Subjugação e Licantropia
SUBJUGAÇÃO E LICANTROPIA
L.E.Q. 459: Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.
Gênese. Cap. 14:45– Os maus Espíritos pululam ao redor da Terra, como conseqüência da inferioridade moral de sues habitantes… A obsessão, que é um dos efeitos dessa ação, como as moléstias e todas as tribulações da vida, devem pois, ser consideradas como provas ou expiação…
Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, Q.237, esclarece que a obsessão é o domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas. São sempre os Espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. Os bons aconselham e se não os escutam preferem retirar-se. Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se chegarem a dominar alguém, identifica-se com o Espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança.
A palavra obsessão – afirma o codificador – é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. As manifestações máximas da obsessão, como terceiro e último estágio, estariam nos graus da subjugação.
A subjugação é um envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir a seu malgrado. Esta se encontra, numa palavra sob um verdadeiro jugo. (Cap.23, Q.240 L.Médiuns).Nesses patamares encontramos imensas variedades, onde as distonias mentais ocupam lugar de destaque das notórias manifestações neuropsicóticas.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é como uma fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. No médium escrevente produz uma necessidade incessante de escrever, mesmo nos momentos mais inoportunos. Vimos subjugados que, na falta de caneta ou lápis, fingiam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem… (LM, 240).
Como Ex. de subjugação moral encontrei na revista “Universo Espírita”nº3/2006: Conta a matéria a vida do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900). Relata o artigo que Nietzsche em sua infância sofria desmaios, dores fortes na cabeça, seus olhos não suportavam a luz forte, temia aproximar-se dos outros meninos, cresceu complexado e praticamente solitário, mas compensado pela sua inteligência tornou-se filósofo. Poeta dotado de fascinante estilo literário, escrevia com mestria poesia e prosa. Continuou, sem perceber sua parceria com espíritos obsessores. Nietzsche inverteu os valores humanos. Para ele a bíblia era instrumento de escravatura, torna o ser humano escravo de um Deus morto. Escreveu aberrações morais como:”Há algo mais nocivo do que todos os vícios é a compaixão pelos fracos…Glorioso é odiar e ser invejoso… O homem moral que vive para os outros é um fraco, um degenerado. O Egoísta senhor que explora os outros homens e ergue-se sobre eles o seu domínio é o verdadeiro ideal, o super-homem.”Esse super-homem, idealizado, ateu e tirano, conquistaria o mundo e faria de todos os povos seus escravos, o filósofo foi precursor do nazismo. Décadas depois o paranóico, Adolf Hitler pôs em prática seu ideal. Suas obras célebres foram os livros Anticristo e Assim falou Zaratustra. Nietzsche desencarnou louco com 56 anos.
L.M: 254:6 A subjugação corpórea, em seu desenvolvimento, poderia levar à loucura?
– Sim, a uma espécie de loucura cuja causa é desconhecida do mundo, mas que não tem relação com a loucura ordinária.(espiação).Entre os que são tratados como loucos há muitos que são apenas subjugados. Necessitariam de um tratamento moral…
Ex: de subj. Corporal TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), através da ação hipnótica e/ou magnética, automatizam o tique, para ridicularizar e produzir constrangimentos na vida social…
No livro Grilhões Partidos Dr. Bezerra de Menezes elucidou que este era o caso de Ester. Se o socorro divino não a alcançasse imediatamente, a subjugação espiritual a conduziria “a uma situação esquizofrênica com possibilidades irreversíveis”.
LM cap.23, item 240, Kardec explica a história de um homem, que não era belo e nem jovem. Era constrangido por uma força irresistível, a por-se de joelhos diante de uma moça, pela qual não nutria nenhum sentimento, e pedir-lhe em casamento. Em outras situações, esse homem sentia uma força a qual ele não conseguia opor resistência, e que fazia com que se ajoelhasse e beijasse o chão nos locais públicos em frente a uma multidão. Esse homem era tido como louco nas suas relações, porém, com o conhecimento das causas espirituais, Kardec afirma-nos que ele não era louco, pois o homem tinha consciência do ridículo que fazia contra a própria vontade e sofria com isso horrivelmente. No processo de subjugação, muitas vezes o indivíduo tem a consciência do ridículo que faz. Mas, é constrangido a atos extravagantes ou grotescos, como se um homem mais vigoroso que ele o fizesse, contra a vontade, mover braços, pernas, cabeça e língua.
