Orai e Vigiai, palestra 26.10.22
ORAI E VIGIAI
CELC 26.10.22 – Fernando
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INTRODUÇÃO
Todo tema de palestra é escolhido sempre pensando em alguma dificuldade e o tema dessa palestra foi pensado pela necessidade de ter um pensamento de fé e compreensão da vontade de Deus em nossas vidas
Há diversos trechos na bíblia que fala do orar e vigiar (Mc 13:33; 14:38; Lc 22:40,46; Ef 6:18) a passagem que iremos estudar hoje está em Mateus 26:36-44 (Mc 14:32-42; Lc 22:39-46; Jo 18:1)
“36 Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmane, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. 37 E levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então lhes disse: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39 E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. 40 Voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Assim nem uma hora pudestes vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42 Retirando-se mais uma vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43 E, voltando outra vez, achou-os dormindo, porque seus olhos estavam carregados. 44 Deixando-os novamente, foi orar terceira vez, repetindo as mesmas palavras.”
No livro Boa Nova, no capítulo 27, Humberto de Campos narra essa passagem de Jesus:
Terminada a oração, acompanhada em religioso silêncio por parte dos discípulos, Jesus se retirou em companhia de Simão Pedro e dos dois filhos de Zebedeu para o Monte das Oliveiras, onde costumava meditar. Os demais companheiros se dispersaram, impressionados, enquanto Judas, afastando-se com passos vacilantes, não conseguia aplacar a tempestade de sentimentos que lhe devastava coração.
O crepúsculo começava a cair sobre o céu claro. Apesar do sol radioso da tarde a iluminar a paisagem, soprava o vento em rajadas muito frias.
Daí a alguns instantes, o Mestre e os três companheiros alcançavam o monte povoado de árvores frondosas que convidavam ao pensamento contemplativo.
Acomodando os discípulos em bancos naturais que as ervas do caminho se incumbiam de adornar, falou-lhes o Mestre, em tom sereno e resoluto:
– Esta é a minha derradeira hora convosco! Orai e vigiai comigo, para que eu tenha a glorificação de Deus no supremo testemunho!
Assim dizendo, afastou-se, a pequena distância, onde permaneceu em prece, cuja sublimidade os apóstolos não podiam observar. Pedro, João e Tiago estavam profundamente tocados pelo que viam e ouviam. Nunca o Mestre lhes parecera tão solene, tão convicto, como naquele instante de penosas recomendações. Rompendo o silêncio que se fizera, João ponderou:
– Oremos e vigiemos, de acordo com a recomendação do Mestre, pois, se ele aqui nos trouxe, apenas nós três, em sua companhia, isso deve significar para o nosso espírito a grandeza da sua confiança em nosso auxílio.
Puseram-se a meditar silenciosamente. Entretanto, sem que lograssem explicar o motivo, adormeceram no decurso da oração.
Passados alguns minutos, acordavam, ouvindo o Mestre que lhes observava:
– Despertai! Não vos recomendei que vigiásseis? Não podereis velar comigo, um minuto?
João e os companheiros esfregaram os olhos, reconhecendo a própria falta. Então, Jesus, cujo olhar parecia iluminado por estranho fulgor, lhes contou que fora visitado por um anjo de Deus, que o confortara para o martírio supremo. Mais uma vez lhes pediu que orassem com o coração e novamente se afastou. Contudo, os discípulos, insensivelmente, cedendo aos imperativos do corpo e olvidando as necessidades do espírito, de novo adormeceram em meio da meditação. Despertaram com o Mestre a lhes repetir:
– Não conseguistes, então, orar comigo?
Os três discípulos acordaram estremunhados. A paisagem desolada de Jerusalém mergulhava na sombra.
Antes, porém, que pudessem justificar de novo a sua falta, um grupo de soldados e populares aproximou-se, vindo Judas à frente.
O filho de Iscariotes avançou e depôs na fronte do Mestre o beijo combinado, ao passo que Jesus, sem denotar nenhuma fraqueza e deixando a lição de sua coragem e de seu afeto aos companheiros, perguntou:
– Amigo, a que vieste?
Sua interrogação, todavia, não recebeu qualquer resposta. Os mensageiros dos sacerdotes prenderam-no e lhe manietaram as mãos, como se o fizessem a um salteador vulgar.
Segunda parte:
Algum tempo passou, sem que o filho de Zebedeu conseguisse esquecer a falta de vigilância da véspera do martírio.
Certa noite, após as reflexões costumeiras, sentiu ele que um sono brando lhe anestesiava os centros vitais. Como numa atmosfera de sonho, verificou que o Mestre se aproximava. Toda a sua figura se destacava na sombra, com divino resplendor. Precedendo suas palavras do sereno sorriso dos tempos idos, disse-lhe Jesus:
– João, a minha soledade no horto é também um ensinamento do Evangelho e uma exemplificação! Ela significará, para quantos vierem em nossos passos, que cada espírito na Terra tem de ascender sozinho ao calvário de sua redenção, muitas vezes com a despreocupação dos entes mais amados do mundo. Em face dessa lição, o discípulo do futuro compreenderá que a sua marcha tem que ser solitária, uma vez que seus familiares e companheiros de confiança se entregam ao sono da indiferença! Doravante, pois, aprendendo a necessidade do valor individual no testemunho, nunca deixes de orar e vigiar!…
ENTRE VOCÊ E DEUS – Madre Teresa de Calcutá
Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as, assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro. Seja gentil, assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e inimigos verdadeiros. Vença, assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo. Seja honesto e franco, assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja. Seja feliz, assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o bem, assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante, Dê o melhor de você, assim mesmo.
Veja você que, no final das contas é Entre Você e Deus e não entre você e os homens.
No livro O consolador na questão:
351 –Como entender o “amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do Evangelho?
-O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de vigilância, que todos os homens são obrigados a observar.
Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto adoração. Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em esforço próprio, em autoeducação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo.
Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o tesouro de si mesma.
Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só dispensador dos bens, que é Deus
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ORAR E VIGIAR
As definições dos termos orar e vigiar, segundo o dicionário Aurélio (online), são:
Orar: 1 Fazer uma prece; rezar. 2 Dirigir oração a. 3 Rogar humildemente a. 4 Falar em público; proferir discurso; manifestar-se em tom oratório;
Vigiar: 1 Estar atento a; observar atentamente; 2 Observar oculta ou secretamente; espreitar; 3 Cuidar atenciosamente; olhar por; velar; 4 Estar atento ou desperto; 5 Fazer a verificação de; controlar, fiscalizar; 6 Ficar de guarda, de sentinela; estar alerta; 7 Estar ou ficar prevenido; acautelar-se, precaver-se; 8 Tomar conta de; cuidar;
Segundo Emmanuel no livro Consolador na questão 53:
53 –Os bons ou maus pensamentos do ser encarnado afetam a organização psíquica de seus irmãos na Terra, aos quais sejam dirigidas?
Os corações que oram e vigiam, realmente, de acordo com as lições evangélicas, constroem a sua própria fortaleza, para todos os movimentos de defesa espontânea.
Os bons pensamentos produzem sempre o máximo bem sobre aqueles que representam os seus objetivos, por se enquadrarem na essência da Lei Única, que é o Amor em todas as suas divinas manifestações; os de natureza inferior podem afetar o seu objeto, em identidade de circunstâncias, quando a criatura se faz credora desses choques dolorosos, na justiça das compensações.
Sobre todos os feitos dessa natureza, todavia, prevalece a Providência Divina, que opera a execução de seus desígnios de equidade, com misericórdia e sabedoria.
No livro Palavras da Vida Eterna, capítulo 3 – Evitando a tentação, Emmanuel traz a seguinte orientação:
Evitando a tentação
“Vigiai e orai para não entrardes em tentação”. Jesus (Marcos, 14:38.)
Vigiar não quer dizer apenas guardar. Significa também precaver-se e cuidar. E quem diz cuidar, afirma igualmente trabalhar e defender-se.
Orar, a seu turno, não exprime somente adorar e aquietar-se, mas, acima de tudo, comungar com o Poder Divino, que é crescimento incessante para a luz, e com o Divino Amor, que é serviço infatigável no bem.
Tudo o que repousa em excesso é relegado pela Natureza à inutilidade.
O tesouro escondido transforma-se em cadeia de usura.
A água estagnada cria larvas de insetos patogênicos.
Não te admitas na atitude de vigilância e oração, fugindo à luta com que a Terra te desafia.
Inteligência parada e mãos paradas impõem paralisia ao coração que, da inércia, cai na cegueira.
Vibra com a vida que escoa, sublime, ao redor de ti, e trabalha infatigavelmente, dilatando as fronteiras do bem, aprendendo e ajudando aos outros em teu próprio favor.
Essa é a mais alta fórmula de vigiar e orar para não cairmos em tentação.
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ORAR
Nas orientações de Kardec no Livro dos Espíritos traz a importância de se orar.
659 – Qual é o caráter geral da prece?
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele, se aproximar dele e colocar-se em comunicação com ele. Pela prece pode-se propor três coisas: louvar, pedir e agradecer.
660 – A prece torna o homem melhor?
Sim, porque aquele que ora com fervor e confiança é mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia os bons Espíritos para o assistir. É um socorro que não é jamais recusado, quando pedido com sinceridade.
660a – Como ocorre que certas pessoas que oram muito, sejam, malgrado isso, de um caráter muito mal, invejosas, ciumentas, coléricas, carentes de benevolência e indulgência e mesmo, algumas vezes, viciosas?
O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas creem que todo o mérito está na extensão da prece e fecham os olhos sobre seus próprios defeitos. A prece, para elas, é uma ocupação, um emprego de tempo, mas não um estudo delas mesmas. Não é o remédio que é ineficaz, mas a maneira como é empregado.
662 – Pode-se orar utilmente por outrem?
O Espírito daquele que ora age por sua vontade de fazer o bem. Pela prece, ele atrai para si os bons Espíritos que se associam ao bem quer fazer que
Possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende além dos limites da nossa esfera corporal. A prece por outros é um ato dessa vontade. Se ela é ardente e sincera, pode chamar em sua ajuda os bons Espíritos, a fim de sugerir-lhe bons pensamentos e dar-lhe a força do corpo e da alma de que necessita. Mas aí ainda a prece do coração é tudo, a dos lábios não é nada.
Segundo Emmanuel no livro Consolador na questão 53:
“… Os bons pensamentos produzem sempre o máximo bem sobre aqueles que representam os seus objetivos, por se enquadrarem na essência da Lei Única, que é o Amor em todas as suas divinas manifestações; os de natureza inferior podem afetar o seu objeto, em identidade de circunstâncias, quando a criatura se faz credora desses choques dolorosos, na justiça das compensações.”
Livro No Invisível de Léon Denis
As vibrações do pensamento se propagam através do espaço e sobre nós atraem pensamentos e vibrações similares. Se compreendêssemos a natureza e a extensão dessa força, não alimentaríamos senão altos e nobres pensamentos. Mas o homem se ignora ainda, como ignora as imensas capacidades desse pensamento criador e fecundo que nele dormita e com o qual poderia renovar o mundo.
Livro dos Espíritos
663 – As preces que fazemos por nós mesmos podem mudar a natureza de nossas provas e desviar-lhes o curso?
– Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação. A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem, e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te, e o Céu te ajudará, sabes isso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vossa vida efêmera, é, frequentemente, um grande bem na ordem geral do Universo. Depois, quantos males não há de que o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo, ele vos suscita o pensamento necessário para vos tirar da confusão.
O livro Evangelho Segundo Espiritismo, no Capítulo 27 – Pedi E Obtereis, trata da qualidade da prece:
Qualidade da prece
4. As qualidades da prece estão claramente definidas por Jesus; quando orardes, diz ele, não vos coloqueis em evidência, mas orai secretamente; não afeteis de muito orar, porque não é pela multiplicidade das palavras que sereis atendidos, mas pela sua sinceridade; antes de orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, porque a prece não será agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade; orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu; examinai os vossos defeitos e não as vossas qualidades, e se vos comparardes aos outros, procurai o que há de mal em vós.
