamento em três categorias principais. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons espíritos. A primeira, compreende os espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição.
Os espíritos de primeira classe já percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível à criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.
Os homens, uma vez que ainda precisam de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, tomaram os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos e considerou aos espíritos puros como anjos e aos inferiores como seres perpetuamente maus, ante a dificuldade de enxergar o tempo inexorável da imortalidade do espírito.
OBSESSÃO DE EFEITOS FÍSICOS
É um fenômeno sobrenatural cujo nome de origem alemã significa espírito que causa ruídos.
Poltergeist (do alemão poltern (fazer barulho), e geist (fantasma)), também chamado por alguns parapsicólogos como Psicocinesia Recorrente Espontânea (em inglês: Recurrent Spontaneous Psychokinesis, RSPK), é um tipo de evento paranormal que se manifesta em um ambiente no qual existem ocorrências físicas, tais quais, chuva de pedras, movimentação, aparecimento e desaparecimento de objetos, sons, pirogenia, luzes, entre outras. Pode envolver até ataques físicos.[1] Essas manifestações já foram registradas em muitas culturas e países, incluindo o Brasil, Austrália, Estados Unidos, Japão e a maioria das nações europeias.[2] Os primeiros casos registrados datam do século I.
O fenômeno
O termo Poltergeist, do idioma alemão, é traduzido como fantasma barulhento (poltern = barulhento; geist = fantasma ou espírito). São conhecidos como Poltergeist os fenômenos sobrenaturais não explicados pela ciência. Lançamento de pedras, luzes que surgem do nada, deslocamento de objetos leves ou pesados, surgimento espontâneo de água, fogo, ou focos de luz, anormalidade nas instalações elétricas e telefônicas, abertura de portas, pancadas em lugares diversos, clarão ofuscante, estouro de lâmpadas, ruídos de passos ou correria, vozes, música, brinquedos que funcionam mesmo sem as baterias ou pilhas, correntes de ar, objetos surgindo ao lado de outros, como as chaves de seu carro junto a um livro no chão, sua escova de dentes junto a uma caneta, ou algum pertence seu junto a uma faca (Todas essas coisas significam um Pressagio de Morte).
A parapsicologia define esses fenômenos como uma faculdade extra-sensorial na qual a mente atua diretamente sobre a matéria, através de meios invisíveis sem contato físico. O termo psicocinesia é derivado das palavras gregas psyché (alma) e kinein (mover).
De acordo com a literatura espírita, o fenômeno Poltergeist decorre de espíritos em perturbação, os quais em comunhão com uma pessoa sensível, atuam por vezes de forma agressiva, ao fazer com que objetos como pedras, por exemplo, voem pelos ares atingindo outros objetos e pessoas. Para a ocorrência da manifestação é obrigatória a presença de um médium de efeitos físicos, ainda que completamente alheio à sua faculdade.[4]
Casos de Poltergeist na visão espírita:
Há casos de Poltergeist que expressam o predomínio da ação dos encarnados, responsáveis pelo aliciamento de Espíritos inferiores no processo obsessivo; em outros, a predominância na ação e dos desencarnados. Em todos esses casos, temos de considerar a utilização negativa dessa força que é o ectoplasma. Hernani Guimarães Andrade, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), um dos maiores pesquisadores de Poltergeist do mundo, pôde constatar, na maioria dos casos investigados, essa interferência física negativa, que se inicia, quase Sempre, sob o comando de encarnados que se acumpliciam com os desencarnados, no intuito de prejudicar a vida de algumas pessoas ou de famílias inteiras.
OBSESSÃO DE EFEITOS FÍSICOS (Poltergeist)
A obsessão pode dar-se no campo físico, como bem lembrou , lAllanKardec.;
Nesse caso, os obsessores produzem manifestações ruidosas e persistentes, através de pancadas, batidas, transportes de objetos, combustão espontânea etc.
De vez em quando, os jornais estão noticiando casos assim, em que pedras são atirada s sobre o telhado e os moradores da casa, quebrando vidraças; panelas e utensílios v oam pelos aposentos, pratos e xícaras espatifam-se no chão; poltronas, armários e até colchões de bebê pegam fogo espontaneamente. Ninguém encontra o autor de tais façanhas, nem mesmo a polícia, geralmente chamada nessas circunstâncias, mas que testemunha o seu desconcerto ante o desconhecido. Diante desses fatos, pairam desalento e temor.
Vejamos a descrição de um desses casos observados pelo engenheiro Hernani Guimarães Andrade: (1) A casa em que fomos, dia 4 de setembro, estava num verdadeiro caos. Um odor nauseabundo impregnava o ar. As roupas haviam entrado em combustão espontânea por várias vezes, restando um mínimo incapaz de agasalhar devidamente as oito crianças e os seis adultos ali residentes! Oito colchões, dez cobertores e um sem-número Marlene R. S. Nobre de colchas, lençóis, travesseiros etc. já se haviam carbonizado! Nem um só vidro inteiro restava nos caixilhos e janelas. As telhas partidas propiciavam goteiras, inundando todos os cômodos! Uma autêntica desolação… Aquele sofrimento coletivo já estava entrando em seu sétimo mês! O Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (TBPP), do qual dr. Andrade é presidente, possui em seu acervo de pesquisas casos de poltergeist, semelhantes a esse descrito, ocorrido em uma residência modesta da grande S. Paulo.
A maioria dos investigadores admite que o poltergeist seja provocado à custa de certo tipo ainda de energia produzida por determinada pessoa viva presente no local
dos fenômenos. O presumível agente humano fornecedor da referida energia é tecnicamente chamado epicentro.
4. CLASSIFICAÇÃO, TIPOS DE OBSESSÃO
a. Obsessão telepática;
OBSESSÃO TELEPÁTICA
(corno vimos, fenômenos anímicos são aqueles produzidos -íríllpela alma do homem encarnado. Aksakof descreve os quatro tipos de ação extracorpórea do homem vivo:
1) aqueles que comportam efeitos psíquicos (telepatia, impressões transmitidas a distância);
2) os de efeitos físicos (fenômenos telecinéticos, transmissão de movimento a distância);
3) os que determinam o aparecimento de sua imagem (fenômenos telefânicos, aparecimento de duplos);
4) aqueles em que há o aparecimento de sua imagem com certos atributos de corporeidade. São os fatos prodigiosos que vão além daqueles proporcionados pelo corpo do encarnado.
Temos, assim, muitas ocorrências que podem resultar nos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com apropria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração de que o corpo espi ritual pode efetivamente desdobrar-se e atuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do corpo físico.
Essa capacidade de sair fora do corpo e atuar como espírito livre também pode gerar condutas patológicas.
A influênciação negativa entre pessoas encarnadas é muito mais comum do que podemos imaginar.
John Herenwald descreve casos de sua clínica psicanalítica referentes à obsessão telepática, provocadas, portanto, por pessoas vivas (2). Um deles, é o de um rapaz rejeitado por companheiros de pensão. O detalhe importante é que essa rejeição não era fácil de ser detectada, porque tinha caráter oculto, pois todos fingiam apreciá-lo. Com o afastamento do paciente do local, a mudança de ambiente fez com que os sintomas obsessivos desa parecessem, gradualmente, na proporção em que os algozes o esqueciam.
b. Auto obsessão;
AUTO-OBSESSÃO
Emmanuel, no prefácio do livro Mediunidade e Sintonia, * I dá um outro enfoque para o ditado popular Dize-me com quem andas que dir-te-ei quem tu és. O mentor de Chico Xavier ressalta que os nossos pensamentos ditam nossa conduta e que, de acordo com nossa conduta, expressamos nossos objetivos e amealhamos companhias com as quai s desejamos nos parecer.
Nossas idéias exteriorizadas criam, portanto, imagens tão vivas quanto desejamos.
Não podemos nos esquecer de que a idéia é um ser organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção.
Como nossas ações são fruto de nossas idéias, geramos a felicidade ou a desventura para nós mesmos. O encarnado pode, assim, ser perseguido por si mesmo, devido às suas próprias criações mentais.
No livro Libertação, André Luiz refere-se a dois casos de auto-obsessão. O primeiro deles é o de um investigador de polícia que abusou de sua posição para humilhar e ferir.
Durante alguns anos, conseguiu manter o remorso a distância; todavia, cada pensamento de indignação das vitimas passou a circular-lhe na atmosfera psíquica, na aura, aguardando o momento de se impor.