RE1858 Antigamente dava-se o nome de possessão ao império exercido pelos maus Espíritos… Para nós, a possessão seria sinônimo de subjugação. Não adotamos esse termo (…) porque ele implica igualmente a idéia de tomada de posse do corpo pelo Espírito estranho, uma espécie de coabitação ao passo que existe apenas uma ligação. O vocábulo subjugação dá uma ideia perfeita. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar da palavra; há simplesmente obsedados, subjugados e fascinados.
R. Espírita 1863: “Temos dito que não havia possessos, no sentido vulgar do vocábulo, mas subjugados. Voltamos a esta asserção absoluta, porque agora nos é demonstrado, que pode haver verdadeira possessão, isto é, substituição, posto que parcial, de um Espírito errante a um encarnado.(…) Não vendo senão o efeito, e não remontando à causa, eis porque todos os obsedados, subjugados e possessos passam por loucos (…).” Ex: Possessos de Morzine e da Srª Júlia
A GÊNESE cap.14:47 Kardec admite o termo “possessão” e o utiliza como forma de ação de um Espírito sobre o encarnado,distinguindo-a da subjugação. Diz: “Na obsessão, o Espírito atua exteriormente por meio de seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado; este último se encontra então enlaçado como numa teia e constrangido a agir contra sua vontade.
Na possessão, em lugar de agir exteriormente, o Espírito livre se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; faz domicílio em seu corpo, sem que todavia este o deixe definitivamente, o que só ocorre com a morte. A possessão é assim sempre temporária e intermitente, pois um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, dado que a união molecular do perispírito e do corpo não pode se operar se senão no momento da concepção”
L.E.Q.473: Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é introduzir-se num corpo animado e agir em lugar do outro que se acha encarnado nesse corpo?
O Espírito não entra em um corpo como entrais numa casa Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado…
L.E.Q.474: Desde que não há possessão propriamente dita, isto é coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsedada ao ponto de sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada? Sem dúvida e são esses os verdadeiros possessos. Mas é preciso saibais que essa denominação não se efetua nunca sem que aquele que sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la…
Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Quando é mau o Espírito possessor, (…) ele não toma moderadamente o corpo do encarnado, arrebata-o.
(www.aveluz) Uma boa forma de diferenciar subjugação da fascinação, é que o subjugado não quer fazer. Mas, ele não consegue opor resistência. Quando a vítima cai em si e percebe o absurdo do seu comportamento, questiona-se o porquê daquela atitude. Já o fascinado quer fazer. Ele não se questiona e não enxerga o absurdo do seu comportamento e das suas idéias, porque ele está entusiasmado, fascinado, iludido com tal ou qual ideia/comportamento.
Evol. Para o 3º Milênio: Instalada a obsessão, deve ser considerada primariamente como uma forma de demência, uma psicose (é um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria como um estado psíquico no qual se verifica certa “perda de contato com a realidade, com períodos de crises de alucinações e delírios, ex: esquizofrênia). As funções mentais alteram-se pela ação intencional ou inconsciente de outra mente; a razão declina, a vontade enfraquece, os sentimentos deterioram-se, os hábitos mudam, etc. Eis porque os manicômios estão cheios de obsedados, em dura provação, tratados como loucos genuínos. O doente pode tornar-se um autômato, dizendo-se “bananeira”, “relógio”, “leão”, pode beber sem querer, etc.
Ev. Para o 3º Milênio, cap.5:20: Toda obsessão decorre da lei de sintonia vibratória, em virtude da qual temos a mente em contato com outras mentes do mesmo padrão geral... O problema da sintonia decorre da afinidade moral…