Ação da prece. Transmissão do pensamento
9. A prece é uma invocação; por ela um ser se coloca em comunicação mental com outro ser ao qual se dirige. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Pode-se orar por si mesmo ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das suas vontades; aquelas que são dirigidas aos bons Espíritos são levadas a Deus. Quando se ora a outros seres, senão a Deus, é apenas na qualidade de intermediários, intercessores, porque nada se pode fazer sem a vontade de Deus.
No livro Dias gloriosos. Cap. 2 – Forças mentais. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo P. Franco
Todo o movimento e realização no mundo são produto das forças mentais que se transferem de uma para outra antena psíquica, de um para outro lugar, construindo e demolindo, ativando ou desarticulando obras.
Envolve-te no pensamento do bem e ora sempre, a fim de que as tuas sejam forças mentais enobrecidas.
A oração proporciona sintonia com as irradiações superiores da Mente divina, na qual mergulharás, beneficiando-te com elas.
Se te manténs inadvertido a respeito do intercâmbio psíquico e não vigias, sofrerás o efeito daninho de muitas mentes que te buscam, roubando-te vitalidade ou impondo-te suas cargas nem sempre saudáveis, que te submeterão.
Estás sempre em sintonia, queiras ou não, com as forças mentais que se movimentam no mundo. Conforme a tua identificação emocional, externarás vibrações que se vincularão a outras de igual teor vibratório.
O livro Evangelho Segundo Espiritismo, no Capítulo 27 – Pedi E Obtereis
Maneira de orar
22. O primeiro dever de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar-lhe o retorno à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos sabem orar! Que importa ao Senhor as frases que ligais, maquinalmente, umas às outras, porque disso tendes hábito; é um dever que vos impondes e, como todo dever, vos pesa.
A prece do cristão, do Espírita, de qualquer culto que seja, deve ser feita desde que o Espírito retomou o jugo da carne. Deve se elevar aos pés da majestade divina com humildade, com profundidade, num arrebatamento de gratidão por todos os benefícios concedidos até esse dia: pela noite que se escoou e durante a qual vos foi permitido, embora inconscientemente, retornar junto de vossos amigos, de vossos guias, para haurir, ao seu contato, mais força e perseverança. Ela deve se elevar humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar vossa fraqueza, pedir seu apoio, sua indulgência, sua misericórdia. Deve ser profunda, porque é vossa alma quem deve se elevar até o Criador, que deve se transfigurar como Jesus no Tabor, e tornar-se alva e irradiante de esperança e de amor.
Vossa prece deve encerrar o pedido das graças de que tendes necessidade, mas uma necessidade real. Inútil, pois, pedir ao Senhor abreviar as vossas provas, vos dar as alegrias e a riqueza; pedi-lhe para vos conceder os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé.
Segundo Emmanuel no livro Consolador na questão 245:
245 –Se é justo esperarmos no decurso do nosso roteiro de provações na Terra, por determinadas dores, devemos sempre cultivar a prece?
-A lei das provas é uma das maiores instituições universais para a distribuição dos benefícios divinos.
Precisais compreender isso, aceitando todas as dores com nobreza de sentimento.
A prece não poderá afastar os dissabores e as lições proveitosas da amargura, constantes do mapa de serviços que cada Espírito deve prestar na sua tarefa terrena, mas deve ser cultivada no íntimo, como a luz que se acende para o caminho tenebroso, ou mantida no coração como o alimento indispensável que se prepara, de modo a satisfazer à necessidade própria, na jornada longa e difícil, porquanto a oração sincera estabelece a vigilância e constitui o maior fator de resistência moral, no centro das provações mais escabrosas e mais rudes.
O livro Evangelho Segundo Espiritismo, no Capítulo 27 – Pedi E Obtereis
“… Pedi, pois, antes de todas as coisas, o vosso progresso, e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós. (Cap. V, nº 4).”
Deveis orar sem cessar, sem para isso vos recolherdes em vosso aposento, ou ajoelhar nas praças públicas. A prece diária é o cumprimento dos vossos deveres, dos vossos deveres sem exceção, de qualquer natureza que eles sejam. Não é um ato de amor ao vosso Senhor, assistir vossos irmãos numa necessidade qualquer, moral ou física? Não é fazer um ato de reconhecimento, elevar vosso pensamento até ele, quando uma alegria vos chega, um acidente é evitado, mesmo quando uma contrariedade só vos aflora, se dizeis pelo pensamento: Sede bendito, meu Pai! Não é um ato de contrição vos humilhar diante do juiz supremo, quando sentis que falhastes, não fosse senão por um pensamento fugidio, e lhe dizer: Perdoai-me, meu Deus, porque eu pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me a força de não mais falhar e a coragem de reparar?
Isso é independente das preces regulares da manhã e da tarde, e dos dias consagrados; mas, como vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem ocasionar nenhuma interrupção aos vossos trabalhos; ao contrário, elas os santificam. E crede bem que um só desses pensamentos, partindo do coração, é mais ouvido por vosso Pai celestial que as longas preces ditadas pelo hábito, frequentemente, sem causa determinada, e às quais a hora convencionada vos lembra maquinalmente. (V. Monod. Bordéus, 1862).
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VIGIAR
Evolução para o terceiro milênio
Parte 2 cap 5 item 4
4. A invigilância é o modo de viver descuidado, por meio do qual não prestamos atenção ao que pensamos e fazemos de modo a permitir certas inclinações crescerem à vontade, sem exame crítico.
Parte 2 cap 5 item 7
“… a invigilância momentânea abre uma entrada nas defesas pessoais.”
No livro Sol nas almas, no capítulo 61 – Vigiar para quê? mostra alguns ensinamentos sobre a vigilância:
VIGIAR PARA QUÊ?
Vigiar na expressão correta será, decerto, espreitar, observar, permanecer atento, mas na palavra do Cristo e, sobretudo, no conceito espírita cristão, o termo ganha em extensão e profundidade.
Vigiar e vigiar, mas para quê?
A opinião popular para definir atitude acautelatória costuma repetir que é necessário abrir os olhos, esquadrinhar pormenores em torno, certificar-se quanto a isso ou aquilo.