Com a sua maneira cruel de proceder, não só atraiu a ira de muita gente, mas também a companhia constante de entidades de péssimo comportamento, que só fizeram aumentar os seus distúrbios mentais. Com a chegada da terceira idade, o remorso abriu-lhe grande brecha na fortaleza em que se entrincheirava. Sobrevindo a crise, a mente em desvario vergastou-lhe o corpo físico, e não apenas o sistema nervoso foi lesado, mas também o fígado que se encaminhava para a cirrose fatal. Convidado a diagnosticar o caso , o instrutor Gúbio não teve dúvidas:
Este amigo, no fundo, está perseguido por si mesmo, atormentado pelo que fez e pelo que tem sido. Permanece dominado pelos quadros malignos que improvisou em gabinetes isolados e
escuros, pelo simples gosto de espancar infelizes, a pretexto de salvaguardar a harmonia social. A memória é um disco vivo e milagroso. Fotografa
as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos… Por intemédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos (o grifo é nosso).
Para sair de semelhante situação, somente uma extrema modificação mental para o bem, acentuou.
c. Fixação mental;
PERSONALIDADE ANTIGA CRISTALIZADA (FIXAÇÃO MENTAL)
Quanto mais nos aprofundamos no conhecimento da mediunidade e de suas psicopatologias, mais nos convencemos do tamanho de nossa ignorância, em relação à mente humana e ao seu psiquismo. O que seria, na verdade, o Inconsciente?
A personalidade humana, entre as criaturas terrestres, émais desconhecida que o Oceano Pacífico, afirmou o médico Gotuzo ao colega André Luiz. E como ele tem razão!
Em Nos Domínios da Mediunidade, há um caso que expõe essa complexidade. André Luiz e Hilário receberam as explicações de Áulus sobre à Emersão do Passado.
A senhora X e a personalidade emergente – Em uma sessão espírita dedicada ao intercâmbio mediúnico, foram admitidos três senhores e duas senhoras para receberem assistência. Após a tarefa normal dos médiuns habituais da Casa, uma das senhoras enfermas, que viera para tratamento, caiu em pranto convulsivo, e começou a falar de uma lâmina enterrada em sua carne, clamando contra um homem que lhe arruinou o destino. A questão é que não havia nenhuma entidade comunicante. Áulus explicou: Estamos diante do passado de nossa companheira. A mágoa e o azedume, tanto quanto a personalidade supostamente exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mesma…
Ante a aproximação de antigo desafeto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra em seguida a padecer insopitável melancolia. O assistente prosseguiu esclarecendo que essa nossa irmã imobilizara grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo, em torno da experiência referida, a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa lembrança, principalmente por causa da presença do antigo verdugo, ligado a ela por laços de amor e ódio, passou a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teimava em ressuscitar. É então que se deu a conhecer como personalidade diferente, a referir-se ávida anterior. Na verdade, era mesmo alguém que volta do passado a comunicar-se no presente. Nesses momentos, ela centraliza todos os seus recursos mnemónicos tão-somente no ponto nevrálgico, onde viciou o pensamento.
André Luiz reconheceu que está diante de um processo de autêntico animismo. E concluiu : Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma…
Nesses casos, os doutrinadores ou esclarecedores devem agir normalmente, como se estivessem realmente diante de uma entidade comunicante. Se nos fixarmos na idéia de mistificação, passaremos a ter uma atitude desrespeitosa, diante do seu padecimento moral.
Áulus ressaltou que essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. Ela, portanto, devia ser considerada uma enferma espiritual, uma consciência torturada que precisava ser amparada, para entrar no campo da renovação íntima, única base sólida para a sua recuperação definitiva.
d. Vampirismo;
A PARASITOSE MENTAL OU VAMPIRISMO ESPIRITUAL
A simbiose prejudicial é conhecida como parasitose. Vejamos nas ocorrências da natureza, um exemplo de simbiose desagradável: as micornzas das orquidiáceas.
Nessa associação, o cogumelo é o invasor da raiz da planta, caso esse em que esta assume atitude anormal para adaptar-se, de algum modo, às disposições do assaltante, encontrando, por vezes, a morte, quando persiste esse ou aquele excesso no conflito para a combinação necessária. E o verdadeiro parasitismo.
Ainda aqui é possível aplicar a mesma terminologia para as associações espirituais. Esse processo é tão antigo como o próprio homem. Após a morte, os Espíritos continuam a disputar afeição e riquezas com os que permanecem na carne, ou armam empreitadas de vingança e violência contra eles.
As vítimas de homicídio e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora o vaso físico, entram na faixa mental dos sofredores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se exonerariam da cadeia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal. Outros desencarnados ainda querem que os seus caprichos pueris sejam solucionados pela Divina Providência, e, como não o conseguem, porque toda conquista evolutiva se faz através do trabalho, fogem dos deveres, acovardados e preguiçosos.
Na parasitose mental, temos o vampirismo, por esse processo, os desencarnados sugam a vitalidade dos encarnados, podendo determinar nos hospedeiros doenças as mais variadas e até mesmo a morte prematura.
Para o mundo espiritual, segundo o instrutor Alexandre, em Missionários da Luz: vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens. No campo orgânico, temos a parasitose externa, em que a epiderme, por exemplo, é atacada pelo aracnídeo acarino; e a interna, como no caso dos platelmintos (cestóides), que parasitam o trato intestinal. Assim, também no vampirismo espiritual encontram os os dois fatores: externo e interno.
Dias da Cruz lembra que: Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva.
E explica a técnica utilizada pelos Espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose. Por ação do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujet, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.
Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as ene
rgias, senhoreiam-lhe as zonas motoras e sensórias inclusive os centros cerebrais – linguagem e sensibilidade, memória e percepção -, dominando-as a maneira do artista que controla as teclas de um piano. Criam assim, doenças-fantasmas de todos os tipos, mas causam também degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte. Entra essas doenças, Dias da Cruz afirma que podemos encontra] desde a neurastenia à loucura complexa e do distúrbio gástrico à raríssima afemia estudada por Broca.
E o médico e benfeitor desencarnado relaciona outra moléstias: pelo ímã do pensamento doentio e descontrolada o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à ulceração, à dipsomania e à loucura, se e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usual delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veiculo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecei a derrocada ou a morte. Em Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve cenas de vampirismo em enfermaria de hospital: Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos. E confessa que os quadros lhe traziam grande mal estar. Aqui não é possível deixar de lembrar o apóstolo Tiago recomendando a oração pelos enfermos.
e. Infecções fluídicas;
INFECÇÕES FLUÍDICAS
Da mesma maneira como existem infecções orgânicas, acontecem também as fluídicas. Muitos desencarnados, movidos por vingança, empolgam a imaginação dos adversários encarnados, com formas mentais monstruosas, classificadas pelos instrutores espirituais, como infecções fluídicas, com grande poder destruidor, podendo levar até à loucura. Outros, imobilizados em paixões egoísticas, recolhidos a pesado monoideísmo, permanecem junto dos encarnados, sem forças para continuarem a luta evolutiva.
Alguns, do mesmo modo que os ectoparasitas temporários, procedem a semelhança dos mosquitos e dos ácaros, absorvendo as emanações dos encarnados que com eles se afinam. Mas, muitos outros ainda, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vítimas, segregam determinados produtos, dentro do quimismo que lhes é próprio, derramando-os sobre os pontos vulneráveis de suas vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatinas e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos do tálamo no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, à maneira dos animais, em absoluto primitivismo nas linhas da Natureza. Desse modo,os obsessores tomam conta dos neurônios do hipotálamo, acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que ai se fixam para o governo das excitações, produzindo em suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influencia mecânica sobre o simpático e o parassimpático.
São manobras freqüentemente utilizadas em intrincados processos de vampirismo e que provocam nas vítimas um regime de pavor ou de guerra nervosa, alterando-lhes o psiquismo ou impondo prejuízos constantes aos tecidos orgânicos. É possível compreender, assim, os casos de possessos, relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas ou de profunda deterioração mental, quando os Espíritos inferiores, que os subjugavam, foram retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.
LARVAS MENTAIS DOS ENCARNADOS
Mas não podemos nos esquecer que os encarnados também produzem larvas mentais que são vampirizadas pelos desencarnados. Como vemos, na estrada do psiquismo, sempre existe dupla mão, Espíritos desenfaixados da matéria ou ainda estagiando nela têm as mesma s capacidades produtivas.
