Passageiro intruso
O Dr. Odilon Ferreira, Juiz de Direito de São João Del Rey, no estado de Minas Gerais, 40 anos de idade, católico, em meados do ano de 1977 sofreu um tremendo impacto. Viajava em seu automóvel pela rodovia Belo Horizonte-Rio de Janeiro. Ao se aproximar de Congonhas do Campo, percebeu, pelo espelho retrovisor, um estranho maltrapilho, comodamente sentado no banco traseiro do seu carro. Temeroso de tratar-se de algum assaltante, indagou:
– “Quem é você? Como conseguiu entrar no meu automóvel?”
Calmamente, o passageiro clandestino esclareceu:
– “Não sou um ser terreno”. Sou um espírito. Há muito tempo te acompanho. Fomos escolhidos pelo Plano Superior para juntos realizarmos uma nobre missão: aliviar e curar o sofrimento humano.”
Dito isso, sumiu.
O Dr. Odilon Ferreira ao regressar nada contou à família.
Procurou o Tenente Gentil Palhares, seu conhecido e espírita de destaque em São João Del Rey. Contou-lhe o que lhe acontecera e, em tom de quem não admite réplica, afirmou:
– “Nada entendo de Espiritismo e nem quero entender.”
E, preocupado com a sua posição de Juiz, ressaltou:
-“Minha posição de Magistrado?”
O Tenente Gentil Palhares não desistiu, mas não conseguiu convencê-lo.
Mais tarde, indecifráveis doenças em pessoas da família e pesados prejuízos em negócios particulares acabaram por persuadi-lo. O que o Amor não conseguira, a Dor obtivera.
Hoje, o Dr. Odilon Ferreira, na cidade mineira de Tiradentes, onde reside, serve de instrumento mediúnico a uma equipe de 14 médicos, que tem curado até paralisia e câncer, chefiada pelo “mendigo” que pegara “carona” no seu carro de Juiz de Direito.
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Nota do Cel. Edynardo Weyne publicada em sua coluna “A Grande Esperança”, no “Diário do Nordeste” (Praça da Imprensa – 60135 Fortaleza, CE).