E não poucos espíritos, mesmo aqueles que se mostram servidos por excelente cultura, imobilizam os ponteiros do relógio da observação pessoal nos minutos infelizes de situações e pessoas, qual se o tempo não fosse concessão divina, em desdobramento constante, favorecendo a melhoria e a renovação permanente de tudo.
Realizam notável serviço de alerta e catalogam defeitos e falhas, com primorosas coleções de censuras e avisos.
Evidentemente, ninguém deve menosprezar conselhos e previsões, no entanto, vigiar, na temática de Jesus é identificar a região moral onde o socorro se faça preciso e efetuá-lo sem alarde, no espírito da caridade real que estende a mão direita sem que a esquerda tome conhecimento disso.
De que adiantaria um professor que vigiasse os alunos sem ânimo de ministrar-lhes instrução? Ou um semeador que montasse leal sentinela, à frente do campo, sem o menor intento de cultivá-lo?
Vigiemos, sim, mas para descobrir o processo de auxiliar com segurança na edificação do melhor e na preservação da harmonia.
Procuremos abrir os olhos para ajudar em silêncio e servir em proveito dos outros sem lisonja a nós mesmos.
Reportamo-nos, frequentemente, à penúria e à ignorância que ainda infestam regiões enormes da Terra e descerramos colunas e colunas de jornais para convulsionar a emoção pública com a exposição dos desastres e tragédias que a miséria e a incultura patrocinam, mas, não será o caso de, antes, abrir os olhos para ver as necessidades do mundo a fim de suprimi-las sem vozerio?
Conhecemos hoje os prodígios da imunização.
Flagelos antigos, quais a varíola e a febre amarela foram extirpados do Planeta porque o homem, pela ciência, se empenhou a espreitá-las na origem, de modo a coibir lhes os efeitos.
Por que não sondar, pelas antenas da caridade, o que se deve fazer para evitar a criminalidade e a indigência?
Disse-nos o Mestre: “orai e vigiai, para não cairdes em tentação”, que podemos interpretar como sendo apelo a não cairmos na tentação da preguiça de quem se acomoda no mal, verificando males e denunciando males, sem nenhuma vocação para a obra do bem.
Segundo Emmanuel no livro Consolador na questão 307:
Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas aí daquele por quem o escândalo vier?”.
-Num pano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.
As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.
No livro Vinha de luz, no capítulo 87 – Olhai, Emmanuel completa com mais alguns ensinamentos:
“Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.” – Jesus. (Marcos, 13:33.)
Marcos registra determinada fórmula de vigilância que revela a nossa necessidade de mobilizar todos os recursos de reflexão e análise.
Muitas vezes, referimo-nos ao “orai e vigiai”, sem meditar-lhe a complexidade e a extensão.
É indispensável guardar os caminhos, imprescindível se torna movimentar possibilidades na esfera do bem, entretanto, essa atitude não dispensa a visão com entendimento.
O imperativo colocado por Marcos, ao princípio da recomendação de Jesus, é de valor inestimável à perfeita interpretação do texto.
É preciso olhar, isto é, examinar, ponderar, refletir, para que a vigilância não seja incompleta.
Discernir é a primeira preocupação da sentinela.
O discípulo não pode guardar-se, defendendo simultaneamente o patrimônio que lhe foi confiado, sem estender a visão psicológica, buscando penetrar a intimidade essencial das situações e dos acontecimentos.
Olhai o trabalho de cada dia.
O serviço comum permanece repleto de mensagens proveitosas.
Fixai as relações afetivas. São portadoras de alvitres necessários ao vosso equilíbrio.
Fiscalizai as circunstâncias observando as sugestões que vos lançam ao centro d’alma.
Na casa sentimental, reúnem-se as inteligências invisíveis que permutam impressões convosco, em silêncio.
Detende-vos na apreciação do dia; seus campos constituídos de horas e minutos são repositórios de profundos ensinamentos e valiosas oportunidades.
Olhai, refleti, ponderai!… Depois disso, naturalmente, estareis prontos a vigiar e orar com proveito.
Evolução para terceiro milênio
17. Como será possível avaliar o que é bom e útil e o que é pernicioso? Que critério permitirá distinguir entre o que conduz ao bem (felicidade) e o que leva ao mal (sofrimento)? Uma regra geral foi estabelecida a respeito; conhece-se a árvore pelos frutos. Antes de aceitar e praticar um conselho ou doutrina é indispensável meditar e observar o que resulta ou resultará deles; será bom procurar ver se daí promanam bem-estar, alegria, justiça, conhecimento, progresso etc. ao invés de perseguições, tristeza, ignorância, privações, violências etc.
É pelo que produz de bom e útil ao homem e seu progresso que se poderá ter como aceitável qualquer coisa, pois, nesse caso, ela concordará com o objetivo humano, a busca de aperfeiçoamento. Naturalmente, a atitude desse tipo só é razoável esperar daquele que já aprendeu a pensar por si mesmo e que por isso, detém condições de controlar seus piores impulsos, podendo discernir claramente.
Sobre essa questão, Jesus dá grande valor à oração como recurso para afastar a tentação, isto é, o impulso de gratificar desejos maléficos e de pôr em função intenções menos dignas. “Mas – ensina Ele – não basta orar, é preciso vigiar”.
Entenda-se urge prestar atenção aos pensamentos e desejos com o fito de submetê-los ao devido controle caso sejam considerados capazes de arrastarem-nos para o caminho do mal, se não praticarmos a vigilância do nosso mundo íntimo, seremos facilmente presas de nossas próprias armadilhas, pois avultarão e impor-se-ão, exigindo ação e orientando o comportamento, as necessidades doentias que criamos no passado e que agora ressurgem como fraquezas do espírito.
No livro Boa nova, no capítulo 21 – A lição da vigilância, de Humberto de campos relata uma passagem de Jesus que chamou a atenção de Pedro:
No dia seguinte, a pequena comunidade se punha a caminho, vivamente impressionada com as revelações da véspera. Simão seguia humilde e cabisbaixo. Não conseguia compreender por que motivo fora Jesus tão severo para com ele. Em verdade, ponderara melhor suas expressões irrefletidas e reconhecera que o Mestre lhe perdoara, pois observava que eram sinceros o sorriso e o olhar com- passivo que o envolviam numa alegria nova. Mas, sem poder sopitar suas emoções, o velho discípulo aproximou-se novamente de Jesus e interrogou:
– Mestre: por que razão mandastes retirar as palavras em que vos demonstrei o meu zelo de discípulo sincero? Alguns minutos antes, não havíeis afirmado que eu trazia aos companheiros a inspiração de Deus? Por que motivo, logo após, me designáveis como intérprete dos inimigos da luz?