Em Os Mensageiros, Aniceto chamou a atenção de André Luiz e Vicente para as manchas escuras na via pública de grande cidade, nuvens de bactérias variadas que flutuam em grupos compactos, obedecendo a princípios de afinidade. O benfeitor espiritual apontou também para certos edifícios e regiões da cidade, onde havia zonas de material mental inferior, matéria que é expelida incessantemente por certa classe de pessoas. E o instrutor acentuou: Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física, quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental.
André Luiz perguntou a Aniceto se a matéria mental emitida pelo homem inferior, tem vida própria, como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam as enfermidades corporais.
O instrutor redarguiu: Como não? Vocês, presentemente, não desconhecem que o homem terreno vive num aparelho psicofísico. Não podemos considerar somente, no capítulo das moléstias, a situação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidade encarnada. Ora, se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas. No futuro, por esse mesmo motivo, a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alívio. Mas, no que concerne À cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito. Diante da observação de André Luiz de que era muito alto o poder reprodutivo, tanto das bactérias quanto das larvas mentais, o benfeitor lembrou que, felizmente, a luz
solar tinha um poder muito maior, sobretudo quando se alia ao magnetismo terrestre. Esse poder maior destruía intensivamente para selecionar as manifestações da vida, porquanto se não fosse assim, não existiria um só homem na Terra.
Também graças a ele, o solo e as plantas estão cheios de princípios curativos e transformadores.
Aniceto enfatizou ainda que só a fé religiosa, livre de sectarismos, será capaz de promover entre as criaturas humanas um estado positivo André analisou uma candidata ao desenvolvimento da mediunidade. Em grande zona do ventre desta senhora, observou muitos parasites conhecidos do campo orgânico, mas lá estavam também outros como se fossem lesmas voracíssimas, que se agrupavam em colônias, desde os músculos e fibras do estômago até a válvula íleocecal. Semelhantes parasitos atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição.
Alexandre diagnosticou:
Temos aqui uma pobre amiga desviada nos excessos de alimentação. Todas as suas glândulas e centros nervosos trabalham para atender às exigências do sistema digestivo. Descuidada de si mesma , caiu na glutonaria crassa, tornandose presa de seres de baixa condição.
Cada viciação em particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxa
mento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de ilância e defesa.
Em seguida, Alexandre lembrou que os homens não possuíram preparo quase nenhum para a vida espiritual. Tendo vivido muito mais de sensações animalizadas que de sentimentos e pensamentos puros, as criaturas humanas, além do túmulo, em muitíssimos casos, permanecem imantadas ao ambiente doméstico, aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as larvas servem de alimento habitual.
E, ante o espanto de André Luiz, Alexandre acrescentou:
– Semelhantes larvas são portadoras de vigoroso magnetismo animal.Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos
galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital.
Por que tamanha estranheza?, indagou o instrutor. Nós também não nos alimentamos das vísceras dos animais? E concluiu:
f. Hipnose; HIPNOSE EM GRAUS DIVERSOS
FASCINAÇÃO
Uma senhora levantara-se e, rodopiando sobre os calcanhares, qual se um motor lhe acionasse os nervos, caiu em convulsões, debatendo-se no piso da sala.
Coleando pelo chão, adquiria aspecto animalesco, acentuado pelos uivos semelhantes ao de uma loba ferida. Entidades da sombra comandavam a mente da pobre senhora, especialmente uma delas que parecia interessada em eliminar-lhe a existência. Auxiliada pelas preces de Raul e a intervenção do mentor Clementino, a doente reergueu-se, sentando-se ao lado do marido. Áulus explicou tratar-se de um complexo caso de fascinação. Terrível hipnotizador, auxiliado por vários companheiros, que também desejam vingança, utiliza a sugestão para humilhá-la. Se não fosse a proteção espiritual da casa espírita que frequenta, essa senhora já teria sido vítima integral de licantropia deformante. O instrutor afirmou que os Espíritos detentores de altos poderes de inteligência, mas dedicados ao crime, são os responsáveis por muitos quadros deprimentes observados nos hospitais psiquiátricos, em que numerosos doentes, sob intensa ação hipnótica, imita m costumes, posições e atitudes de animais diversos.
Esse fenômeno é muito generalizado nos processos expiatórios, em que os cúmplices da delinqüência descambam para a atitude dos brutos. André Luiz tem idéia de separá-los, mas o benfeitor lembra que toda obsessão tem alicerces na reciprocidade.
OBSESSÃO OCULTA
A hipnose é fenômeno corriqueiro na Terra, gerando associações maléficas e destrutivas. Grande parte dos crimes, escândalos, e, de certa forma, dos suicídios tem, aí, sua origem. Muitas vezes, o magnetizador atua sobre a mente passiva do hipnotizado, levando-o a estados alucinatórios. A capacidade de indução da corrente mental e suas outras propriedades, destacando, inclusive, a importância dos reflexos condicionados.
Para precaver-se de semelhante calamidade, o ser humano precisa prestar atenção à natureza de seus próprios pensamentos e ideoplastias, o que vale dizer, à qualidade dos raios mentais que elege como combustível de suas emoções mais profundas. Kardec referiu-se às mil formas de obsessão oculta. Já lembramos também as anotações do evangelista João, quando escreve sobre a ação de um Espírito obsessor, que teria colocado no cérebro de Judas a idéia de negação do apostolado.
André Luiz enfatiza aspectos dessa mediunidade ignorada, lembrando que o reflexo condicionado específico está na raiz de diversos vícios, tão vulgares na vida social,
como sejam a maledicência, a crítica sistemática, os abusos da alimentação e os exageros do sexo. Ressalta também a amplitude do fenômeno:
Em todos os continentes, podemos encontrar milhões de pessoas em tarefas dignas ou menos dignas – mais destacadamente os expositores e artistas da palavra, na tribuna e na pena, como veículos mais constantemente acessíveis ao pensamento – senhoreadas por Espíritos desenfaixados do liame físico, atendendo a determinadas obras ou influenciando pessoas para fins superiores ou inferiores, em largos processos de mediunidade ignorada, fatos esses vulgares em todas as épocas da Humanidade.
OBSESSÃO DURANTE O SONO FÍSICO
A pequena parcela de seres humanos que já se apercebeu da contínua comunicação entre os Espíritos e dos aspectos nefastos que ela pode assumir, ainda não está suficientemente desperta para a necessidade de vigilância nos estados passivos. por isso, a meditação e o sono físico, comumente, são portas abertas para a recepção de pensamentos sugeridos por Inteligências desencarnadas, que nem sempre querem a nossa felicidade espiritual, enredando-nos na obsessão.
No livro Libertação , durante a missão que desenvolvem nas regiões infernais para salvar Gregório, André Luiz e Elói, sob a tutela de Gúbio, observaram o intenso intercâmbio entre encarnados e desencarnados, no período dedicado ao sono físico.
Gúbio esclareceu: A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contato conosco, e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração, qual este em que nos movimentamos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne.
Somos informados, então, que os grandes crimes que ocorrem na Terra são planejados à noite, nessas regiões infelizes, e que acontecimentos muito mais estarrecedores poderiam ocorrer, se não fosse o trabalho ativo dos Espíritos protetores que se desvelam em benefício da humanidade.
Ao lermos essa passagem, lembramo-nos dos filmes de violência gratuita, dos personagens monstruosos, que apresentam enormes deformações de caráter; as cenas de deboche, com evidente desvirtuamento do emprego do sexo, e ficamos com a convicção de que muitos diretores, artistas e produtores de cinema devem freqüentar, habitualmente, essas paragens infelizes.
A. vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um, ensinou Gúbio.
No livro Evolução em Dois Mundos , André Luiz afirma que, durante o sono físico, a mente é suscetível à influenciação dos desencarnados, quer sejam evoluídos ou não, e que são atraídos pela nossa aura. Se nos mostramos inclinados à elevação moral, os Espíritos Superiores aproveitam o descanso do corpo físico para nos oferecer ajuda; se trazemos, porém, no halo psíquico, sinais de ociosidade ou de intenção maligna, somos procurados por entidades malfazejas que nos envolvem em obsessões viciosas.
g. Processo alérgico
Obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente, afirma o médico e instrutor desencarnado Dias da Cruz (1). Em sua mensagem, ele lembra a definição clássica de Von Pirquet: alergia é a reação modificada nas corrências de hiperssensibidade humana. Os elementos que causam alergia física são chamados alergenos. Existem alergenos exógenos ou endógenos, conforme sejam do meio externo ou interno. Entre os fatores ou alergenos externos distinguimos os alimentos, a poeira, o pólen, os parasitas, as bactérias etc. Esses fatores atuam como agressores, são os chamados antígenos, responsáveis pelo desencadeamento do processo alérgico. O organismo, por sua vez, defende-se , produzindo anticorpos correspondentes, para fazer frente à ação dos antígenos. O confronto dá-se na intimidade da célula e, como resultado dele, há liberação de uma substância semelhante à histamina, a substância H, que atua sobre os vasos capilares, as fibras e o sangue, ocasionando distúrbios diversos, tais como a dermatite, a coriza, a asma e o edema, a urticária, a enxaqueca, e outros.
