Ódio e Amor
Tudo é amor.
Até o ódio, o qual julgas ser antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.
Chico Xavier
A Vontade
Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade
Albert Einstein
Autêntico e Verdadeiro
Algumas pessoas têm amor por você, outras tem raiva.
O que sentem nem sempre depende de seu comportamento.
As reações delas às vezes são justas, outras vezes são injustas.
Pouco importa o julgamento dos outros.
Os seres são contraditórios que é impossível satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro.
Dalai Lama
Pouco
Por desejar pouco, um homem pobre se faz rico
Democrito
Tristeza
Tenha coragem para lidar com as grandes tristezas da vida.
Paciência para lidar com as pequenas.
E depois de ter cumprido laboriosamente sua tarefa diária, vá dormir em paz.
Deus continua acordado.
Victor Hugo
Imagens da dor
As imagens da dor que vês refletidas nos teus semelhantes são, inicialmente, para que te sintas compadecido do sofrimento alheio e te disponhas a auxiliar.
Mas são também para que vejas as consequências do mal a quem delibera se entregar a ele.
São imagens educativas, para que saibas que a Lei Divina não é
As metades eternas (almas gemeas)
“…. Perdi, há alguns anos, uma esposa boa e virtuosa, e, apesar dos seis filhos que me deixou, encontrava-me em um isolamento completo, quando ouvi falar das manifestações espíritas. Logo me encontrei no meio de um pequeno
Dr. Leocadio Jose Correia – Perfil
EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA Frequentemente chegam a Federação Espírita do Paraná, pedidos de dados biográficos do Dr. Leocádio José Correia. Isto nos levou a considerar que por melhor que fosse nosso desejo de atender, não dispúnhamos de mais valiosos subsídios do que aqueles que foram publicados pela Revista Médica do Paraná, de autoria do Dr. Dirceu de Lacerda, esplendido jornalista paranaense e que nesse trabalho consagrou-se excelente biógrafo. Por esse motivo, recorremos a família do Dr. Dirceu de Lacerda solicitando permissão para publicar sob nossa responsabilidade e para distribuição gratuita o trabalho do valoroso homem de letras, visto como o mesmo já pertence ao número dos falecidos, muito embora figure na galeria dos imortais pela presença constante no mundo das letras e de sua natureza de espírito imortal, segundo a nossa crença. Tendo recebido a necessária autorização, vamos pois dar publicidade pela terceira vez ao perfil biográfico do Dr. Leocádio José Correia, traçado pelo Dr. Dirceu de Lacerda, ilustre médico paranaense, publicado em 1943 pela revista médica do Paraná e editado por “prata da casa”, no mesmo ano sob responsabilidade do Dr. Leocádio Cisneros Correia, ilustre filho do nosso biografado. Nossos agradecimentos à família do Dr. Dirceu de Lacerda pela gentileza de seu gesto, com as mais sentidas homenagens dos dirigentes da federação espírita do Paraná, ao autor deste excelente trabalho. Na ausência de um trabalho que encerre traços da vida post morten do espírito que animou a personalidade do Dr.Leocádio José Correia, hoje grandemente conhecido no meu espírita brasileiro e até mesmo no exterior, damos a publicidade deste Perfil Biográfico na certeza de que o mesmo satisfaz plenamente a procura que há de dados biográficos dos que conhecem por sua atuação no ambiente mediúnico espírita. Pois o trabalho retrata em forma sobeja sua vida intelectual, moral, pública e profissional, o bastante para inferir-se de sua justeza de caráter e de homem de bem, tal qual os predicados que revela aos que tem aventura de conhecê-lo apenas, através da legítima mediunidade. Curitiba, Janeiro de 1967. João Ghignone Presidente da Federação Espírita do Paraná. DR. LEOCADIO JOSÉ CORREIA 16-2-1848 À 18-5-1886 Caminhou na vida como um espartano: heróico, cheio de rasgos de singular altruísmo, pondo a inteligência ao lado das palpitações do seu sensibilíssimo coração. Nunca a síntese de uma frase disse tanto. Leocádio Correia caminhou na vida como um espartano. Médico e artista, viveu dentro desse grande sonho, que é a Beleza imortalizada pelos gregos. E viveu tão pouco! Mas, não passou em vão. Ficou a Luz do relâmpago. O esplendor de luz! * * * Leocádio Correia foi um menino diferente dos outros. Diferente, porque punha a sua inteligência à serviço das