– Simão – respondeu o Messias, bondosamente -, ainda não aprendeste toda a extensão da necessidade de vigilância. A criatura na Terra precisa aproveitar todas as oportunidades de iluminação interior, em sua marcha para Deus. Vigia o teu espírito ao longo do caminho. Basta um pensamento de amor para que te eleves ao céu; mas, na jornada do mundo, também basta, às vezes, uma palavra fútil ou uma consideração menos digna, para que a alma do homem seja conduzida ao estacionamento e ao desespero das trevas, por sua própria imprevidência! Nesse terreno, Pedro, o discípulo do Evangelho terá sempre imenso trabalho a realizar, porque, pelo Reino de Deus, é preciso resistir às tentações dos entes mais amados na Terra, os quais, embora ocupando o nosso coração, ainda não podem entender as conquistas santificadas do céu. Acabando o Cristo de falar, Simão Pedro calou-se e passou a meditar.
No livro Nosso livro, no capítulo Pequeno curso de vigilância, André Luiz mostra alguns caminhos que devemos seguir:
Diante do mal, santifica teus olhos.
Perante o bem, liberta a palavra.
Ante a ignorância, usa o entendimento.
Com os superiores, vigia teus modos.
Com os subordinados, guarda os ouvidos.
Na alegria, exerce a temperatura.
Na dor, aprende a lição.
Na abastança, não te esqueças de dar.
Na escassez, não olvides o esforço próprio.
Na festa, evita os lugares destacados.
No círculo do sofrimento, estende mãos fraternas.
Em negócios do mundo, repara os teus meios.
Nos interesses da alma, não desdenhes a própria renúncia.
No trabalho, observa o tempo.
Na prece, vigia a atitude.
Na estrada, ajuda ao companheiro.
Na bênção, não te esqueças dos outros.
Em público, retifica o temperamento.
Em família, preserva a língua.
Quando sozinho, vigia o pensamento.
Cada estrela possui brilho peculiar.
Cada flor tem diversos perfume.
Cada criatura humana, centro de soberana inteligência, emite raios vivos dos sentimentos e propósitos que ambienta e reproduz, na intimidade de si mesma.
Em razão disso, ao discípulo do Evangelho se pede vigilância, não somente para dissolver a tentação de nossa própria inferioridade, mas também para que sejamos lâmpadas ativas da Luz Imortal.
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TENTAÇÃO
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Fonte viva 110 – Vigiemos e oremos
“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.” Jesus (Mateus, 26:41)
As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo, mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contacto com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boavontade e do perdão da fraternidade pura e do bem incessante.
Não te proponhas desse modo, atravessar o mundo, sem tentações.
Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
Caminhar do berço ao túmulo sob as marteladas da tentação, é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações tolerar antipatias gratuitas e atravessar; tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando para não sucumbirmos às tentações de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda.
Livro dos espíritos
893 – Qual a mais meritória de todas as virtudes?
Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são sinais de progresso no caminho do bem. Há virtude toda vez que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências. Mas o sublime na virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem oculta intenção. A mais meritória é aquela que está fundada sobre a mais desinteressada caridade.
909 – O homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus esforços?
Sim, e, algumas vezes, por fracos esforços. É a vontade que lhe falta. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!
845 – As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer, não são um obstáculo ao exercício do livre-arbítrio?
As predisposições instintivas são as do Espírito antes de sua encarnação. Conforme for ele mais ou menos avançado, elas podem solicitá-lo para atos repreensíveis, e ele será secundado nisso pelos Espíritos que simpatizam com essas disposições, mas não há arrebatamento irresistível, quando se tem a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder. (361)
No livro Pai Nosso, no capítulo 32:
O problema da tentação
O educador, em aula, tentava explicar aos meninos que o móvel das tentações reside em nós mesmos; contudo, como os aprendizes mostravam muita dificuldade para compreender, ele se fez acompanhar pelos alunos até ao grande pátio do colégio.
Ai chegando, mandou trazer uma bela espiga de milho e perguntou aos rapazes:
— Qual de vocês desejaria devorar esta espiga tal como está?
Os jovens sorriram, zombeteiramente, e um deles exclamou:
— Ora vejam!… quem se animaria a comer milho cru?
O professor então mandou vir à presença deles um dos cavalos que serviam à escola, instalou alguns obstáculos à frente do animal e colocou a espiga ao dispor dele, sobre pequena mesa.
O grande eqüino saltou, lépido, os impedimentos e avançou, guloso, para o bocado.
O professor benevolente e amigo esclareceu, então, bondosamente, ante os alunos surpreendidos:
— A tentação nos procura, segundo os sentimentos que trazemos no campo íntimo. Quando cedemos a alguma fascinação indigna, é que a nossa vontade permanece fraca, diante dos nossos desejos inferiores. As forças que nos tentam correspondem aos nossos próprios impulsos. Não podemos imaginar ou querer aquilo que desconhecemos. Por esse motivo, necessitamos vigiar o cérebro e o coração, a fim de selecionarmos as sugestões que nos visitam o pensamento.
E, terminando, afirmou:
— As situações boas ou más, fora de nós, são iguais aos propósitos bons ou maus que trazemos conosco.
Livro O consolador
146 – É fatal o instante da morte?
Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra.
Esclarecendo-vos quanto a essa exceção, devemos considerar que, se o homem é escravo das condições externas da sua vida no orbe, é livre no mundo íntimo, razão por que, trazendo no seu mapa de provas a tentação de desertar da vida expiatória e retificadora, contrai um débito penoso aquele que se arruína, desmantelando as próprias energias.