Dias da Cruz faz um paralelo entre essa reação física e a espiritual.
Todos os nossos pensamentos, definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos, que podem ser bons ou maus. As radiações mentais, na maioria das vezes, apresentam-se como agentes R, estes estão na base da formação da substância H, presente em quase todas as perturbações neuropsíquicas, e que usa o cérebro como órgão de choque. A cólera e a irritação, a leviandade e a maledicência, a crueldade e a calúnia, a irreflexão e a brutalidade, a tristeza e o desânimo, produzem elevada porcentagem de agentes R de natureza destrutiva, em nós e em torno de nós, tanto exógenos, quanto endógenos, suscetíveis de fixarnos por tempo indeterminado em deploráveis labirintos da desarmonia mental.
Para sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmos, é preciso cogitar dos agentes R que estamos emitindo. E isso porque, quando exteriorizamos correntes de enfermidade e morte, quer atinjam ou não o alvo, voltam-se fatalmente contra nós, segundo o princípio da atração do ímã comum.
Como se vê, o pensamento é força determinante que pode destruir ou edificar a felicidade em nossas vidas.
O médico Dias da Cruz lembra passagem de Paulo à Igreja de Filipos:
Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é nobre, tudo o que é puro, tudo o que é santo, seja, em cada hora da vida, a luz dos vossos pensamentos.
7. Tratamentos para obsessão;
a. Magia/encantamentos;
Magia é a aplicação de crenças, rituais ou ações empregadas na convicção de que elas podem subjugar ou manipular seres e forças naturais ou sobrenaturais[1] É uma categoria na qual foram colocadas várias crenças e práticas, às vezes consideradas separadas tanto da religião quanto da ciência.[2]
Embora as conotações tenham variado de positivas a negativas às vezes ao longo da história,[3] o mágico “continua a ter um importante papel religioso e medicinal em muitas culturas hoje”.[4]
Na cultura ocidental, a magia foi ligada a ideias do Outro,[5] do estrangeiro[6] e primitivismo;[7] indicando que é “um poderoso marcador de diferença cultural”[8] e, da mesma forma, um fenômeno não moderno.[9] Durante o final do século XIX e início do XX, os intelectuais ocidentais percebiam a prática da magia como um sinal de uma mentalidade primitiva e também a atribuíram comumente a grupos marginalizados de pessoas.[8]
No ocultismo moderno e nas religiões neopagãs, muitos autodenominados magos e bruxas praticam regularmente magia ritual;[10] definindo magia como uma técnica para trazer mudanças no mundo físico por meio da força de vontade. Esta definição foi popularizada por Aleister Crowley (1875-1947), um influente ocultista britânico, e desde então outras religiões (por exemplo a Wicca e Satanismo LaVeyano) e sistemas mágicos (por exemplo, magia do caos) adotaram-na.
Heka (/ˈhɛkə/; em egípcio: wikt:ḥkꜣ(w);[1] Copta: ϩⲓⲕ hik;[2] também transliterado Hekau) era a deificação da magia e da medicina no Antigo Egito.[3]
b. Exorcismo;
Os termos exorcismo, esconjuração ou esconjuro (em grego: exorkismos, “ato de fazer jurar”, em latim: exorcismu) designam o ritual executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demónios) de outra pessoa que está num estado de possessão demoníaca. Pode também designar o ato de expulsar demônios por intermédio de rezas e esconjuros (imprecações). No cristianismo, o Evangelho, relata frequentemente episódios em que Jesus Cristo expulsa o demónio de
pessoas possuídas, tendo esse poder sido transmitido aos seus apóstolos, no dia da Ascensão,[1] no entanto a prática ou práticas semelhantes são bastante antigas e fazem parte do sistema de crença de muitas culturas e religiões.
Em 2015, segundo o site católico britânico Catholic Herald, houve um grande aumento mundial nos rituais de exorcismo executados por padres. O padre Marcelo Rossi disse que Edir Macedo foi responsável por chamar a atenção da Igreja Católica para o assunto. Segundo a mesma reportagem, a Renovação Carismática Católica também realiza exorcismos não oficiais.[2][3] Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
c. Expulsando demônios na Bíblia;
Passagens na Bíblia:
Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. Mateus 8:16
Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Efésios 6:11-12
Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades. Mateus 10:1
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8:38-39
Justo naquele momento, na sinagoga, um homem possesso de um espírito imundo gritou: “O que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!” “Cale-se e saia dele!”, repreendeu-o Jesus. O espírito imundo sacudiu o homem violentamente e saiu dele gritando. Todos ficaram tão admirados que perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um novo ensino – e com autoridade! Até aos espíritos imundos ele dá ordens, e eles lhe obedecem!” Marcos 1:23-27
O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. 1 Timóteo 4:1
“Não recorram aos médiuns nem busquem a quem consulta espíritos, pois vocês serão contaminados por eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Levítico 19:31
Enquanto eles se retiravam, foi levado a Jesus um homem endemoninhado que não podia falar. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. A multidão ficou admirada e disse: “Nunca se viu nada parecido em Israel!” Mateus 9:32-33.
Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: “Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome”. Ele respondeu: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago. Eu dei a vocês autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano. Contudo, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus”. Lucas 10:17-20.
Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados”. Marcos 16:17-18.
“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso e, não o encontrando, diz: ‘Voltarei para a casa de onde saí’. Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro”. Lucas 11:24-26
Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo, de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saíam deles. Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: “Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu ordeno que saiam!” Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?” Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos. Atos dos Apóstolos 19:11-16.
Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: “Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele”. O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, ao ponto de muitos dizerem: “Ele morreu”. Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé. Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: “Por que não conseguimos expulsá-lo?” Ele respondeu: “Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”. Marcos 9:25-29.
Sacrificaram a demônios que não são Deus, a deuses que não conheceram, a deuses que surgiram recentemente, a deuses que os seus antepassados não adoraram. Vocês abandonaram a Rocha, que os gerou; vocês se esqueceram do Deus que os fez nascer. Deuteronômio 32:17-18.
Portanto, que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa? Não! Quero dizer que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus, e não quero que vocês tenham comunhão com os demônios. Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 1 Coríntios 10:19-2.
Mas, quando os fariseus ouviram isso, disseram: “É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios”. Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, subsistirá seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam os filhos de vocês? Por isso, eles mesmos serão juízes sobre vocês. Mas, se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus. Mateus 12:24-28.
Compartilhar, e ali estava uma mulher que tinha um espírito que a mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a à frente e lhe disse: “Mulher, você está livre da sua doença”. Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou e passou a louvar a Deus. Lucas 13:11-13.
Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. Essa moça seguia Paulo e a nós, gritando: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam o caminho da salvação”. Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo eu ordeno que saia dela!” No mesmo instante o espírito a deixou. Percebendo que a sua esperança de lucro tinha se acabado, os donos da escrava agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades. Atos dos Apóstolos 16:16-19
Quando Jesus pisou em terra, foi ao encontro dele um endemoninhado daquela cidade. Fazia muito tempo que aquele homem não usava roupas, nem vivia em casa alguma, mas nos sepulcros. Quando viu Jesus, gritou, prostrou-se aos seus pés e disse em alta voz: “Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes!” Pois Jesus havia ordenado que o espírito imundo saísse daquele homem. Muitas vezes ele tinha se apoderado dele. Mesmo com os pés e as mãos acorrentados e entregue aos cuidados de guardas, quebrava as correntes e era levado pelo demônio a lugares solitários. Jesus lhe perguntou: “Qual é o seu nome?” “Legião”, respondeu ele; porque muitos demônios haviam entrado nele. E imploravam-lhe que não os mandasse para o Abismo. Uma grande manada de porcos estava pastando naquela colina. Os demônios imploraram a Jesus que lhes permitisse entrar neles, e Jesus lhes deu permissão. Saindo do homem, os demônios entraram nos porcos, e toda a manada atirou-se precipício abaixo em direção ao lago e se afogou. Lucas 8:27-33.
Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios que realizam sinais milagrosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo poderoso. Apocalipse 16:13-14.
“Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Mateus 25:41
d. Desobsessão no espiritismo;
NECESSIDADE DE TRANSFORMAÇÃO MORAL
-Inteligência (intelecto) // inteligência emocional // INTELIGÊNCIA MORAL
“ … Se com a inteligência comum e a inteligência emocional o indivíduo vence no mundo, com a inteligência moral ele vence a si mesmo.”
-”As virtudes cultivadas no esforço permanente de cada encarnação transformam-se em matéria prima para a maturidade psíquica e para o bem estar mental e emocional nas posteriores existências”
(Leis Morais e Saúde Mental- Sérgio Lopes cap I-1a Ed- 2007 – Ed Fco Spinelli)
TERAPÊUTICA E PROFILAXIA
Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão são problemas dolorosos e intrincados. E isso porque a grande maioria dos seres humanos tem o cérebro hipertrofiado e o coração reduzido com comprometimentos imensos perante as Leis Divinas. A falta do sentimento sublimado do amor faz-nos reféns de nossas vidas pretéritas, estacionários contumazes nas zonas cerebrais instintivas, a recapitular lembranças menos dignas, em geral na companhia dos que ferimos e magoamos. Somos ainda seres nos estágios inferiores da evolução espiritual. Por tudo quanto vimos nessas páginas, estudando a série André Luiz, é fácil concluir que todos nós, os espíritos em evolução na Terra, temos a nossa quota de obsessão, em maior ou menor grau. E todos estamos trabalhando pela própria libertação. A vista disso, de quando em quando, é sumamente importante que façamos um teste de nosso processo desobsessivo, afim de que cada um de nós observe, em particular, como vai indo o seu. Isso porque sabemos que a prece, a fluidoterapia, as reuniões práticas de desobsessão,constituem meios importantes utilizados no combate às obsessões, mas só a renovação moral , que inclui estudo, reforma íntima e exercício constante no Bem, pode produzir resultados efetivos no campo da desobsessão. Kardec enfatiza o valor da prece em todos os casos negativos de influenciação, reconhecendo-a como o mais poderoso auxiliar contra o Espírito obsessor.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Agostinho (santo) também prescreve, para aqueles que estão atacados por obsessões cruéis, um remédio infalível: a fé, o olhar dirigido o céu (Cap. V). A prece é um dos mais sublimes produtos da fé, através dela unimonos ao manancial de onde promana toda a Força Superior.
É importante a utilização do passe como instrumento terapêutico desobsessivo. Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é um transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais, esclarece Emmanuel. Jesus impunha as mãos sobre os enfermos e sofredores, inclusive os endemoniados, curando-os de seus males. Os apóstolos adotaram também essa prática.
Na fluidoterapia. utiliza-se, como complemento, a magnetização da água para favorecer os pacientes.
A reunião prática de desobsessão, onde se socorre aos desencarnados sofredores, pode ser comparada a uma clínica psiquiátrica, funcionando em nome da bondade de N. S. Jesus Cristo, conforme ressalta Efigênio S. Vitor. Em Pedro Leopoldo, no Grupo Meimei, funcionou, durante muitas décadas, uma clínica nesses moldes, tendo Chico Xavier como um dos médiuns colaboradores. Emmanuel apresentou importante estatística, com os dados obtidos em dois anos de atendimento nesse posto de atendimento, demonstrando uma vasta folha de serviços: em 206 sessões práticas, foram socorridos cerca de 1.500 companheiros desencarnados, em diferentes gradações evolutivas. Vale a pena estudar e refletir sobre esses dados.
O livro Desobsessão, da série André Luiz, é indispensável para quantos desejem dedicar-se à organização de sessões dessa natureza, com segurança. Nos centros espíritas do Brasil, dedicados à tarefa de assistência aos enfermos espirituais, esse livro tem servido de roteiro seguro para que o socorro seja feito com eficiência e aproveitamento. Particularmente, temos vinculação com essa tarefa, como médium psicofônica, há mais de 36 anos, e, em todo esse tempo, nunca deixamos de consultá-lo, quer em nossas singelas atividades, em Uberaba, onde iniciamos, quer em São Paulo, no grupo onde atuamos.
Mas, como afirmamos, a renovação moral dos pacientes é condição fundamental para a melhora efetiva dessa patologia da alma. Aprendemos, com Kardec, que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que atuam sobre ele. E, também, que todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos, sendo o orgulho o principal dos defeitos, porque é o que a criatura menos confessa a si mesma. Compreende-se, assim, que o mais poderoso meio de se combater a influência dos maus Espíritos é aproximar-se o mais possível da natureza dos bons.
Carlos Toledo Rizzini ressalta o quanto é necessária essa renovação moral para todas as criaturas, detalhando a necessidade do crescimento em estudo e na prática da boas obras. (7). A renovação moral é fruto, portanto, do estudo construtivo, com disciplina constante; do esforço em domar as más inclinações e também da ação incansável no bem, em fados outros. Através da leitura e do estudo a criatura humana amplia a sua capacidade de discernir; por suas ações, no campo da reforma interior, tendo como apoio fundamental a prática da caridade e do amor, aproxima-se o mais possível da natureza dos bons. Em Ação e Reação, a ênfase é a mesma, pois reúne na renovação mental a necessidade do estara assimilação do conhecimento superior, e do serviço ao próximo para a colheita de simpatia, sem os quais todos os caminhos da evolução surgem complicados e difíceis de ser transitados.
Clarêncio resumiu esse programa afirmando: ….a realização nobre exige três requisitos fundamentais a saber: primeiro desejar; segundo saber desejar; e terceiro, merecer ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo.
Sem dúvida, é bastante válida a Psicologia do desabafo, quando o paciente expulsa os resíduos tóxicos de sua vida mental. Nesse sentido, é importante o apoio de criaturas dispostas a ouvi-lo, tanto os que o fazem no atendimento fraterno dos centros espíritas, quanto os especialistas idôneos que lhe possibilitam a aquisição de novas formas-pensamentos, amparando seu cérebro doente. Mas, infelizmente, são bem poucos ainda os profissionais que têm coragem de sair a campo, em busca de trabalho conjunto com os centros espíritas para a resolução do problema obsessivo. Por isso, nossa admiração pelo trabalho da psicóloga, dra. Edith Fiore, que não apenas estuda o assunto, como procura divulgá-lo, através de livros, expondo os efeitos nefastos da obsessão. Embora suas colocações não sejam as mesmas da doutrina que abraçamos, e nem poderia ser porque não a conhece, reconhecemos a importância do seu testemunho, em favor da inclusão de tão grave problema na pauta de estudos das universidades.
André Luiz, em Paz e Renovação, lembra que não existe trabalho desobsessivo sem reajuste da emoção e da idéia, porquanto todos os processos educativos e reeducativos da alma se articulam, de início, no pensamento.
Na verdade – O pensamento é tão significativo na mediunidade quanto o leito é importamte para o rio.
Clara recomendou muita cautela com a palavra, nos momentos de tensão alta de nosso mundo emotivo, afim de que a nossa voz não se desmande em gritos selvagens ou em considerações cruéis, porque podemos estar semeando antipatia e revolta em nosso próprio prejuízo. E Clarêncio enfatizou que – Toda antipatia conservada é perda de tempo, em muitas ocasiões acrescida de lastimáveis compromissos.
Em A Loucura Sob Novo Prisma, Bezerra de Menezes também ressalta que se deve procurar elevar os sentimentos do obsediado, incutindo-lhe na alma a paciência, a resignação e o perdão para o seu perseguidor, e o desejo humilde de obtê-lo se, em outra existência, foi ele o ofensor.
Vemos, assim, que a caridade deve ser exercida como norma básica de saúde mental. Servindo à coletividade com abnegação, o obsedado cresce moralmente e torna-se mais forte que o obsessor, ensinando-lhe o caminho do perdão.
Certa vez, uma senhora disse a Chico Xavier: Chico, estou com espírito ruim encostado em mim, tira ele de mim. A resposta veio rápida: Uai, gente, para que tirar o Espírito? Vamos evangelizar-nos todos juntos, encarnados e desencarnados. Essa é a proposta a que todos nós devemos estar atentos.