travessuras. Devia ter feito na infância coisas do arco da velha…era o cabeça do grupo… E quando um grupo é norteado por uma cabeça privilegiada, esse grupo merece respeito… Leocádio Correia, peralta, foi sempre um bom estudante. Dividia sempre bem o tempo: hora certa para o estudo, hora certa para travessuras… Na classe primária não vacilava nas argüições. E naquele tempo, o ensino era acompanhado por uma palmatória odiosa… Leocádio Correia ia avançando. No curso secundário surpreendia os mestres. A literatura o fascinava. E o estudo do latim o enlevava. Quase sacerdote Concluindo o curso de preparatórios, a sua família percebeu certos pendores do jovem latinista para a vida eclesiástica. O seminário de São Paulo era famoso. Leocádio Correia ingressou, então, na famosa casa de ensino bandeirante. Um futuro brilhante, no púlpito, se descortinava. O dia da primeira unção vinha próximo. Leocádio Correia, sentiu então, que não era aquele o seu caminho. Manoel José Correia e D. Gertrudes Pereira Correia, não contrariaram o filho, sorriram apenas. Um sorriso que era uma benção. Em busca de uma esmeralda E Leocádio Correia tomou novo rumo, aquele que se constituía o seu supremo anseio – ser médico. Estamos em 1867. Leocádio Correia é acadêmico de medicina. Não esconde as emoções que se sente ao penetrar em uma casa de ensino superior, faz amizades e se faz respeitado. Estuda e põe toda alma nos livros. Avança no curso como um espartano. É o mesmo menino brioso, que Paranaguá viu brincar nas suas ruas. Surpreende, também os grandes mestres da medicina. As aulas que escuta ficam na memória, como se fossem gravadas no buril. Torres Homem, mestre entre os mestres, se empolga pelo discípulo. Leocádio Correia, recompõe as suas aulas sem tomar apontamentos ou sinais taquigráficos. “Não era minha intenção publicar essas lições; porém entre os meus discípulos há um que dispõem de rara habilidade de poder extractar fielmente os discursos que ouve, sem servir-se para isso dos sinais de taquigrafia; esse moço que se chama Leocádio Correia e que tem sempre tomado as minhas lições, tomou estas, que aparecem hoje publicadas”. É preciso dizer mais alguma coisa do acadêmico parnanguara? Torres Homem disse tudo. Vinte de dezembro de 1873. É noite. A faculdade de medicina se ilumina. É a maior festa do ano. Colação de grau! A cerimônia é emocionante na beleza de sua apoteose. Duas vozes se levantam na sala repleta, aristocrata. – Leocádio José Correia. – presente! A um canto da sala, um casal olha o filho, que se levanta em busca da esmeralda. Olha e nada vê. As lágrimas ofuscam a visão…
Na sua velha Paranaguá Leocádio Correia se instala na terra natal. Abre consultório. E não há mais descanso. E a luta de todas horas. É o sofrimento que pede alivio. É o consolo, que só chega com o médico. Leocádio Correia atende a todos, porque a dor não faz escolhas… O seu nome se espalha por toda cidade e por todo o município. Os chamados se multiplicam. É o único para atender os doentes da cidade e mais os de Guaratuba, Guaraqueçaba, Antonina e Morretes. Mas, não parava aí a atividade clínica do jovem esculápio. Os cargos de Inspetor do Porto de Paranaguá, médico da Santa Casa e Inspetor Escolar lhe foram confiados. E não era possível recusar, alegar fadiga. Médico de província não tem tempo para um cansaço… O hábito se torna uma segunda natureza… Leocádio Correia logo se adapta aquela vida atribulada, cheia de tormentos, repleta de inquietação pelos que sofriam. A pobreza passou a fazer parte cotidiana das suas preocupações. Percorria os casebres mais humildes, independente de seu chamado. Abria as portas e indagava: – há alguma coisa de novo? – não, doutor. Muito obrigado. E que Deus o ajude! E assim na população paupérrima da cidade, a figura de Leocádio Correia se elevou num ídolo. Só na população paupérrima? Não. Era, também ídolo dos ricos. Os Adversários políticos