A educação e a iluminação do íntimo constituem o amor ao santuário de Deus em nossa alma. Quem as realiza em si, na profundeza da liberdade interior, pode modificar o determinismo das condições materiais de sua existência, alcançando-a para a luz e para o bem. Os que eliminam, contudo, as suas energias próprias, atentam contra a luz divina que palpita em si mesmos. Daí o complexo de suas dívidas dolorosas.
E existem ainda os suicido lentos e gradativos, provocados pela ambição ou pele inércia, pelo abuso ou pela inconsideração, tão perigoso para a vida da alma, quanto os que se observam, de modo espetacular, entre as lutas do mundo.
Essa a razão pela qual tantas vezes se batem os instrutores dos encarnados, pela necessidade permanente de oração e de vigilância, a fim de que os seus amigos não fracassem nas tentações.
Livro Evolução para o terceiro milênio Capítulo 4 parte II item 16 a
Vimos que a encarnação objetiva conduzir o Espírito ao progresso, dando-lhe novos conhecimentos e experiências. Para isso, há um programa de vida que determina os lances principais da existência na carne, ou seja, os acontecimentos capazes de influir na evolução do espírito. Os trabalhos, as lutas materiais, desenvolvem a inteligência e o estudo, a razão.
No curso da evolução, o espírito encarnado é, de vez em quando, submetido a exames pela vida com o fim de verificar o aproveitamento, na posição em que se acha. Criam-se situações em torno do indivíduo envolvendo algumas de suas fraquezas, de maneira a despertá-lo. Situações que estimulam fraquezas (ou impulsos inferiores) são denominadas tentações. A tentação é a situação que revela a posição do Espírito – mostra o que somos, de acordo com as nossas tendências. Liga-se sempre a uma fraqueza, ou seja, a um impulso ao qual temos dificuldade para resistir; somos tentados onde somos fracos. Por exemplo: a bebida, o sexo, o jogo, o furto, etc. A prova é um exame que consiste em ser submetido a uma tentação para avaliar o progresso realizado e sua firmeza. A lei (vida) prepara as situações de prova, como dizia Adler, nas quais o sujeito, sofrendo uma tentação, passa por uma prova. Esta tem de ser enfrentada e vencida; mas muitos fogem e são derrotados.
Todos aqueles que têm compromissos de trabalho espiritual, envolvendo o progresso e a redução do mal, são compelidos a passar por provas ou, segundo expressão clássica, testemunhos antes de dar-lhes início. Aqui são exames prévios, que tentam desviar a pessoa do rumo certo, e testar a perseverança de propósito no serviço do bem. Os Médiuns (11. D a 11. G) passam por isso, como todos os que se candidatam à reforma interior. Vez por outra surge inesperadamente a situação que pode colher o sujeito desprevenido e fazê-lo vencido.
Em muitos casos, homens com missões importantes no planeta veem-se na contingência de uma renúncia aos bens e prazeres materiais ou de não desempenharem o seu papel e fracassam. Sócrates renunciou à política. Buda ao palácio, Kardec à direção de educandários, Gandhi aos favores da casta, Ubaldi à fazenda, e até você, leitor que se julga insignificante, terá de fazer suas renunciazinhas… ou permanecer dominado pelas inferioridades da vida exclusivamente material. A prova, impondo-lhe uma tentação no campo de uma fraqueza patente, mede o seu aproveitamento.
Provação é palavra que apenas significa sofrimento.
Livro dos Espíritos
910 – O homem pode encontrar nos Espíritos uma assistência eficaz para superar suas paixões?
Se ele ora a Deus e ao seu bom gênio com sinceridade, os bons Espíritos virão certamente em sua ajuda, porque é a sua missão. (459).
912 – Qual é o meio mais eficaz de se combater a predominância da natureza corporal?
Praticar a abnegação de si mesmo.
919 – Qual é o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal?
Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.
919a – Compreendemos toda a sabedoria dessa máxima, porém, a dificuldade está precisamente em se conhecer a si mesmo; qual é o meio de o conseguir?
Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, eu interrogava minha consciência, passava em revista o que fizera, e me perguntava se não faltara algum dever, se ninguém tinha nada a se lamentar de mim. Foi assim que consegui me conhecer e ver o que havia para reformar em mim. Aquele que, cada noite, lembrasse todas as ações da jornada e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião para o esclarecer, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Questionai, portanto, e perguntai-vos o que fizestes e com qual objetivo agistes em tal circunstância; se fizestes alguma coisa que censurais em outrem; se fizestes uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai-vos ainda isto: se aprouvesse a Deus me chamar neste momento, reentrando no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, eu teria o que temer diante de alguém? Examinai o que podeis ter feito contra Deus, contra vosso próximo, e enfim, contra vós mesmos. As respostas serão um repouso para vossa consciência ou a indicação de um mal que é preciso curar.
O conhecimento de si mesmo, portanto, é a chave do progresso individual. Mas, direis, como se julgar? Não se tem a ilusão do amor-próprio que ameniza as faltas e as desculpa? O avarento se crê simplesmente econômico e previdente; o orgulhoso crê não haver senão a dignidade. Isso é verdade, mas tendes um meio de controle que não pode vos enganar. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, perguntai-vos como a qualificaríeis se fosse feita por outra pessoa; se a censurais em outrem, ela não poderia ser mais legítima em vós, porque Deus não tem duas medidas para a justiça. Procurai saber, também, o que pensam os outros a respeito, e não negligencieis a opinião dos vossos inimigos, porque estes não têm nenhum interesse em dissimular a verdade e, frequentemente, Deus os coloca ao vosso lado como um espelho para vos advertir com mais franqueza que o faria um amigo. Que aquele que tem vontade séria de se melhorar explore, pois, sua consciência, a fim de arrancar dela as más tendências, como arranca as más ervas do seu jardim; que faça o balanço de sua jornada moral, como o mercador faz de suas perdas e lucros, e eu vos asseguro que a um lhe resultará mais que a outro. Se ele puder dizer que sua jornada foi boa, pode dormir em paz, e esperar sem receio o despertar de uma outra vida.