Na terapêutica, não podem ser esquecidas as medidas profiláticas para se evitar o surgimento do processo obsessivo e, entre elas, a primordial é a sintonia da onda do Cristo no coração. No livro Paz e Renovação, bem como no Evangelho Segundo o Espiritismo, e muitas outras obras espíritas de valor, encontramos excelentes indicações dessas atitudes profiláticas. Tempo virá em que a mediunidade será, para o ser humano, imenso campo de trabalho construtivo e realização superior. Compreendendo que o pensamento é tão significativo na mediunidade quanto o leito é importante para o rio, o ser humano procurará, então, disciplinar cada idéia, cada ideoplastia, a serviço do Bem, sem perda de tempo em coagulá-Ias em prisões mentais conhecidas como antipatias, mágoa, cólera, vingança e outros quis tos enfermiços.
Como muito bem lembra Elzio Ferreira de Souza: A medida que o médium depura sua mente e emprega suas faculdades no serviço ao semelhante, sem exigência de qualquer retribuição, seja qual seja a sua espécie, ele vai centrando-se e, paradoxamente, abrindo-se cada vez mais para a descida de Forças Superiores sobre si mesmo e sobre a humanidade. E ainda ressalta: A essência da mediunidade, tomado o termo no sentido amplo, é que ela se constitui em um sentido novo de percepção do Divino na Natureza e no Homem, pelo qual não só se permite ao indivíduo antever realidades de um mundo diverso, suas conexões com este, mas levá-lo a ultrapassar a relatividade de corpo e mente (razão) para alcançar integrações cada vez mais amplas e unitivas com um Poder maior que é Força, Luz, Amor e Vida, que anseia, por assim dizer, em dar-se ao homem para que possa ele conhecer-se na unidade que a tudo une.
8. Bases da operação do pensamento
f. Plasma divino;
Desde 18 de abril de 1857, com o surgimento de O Livro dos Espíritos e, consequentemente, da própria Doutrina Espírita, tomamos conhecimento da existência de um elemento primordial que dá origem aos envoltórios perecíveis do Espírito, corpo e perispírito e de suas inumeráveis combinações com a matéria, sendo suscetível de produzir uma variedade infinita de coisas, das quais conhecemos apenas uma pequena parcela. A esse elemento, os Instrutores Espirituais denominaram fluido cósmico ou universal, ou primitivo. Neste século, os Espíritos Superiores, por intermédio de Chico Xavier, ampliaram as informações: o Universo é constituído de um elemento básico, primordial – o fluido cósmico ou plasma divino, também compreendido como hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. O Universo é a projeção da Mente Divina, ensinam. (Sobre essa substância original, operam os grandes Devas da teologia mdu ou os Arcanjos de outras concepções religiosas, construindo habitações cósmicas, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas. É a chamada Co-Criação, em plano maior das Inteligências Gloriosas agregadas ao Pai, em processo de comunhão indescritível. Essas co-criações podem perdurar por milênios e milênios, mas, por fim, desgastam-se, sofrendo transformações, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-cnar, mas só Deus é o Criador de toda a Eternidade. E aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito. No século passado, em mensagem dirigida a Allan Kardec, o espírito de Galileu assim se expressou:
Revestida de leis e do impulso inicial inerente à sua própria formação, a matéria cósmica primitiva deu sucessivamente nascimento a turbilhões, a aglomerações desse fluido difuso, a acumulações de matéria nebulosa que se dividiram, elas mesmas, e se modificaram ao infinito, para dar à luz, nas regiões incomensuráveis da extensão, diversos centros de criações simultâneas ou sucessivas. Referia-se Galileu à formação do Universo a partir de vários centros de criações simultâneas e sucessivas, ou seja, de vários big-bangs ao mesmo tempo ou um após o outro. Desde os anos 40, os cientistas aperfeiçoam uma teoria, segundo a qual o universo nasceu há cerca de 15 bilhões de anos numa explosão colossal, que catapultou matéria e energia em todas as direções. Com o passar do tempo, formaram-se as galáxias, estrelas e planetas. Como o universo continua em expansão, um dia as estrelas consumirão todo o seu combustível e se extinguirão para mergulhar no espaço em uma eterna escuridão gelada. Seria o Big Crunch, a Grande Implosão, o fim da vida. A esse estudo têm se dedicado Stephen Hawking, Penrose, Fred Hoyle, e tantos outros físicos de renome.
A partir de 1983, porém, a teona doBig-Bang sofreu uma radical mudança. Andrei Linde, um dos mais importantes astrofísicos da atualidade, trabalhava no renomado Instituto Lebedev de Física, quando formulou uma nova e revolucionária teoria, a da expansão inflacionária do universo. Segundo Linde, o universo é formado por uma sopa de plasma, onde não existem átomos, nem elétrons, nem galáxias.
A densidade e a temperatura do plasma são variáveis. Existem regiões do universo mais ou menos densas e esta densidade também varia com o tempo. Quando um determinado ponto do universo atinge densidade máxima, este ponto explode num Big-Bang para criar uma região do espaço que chamamos universo-bolha. Nesse momento, a teoria original do Big-Bang torna-se válida, pois a bolha em expansão começa a produzir partículas subatômicas e depois átomos, galáxias e estrelas. (6) Linde explica que existem outras porções do Universo onde o plasma ainda não atingiu essa densidade. A partir do momento que atingirem, delas surgirão novos universos bolhas. Do mesmo modo, existem regiões que no passado já se expandiram, criando outros universos-bolhas paralelos ao nosso . É um processo eterno de expansão universal, onde a região em que vivemos é apenas uma entre inúmeras que já existiram e ainda surgirão. Segundo enfatiza: Não há fim na evolução do universo, a inflação jamais acaba. Cada Big-Bang pode criar um universo-bolha com suas próprias leis físicas. A revelação de Galileu de que existem vários centros de criações sieas e sucessivas está, portanto, de acordo com a teoria do universo inflacionário de Andrei Linde.
Galileu, na mesma mensagem a Kardec, cunhou também uma frase interessante: O Universo nasceu criança. Hoje, a expressão “universo-bebê” é fartamente empregada pelos físicos . Interessante também a explicação de André Luiz de que as regiões do universo atingem o ponto de densidade máxima sob o comando do Pensamento Divino, fato ainda não detectado pela maioria dos cientistas terrenos. É oportuno lembrar aqui a Teoria das Supercordas, o mais, novo suporte teórico da Física para o tão procurado elemento primordial constitutivo de todas as coisas. Essa teoria parece conter previsões revolucionárias, como a existência de um grande número de novas partículas, de novas dimensões, além das três já conhecidas e do tempo, e as possibilidades de existência de uma nova forma de matéria no universo com a qual só é possível contato através da gravitação. Segundo essa teoria, as partículas atômicas e subatômicas seriam cordas energéticas: a vibração de um grupo de cordas, de forma peculiar, por exemplo, formaria um elétron, outra forma específica, um nêutron, e assim por diante. A forma fundamental seria a corda estável, no caso da visão dos Espíritos, o elemento-chave do fluido cósmico universal ou plasma divino . Não há ainda laboratório no Planeta, mesmo os mais sofisticados, capaz de comprovar essa teoria. Aguardemos o futuro, porque muito mais ainda teremos, através do avanço da Ciência.
Mas o que gostaríamos de destacar, ainda com relação ao pensamento, é a co-criação em plano menor, aquela que está afeta às Inteligências humanas. Por sua capacidade criativa original, os Espíritos utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, para formar o seu perispírito ou psicossoma e cunhar as civilizações que abrangem, no mundo, tanto a Humanidade encarnada quanto a desencarnada, ficando compreendidos, entre essas criações, os lugares sombrios de purgação infernal, onde aglutinam-se as mentes desequilibradas ou criminosas.
André Luiz deixa claro que: na essência, toda, a matéria é energia tornada visível e que toda energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Principio.
Assim, no plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar mais diretamente com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável a nascer-lhe da própria alma, o seu pensamento contínuo. Este seria um subproduto do fluido cósmico, de modo que, através dele, a criatura assimilaria a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido vivo é a matéria mental de fundamental importância para o entendimento do homem e dos seus canais de comunicação com os outros seres do universo, com o seu Criador e a sua própria essência divina.
g. Matéria mental;
Pensar é criar. E toda criação tem vida e movimento, ± I ainda que ligeiros, impondo responsabilidade à
consciência que a manifesta. E como a vida e o movimento se vinculam aos princípios de permuta, é indispensável analisar o que damos, a fim de ajuizar quanto àquilo que devamos receber. Desse modo – Nossos pensamentos geram nossos atos e nossos atos geram pensamentos nos outros. O que equivale a dizer: Onde há pensamento, há correntes mentais e onde há correntes mentais existe associação. E toda associação é interdependência e influenciação recíproca. (Esses conceitos são de fundamental importância no estudo da mediunidade e, consequentemente, da obsessão, porque todo processo de intercâmbio baseia-se nos alicerces da mente e seu prodigioso campo de radiações.
