Centro Espírita Leocádio Corrêia

Evangelização, Cura e Desobsessão

  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato
  • Início
  • O Centro
  • Horários
  • Biblioteca Virtual
  • Palestras
  • Artigos
    • Lista de Artigos
    • Ver Categorias
  • Links
    • Kardec
    • Revista Espírita
    • Biografias
    • Rádio
  • Contato

Artigo

Centro Espírita Leocádio Corrêia > Artigos > BIBLIOTECA VIRTUAL > Artigos de Outras Revistas > O Obsidiado Gadareno

O Obsidiado Gadareno

celcArtigos de Outras Revistas4 de agosto de 2014 Leave a comment0

Os evangelistas Marcos (5, 1 a 20) e Mateus (8, 28 a 34) denominam os habitantes de gerasenos. Lucas (8, 26 a 39) refere-se a um local chamado Gergesa, antiga cidade à beira do lago de Genesaré.

O nome é talvez artificial, consideram alguns, e seria devido a Orígenes.

Amélia Rodrigues, espírito, narra o fato, referindo-se a Gergesa ou Gerasa, cidade da Transjordânia, cujos domínios não vinham até o lago de Genesaré, distando dali cerca de 2 km, tendo sido fundada por Alexandre Magno, segundo uns ou Antíoco IV Epífanes.

De qualquer forma, dentre aqueles que estudam os Evangelhos, há os que consideram Gergesa como a cidade que preferiu os suínos em detrimento de Jesus.

O fato é narrado após o asserenar da tempestade no lago. Jesus fez aproar a barca e se encaminhou em direção de Gerasa, pertencente à Decápole, isto é, ao complexo de dez cidades que estava sob o domínio romano.

Ele programara aquela visita, há algum tempo, acalentando a possibilidade de ali levar a Boa Nova.

Era o mês de Kislev (dezembro/janeiro), portador de tempestades. Amanhecia, e a noite se despedia, beijada pela madrugada, quando eles chegaram: Jesus e os doze.

Mal haviam galgado o barranco, Jesus à frente, quando uma figura medonha veio-lhes ao encontro.

Era um sítio ermo, onde se cavavam sepulturas e ele parecia ter surgido do meio delas.

Estava nu e agitava em ambos os pulsos e nos pés pedaços de correntes de ferro partidas, pendentes de aros de algemas.

Deveria ter sido preso e se libertado, graças às fúrias que o atormentavam.

Trazia a cabeleira desgrenhada, a barba maltratada e todo ele eram equimoses e hematomas, que denunciavam o horror em que vivia.

Era o fantasma de um homem que parecera ter sido despertado pela Luz que viera da Galiléia.

De um salto, erguera-se de um túmulo vazio, dominado pelos espíritos que o maltratavam.

Esse homem, bem jovem entregara-se aos prazeres de toda ordem, dilapidando o patrimônio familiar.

De tal sorte cometera loucuras e desvarios que seus pais sucumbiram à vergonha e horror. Por isso, detestavam-no os parentes.

Abandonara o lar, a família, a parentela e quando as sombras o subjugaram, passou a andar pela cidade, como um louco. Gritava, dizia injúrias, ria e gesticulava, tornando-se ameaça para as gentes, que passaram a temê-lo.
Julgado pela mente popular como filho ingrato, que fizera aconchego. Não sabe bem o que lhe aconteceu mas pelo estado deplorável do corpo nu, o gosto de sangue na boca, aquilata das agruras que passou.

Está livre! Calmo, pede ao Mestre que o deixe segui-lO.

Volta para tua casa. – Determina Aquele – e conta quão grandes coisas te fez Deus.

Antes que o infeliz atingisse a cidade, os guardadores de porcos o fizeram. Com cores fortes, narraram ter visto a calma do louco, falando a um homem poderoso, a quem culpavam pelo prejuízo financeiro.

O que expulsava os demônios, diziam aos proprietários dos porcos, arruinaria a todos.

Não te queremos ouvir! Volta para de onde vieste!

Jesus desceu a ladeira, retornou à barca e com os doze se foi.

O homem liberto, feliz, contava a todos o que lhe sucedera. Readquirira a razão, o domínio de si.

Contudo, ninguém o desejava ouvir e lhe disseram que fosse ter com Aquele que lhes havia trazido grande prejuízo, desde que para ele valia tanto.

Vai-te. Esquece-te de nós.

Uma pedra o atingiu e o sangue tingiu o chão.

Maldita sejas, Gerasa, que expulsas os filhos e desprezas os Enviados de Deus!

Ele ainda vagou pelas terras da Decápole, narrando o que lhe fizera o Galileu. Depois, foi para o outro lado do mar e juntou-se à multidão para seguiu-lO, e ouvi-lO pelos vales, cidades, lagos e mares.

Reconhecido, passou a auxiliar aos sofredores, sofredor que também fora.

Amado, amou, trabalhando pela implantação do Reino de Deus.

Na sua curta estada naquelas plagas, o Poder do Amor transformou um endemoninhado em propagador do Seu Reino.

E o povo, liderado pelos donos dos porcos, foi ao encontro do Mestre e os seus. Com pedras nas mãos, O expulsaram.

 

Bibliografia:
01. FRANCO, Divaldo Pereira. O obsidiado geraseno. In:___. As primícias do reino. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Rio de Janeiro: Sabedoria, 1967.

02. ROHDEN, Huberto. Os possessos de Gerasa. In:___. Jesus Nazareno. 6. ed. São Paulo: União Cultural. v. I, pt. 2, cap. 60.

03. SALGADO, Plínio. Os gadarenos. In:___. Vida de Jesus. 21. ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1978. pt. 2, cap. 52.

04. VAN DER OSTEN, A . Gádara. In:___. Dicionário enciclopédico da bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
05. ______. Gérasa. Op. cit.

06. ______. Gerasenos. Op. cit.

07. ______. Gérgesa. Op. cit.

 

Jornal Mundo Espírita – janeiro/2005

 

Share This Post!

Leave a Reply

Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

A esposa de Zacarias

Coragem – Apoio vivo

Pesquisar Assunto

Categorias

Tópicos recentes

  • Centros Vitais, palestra 27.4.22
  • A Causa Real e a Cura das Doenças – Dr. Bach
  • Por que a dor é necessária? – palestra 30.3.22
  • Reconciliar com os inimigos – palestras 23.02.22
  • O Consolador Prometido – palestra 26.01.22

Arquivos

  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • janeiro 2022
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • janeiro 2021
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • agosto 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • fevereiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • maio 2019
  • março 2019
  • janeiro 2019
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • março 2017
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • abril 2016
  • fevereiro 2016
  • janeiro 2016
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • setembro 2013
  • junho 2013
  • maio 2013
  • março 2013
  • fevereiro 2013
  • janeiro 2013
  • dezembro 2012
  • outubro 2012
  • junho 2012
  • abril 2012
  • março 2012
  • fevereiro 2012
  • janeiro 2012
  • dezembro 2011
  • novembro 2011
  • outubro 2011
  • setembro 2011
  • junho 2011
  • maio 2011
  • abril 2011
  • fevereiro 2011
  • janeiro 2011
  • dezembro 2010
  • setembro 2009
  • março 2009
  • fevereiro 2009
  • agosto 2008
  • março 2008
Conhecer o Passado, Trabalhar no Presente e Construir o Futuro
O espiritismo não será a religião do futuro, e sim o futuro das religiões.
Copyright CELC