Colocai, pois, questões claras e precisas e não temais de as multiplicar: podem-se dar alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o objetivo de amontoar o que vos dê repouso na velhice? Esse repouso não é o objeto de todos os vossos desejos, o alvo que vos faz suportar as fadigas e as privações momentâneas? Pois bem! o que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao lado daquele que espera o homem de bem? Isso não vale a pena de fazer algum esforço? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro incerto; ora, eis aí precisamente o pensamento que estamos encarregados de destruir em vós, porque desejamos vos fazer compreender esse futuro de maneira que ele não possa deixar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso, primeiro chamamos vossa atenção para os fenômenos de natureza a impressionar vossos sentidos, depois vos demos instruções que cada um de vós se acha encarregado de divulgar. Foi com esse objetivo que ditamos o Livro dos Espíritos.
SANTO AGOSTINHO
No livro Pai Nosso, no capítulo 101:
Resiste à tentação
“Bem-aventurado o homem que sofre a tentação.” – (Tiago, 1:12.)
Enquanto nosso barco espiritual navega nas águas da inferioridade, não podemos aguardar isenção de ásperos conflitos interiores. Mormente na esfera carnal, toda vez que empreendemos a melhoria da alma, utilizando os trabalhos e obstáculos do mundo, devemos esperar a multiplicação das dificuldades que se nos deparam, em pleno caminho do conhecimento iluminativo.
Contra o nosso anseio de claridade, temos milênios de sombra. Antepondo-se-nos à mais humilde aspiração de crescer no bem, vigoram os séculos em que nos comprazíamos no mal.
É por isto que, de permeio com as bênçãos do Alto, sobram na senda dos discípulos as tentações de todos os matizes.
Por vezes, o aprendiz acredita-se preparado a vencer os dragões da animalidade que lhe rondam as portas; todavia, quando menos espera, eis que as sugestões degradantes o espreitam de novo, compelindo-o a porfiada batalha.
Claro, portanto, que nem mesmo a sepultura nos exonera dos atritos com as trevas, cujas raízes se nos alastram na própria organização espiritual. Só a morte da imperfeição em nós livrar-nos-á delas.
Haja, pois, tolerância construtiva em derredor da caminhada humana, porque as insinuações malignas nos cercarão em toda parte, enquanto nos demoramos na realização parcial do bem.
Somente alcançaremos libertação, quando atingirmos plena luz.
Entendendo a transcendência do assunto, o apóstolo proclama bem-aventurado aquele “que sofre a tentação”. Impossível, por agora, qualquer referência ao triunfo absoluto, porque vivemos ainda muito distantes da condição angélica; entretanto, bem-aventurados seremos se bem sofremos esse gênero de lutas, controlando os impulsos do sentimento menos aprimorado e aperfeiçoando-o, pouco a pouco, à custa do esforço próprio, a fim de que não nos entreguemos inermes às sugestões inferiores que procuram converter-nos em vivos instrumentos do mal.
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VIGIAR E ORAR NOSSOS DEVERES E DIREITOS
Livro O consolador
123 – Deve o crente criar imposições absolutas para si mesmo, no sentido de alcançar mais depressa a perfeição espiritual?
O crente deve esforçar-se o mais possível, mas, de modo algum, deve nutrir a pretensão de atingir a superioridade espiritual completa, de uma só vez, porquanto a vida humana é aprendizado de lutas purificadoras e, no cadinho do resgate, nem sempre a temperatura pode ser amena, alcançando, por vezes, ao mais alto grau para o desiderato do acrisolamento.
Em todas as circunstâncias, guarde o cristão a prece e a vigilância; prece ativa, que é o trabalho do bem, e vigilância, que é a prudência necessária, de modo a não trair novos compromissos. E, nesse esforço, a alma estará preparada a estruturar o futuro de si mesma, no caminho eterno do espaço e do tempo, sem o desalento dos tristes e sem a inquietação dos mais afoitos.
56 – Pode admitir-se, em Sociologia, o conceito de igualdade absoluta?
– A concepção igualitária absoluta é um erro grave dos sociólogos, em qualquer departamento da vida. A tirania política poderá tentar uma imposição nesse sentido, mas não passará das espetaculosas uniformizações simbólicas para efeitos exteriores, porquanto o verdadeiro valor de um homem está no seu íntimo, onde cada espírito tem sua posição definida pelo próprio esforço.
Nessa questão existe uma igualdade absoluta de direitos dos homens perante Deus, que concede a todos os seus filhos uma oportunidade igual nos tesouros inapreciáveis do tempo. Esses direitos são os da conquista da sabedoria e do amor, através da vida, pelo cumprimento do sagrado dever do trabalho e do esforço individual. Eis por que cada criatura terá o seu mapa de méritos nas sendas evolutivas, constituindo essa situação, nas lutas planetárias, um a grandiosa progressiva em matéria de raciocínios e sentimento, em que se elevará naturalmente todo aquele que mobilizar as possibilidades concedidas à sua existência para o trabalho edificante da iluminação de si mesmo, nas sagradas expressões do esforço individual.
VIGIAR OS DEVERES ORAR PELOS DIREITOS
No Livro Depois da Morte de Leon Diniz no capitulo 43 O DEVER Diz:
“O dever é o conjunto das prescrições da lei moral, a regra pela qual o homem deve conduzir-se nas relações com seus semelhantes e com o Universo inteiro. Figura nobre e santa, o dever paira acima da Humanidade, inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os grandes entusiasmos. Risonho para uns, temível para outros, inflexível sempre, ergue-se perante nós, apontando a escadaria do progresso, cujos degraus se perdem em alturas incomensuráveis.
O dever não é idêntico para todos; varia segundo nossa condição e saber. Quanto mais nos elevamos tanto mais a nossos olhos ele adquire grandeza, majestade, extensão. Seu culto é sempre agradável ao virtuoso, e a submissão às suas leis é fértil em alegrias íntimas, inigualáveis.”
No Evangelho segundo o Espiritismo no Capítulo 17 Sede Perfeitos – 7 – O Dever diz:
O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida: encontra-se desde os menores detalhes, assim como nos mais elevados atos. Refiro-me apenas ao dever moral e não ao dever que as profissões impõem.
Livro dos Espíritos
559 – Também desempenham função útil no Universo os Espíritos inferiores e imperfeitos?
“Todos têm deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos serventes de pedreiro, como o arquiteto?”