Numa cidade pequena ( e é fácil avaliar o tamnaho de Paranaguá daquele tempo), o médico raramente pode fugir da política. A política é uma fatalidade.E fatalidade recreativa… Leocádio Correia não pode fugir da fatalidade. Espírito brilhantíssimo e, sobretudo, independente, mergulhou na política. Tomou atitudes, mas atitudes dentro de elegância, que era o traço marcante da sua personalidade. E fez adversários. Fez discursos inflamados, e fez ainda mais adversários…Idealista, combatia e não recuava. A escravatura era uma ignomínia, o seu verbo incendiado seria, na tribuna e na imprensa, um grito contra a página, que manchava a nossa história. Mas, os adversários, pobres mortais, adoeciam. Mande chamar o Dr. Leocádio. Não estou me sentindo bem. Será que ele vem? Pensavam, aflitas, as esposas. E o Leocádio ia. Ia sempre. A sua ciência pairava muito alto. E a política era apenas uma fatalidade recreativa… O adversário aliviado, restituído à alegria de viver, acabava reconhecendo que o medico tinha razão, mas até certo ponto… E aí estava o segredo da idolatria. Leocádio correia não guardava ódios. Se combatia era por temperamento… Via as coisas erradas e não calava. O PROBLEMA DO ENSINO Inspetor escolar verificou num relance as falhas do ensino. Podia silenciar. O silencio é cômodo… O silêncio é a arma secreta da inutilidade disfaraçada… Leocadio Correia veio à luta. E transformou as falhas do ensino numa campanha de repercussão nacional. Eleito deputado estadual levou o assunto para as bancadas do Congresso. Dissecou o ensino sem piedade. Não deixou pedra sobre pedra. Os seus discursos eram mesmo de alto poder explosivo… * * * A vida atribulada da clinica, os cargos que exigiam a sua atenção constante, pareciam ocupar todo o tempo do médico. Mas não era assim. Leocádio Correia se metia em tudo e para tudo conseguia um instante… Sociável por índole, todas as reuniões festivas exigiam a sua presença. Se era um baile de gala, aparecia no salão envergando uma casaca impecável. Se era festa de arte, o seu verbo constituía o maximo atrativo da reunião. Poeta de fina estirpe, compunha e interpretava. Fascinava os auditórios. Poucas vezes um homem consegue ser tão grande no tempo e no espaço. Não se pode dizer, com certeza, se Leocádio Correia foi maior ontem do que hoje. O poeta, o orador e o médico se confundiam na beleza do verso, no rendilhado da frase lírica, no brilho do diagnóstico, quando surpreendia os sintomas , que desenhavam o quadro mórbido. No verso, a sua predileção era pela sátira e pelo humorismo. Os dois gêneros que exigem do poeta qualidades priilegiadas. JORNALISTA E TEATRÓLOGO Jornalista de têmpera, filólogo, a sua pena esteve sempre a serviço das grandes causas. “o Itiberê”, folha que dirigiu com fulgor, era uma trincheira de idealismo. Conhecedor profundo do “metier”, compenetrado da verdadeira função do jornalista, na vida social, foi digno da confiança e dos aplausos, do seu povo. As suas palavras definindo a sua orientação da imprensa refletem bem o seu programa de ação: “Os jornais são os refletores das aspirações do povo e o homem que se sente com vocação para o exercício das suas faculdades nessa ingrata, porém alevantada missão, deve em beneficio da coletividade, torna-se um campeão dos direitos populares nas ingentes lutas jornalísticas”. Os problemas sociais merecem de sua pena causticante, os mais desassombrados artigos. Evitava as polêmicas estéreis que longe de aclarar as idéias, lançam a confusão e desvirtuam o verdadeiro sentido dos temas em estudo. O teatro mereceu, também, os cuidados de Leocádio Correia. Estimulava os moços a escrever peças, cujo os ensaios dirigia. Foi tanta a sua atividade, tão eficiente o seu papel na orientação dos que se dedicavam as letras, que Paranaguá foi, durante muito tempo uns dos maiores centros literários do Brasil. Influenciado pelo entusiasmo envolvente de Leocádio Correia, Leôncio Correia(*) escreveu um drama “ Talento e ouro”, que subiu à cena no Teatro Santa Cecina, alcançando inigualável sucesso. E não esqueçamos de dizer que a platéia parnanguara, culta, era exigente e difícil de contentar. (*) Leôncio Correia era irmão de Leocádio Correia e tornou-se espírita em vida, chegando a ser vice-presidente
da atual Liga Espírita da
Obsidiados- ainda somos
Desde que não conseguimos
Jesus na Samária
Jesus na Samária – Livro Boa Nova cap. 17 (Irmão X – Chico Xavier)
Tiago e André haviam trazido pão e algumas frutas e insistiam com Jesus para que se alimentasse. O Mestre, porém, aproveitou o instante para mais uma vez ensinar o caminho do Reino, com as suas palavras amigas, compondo parábolas singelas.
Muita gente se aglomerara