Para Emmanuel – A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os. E são esses raios ou radiações mentais a fonte de treva ou luz, felicidade ou desventura, céu ou inferno, onde quer que o Espírito esteja. Com os Espíritos Superiores, aprendemos a ver o Universo como um todo de forças dinâmicas, expressando o Pensamento do Criador. E, procurando superpor-se a essa grandeza, encontramos a matéria mental que nos é própria, através da qual plasmamos as criações temporárias que somos capazes de realizar, segundo o progresso espiritual alcançado. Na verdade, o fluido cósmico ou plasma divino é a base mantenedora de todas as associações da forma, em todos os escaninhos do Cosmo.
Nos fundamentos da Criação, vibra o pensamento imensurável do Criador e sobre esse plasma divino vibra o pensamento mensurável da criatura, a constituir-se no vasto oce
ano de força mental em que os poderes do Espírito se manifestam, ressalta André Luiz. No além, é possível catalogar os raios super-ultra-curtos, em que se exprimem as legiões angélicas, através de processos ainda inacessíveis à nossa observação; as oscilações curtas as e longas em que se exterioriza a mente humana e também as ondas fragmentárias dos animais, que arrojam de si mesmos apenas raios descontínuos.
O pensamento é, assim, o alicerce vivo de todas as realizações no plano físico e extrafísico. Ele ainda é matéria, mas em nova escala vibratória, constituído de elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, elementos esses que transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo. A falta de terminologia adequada para designá-los, André Luiz emprega a mesma nomenclatura terrestre: núcleons, prótons, nêutrons, pósitrons, elétrons ou fotônios mentais. As características dos pensamentos, que são perfeitamente mensuráveis, segundo informações dos Espíritos, estão subordinadas ao tipo de excitação a questão submetidos os átomos mentais. Estamos informados de que se a excitação nasce dos diminutos núcleos atômicos, em situações extraordinárias da mente, quais sejam as emoções profícuas, as dores indizíveis, as laboriosas e aturadas concentrações de força mental ou as súplicas aflitivas, o domínio dos pensamentos emitirá raios muito curtos ou de imenso poder transformador do campo espiritual, teoricamente semelhantes aos que se aproximam dos raios gama. E por isso que as grandes almas, aquelas que exemplificam nos árduos caminhos da abnegação, com o amor renúncia, têm tanto poder transformador.
A partícula de pensamento, pois, como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, éuma unidade na essência, a subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetórias dos componentes que integram… Assim, a partícula do pensamento, embora viva e poderosa na composição em que se derrama do espírito que a produz, é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem ou para o mal.
Desse modo, o fluido resultante pode ser ácido ou balsâmico, doce ou amargo, vivificador ou mortífero, segundo a força do sentimento que o produziu, dando ensejo aos raios da emoção ou do desejo.
É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavel mente acelerado.
h. Correntes de pensamentos;
CORRENTES DE PENSAMENTO
O cérebro humano, por sua extraordinária capacidade, biopsíquica, desenvolve funções de gerar, excitar, transformar, induzir, conduzir, exteriorizar, captar, assimilar e desassimilar a energia mental, qual se fora um gerador elétrico comum. Porém ultrapassa de muito essas funções, porque não apenas cria força eletromotriz e consequentes potenciais magnéticos, como também tem recursos, através de sua sofisticada rede neuropsíquica orgânica e perispiritual, de emissão e recepção, qual se fora estação de radiotelefonia e televisão. Mais que essas estações, também, porque é capaz de produzir ainda outros valores ignorados na Terra.
E aí, nesse microcosmo -prodigioso, que a matéria mental, ao impulso do Espírito, é manipulada e expressa, em movimento constante, produzindo correntes que se exteriorizam, no espaço e no tempo, conservando mais amplo poder na aura da personalidade em que se exprime, através de ação e reação permanentes, como acontece no gerador comum, em que o gerador energético atinge o valor máximo, segundo a resistência integral do campo, diminuindo de intensidade na curva de saturação.
As correntes mentais, constituídas à base dos átomos de matéria da mesma grandeza, circulam por todas as regiões do cérebro.
Sendo o pensamento força sutil e inexaurível do Espírito, podemos categoriza-Io, assim, à conta de corrente viva e exteriorizante, com faculdades de auto-excitação e autoplasticização inimagináveis. Como já vimos, toda partícula da corrente mental nasce das emoções e desejos recônditos do
Espírito, através dos fenômenos íntimos e profundos da consciência, cuja estrutura ainda não conseguimos abordar, se desloca, produzindo irradiações eletromagnéticas, cuja frequência varia conforme os estados mentais do emissor. A corrente mental vitaliza todos os centros da alma, passa por todos os centros endócrinos e plexos nervosos que sustentam ávida orgânica, realizando, assim, o Espírito serviços de emissão e recepção, ou de exteriorização dos próprios pensamentos, com a assimilar pensamentos alheios.
Como é natural, existem correntes mentais construtivas e destrutivas. Para que o homem produza resultados harmônicos e construtivos, com os seus pensamentos, é indispensável seguir a trilha do trabalho ordenado, tendo por base a lei áurea – não fazer ao s outros o que não gostaria para si mesmo. Onde quer que o Espírito esteja, e chamado a servir no benefício de todos. Se emite forças mentais desajustadas e destrutivas, automaticamente atrai as mesmas forças, caindo em vórtices terríveis que o levam, muitas vezes,à prática de delitos e ações nefastas. Assim, correntes vivas fluem do íntimo de cada Inteligência, a se lhe projetarem no halo energético, estruturando-lhe a aura ou fotosfera psíquica, a base de cargas magnéticas constantes, conforme a natureza que lhes é peculiar, de certa forma semelhantes às correntes de força que partem da massa planetária, compondo a atmosfera que a envolve. A alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.
Como compreender os mecanismos pelos quais são produzidas as correntes mentais? Qual o centro de força do perispírito responsável por sua distribuição, uma vez que a produção está adstrita ao Espírito e ao corpo mental, por enquanto inacessíveis à nossa abordagem? Mesmo do perispírito só temos uma pálida ideia, através da revelação de obras como as do acvo que comentamos.
André Luiz explica que o centro coronário, através de todo um conjunto de núcleos do diencéfalo, possui no tálamo vasto sistema de governança do Espírito.
i. A aura humana;
Muitos de nós, já viram ou tiveram notícia de quadros famosos que apresentam pinturas de místicos e santos, com auréolas em torno de suas cabeças, ou, às vezes, circundando o corpo todo.
Essa luminiscência faz parte de uma crença antiga na existência da aura, camada luminosa que circunda tanto objetos inanimados como seres vivos e que pode ser detecta da por algumas pessoas dotadas de particular sensibilidade visual.
Os teosofistas distinguem nela cinco subdivisões: a aura da saúde, a vital, a cármica, a do caráter e a espiritual. Segundo a coloração com que a enxergam, os sensitivos podem descrever os estados emocionais das criaturas observadas. Assim, a vermelho-escura indicaria paixão e sensualidade; a vermelho brilhante, cólera (ira) e força; a marrom, avareza; a amarela, atividade intelectual superior; a púrpura, espiritualidade; a rosa, afeição, amor; a azul, devoção espiritual; a verde em tom mais profundo, simpatia; mais claro, falsidade e ciúme, e assim por diante. Essas informações foram colhidas de alguns poucos sensitivos que, em seu estado normal, são capazes de distinguir essa luminescência que envolve as pessoas e parece emanar dos refolhos da própria alma. Mas foi com o barão Karl von Reichenbach (1788-1869) que se realizaram os primeiros trabalhos para se conhecer melhor essa luminescência, que ele denominou eflúvios ódicos. A designação vem da palavra “od”, que em sânscrito significa o que penetra tudo.
Mas muitos outros investigadores, como o comandante Darget e o dr. Luys, no final do século passado, interessaram-se também pela pesquisa dos eflúvios ódicos, buscando a comprovação física da aura através de aparelhos especialmente construídos para essa finalidade.