Livro o Consolador
248–Como se verifica a queda do Espírito?
Conquistada a consciência e os valores racionais, todos os Espíritos são investidos de uma responsabilidade, dentro das suas possibilidades de ação; porém, são raros os que praticam seus legítimos deveres morais, aumentando os seus direitos divinos no patrimônio universal.
Colocada por Deus no caminho da vida, como discípulo que termina os estudos básicos, a alma nem sempre sabe agir em correlação com os bens recebidos do Criador, caindo pelo orgulho e pela vaidade, pela ambição ou pelo egoísmo, quebrando a harmonia divina pela primeira vez e penetrando em experiências penosas, a fim de restabelecer o equilíbrio de sua existência.
No Evangelho segundo o Espiritismo no Capítulo 17 Sede Perfeitos – 7 – O Dever diz:
Na ordem dos sentimentos o dever é muito difícil de ser cumprido, pois se encontra em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhos e suas derrotas não estão sujeitas à repressão. O dever íntimo do homem é governado pelo seu livre arbítrio, este aguilhão da consciência, guardião da integridade interior, o adverte e o sustenta, mas permanece, muitas vezes, impotente perante os enganos da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem, mas, como este dever pode ser determinado? Onde ele começa? Onde termina? O dever começa precisamente no ponto onde ameaçais a felicidade ou a tranquilidade de vosso próximo, e termina no limite em que não desejaríeis vê-lo transposto em relação a vós mesmos.
“… O dever reflete, na prática, todas as virtudes morais; é uma fortaleza da alma que enfrenta as angústias da luta; é severo e dócil; pronto para dobrar-se às diversas complicações, mas permanece inflexível perante suas tentações. O homem que cumpre seu dever ama mais a Deus do que às criaturas, e às criaturas mais do que a si mesmo. É, ao mesmo tempo, juiz e escravo em sua própria causa.”
No livro O Consolador
364 – O espiritista para evoluir na Doutrina necessita estudar e meditar por si mesmo, ou será suficiente frequentar as organizações doutrinárias, esperando a palavra dos guias?
É indispensável a cada um o esforço próprio no estudo, meditação, cultivo e aplicação da Doutrina, em toda a intimidade de sua vida.
A frequência às sessões ou o fato de presenciar esse ou aquele fenômeno, aceitando-lhe a veracidade, não traduz aquisição de conhecimentos.
Um guia espiritual pode ser um bom amigo, mas nunca poderá desempenhar os vossos deveres próprios, nem vos arrancar das provas e das experiências imprescindíveis à vossa iluminação.
Daí surge a necessidade de vos preparardes individualmente, na Doutrina, para viverdes tais experiências com dignidade espiritual, no instante oportuno
362 – Poderemos receber um novo ensino sobre os deveres que competem aos espiritistas?
Não devemos especificar os deveres do espiritista cristão, porque palavra alguma poderá superar a exemplificação do Cristo, que todo discípulo deve tomar como roteiro da sua vida.
Que o espiritista, nas suas atividades comuns, dispense o máximo de indulgência para com os seus semelhantes, sem nenhuma para consigo mesmo, porque antes de cogitar da iluminação dos outros, deverá buscar a iluminação de si mesmo, no cumprimento de suas obrigações.
No Livro Evolução para o Terceiro Milênio Parte IV capítulo 6
Qual caminho a seguir? O caminho da transformação interna é único, mas admite várias formulações humanas. Bastaria, por exemplo, dizer: seja bom e cumpra seus deveres. Surge logo, porém, o problema: como fazer isso? Disse o mestre da humanidade: “eu sou o caminho, a verdade e a vida” – é pelo estudo e prática dos ensinamentos morais contidos no Evangelho que se poderá ser bom e cumprir os deveres. Por mais que se examine essa questão e se confrontem preceitos e lições, outros mais gerais e simples, embora tão profundos, não se encontram em parte alguma. Além disso, a experiência provou que eles são válidos e funcionais, hoje que se dispõe de numerosos elementos comprobatórios.
“… Urge a renovação íntima, a Presença Divina, a adesão aos ensinos do Cristo, a prática do estudo e do serviço útil (caridade), a oração e na meditação – a vida interior em nível superior com um ideal de elevação a planos mais altos.”
Fonte de luz cap 100 – Ausentes
“Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.” (João, 20:24)
Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.
Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.
A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo.
O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento.
Sem o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase.
Prevalece idêntico processo no aprimoramento do espírito.
Longe dos pequeninos deveres pata com os irmãos mais próximos, como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contacto com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar-se às glórias eternas?
Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.
Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.
Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revelasse apenas mero candidato a vantagens imediatas.
Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.
A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto.
Quem desejar a bênção divina, trabalhe pela merecer.
O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.
Referências
Bíblia Mateus 26:36-44;
Livro Boa Nova (Humberto de Campos), Capítulo 27, 21
Livro O Consolador (Emmanuel), Questão 351, 53, 245, 307, 146, 123, 56, 248, 364, 362
Dicionário Aurélio Online
Livro Palavras da Vida Eterna (Emmanuel), Capítulo 3 – Evitando a tentação
Livro dos Espíritos (Allan Kardec), Questão 659, 660, 660a, 662, 663, 893, 909, 845, 910, 912, 919, 919a,
559
Livro No Invisível (Leon Dennis)
Livro Evangelho Segundo Espiritismo (Allan Kardec), Capítulo 27 – item 4, 9, 22, capitulo 17 item 7
Livro Dias gloriosos (Joanna de Ângelis), Capítulo 2
Livro Evolução para o terceiro milênio (Carlos Toledo Rizzini). Parte 2 cap 5 item 4 e 17, Capítulo 4 parte II
item 16 a, Capitulo 6 parte IV
Livro Sol nas almas, (…) capítulo 61
Livro Vinha de luz (Emmanuel), no capítulo 87
Livro Nosso livro (André Luiz). Capítulo Pequeno curso de vigilância,
Livro Fonte Viva (Emmanuel). Capitulo 110
Livro Pai Nosso (Emmanuel). capítulo 32, 101
Livro Depois da Morte (Leon Diniz). Capitulo 43
Livro Fonte de luz (Joanna de Ângelis). cap 100