Obsidiados- ainda somos
“As imperfeições morais do obsidiado constituem, frequentemente, um obstáculo à sua libertação.”
(O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 252.)
Obsidiados – todos nós o fomos ou ainda somos.
Desde que não conseguimos a nossa liberdade completa; desde que ainda não temos a nossa carta de alforria para a eternidade; desde que caminhamos sob o fardo de pesadas aflições que nos falam de um passado culposo e que ressumam sombras ao nosso redor; desde que ainda não temos a plenitude da paz de consciência e do dever cumprido; desde que somos forçados, cerceados, limitados em nosso caminhar e constrangidos a suportar presenças que nos causam torturas, inquietações, lágrimas e preocupações sem conto, é porque, em realidade, ainda somos prisioneiros de nós mesmos, tendo como carcereiros aqueles a quem devemos.
Estes que hoje se comprazem em nos observar – a nossa “nuvem de testemunhas” (Hb:12:1:), manter e forçar a que permaneçamos no cárcere de sombras que nós mesmos construímos.
Prisão interior. “Cela pessoal” — nos diz Joanna de Ângelis onde grande maioria se mantém sem lutar por sua libertação, acomodada aos vícios, cristalizada nos erros.
Sueli C. Schubert – Obsessão e Desobsessão.