O médico inglês Walter Kilner, no final do século passado e começo deste, interessou-se pelo fenômeno da aura e procurou também desenvolver um método para investigá-la, uma vez que estava convencido de que poderia fazê-lo, se utiliza esse anteparo colorido e substâncias adequadas que auxiliassem a visão.
Descreveu, no entanto, dezenas de auras vistas com o auxílio do anteparo de dicianina (substancia extraída do carvão), e, ao que parece, em concentrações variáveis.
Teve oportunidade de reparar diferenças, quanto à forma, entre o homem e a mulher, mas, em ambos, observou três partes distintas:
1) O duplo etérico: uma camada escura, transparente e uniforme, que rodeia todo o corpo com espessura em torno de 0,5 a 1 cm. Por vezes, ela pode ser invadida pela segunda camada áurica.
2) A aura interna. Esta camada áurica é a mais densa, mostra-se relativamente uniforme em espessura, seja na frente, nas costas ou nos lados, seguindo os contornos do corpo. Inicia-se normalmente a partir do duplo etérico, porém, pode parecer, às vezes, como se estivesse em contato com a superfície do corpo.
3) A aura externa, que começa logo depois da aura interna, tem espessura variável. Está no extremo limite externo visível da aura. Eventualmente, essas duas últimas camadas podem aparecer fundidas em uma só auréola.
Em 1939, Semyon Kirlian e sua mulher Valentina, trabalhando em Krasnodar, União Soviética, descobriram um efeito especial a partir de eletrografias. Mais tarde, em 1958, enviaram relatório ao mundo científico, a respeito de suas descobertas, mas foi a partir de 1970, com a publicação do livro Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro, de Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, que o chamado efeito Kirlian foi mais amplamente difundido no mundo.
Belíssimas fotos foram obtidas em vários centros de investigação, inclusive no Brasil, com o pioneirismo do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), que obteve a primeira kirliangrafia do ocidente, uma eletrografia tirada da folha de um chuchu.
O avanço das pesquisas revelou, porém, que muitos fatores, muitas variáveis, interferem no efeito kirlian, dificultando a repetição dos achados e invalidando a proposta de pesquisa científica da aura. É preciso aprimorar ainda mais a aparelhagem e o método para que as interferências sejam eliminadas.
Certamente, haveria muito mais a dizer sobre esse halo energético, mas esse desdobramento precisa ser feito em volume á parte, dada a exiguidade de espaço.
Vejamos agora o que as meaporta sobre o assunto. Ensina André Luiz:
Considerando-se toda célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por tecidos de força, em torno dos corpos que as exteriorizam.
Por isso, todos os seres vivos, dos mais rudimentares aos mais complexos, revestem-se desse halo energético, dessa espécie de atmosfera eletromagnética que tem características próprias conforme a espécie.
No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando as emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura.
Assim é que o halo vital de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos quanta de energia e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhes imprime frequência e cor peculiares.
j. Glândula pineal;
No século XVII, Descartes ensinava que a glândula pineal ou epífise era a sede da alma, no entanto, até bem pouco tempo, essa estrutura cerebral era considerada simplesmente como um órgão vestigial, um resquício do fotorreceptor dorsal ou terceiro olho presente em certos vertebrados inferiores.
Conhecida das religiões orientais, ela era particularmente festejada entre os hindus como a flor de mil pétalas, um dos elementos orgânicos primordiais que faz a ponte de ligação com o chacra coronário.
Mas, foi somente a partir de 1945, com o lançamento do livro Missionários da Luz, recebido pelo médium Chico Xavier, que tivemos mais amplas revelações quanto às funções da epífise no complexo mente-corpo-espírito. Nele, o autor espiritual, André Luiz, pseudônimo de respeitado médico e cientista do início do século, falecido no Rio de Janeiro, expressando-se na condição de repórter e pesquisador do além, explica as funções, até então descidas, da pineal. Não se trata de órgão morto, mas poderosa usina, esclarece. Estas e outras informações preciosas podem ser resumidas em cinco itens.
1) A epífise segrega hormônios psíquicos ou unidades-forças que controlam as glândulas sexuais e todo o sistema endócrino. Na puberdade, acorda no organismo do homem as forças criadoras. Aos 14 anos, aproximadamente, deixa a ação frenadora que exercia durante o perídio infantil e recomeça a funcionar como fonte criadora e válvula de escapamento. A partir da adolescência promove, portanto, a recapitulação da sexualidade, faz com que a criatura examine o inventário de suas paixões vividas em ou
tras existências, que reaparecem, sob fortes impulsos. Tanto os cromossomos da bolsa seminal como os do ovário recebem sua influência direta e determinada. Desse modo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta.
2) Preside os fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão do corpo etéreo.
3) Comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade, graças à sua ligação com a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital.
4) Supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos.
5) E a glândula da vida mental, uma das principais expressões físicas do chacra coronário, o mais importante centro vital do psicossoma ou corpo espiritual, instalado no diencéfalo.
Como vemos, em 1945, André Luiz revelou funções extremamente especializadas e importantes da pineal na economia orgânica, não suspeitada ainda pela pesquisa médica terrestre e foi além, afirmando que estamos plugados a outras dimensões da vida, através dela.
Durante a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento, entram em jogo vibrações sutilíssimas, não detectadas por aparelhos comuns. A Providência Divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a uma ervilha e com o formato de um pínus, que não pesa mais de l00 mg, de uma extraordinária potencialidade laboratorial que permite traduzir estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato com o mundo espiritual – que é eterno, primitivo, preexistente.
Estudos realizados na década de 1960 demonstraram que apesar de ter a pineal perdido a capacidade de receber impulsos luminosos diretos e de gerar respostas diretas à luz, como acontece nos vertebrados inferiores, ela evoluiu para uma nova estrutura composta por um novo tipo de célula, o pinealócito, que recebe uma nova inervação, já descrita acima, que lhe confere a capacidade de sintetizar a melatonina, seu hormônio principal. Demonstrou-se, por outro lado, que a calcificação, presente em praticamente todo indivíduo adulto, não interfere na função pineal, porque a produção circadiana de melatonina não sofre alteração com a idade dos indivíduos adultos pesquisados. Tudo indica que a diminuição da taxa de melatonina nos idosos esteja ligada a outros fatores, porque constatou-se que em animais velhos que não sofrem esse processo de calcificação ela também diminui.
9. Conclusão.
Sobre obsessão nas obras de André Luiz e em alguns outros livros deste extraordinário acervo, canalizado dos Céus para a Terra através do médium do século, Chico Xavier que diz, são questões que o futuro nos mostrará em sua amplitude, com as chaves necessárias para a solução do problema. Esperamos que, um dia, as obsessões e suas psicopatologias sejam estudadas pela Ciência oficial, especialmente nas áreas da saúde. Kardec anteviu esse momento:
Um dia, (as obsessões) virão a ser, incontestavelmente, arroladas entre as causas patológicas que requerem, por sua natureza especial, especiais meios de tratamento, revelando a causa do mal, o Espiritismo rasga nova senda à arte de curar e fornece à Ciência meio de alcançar êxito onde, até hoje, quase sempre, vê malogrados seus esforços, ela razão de não atender à causa do mal.
O dr. Inácio Ferreira passou, cerca de 50 anos de sua carreira como médico, comprovando essa verdade antevista por Kardec. Em Novos Rumos à Medicina , ele afirma: Com os ensinamentos; com as sessões de investigações processadas com critério e rodeadas de todas as garantias; com médiuns sinceros, criaturas boas e simples, tivemos explicações para quase todas as falhas encontradas e , em pouco tempo, onde trabalhávamos, produzia uma média de curas, como poucos, em condições idênticas, em
bora com deficiência de tudo. Mesmo com dificuldades de aparelhagens, de fisioterapia, de enfermeiros e remédios, dr. Ferreira obteve resultados altamente positivos.
Com o tempo, acreditamos, haverá uma nova classificação das doenças mentais, com a introdução de modificações importantes que levem em consideração as obsessões e suas psicopatologias.
Para tanto, devem influir os médicos espíritas e espiritualistas, bem como os outros profissionais ligados à área de saúde mental, apresentando estudos e pesquisas, que contribuam para essa reclassificação.
A ciência mental, com bases nos princípios que presidem à prosperidade do Espírito, será,no grande futuro, o alicerce da saúde Humana.